Cuide-se ... porque você vale muito - Universidade Federal do Paraná
Cuide-se ... porque você vale muito - Universidade Federal do Paraná
Cuide-se ... porque você vale muito - Universidade Federal do Paraná
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
forma sutil e <strong>se</strong>nsorial (O perfume <strong>do</strong> céu). Na cultura japonesa, a persuasão <strong>se</strong> dá<br />
quan<strong>do</strong> o produto que está <strong>se</strong>n<strong>do</strong> anuncia<strong>do</strong> con<strong>se</strong>gue ter a sua imagem ligada às<br />
boas <strong>se</strong>nsações <strong>se</strong>nsoriais que as peças de propaganda querem transmitir. Se a<br />
diferença é tão marcante entre essas duas culturas, como isso <strong>se</strong> daria com relação<br />
ao Brasil e a Argentina?<br />
Cada sociedade “constitui um ethos cultural, ou <strong>se</strong>ja, possui um sistema<br />
próprio de padrões de conduta, de ‘atitudes e normas gerais sobre a práxis cultural’”<br />
(HERNÁNDEZ SACRISTÁN, 1999, p. 35 apud DIAS, 2010, p. 7) 8 . Logo, acreditamos<br />
na hipóte<strong>se</strong> de que possam existir variações entre as estratégias usadas por<br />
culturas tão próximas como as <strong>se</strong>lecionadas e é por isso que decidimos verificar<br />
quais são as estratégias utilizadas em cada uma dessas culturas. Depois, essas<br />
estratégias <strong>se</strong>rão colocadas em contraste para que possamos levantar algumas<br />
hipóte<strong>se</strong>s sobre <strong>se</strong>u uso.<br />
1.5 POR QUE DA ESCOLHA DE REVISTAS ARGENTINAS?<br />
A escolha pela variante argentina advém da minha relação pessoal com o<br />
país no qual realizei parte de meus estu<strong>do</strong>s durante a graduação e que sobre o qual,<br />
por con<strong>se</strong>quência, tenho mais conhecimento (empírico) quanto às relações entre as<br />
pessoas, algumas variantes culturais, etc. Es<strong>se</strong> estu<strong>do</strong> também <strong>se</strong> justifica pela<br />
proximidade das relações que Brasil e Argentina têm principalmente como<br />
con<strong>se</strong>quência <strong>do</strong> MERCOSUL (Merca<strong>do</strong> Comum <strong>do</strong> Cone Sul), e das raízes<br />
históricas (paí<strong>se</strong>s latinos, colonização ibérica, etc.) que ambos compartilham.<br />
Acrescentamos o fato de não haver estu<strong>do</strong>s nessa linha que propomos com ditas<br />
variantes, o que corroborou para a nossa escolha.<br />
1.6 HIPÓTESE INICIAL<br />
A partir da análi<strong>se</strong> <strong>do</strong>s anúncios das revistas brasileiras e argentinas,<br />
pretende-<strong>se</strong> ob<strong>se</strong>rvar como <strong>se</strong> dá o uso das estratégias de polidez linguísticas em<br />
duas culturas tão próximas e a sua frequência. A nossa hipóte<strong>se</strong> inicial é a de que<br />
essas duas culturas apre<strong>se</strong>ntam a mesma (ou similar) frequência de<br />
8 HERNÁNDEZ SACRISTÁN, C. Cultura y acción comunicativa: introducción a la pragmática<br />
intercultural. Barcelona: Octaedro, 1999.<br />
7