Artigo, Pronome e Numeral - Exercícios - Projeto Medicina
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D) p’ra mim, de “O menino da porteira”, que deveria ser<br />
corrigida para p’ra eu, uma vez que o pronome pessoal eu<br />
é sujeito da locução verbal ficá ouvindo.<br />
E) p’ra mim, de “O menino da porteira”, que deveria ser<br />
corrigida para para eu, por se tratar de uma locução<br />
adverbial.<br />
155) (UNIFESP-2005) Senhor feudal<br />
Se Pedro Segundo<br />
Vier aqui<br />
Com história<br />
Eu boto ele na cadeia.<br />
Oswald de Andrade<br />
De acordo com a norma padrão, o último verso assumiria a<br />
seguinte forma:<br />
a) Eu boto-lhe na cadeia.<br />
b) Boto-no na cadeia.<br />
c) Eu o boto na cadeia.<br />
d) Eu lhe boto na cadeia.<br />
e) Lhe boto na cadeia.<br />
156) (UNIFESP-2004) Explico ao senhor: o diabo vige<br />
dentro do homem, os crespos do homem - ou é o homem<br />
arruinado, ou o homem dos avessos.<br />
Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.<br />
Nenhum! - é o que digo. O senhor aprova? Me declare<br />
tudo, franco - é alta mercê que me faz: e pedir posso,<br />
encarecido. Este caso - por estúrdio que me vejam - é de<br />
minha certa importância.<br />
Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e<br />
instruído, que acredita na pessoa dele?! Não? Lhe<br />
agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia,<br />
esperava por ela - já o campo! Ah, a gente, na velhice,<br />
carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem<br />
diabo nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de<br />
ver, então era eu mesmo, este vosso servidor. Fosse lhe<br />
contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas<br />
criaturas, nas mulheres, nos homens. Até: nas crianças - eu<br />
digo. Pois não é o ditado: “menino - trem do diabo”? E nos<br />
usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento...<br />
Estrumes... O diabo na rua, no meio do redemunho...<br />
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)<br />
A expressão Este caso, em destaque no texto, refere-se<br />
a) à existência do diabo.<br />
b) ao redemunho, reduto do diabo.<br />
c) à opinião do interlocutor.<br />
d) à velhice do narrador.<br />
e) ao estado preto do diabo.<br />
157) (Unifor-2003) O cronista trabalha com um<br />
instrumento de grande divulgação, influência e prestígio,<br />
que é a palavra impressa. Um jornal, por menos que seja, é<br />
um veículo de idéias que são lidas, meditadas e observadas<br />
46 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />
por uma determinada corrente de pensamento formada à<br />
sua volta.<br />
Um jornal é um pouco como um organismo humano. Se o<br />
editorial é o cérebro; os tópicos e notícias, as artérias e<br />
veias; as reportagens, os pulmões; o artigo de fundo, o<br />
fígado; e as seções, o aparelho digestivo - a crônica é o seu<br />
coração. A crônica é matéria tácita de leitura, que<br />
desafoga o leitor da tensão do jornal e lhe estimula um<br />
pouco a função do sonho e uma certa disponibilidade<br />
dentro de um cotidiano quase sempre “muito tido, muito<br />
visto, muito conhecido”, como diria o poeta Rimbaud.<br />
Daí a seriedade do ofício do cronista e a freqüência com<br />
que ele, sob a pressão de sua tirania diária, aplica-lhe<br />
balões de oxigênio. Os melhores cronistas do mundo, que<br />
foram os do século XVIII, na Inglaterra - os chamados<br />
essayists - praticaram o essay, isto de onde viria a sair a<br />
crônica moderna, com um zelo artesanal tão proficiente<br />
quanto o de um bom carpinteiro ou relojoeiro. Libertados<br />
da noção exclusivamente moral do primitivo essay, os<br />
oitocentistas ingleses deram à crônica suas primeiras lições<br />
de liberdade, casualidade e lirismo, sem perda do valor<br />
formal e da objetividade. Addison, Steele, Goldsmith e<br />
sobretudo Hazlitt e Lamb - estes os dois maiores, - fizeram<br />
da crônica, como um bom mestre carpinteiro o faria com<br />
uma cadeira, um objeto leve mas sólido, sentável por<br />
pessoas gordas ou magras. (...)<br />
Num mundo doente a lutar pela saúde, o cronista não se<br />
pode comprazer em ser também ele um doente; em cair<br />
na vaguidão dos neurastenizados pelo sofrimento físico; na<br />
falta de segurança e objetividade dos enfraquecidos por<br />
excessos de cama e carência de exercícios. Sua obrigação é<br />
ser leve, nunca vago; íntimo, nunca intimista; claro e<br />
preciso, nunca pessimista. Sua crônica é um copo d’água<br />
em que todos bebem, e a água há de ser fresca, limpa,<br />
luminosa, para satisfação real dos que nela matam a sede.<br />
(Vinicius de Moraes. Poesia Completa e Prosa. Aguilar,<br />
1974, p. 591-2)<br />
O termo grifado nos segmentos abaixo está substituído<br />
pelo pronome adequado, corretamente colocado, em:<br />
a) que desafoga o leitor = que lhe desafoga.<br />
b) praticaram o essay = praticaram-no.<br />
c) de onde viria a sair a crônica = viria a sair-lhe.<br />
d) deram à crônica suas lições = deram-na.<br />
e) dos que nela matam a sede = que nela matam-na.<br />
158) (Unitau-1995) "Vivemos numa época de tamanha<br />
insegurança externa e interna, e de tamanha carência de<br />
objetivos firmes, que a simples confissão de nossas<br />
convicções pode ser importante, mesmo que essas<br />
convicções, como todo julgamento de valor, não possam<br />
ser provadas por deduções lógicas.<br />
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a<br />
busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente,<br />
nossos esforços para compreender o universo cognoscível<br />
através do pensamento lógico construtivo - como um<br />
objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da