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Tecendo tramas sobre Avaliação da Aprendizagem em aulas

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Ecos dessa configuração teórica pod<strong>em</strong> ser percebidos no cotidiano escolar. Os<br />

professores, muitas vezes, part<strong>em</strong> de uma concepção que lhes permite perceber a<br />

complexi<strong>da</strong>de do processo de ensino e aprendizag<strong>em</strong>, porém ain<strong>da</strong> não consegu<strong>em</strong> construir<br />

uma prática de avaliação que ultrapasse os limites <strong>da</strong> ideia de, somente, classificar e a<br />

identificar as aprendizagens considera<strong>da</strong>s ideais e as desviantes do padrão ideal planejado<br />

para ser atingido nas <strong>aulas</strong>. Dessa maneira, considera-se que esse cenário encontra-se frente<br />

ao desafio de efetivar a ruptura <strong>da</strong>s práticas avaliativas pauta<strong>da</strong>s no modelo de avaliação por<br />

objetivos e buscar a ressignificação do campo <strong>da</strong> avaliação com base nas necessi<strong>da</strong>des do<br />

sujeito, na possibili<strong>da</strong>de de operar a serviço <strong>da</strong> construção de aprendizagens significativas<br />

para os alunos. Para isso, pondera-se como necessário estruturar a prática avaliativa<br />

incorporando a ideia de investigar e refletir <strong>sobre</strong> as pistas de aprendizagens revela<strong>da</strong>s no<br />

processo de ensino dos alunos (ESTEBAN, 2002, 2008), visando compreender aspectos <strong>sobre</strong><br />

os fenômenos que não são imediatamente observáveis e que só adquir<strong>em</strong> sentido no território<br />

formativo. Isso requer uma mu<strong>da</strong>nça no processo de formação inicial e continua<strong>da</strong> dos<br />

professores, realizando discussões <strong>sobre</strong> a avaliação que abarqu<strong>em</strong> questões como:<br />

[...] por que se avalia, com qual finali<strong>da</strong>de, quais perspectivas, o que significam os<br />

instrumentos de avaliação usados, o que significam as perguntas formula<strong>da</strong>s nos<br />

diversos instrumentos avaliativos e as respostas <strong>da</strong><strong>da</strong>s, como os professores<br />

elaboram seus instrumentos de avaliação, como os alunos chegam às respostas<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s, que relações exist<strong>em</strong> entre o ato avaliativo e a prática pe<strong>da</strong>gógica <strong>em</strong> sua<br />

totali<strong>da</strong>de, como se explica o processo de aprendizag<strong>em</strong> de um indivíduo ou de um<br />

grupo, entre tantas outras. (ESTEBAN, 2002, p. 172)<br />

Dias Sobrinho (2003), Pereira (2006) e Mendes (2005) compl<strong>em</strong>entam essa ideia<br />

apontando que é preciso conhecer a dialética do processo de avaliação, pois essa é uma<br />

possibili<strong>da</strong>de de gerar a compreensão dos probl<strong>em</strong>as e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nças no<br />

processo avaliativo dos alunos no contexto escolar. Nessa perspectiva Vasconcelos (2003)<br />

apresenta uma série de ações na estrutura <strong>da</strong> dinâmica escolar que pod<strong>em</strong> colaborar para a<br />

melhora do processo de avaliação <strong>da</strong> aprendizag<strong>em</strong>, como estão expostos a seguir:<br />

a) A escola deve propiciar momentos que estimul<strong>em</strong> a reflexão do professor<br />

colocando-o na condição de sujeito, respondendo pelos seus atos e avançando a partir<br />

<strong>da</strong> probl<strong>em</strong>atização pe<strong>da</strong>gógica (pessoal ou coletiva) para o encontro de soluções<br />

contextualiza<strong>da</strong>s.<br />

b) Buscar a mu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong> postura avaliativa, entendendo que não basta articular um<br />

discurso novo e continuar com práticas arcaicas. Na visão de Vasconcelos (2003, p.25)<br />

"o que altera a reali<strong>da</strong>de é a ação e não as elucubrações mentais. [...] No entanto, a<br />

recíproca também é ver<strong>da</strong>deira: não adianta ter uma prática nova marca<strong>da</strong> pelo espírito<br />

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