Diversidade Cultural Urbana (329 Kb) - Câmara Municipal do Porto
Diversidade Cultural Urbana (329 Kb) - Câmara Municipal do Porto
Diversidade Cultural Urbana (329 Kb) - Câmara Municipal do Porto
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Introdução / Apresentação<br />
CMP _ GEP _ DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ESTUDOS<br />
DIVERSIDADE CULTURAL URBANA<br />
O tema da diversidade cultural urbana tem vin<strong>do</strong> a adquirir uma visibilidade exponencial no<br />
contexto crescente <strong>do</strong> processo de globalização. Quer pelos constrangimentos que pode<br />
aportar, quer, cada vez mais, pelas oportunidades que pode ajudar a construir e consolidar.<br />
Com efeito, a maior mobilidade das pessoas, à escala mundial, cria simultaneamente novas<br />
oportunidades à inovação e ao progresso para o desenvolvimento social, económico e cultural<br />
mas erige também desafios extraordinariamente sérios à estabilidade e à coesão social. A<br />
migração internacional tornou-se uma questão chave para a maioria <strong>do</strong>s países estimulan<strong>do</strong><br />
intensos debates sobre como podem os imigrantes ser integra<strong>do</strong>s com sucesso nas<br />
sociedades e nos merca<strong>do</strong>s de trabalho.<br />
Trata-se de perceber de que forma as crescentes interacções entre pessoas muito diferentes<br />
podem - se estimuladas, protegidas e potenciadas - contribuir para a construção de uma<br />
sociedade mais justa, mais solidária, que dignifique e corporize a Declaração Universal <strong>do</strong>s<br />
Direitos Humanosa .<br />
A realidade <strong>do</strong>s países europeus é aparentemente muito diferente, tal como diferentes são as<br />
leis que regem o acolhimento e a integração <strong>do</strong>s imigrantes, ou os planos específicos que os<br />
países desenham em função da evolução <strong>do</strong> fenómeno da imigração que cada um regista.<br />
Países há que, desde a década de sessenta, abriram as portas à imigração – caso da<br />
Alemanha, França e Inglaterra – enquanto que outros, como Portugal, que nessa data apenas<br />
se caracterizava como exporta<strong>do</strong>r de mão-de-obra, conhecem actualmente uma nova realidade<br />
de países de acolhimento abrin<strong>do</strong>-se a novos povos, a novas culturas e enfrentan<strong>do</strong> portanto o<br />
desafio de gerir essa enorme diversidade cultural.<br />
Actualmente a maior parte das pessoas vive em cidades e em áreas urbanas alargadas – seja<br />
de origem estrangeira ou autóctone – estiman<strong>do</strong>-se que se atinjam valores na ordem <strong>do</strong>s 50%<br />
à escala mundial e de 80% ao nível da União Europeiab .<br />
Portanto, e porque é nas cidades que as pessoas maioritariamente vivem, é também às<br />
cidades que aportam os novos residentes. E será nas cidades que o sucesso ou insucesso <strong>do</strong>s<br />
processos de acolhimento em primeiro lugar e com muito maior acuidade se irá jogar. Daí a<br />
particular importância de as cidades estarem preparadas para saberem lidar com os problemas<br />
e com as potencialidades que este fenómeno implica. Sem desvalorizar o papel que a<br />
Administração Central tem relativamente a esta matéria, importa notar que é às autarquias<br />
3