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O PARAPLÉGICO NO MERCADO DE TRABALHO – A ... - UFRJ

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Dizer que um indivíduo tem uma deficiência não implica, portanto, que ele tenha uma<br />

doença nem que tenha de ser encarado como “doente”. Já o Decreto nº 3.298/99 (BRASIL,<br />

1999) considera que as deficiências podem ser parte ou uma expressão de uma condição de<br />

saúde, mas não indicam necessariamente a presença de uma doença ou que o indivíduo deva<br />

ser considerado doente. Completa, informando que as deficiências podem ser temporárias ou<br />

permanentes, progressivas, regressivas ou estáveis, intermitentes ou contínuas.<br />

Retomando a linha de raciocínio, o que se percebia nas colocações dos alunos era uma<br />

preocupação desproporcional com determinadas complicações do TRM em detrimento da<br />

valorização do potencial do cliente.<br />

Este, muitas vezes, pelo efeito do trauma ou por não ter tido um suporte adequado para<br />

um tratamento direcionado na área de reabilitação, tem esse potencial mascarado ou<br />

embotado; por vezes, diminuído, é verdade, mas por uma procura ou acesso tardio ao<br />

tratamento.<br />

A percepção do aluno passa também a inquietar quando, apesar de todo conteúdo<br />

teórico e prático oferecido durante o desenvolvimento do programa curricular, ainda tem<br />

dificuldade de “enxergar” num paraplégico o que está por traz daquele corpo aparentemente<br />

inerte.<br />

Por outro lado, mesmo com os docentes que dominam a temática, esse entendimento<br />

nem sempre fica completamente estabelecido; talvez em função da carga de preconceitos que<br />

cada um de nós carrega.<br />

Dessa forma, vem a reflexão: o que se pode esperar da população em geral, que<br />

interage em diferentes contextos, com indivíduos deficientes, inclusive no ambiente de<br />

trabalho e que não tem o conhecimento e essa preocupação ou inquietação? Assim, começa a<br />

delinear a problemática de que o portador de deficiência, apesar de reabilitado, tem<br />

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