18.04.2013 Views

projeto intensivo no ciclo i - Secretaria Municipal de Educação

projeto intensivo no ciclo i - Secretaria Municipal de Educação

projeto intensivo no ciclo i - Secretaria Municipal de Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

R<br />

n<br />

f<br />

58<br />

s<br />

-<br />

+<br />

e<br />

U<br />

G<br />

6<br />

P<br />

1<br />

25<br />

3<br />

=<br />

h<br />

-:<br />

20 PROJETO INTENSIVO NO CICLO 1<br />

vigiam-se uns aos outros. A fofoca é cultivada como se fosse uma obrigação,<br />

como se representasse um <strong>de</strong>ver cívico.<br />

Uma linda moça da cida<strong>de</strong> vai ao baile <strong>de</strong>sacompanhada, dança a <strong>no</strong>ite<br />

toda com um <strong>de</strong>sconhecido e ninguém sabe quem ela é?<br />

Ele continuou perguntando por sua dançarina. Foi aos armazéns e lojas<br />

que tinha como clientes, <strong>de</strong>screvia a moça, dizia seu <strong>no</strong>me e ninguém sabia<br />

dizer quem era a donzela.<br />

– Aquela com quem dancei ontem a <strong>no</strong>ite toda.<br />

Ninguém tinha visto.<br />

Desanimado, voltou para sua hospedagem.<br />

Então um velho se apresentou, era um empregado do hotel, empregado<br />

que Leôncio nunca tinha visto, nem nessa nem em outras estadas na cida<strong>de</strong>.<br />

Era alto, magro e <strong>de</strong> uma pali<strong>de</strong>z <strong>de</strong>sconcertante.<br />

O velho empregado do hotel lhe disse:<br />

– Moço, conheci uma tal Marina igualzinha à sua.<br />

E completou, baixando a voz respeitosamente:<br />

– Mas ela está morta, morreu há muito tempo.<br />

Disse que a moça pereceu num <strong>de</strong>sastre <strong>de</strong> carro, quando estava fugindo<br />

para se casar com um caixeiro-viajante, casamento que a família <strong>de</strong>la não<br />

queria, <strong>de</strong> jeito nenhum.<br />

Leôncio ficou chocado com a história, que absurdo! Imaginar que se<br />

tratava da mesma pessoa!<br />

– Nem pensar. Eu a tive <strong>no</strong>s braços a <strong>no</strong>ite toda!<br />

Mas o velho funcionário insistiu:<br />

– No túmulo <strong>de</strong>la tem a fotografia, quer ver?<br />

– Não po<strong>de</strong> ser, é um disparate, mas quero ver.<br />

O velho não se fez <strong>de</strong> rogado.<br />

Em poucos minutos estavam os dois subindo a la<strong>de</strong>ira que levava ao<br />

afastado cemitério da cida<strong>de</strong>.<br />

Com a cabeça girando, cheio <strong>de</strong> dúvidas e incertezas, Leôncio se<br />

perguntava:<br />

– O que é que eu estou fazendo aqui?<br />

Chegaram ao portão do campo-santo e o velho disse a Leôncio que<br />

entrasse sozinho. Não gostava <strong>de</strong> cemitérios, <strong>de</strong>sculpou-se. Explicou como<br />

chegar ao túmulo da moça, <strong>de</strong>spediu-se com uma reverência e foi embora.<br />

Não foi difícil para o caixeiro-viajante encontrar a campa que seu<br />

acompanhante <strong>de</strong>screveu com precisão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!