FIC MARAVILHA, NÓS GOSTAMOS DE VOCÊ: MÚSICA E ...
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um segundo plano, dentro da produção editorial, quando o assunto são Festivais. Os<br />
festivais da Excelsior e da Record são as vedetes de historiadores e sociólogos que buscam<br />
analisar o país pelo aspecto cultural da música unida à televisão, mesmo que canções como<br />
É proibido proibir, de Caetano Veloso, e Para não dizer que não falei de flores, de<br />
Geraldo Vandré e considerada a marselhesa brasileira, tenham sido apresentadas em<br />
Festivais Internacionais da Canção da Globo.<br />
Todavia, as publicações feitas sobre outros festivais que não o <strong>FIC</strong> nos trazem elementos<br />
do ambiente social festivalesco em que vivia o país na época, bem como sobre a agitação<br />
cultural causada por estes espetáculos televisivos.<br />
A monografia está dividida em dois grandes capítulos. O primeiro deles relata a estrutura<br />
televisiva e os mecanismos da indústria cultural para as grandes realizações festivalescas,<br />
abordando bastidores de produção e a visão dos produtores musicais. Por este caminho<br />
procuramos também desvendar alguns princípios dos grandes nomes por trás da Rede<br />
Globo e o quanto as suas visões empreendedoras se relacionam com os festivaisde música<br />
veiculados na TV. Para atingir uma maior profundidade, produções editoriais de ex<br />
integrantes da TV Globo foram fundamentais, aliado a pesquisa em revistas ditas de<br />
“fofoca” que se preocupavam sobremaneira com a nova magia da televisão, em especial<br />
agora que as cores eram incorporadas a sua linguagem. As revistas “Gente” e “Fatos e<br />
Fotos” são alguns exemplos.<br />
No segundo grande capítulo aprofundamos os festivais em si, afunilando no Festival<br />
Internacional da canção de 1972. Algumas matérias e entrevistas fornecidas pela revista<br />
Veja e principalmente pelo Jornal do Brasil foram importantes para encorpar a visão que<br />
temos dos eventos festivalescos. Não nos utilizamos aqui de leituras das músicas em si, o<br />
que seria válido, mas acreditamos que como evento histórico os fatos polêmicos como a<br />
destituição do júri e o próprio espancamento de Gilberto Freyre por agentes repressivos são<br />
suficientes para atingir alguns fins relacionados à importância política destas realizações e<br />
descobrir alguns elementos do desgaste final destas atividades festivas.