Artigo, Pronome e Numeral - Exercícios - Projeto Medicina
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correta, paternalismos vesgos, equívocos bemintencionados.<br />
Assisto pois com fastio e espanto às discussões sobre a<br />
implantação de um sistema de cotas, na<br />
universidade, para estudantes de pele negra. No Ceará,<br />
baseado no mesmo voluntarismo míope, tramita na<br />
Assembléia projeto que garante cotas no vestibular para<br />
estudantes da escola pública. As duas propostas padecem<br />
do mesmo pecado original: pretendem remediar uma<br />
injustiça histórica através de outra.<br />
A perversa desigualdade brasileira tem raízes profundas,<br />
construídas ao longo de 500 anos de exploração,<br />
preconceito e exclusão. Portanto, não será resolvida na<br />
base de decretos e canetadas oficiais. O tal sistema de<br />
cotas aponta no alvo errado. Em vez de combater o<br />
problema em suas causas primeiras, procura apaziguar<br />
nossas consciências cívicas investindo contra o que, na<br />
verdade, é só uma conseqüência.<br />
Se queremos, de fato, estabelecer políticas<br />
compensatórias a favor dos excluídos, que apontemos<br />
então nossa indignação para o coração da desigualdade: é<br />
preciso investir maciçamente na educação básica,<br />
elevando efetivamente o nível da escola pública.<br />
Ao adotarmos cotas e cursinhos pré-universitários<br />
exclusivos para negros, estaríamos na verdade<br />
estabelecendo um retrocesso histórico, institucionalizando<br />
o questionável conceito de raça. Ressuscitaríamos assim,<br />
quem sabe, as teses de Nina Rodrigues. Reforçaríamos a<br />
idéia anacrônica de que as raças são naturais e, por<br />
conseqüência, que uma pode realmente ser superior às<br />
outras. Assim, só alimentaríamos ainda mais o<br />
preconceito. Oficializaríamos o gueto e a discriminação.<br />
Os adeptos da idéia se defendem com nova pérola do<br />
pensamento politicamente correto. Falam de uma tal<br />
''discriminação positiva''. Em bom português, não passa de<br />
uma outra forma de racismo. Um racismo às avessas. Mas<br />
o mais puro e insuportável racismo.<br />
(Lira Neto. O POVO: 14/9/2001)<br />
Os complementos de Odeio e Abomino apresentam o<br />
mesmo tipo de estrutura sintática: uma série de três<br />
sintagmas nominais. Esse paralelismo entre as duas<br />
construções é quebrado apenas pela forma do sintagma a<br />
retórica politicamente correta, o qual se diferencia dos<br />
outros por estar no singular e por ser determinado pelo<br />
artigo definido a. Pode-se inferir daí que o autor considera<br />
a retórica politicamente correta um fato<br />
a) amplamente conhecido<br />
b) de menor importância<br />
c) pouco comum<br />
d) de grande importância<br />
6) (UFRJ-1996) Na verdade, à primeira vista, seu aspecto<br />
era de um velho como tantos outros, de idade indefinida,<br />
rugas, cabelos brancos, uma barba que lhe dará um vago<br />
ar de sabedoria e respeitabilidade. Mas uma certa<br />
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agilidade e o porte ereto darão a impressão de que, apesar<br />
da aparência de velho, o viajante guardará o vigor da<br />
juventude. E os olhos... ah, o brilho dos olhos será<br />
absolutamente sem idade, um brilho deslumbrado como o<br />
de um bebê, curioso como o de um menino, desafiador<br />
como o de um jovem, sábio como o de um homem<br />
maduro, maroto como o de um velhinho bem-humorado<br />
que conseguisse somar tudo isso.<br />
(MACHADO, Ana Maria. O CANTO DA PRAÇA. Rio de<br />
Janeiro: Salamandra, 1986.)<br />
Confronte os trechos destacados nos trechos A e B.<br />
A<br />
"apesar da aparência DE VELHO"<br />
B<br />
"seu aspecto era DE UM VELHO COMO TANTOS OUTROS"<br />
"maroto como o DE UM VELHINHO BEM-HUMORADO"<br />
a) Como se justifica a ausência de artigo no trecho<br />
destacado no trecho A?<br />
b) No trecho B, o artigo indefinido tem seu sentido<br />
reiterado em um dos dois trechos destacados.<br />
Que recurso lingüístico é responsável por essa reiteração?<br />
Explique sua resposta.<br />
7) (Cesgranrio-1994) REFLEXIVO<br />
O que não escrevi, calou-me.<br />
O que não fiz, partiu-me.<br />
O que não senti, doeu-se.<br />
O que não vivi, morreu-se.<br />
O que adiei, adeus-se.<br />
(Affonso Romano de Sant'Anna)<br />
Assinale a classificação gramatical correta para os<br />
vocábulos 'O' e 'se':<br />
"O que adiei, adeus-se" (2 o parágrafo)<br />
a) artigo - pronome reflexivo.<br />
b) pronome pessoal oblíquo - pronome apassivador.<br />
c) pronome pessoal oblíquo - pronome reflexivo.<br />
d) pronome demonstrativo - palavra de realce.<br />
e) pronome demonstrativo - pronome apassivador.<br />
8) (Cesgranrio-1994) Assinale a opção em que o emprego<br />
do pronome pessoal NÃO obedece à norma culta da<br />
língua.<br />
a) A imagem do país para si mesmo é satisfatória.<br />
b) Levou consigo as mágoas da nação.<br />
c) Vim falar consigo sobre as violências recentes.<br />
d) Para mim, violar as leis é inadmissível.<br />
e) Resolvemos discutir as questões para eu não ficar alheio<br />
às dificuldades dos fatos.<br />
9) (Enem Cancelado-2009) Vera, Sílvia e Emília saíram para<br />
passear pela chácara com Irene.