Artigo, Pronome e Numeral - Exercícios - Projeto Medicina
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familiaridade com a leitura, arquitetos e decoradores vão a<br />
campo. Esses profissionais aconselham a compra de<br />
coleções completas de obras de literatura, filosofia e<br />
história para decorar as salas. Livros de auto-ajuda, só no<br />
quarto. Parte das peças deve ser garimpada em sebos,<br />
para transmitir a idéia de conhecimento sólido, erudição.<br />
Entre as opções básicas para demonstrar inteligência já na<br />
mesinha de centro, está o “ambiente moderno”, cuja<br />
composição exige livros alegres e coloridos, de artistas<br />
como Miró, Picasso, Mondrian. Acredita-se que eles dão<br />
vivacidade ao espaço.<br />
Paloma Cote<br />
É correto dizer que:<br />
a) no trecho Se eles não têm familiaridade com a leitura, o<br />
pronome antecipa a referência a arquitetos e decoradores.<br />
b) no último parágrafo, espaço retoma o núcleo do adjunto<br />
adverbial em sebos .<br />
c) no trecho Acredita-se que eles dão vivacidade ao<br />
espaço, os pronomes se e eles têm a mesma referência.<br />
d) em Acredita-se que eles dão vivacidade ao espaço o<br />
pronome eles tem referência ambígua.<br />
e) Já, em demonstrar inteligência já na mesinha de centro,<br />
poderia ser substituído por “rapidamente”.<br />
89) (Mack-2006) Parabéns. Estou encantado com seu<br />
sucesso. Chegar aqui não foi fácil, eu sei. Na verdade,<br />
suspeito que foi um pouco mais difícil do que você<br />
imagina. Para início de conversa, para você estar aqui<br />
agora, trilhões de átomos agitados tiveram de se reunir de<br />
uma maneira intrincada e intrigantemente providencial a<br />
fim de criá-lo. Essa é uma organização tão especializada e<br />
particular que nunca antes foi tentada e só existirá desta<br />
vez. Nos próximos anos, essas partículas minúsculas se<br />
dedicarão totalmente aos bilhões de esforços jeitosos e<br />
cooperativos necessários para mantê-lo intacto e deixá-lo<br />
experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não<br />
damos o devido valor, conhecido como existência.<br />
Adaptado de Bill Bryson<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Em criá-lo (linha 04) e deixá-lo (linha 06), as formas<br />
pronominais destacadas referem-se a diferentes<br />
elementos do texto.<br />
b) O sucesso (linha 01) mencionado pelo autor<br />
corresponde à capacidade do ser humano de perceber o<br />
valor de sua experiência.<br />
c) A palavra agora (linha 02) restringe sua referência ao<br />
exato momento em que o autor escrevia o texto.<br />
d) Em para mantê-lo intacto e deixá-lo experimentar (linha<br />
06), a conjunção destacada tem o mesmo sentido presente<br />
em “Vieram e, infelizmente, não puderam ficar”.<br />
e) Em Estou encantado com seu sucesso (linha 01), a forma<br />
destacada antecipa a referência explícita à figura do leitor,<br />
feita por meio do pronome você (linha 02).<br />
23 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />
90) (Mack-2007) O que empurrou as caravelas de Portugal<br />
em busca de novos mundos para o mundo? Necessidades<br />
de subsistência ou o sonho moderno de se fazer valer? A<br />
oposição assim colocada evoca imediatamente o começo<br />
da Fenomenologia do espírito, de Hegel – que é de fato a<br />
melhor interpretação antropológica da subjetividade<br />
moderna no instante de seu triunfo. A humanidade<br />
(entenda-se: a modernidade) – na descrição de Hegel –<br />
começa quando acaba o reino da necessidade, ou seja,<br />
quando o desejo não encontra mais sua satisfação nos<br />
objetos procurados e finalmente consumidos mas se<br />
projeta e se prolonga indefinidamente na procura de<br />
reconhecimento.<br />
Não há melhor descrição do fim da sociedade tradicional: o<br />
lugar social de cada um passa a ser decidido pelo<br />
reconhecimento que ele obtém dos outros, e os objetos de<br />
desejo passam a valer como meios para conseguir um<br />
lugar ao sol. De repente, nenhum deles pode apagar um<br />
desejo que transcende qualquer necessidade.<br />
Adaptado de Contardo Calligaris<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Se substituíssemos ele por “eles”, no trecho que ele<br />
obtém dos outros (linhas 12 e 13), a grafia da forma verbal<br />
seria a mesma.<br />
b) A forma negativa em quando o desejo não encontra<br />
mais (linha 08) equivale a “o desejo encontra menos”.<br />
c) Na voz ativa, a forma verbal do segmento o lugar social<br />
de cada um passa a ser decidido pelo reconhecimento<br />
(linhas 11 e 12) seria: “decide”.<br />
d) Em que é de fato (linha 04), o pronome destacado pode<br />
se referir, ambiguamente, tanto a o começo da obra de<br />
Hegel como à totalidade da obra.<br />
e) Se a forma verbal transcende, no trecho um desejo que<br />
transcende qualquer necessidade (linha 15), fosse<br />
deslocada para o final do período, o sentido permaneceria<br />
o mesmo.<br />
91) (PUC - RJ-2006) A venalidade, disse o Diabo, era o<br />
exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu<br />
podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu<br />
chapéu, cousas que são tuas por uma razão jurídica e legal,<br />
mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não<br />
podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua<br />
fé, cousas que são mais do que tuas, porque são a tua<br />
própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no<br />
absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que<br />
vendem os cabelos? não pode um homem vender uma<br />
parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem<br />
anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um<br />
privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do<br />
homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se<br />
demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou<br />
pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do<br />
preconceito social, conviria dissimular o exercício de um