Nós temos câncer renal - Kidney Cancer Association
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eles, estão o “fator de crescimento endotelial vascular” (VEGF) e o “fator de crescimento derivado das<br />
plaquetas” (PDGF). Esses fatores de crescimento ativam certas tirosina quinases (TKIs), proteínas<br />
internas às células cancerosas de grande importância nas funções celulares, inclusive o desenvolvimento<br />
de novos vasos sanguíneos. Isso permite que os tumores cresçam e entrem em metástase, espalhandose<br />
por outras partes do organismo.<br />
Em 2005 e 2006, a FDA (Food and Drug Administration [EUA]) aprovou os primeiros novos<br />
medicamentos para tratar o <strong>câncer</strong> <strong>renal</strong> em mais de uma década: Nexavar® (tosilato de sorafenibe) e<br />
Sutent® (malato de sunitinibe). Esses dois medicamentos interrompem o processo de angiogênese. Em<br />
2009, a FDA aprovou dois outros inibidores da angiogênese, o Votrient® (pazopanibe) e o Avastin<br />
(bevacizumabe), administrados em combinação com o Intron (interferon). Você pode querer obter<br />
informações sobre últimos medicamentos aprovados para uso no Brasil, para isso, entre em contato<br />
com a ANVISA ou com o fabricante dos medicamentos.<br />
O sorafenibe, sunitinibe e pazopanibe são conhecidos como inibidores das TKIs. Esses medicamentos<br />
interferem nas proteínas internas às células cancerosas, surtindo efeito, assim, em certas funções<br />
celulares. Todos são administrados via oral e são muito promissores para os pacientes com <strong>câncer</strong><br />
<strong>renal</strong>. Esses medicamentos também são conhecidos como “inibidores multiquinases”, por terem como<br />
alvo tanto a estrutura das células tumorais quanto a estrutura dos vasos sanguíneos. Agem interferindo<br />
na reprodução de células cancerosas, na medida em que essas células tentam crescer e se dividir de<br />
forma incontrolável.<br />
O objetivo do tratamento com qualquer desses medicamentos é desacelerar a taxa de crescimento do<br />
<strong>câncer</strong> e, se possível, reduzir o tamanho dos tumores existentes. Alguns pacientes podem apresentar<br />
redução significativa na quantidade de <strong>câncer</strong> no organismo. Outros podem não apresentar redução no<br />
tamanho dos tumores, apresentando, porém, longos períodos de doença “estável”. (Consultar a seção<br />
“Administrando suas expectativas quanto à terapia”, mais adiante neste capítulo). Alguns pacientes<br />
receberam sorafenibe ou sunitinibe por mais de três anos. Esforços de pesquisa contínuos buscam<br />
outros medicamentos eficazes no tratamento do <strong>câncer</strong> <strong>renal</strong> (consultar o Capítulo 5, “Estudos<br />
clínicos”). Seu médico informará como o <strong>câncer</strong> está respondendo ao tratamento e terá várias opções<br />
adicionais, que devem ser consideradas para o tratamento, quando necessário.<br />
Deve-se observar que alguns pacientes não terão nenhum benefício com o uso de um medicamento.<br />
Em alguns casos, um medicamento que foi eficaz ao tratar o <strong>câncer</strong> de um paciente para de funcionar e<br />
outras opções de tratamento devem ser consideradas.<br />
Nexavar® (tosilato de sorafenibe)<br />
O Nexavar® (tosilato de sorafenibe) é um medicamento que alveja a irrigação sanguínea do tumor,<br />
desprovendo-o de oxigênio e nutrientes necessários para ao seu crescimento. Ao bloquear o fator de<br />
crescimento endotelial vascular (VEGF) e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), o<br />
Nexavar® pode interferir na capacidade das células tumorais de aumentar seu suprimento de sangue.<br />
Ao bloquear a via raf-quinase, o Nexavar® também pode interferir no crescimento e proliferação das