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Tecendo tramas sobre Avaliação da Aprendizagem em aulas

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i) Praticar, no decorrer <strong>da</strong>s análises <strong>sobre</strong> a prática avaliativa desenvolvi<strong>da</strong> pelos<br />

professores, o senso estético e a sensibili<strong>da</strong>de para compreender a lógica dos aspectos<br />

que se apresentam probl<strong>em</strong>áticos, para que sejam busca<strong>da</strong>s as mu<strong>da</strong>nças necessárias<br />

no contexto escolar.<br />

De maneira geral, nota-se que para a consoli<strong>da</strong>ção de tais proposições é preciso a<br />

construção de uma nova cultura escolar, que pondere a reformulação de ações, normas e<br />

concepções que imped<strong>em</strong> a mu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong>s ações didáticas vigentes. Nesse sentido, entende-se<br />

que a ressignificação <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong> aprendizag<strong>em</strong> não depende, apenas, de mu<strong>da</strong>nças legais,<br />

mas também do comprometimento e <strong>da</strong> boa vontade dos atores que compõe a escola para<br />

analisar as condições concretas, identificar as dificul<strong>da</strong>des e criar estratégias específicas para<br />

solucionar os probl<strong>em</strong>as encontrados. O que sugere alterações <strong>da</strong>s condições de trabalho<br />

ofereci<strong>da</strong>s ao professor, mu<strong>da</strong>nças na estrutura <strong>da</strong> escola, <strong>da</strong> formação dos atores escolares<br />

<strong>sobre</strong> as novas concepções de ensino, aprendizag<strong>em</strong> e avaliação.<br />

Tais conjecturas também levaram este estudo ao reconhecimento <strong>da</strong> importância de<br />

compreender aspectos do contexto histórico <strong>da</strong> avaliação, uma vez que esses conhecimentos<br />

ampliariam o entendimento <strong>sobre</strong> as concepções que permeiam as práticas avaliativas na<br />

escola tendo <strong>em</strong> vista os períodos de abrangência e evolução dessa t<strong>em</strong>ática a partir <strong>da</strong><br />

segun<strong>da</strong> metade do século XX (momento <strong>em</strong> que se fortaleceram as discussões <strong>sobre</strong> o t<strong>em</strong>a).<br />

Sendo assim, tais aspectos serão abor<strong>da</strong>dos no próximo tópico.<br />

2.2.1 A evolução <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong> aprendizag<strong>em</strong> a partir do século XX<br />

Dias Sobrinho (2003) se pauta nos estudos de Stuffebeam e Shinkfield (1987) 10 para<br />

delinear a divisão <strong>da</strong> avaliação <strong>em</strong> cinco períodos, ou cinco gerações: 1) era pré-Tyler; 2)<br />

período Tyler; 3) era <strong>da</strong> inocência, com os estudos pós-Tyler; 4) período do realismo, com a<br />

ratificação de três práticas de avaliação (para prestar contas aos pais; para aferição de<br />

resultados, considerando aspectos <strong>da</strong> aprendizag<strong>em</strong> dos alunos, <strong>da</strong> atuação dos professores e<br />

do sist<strong>em</strong>a escolar por meio de técnicas quantitativas e qualitativas; e as avaliações segundo<br />

as proposições de Cronbach e de Scriven); 5) período do profissionalismo ou<br />

profissionalização <strong>da</strong> avaliação.<br />

Nos parágrafos a seguir é exposta uma síntese pauta<strong>da</strong> no estudo de Dias Sobrinho<br />

(2003) <strong>sobre</strong> os aspectos que caracterizam essas gerações, apontando as diferentes concepções<br />

10 STUFFEBEAM, D. L.; SHINKFIELD, A. J. Evaluación sist<strong>em</strong>ática: guía teórica y práctica. Madrid:<br />

Paidós, 1987.<br />

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