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Educação ambiental na rede pública do município do Rio de Janeiro

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<strong>ambiental</strong>istas <strong>de</strong> caráter crítico e <strong>de</strong>mocrático, a solução da mesma, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Loureiro<br />

(2003, p. 11),:<br />

[...] não se restringe à <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> tecnologias limpas, que diminuam os<br />

impactos sobre o meio <strong>na</strong>tural, nem a mudanças comportamentais. É antes<br />

<strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, necessária a reorganização da base civilizacio<strong>na</strong>l e da estrutura<br />

política, econômica, social e cultural vigente, <strong>na</strong>s socieda<strong>de</strong>s instituídas no<br />

perío<strong>do</strong> posterior à Revolução Industrial e no marco da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

capitalista.<br />

Em outras palavras, para solucio<strong>na</strong>r a crise <strong>ambiental</strong> tais vertentes <strong>ambiental</strong>istas<br />

buscam, primordialmente, construir e realizar ações e intervenções que se pautem <strong>na</strong> origem,<br />

<strong>na</strong>s causas estruturais <strong>do</strong>s problemas que atingem o ambiente. Tais causas estruturais apóiam-<br />

se <strong>na</strong>s articulações entre a dimensão política, econômica e sócio-cultural moldadas pelo mo<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> produção capitalista.<br />

Os indivíduos e grupos que seguem tais tendências têm a consciência <strong>de</strong> que as<br />

atitu<strong>de</strong>s exclusivamente voltadas para a reparação <strong>do</strong>s danos <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>senfrea<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s recursos <strong>na</strong>turais, em nome <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo econômico capitalista, não conduzem ao cerne da<br />

questão <strong>ambiental</strong>. Ainda que as medidas repara<strong>do</strong>ras da <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong> se<br />

configurem, efetivamente, como necessida<strong>de</strong>s imediatas a serem atendidas no percurso <strong>de</strong><br />

resolução da crise, elas correspon<strong>de</strong>m a procedimentos aparentes e não <strong>de</strong>vem ser<br />

compreendidas como a essência, a partir da qual são tecidas as estruturas e as conjunturas<br />

políticas, econômicas e sociais da realida<strong>de</strong>. Além disso, as orientações tecnicistas, que se<br />

limitam à diminuição <strong>do</strong>s impactos ambientais e às mudanças comportamentais, não<br />

correspon<strong>de</strong>m aos fatores que engendram as relações sociais objetivas e subjetivas que<br />

corporificam o meio ambiente no <strong>de</strong>vir da história.<br />

Acerca da caracterização das tendências existentes, há vários grupos inseri<strong>do</strong>s no<br />

movimento <strong>ambiental</strong>ista. Segun<strong>do</strong> Loureiro (2003), o <strong>ambiental</strong>ismo, compreendi<strong>do</strong> como<br />

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