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Murilo Rubião e a narrativa do insólito. Flavio ... - Dialogarts - Uerj

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conforto, quanto aos eventos resultantes desse desequilíbrio.<br />

Entretanto, apesar da constatação desta ocorrência insólita ninguém<br />

realmente demonstra uma tentativa de combate frente a<br />

essa problemática, os membros da vila simplesmente incorporam<br />

tal evento ao seu cotidiano.<br />

Dessa forma, as incoerências provenientes da questão<br />

<strong>do</strong> tempo estimulam os mora<strong>do</strong>res a aceitarem os eventos impertinentes<br />

os tornan<strong>do</strong> algo corriqueiro, comum, parte <strong>do</strong> cotidiano,<br />

pois, apesar de saberem <strong>do</strong> retrocesso <strong>do</strong> tempo não reclamam<br />

e acabam por aproveitá-lo. Até mesmo um homicídio<br />

fora incorpora<strong>do</strong> como uma ocorrência trivial, banal, a vida das<br />

personagens, já que essas nada fizeram para contestar.<br />

Enfim, os eventos <strong>insólito</strong>s analisa<strong>do</strong>s na <strong>narrativa</strong> fogem<br />

ao racional, sóli<strong>do</strong>, ordinário, ou seja, ao espera<strong>do</strong> e lógico<br />

<strong>do</strong> senso comum, porém no conto são congrega<strong>do</strong>s sem inconvenientes<br />

ao cotidiano <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res de uma vila. Isso de forma<br />

comum, habitual, corriqueira, sem questionamento, finalmente,<br />

os acontecimentos <strong>insólito</strong>s são banalizadas.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

ASSIS, Macha<strong>do</strong> de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.<br />

Clássicos da Literatura. Espanha, Barcelona: Sol90, 2004.<br />

BERMAN, Marshall. Tu<strong>do</strong> que é sóli<strong>do</strong> desmancha no ar: a<br />

aventura da modernidade. São Paulo: Cia. das letras, 1987.<br />

DOTTIN-ORSINI, Mireille. A mulher que eles chamavam fatal.<br />

Trad. Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.<br />

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da<br />

Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.<br />

GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. Série<br />

Princípios. São Paulo: Ática, 1991.<br />

<strong>Murilo</strong> <strong>Rubião</strong> e a <strong>narrativa</strong> <strong>do</strong> <strong>insólito</strong> / ISBN 978-85-86837-31-9 / <strong>Dialogarts</strong> 2007<br />

71<br />

NUNES, Benedito. O Tempo na Narrativa. Série Fundamentos.<br />

São Paulo: Ática, 2000.<br />

RUBIÃO, <strong>Murilo</strong>. Mariazinha. In: Contos Reuni<strong>do</strong>s. São Paulo:<br />

Ática, 2005, p. 41-46.<br />

Sites da Internet:<br />

http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/A/analepse.htm , 24/07/07<br />

14:03<br />

http://pt.wikipedia.org/wiki/Analepse , 24/07/07 14:04<br />

http://www.direitonet.com.br/dicionario_latim/x/64/00/640/ ,<br />

28/07/07 23:05<br />

http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resulta<strong>do</strong>s.aspx , 28/07/07<br />

11:19<br />

<strong>Murilo</strong> <strong>Rubião</strong> e a <strong>narrativa</strong> <strong>do</strong> <strong>insólito</strong> / ISBN 978-85-86837-31-9 / <strong>Dialogarts</strong> 2007<br />

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