A lista transcrita representa apenas uma parte das leituras feitas por <strong>Florbela</strong>, pois reporta-se até 1917; e tudo o que anteriormente diss<strong>em</strong>os teve <strong>em</strong> conta apenas as cartas insertas no volume V. No Volume VI encontramos referências mais vagas e <strong>em</strong> menor quantida<strong>de</strong>. No entanto não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser importante verificar que, para além <strong>de</strong> autores portugueses e franceses, <strong>Florbela</strong> conhece também alguns italianos através do seu amigo e editor Guido Battelli. Conheço realmente os versos <strong>de</strong> Ada Negri através [<strong>de</strong>] traduções francesas e um estudo <strong>de</strong> Shuré. As duas outras poetisas italianas, assim como a poetisa uruguayana não conheço. De Itália, além dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outrora, é claro, conheço apenas, e s<strong>em</strong>pre através <strong>de</strong> traduções, Lupardi, Guido <strong>de</strong> Verona e d’Annunzio. Nada mais. [ESPANCA: 1986 b , p. 137]. Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> salientar este “é claro” que frisa o conhecimento dos “gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outrora”, como um conhecimento imprescindível e inevitável para qu<strong>em</strong> dialoga com as letras e com os poetas seus irmãos, o que nos r<strong>em</strong>ete para o po<strong>em</strong>a “Torre <strong>de</strong> Névoa” do Livro <strong>de</strong> Mágoas, on<strong>de</strong> a poetisa nos diz que se pôs “comovida, a conversar/Com os poetas mortos, todo o dia.” De tudo o que foi exposto não resulta, certamente, uma lista exaustiva dos conhecimentos e gostos literários da poetisa. Mas mostra, com certeza, o seu apreço pela leitura e o <strong>em</strong>penho nos estudos. Para completar o quadro <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> leitora há que aten<strong>de</strong>r também à sua “biblioteca” pessoal constituída pelos autores seguintes: 28
• ALANIC, Mathild, L’amour est mon peché, Paris, Calmann Levy editeurs, 1898. • , La romance <strong>de</strong> Jacon<strong>de</strong>, Paris, Librairie Plon, 1908. • ARDEL, Henry, Le mal d’aimer, Paris, Librairie Plon, s/d. • BORDEAUX, Henry, La maison morte, Paris, Librairie Plon, 1922. • BOYLESVE, René, Le meilleur ami, Paris Arth<strong>em</strong>e fayard éditeurs, s/d (c/ ass. <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> e data: Esmoriz, 4-8-1924. • CHANTEPLEURE, Guy, Les ruines en fleur, Paris Calmann Lévy éditeurs, 1913. •CORTHIS, André, Le pardon pr<strong>em</strong>ature, Paris, Arth<strong>em</strong>e Fayard Editeurs, s/d. (c/ ass. <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> e a data: Porto, 2-8-1924. •COULEVAIN, Pierre <strong>de</strong>, Noblesse Americaine (roman), Pais, Librairie Paul Ollendorf. • DEBARNE-MADRUS, Lucie, Le pain blanc (roman), Paris, J.Ferenczi et fils éditeurs, s/d, (com quadra autografa <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> na capa). • DUVERNOIS, Henry, Crapotte, Paris, Arth<strong>em</strong>e Fayard éditeurs, s/d (c/ ass. <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> e a data: Esmoriz, 17-8-1924). • , Morte la bête, Paris, Arth<strong>em</strong>e Fayard éditeurs, 1924 (c/ ass. <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> e a data: Esmoriz, 10-8-1924). • FOLEY, Charles, Fleur d’ombre (roman), Paris, Ernest Flammarion éditeurs, s/d. • LICHTENBERGER, A., Re<strong>de</strong>ntion (roman), Paris, J. Ferenczi et fils éditeurs, 1924 (c/ ass. <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> e a data: Esmoriz, 6-8-1924. • LICHTENBERGER, André, Le coeur est le même, Paris, Librairie Plon, 1919. • M., Maryan, Une nièce d’Amerique, Paris, Librairie <strong>de</strong> Paris, s/d. • MAQUET, Philip, Ma<strong>de</strong>moiselle <strong>Do</strong>n Quichotte, paris, édition du Mon<strong>de</strong> Ilustre, 1908. • MARGUERITE, Victor, Le soleil dan la gêole (roman), Paris, Ernest Flammarion éditeur, 1921. • MORAN, Paul, L’Europe Galante, Paris, Bertrand Grasset, 1927 (c/ <strong>de</strong>dicatória autografa da poetisa a Mário Lage e a data: Porto, 4-1-1928. • VILLETARD, Pierre, Les poupées se cassent (roman), Paris, Albin Michel éditeur, 1919. [GUEDES: 1986, pp.105-6] Nota: Em Com<strong>em</strong>orações do 1º Centenário <strong>de</strong> <strong>Florbela</strong> Espanca, Exposição Biblográfica e Iconográfica a mesma lista é organizada por “doze livros enca<strong>de</strong>rnados com o timbre FE” e “sete livros brochados com a assinatura ‘Bela’”. 29
- Page 1 and 2: Custódia de Jesus Gonçalves Perei
- Page 3 and 4: Aqui jaz Florbela, a Triste, a Lind
- Page 5 and 6: ÍNDICE 1 - Introdução 1 2 - Flor
- Page 7 and 8: 1 - INTRODUÇÃO Sempre manifestám
- Page 9 and 10: devendo antes definir-se como uma r
- Page 11 and 12: Cabe, assim, às editoras escolares
- Page 13 and 14: 2 - Flor Bela, Florbela. “[...]
- Page 15 and 16: Também este assento é cancelado e
- Page 17 and 18: 2.1 - Uma outra Florbela. “Pues n
- Page 19 and 20: Florbela desde muito cedo usufruiu
- Page 21 and 22: É a “Gata Borralheira” e paral
- Page 23 and 24: Porém, o tom irónico que assumem
- Page 25 and 26: “originalidade poética”, tal c
- Page 27 and 28: educação da mulher burguesa que,
- Page 29 and 30: com realidades e culturas que lhe s
- Page 31 and 32: encontra em plano de desigualdade e
- Page 33: modernistas, não estaria preparado
- Page 37 and 38: Quer-nos então parecer que embora
- Page 39 and 40: No entanto não podemos deixar de s
- Page 41 and 42: “mulheres [têm] talento vocabula
- Page 43 and 44: Após ter recebido uma oferta da ed
- Page 45 and 46: genial Ada Negri”, a qual diz con
- Page 47 and 48: ele me conhece?” [ESPANCA: 1986 b
- Page 49 and 50: assinalar, pois vem reforçar a nos
- Page 51 and 52: 3.1 - O ultimato inglês. A irrupç
- Page 53 and 54: apreensão acerca do ímpeto patri
- Page 55 and 56: Pátria, em Fevereiro de 1890, e An
- Page 57 and 58: a intuição é superior à razão,
- Page 59 and 60: Paradoxalmente, apesar de não demo
- Page 61 and 62: O ensino público feminino viria a
- Page 63 and 64: homens” e chega à Universidade,
- Page 65 and 66: crença e a realidade. Faltava agor
- Page 67 and 68: Perante este contexto, não resisti
- Page 69 and 70: Porém, este arroubo da mulher em q
- Page 71 and 72: do fundo dessas gaiolas não há na
- Page 73 and 74: Mas logo foi alertada para o facto
- Page 75 and 76: sido vista e entendida como um ser
- Page 77 and 78: política Então lá se foram as el
- Page 79 and 80: 4 - O sentimento Neurastenia Ó chu
- Page 81 and 82: enquanto mola impulsionadora da vid
- Page 83 and 84: pensamento, “ Um livro é uma vai
- Page 85 and 86:
intuito de reconfortar e encontrar
- Page 87 and 88:
Em Nobre, a dor é extraída do cor
- Page 89 and 90:
Sou talvez a visão que Alguém son
- Page 91 and 92:
Se me ponho a cismar em outras eras
- Page 93 and 94:
próprio silêncio. E nessa hora cr
- Page 95 and 96:
Com efeito, podemos detectar no son
- Page 97 and 98:
ela chorou, numa comunhão de senti
- Page 99 and 100:
e lembrar![...]”, “Porque tudo
- Page 101 and 102:
Florbela dialoga com “Os poetas m
- Page 103 and 104:
O verso altivo e forte, estranho e
- Page 105 and 106:
põe, agora, em destaque o “Dizer
- Page 107 and 108:
LIVRO DE MÁGOAS Poemas Ninguém Al
- Page 109 and 110:
O livro a que se refere Florbela se
- Page 111 and 112:
Esse nome apenas “murmurado”, a
- Page 113 and 114:
No Livro de Soror Saudade, esta dis
- Page 115 and 116:
És Aquela que tudo entristece Aque
- Page 117 and 118:
A perda deste passado glorioso, ape
- Page 119 and 120:
Poemas Versos «Soror Saudade» Irm
- Page 121 and 122:
considerado um poema de viragem na
- Page 123 and 124:
Entre a Florbela que dá os primeir
- Page 125 and 126:
Em “Inconstância”, o “Eu”
- Page 127 and 128:
Ao brilho e poder criador do sol ju
- Page 129 and 130:
modo surpreender até a própria po
- Page 131 and 132:
...................................
- Page 133 and 134:
Entramos, assim, na esfera de Charn
- Page 135 and 136:
momento, sob pena de se lastimar, n
- Page 137 and 138:
todas as belas coisas que me consol
- Page 139 and 140:
fomentam o malquerer dos outros, co
- Page 141 and 142:
“ ‘Toledo, Aguarela de G. Batte
- Page 143 and 144:
omântico, algo de “grave e trist
- Page 145 and 146:
Os versos transcritos dão-nos cont
- Page 147 and 148:
Mas repare-se que Florbela, no poem
- Page 149 and 150:
E uma vez subida a ladeira E, acaba
- Page 151 and 152:
Fernando Martinho baseia-se nas pal
- Page 153 and 154:
já tivemos ocasião de demonstrar,
- Page 155 and 156:
Tal facto é lamentável se tivermo
- Page 157 and 158:
Contudo, parece-nos oportuno fazer
- Page 159 and 160:
PROGRAMA DE PORTUGUÊS DO ENSINO SE
- Page 161 and 162:
PROGRAMA DE PORTUGUÊS DO ENSINO SE
- Page 163 and 164:
inicialmente era nosso propósito f
- Page 165 and 166:
Quadro 4 Manuais Escolares - 12 ano
- Page 167 and 168:
Podemos, então, constatar que os m
- Page 169 and 170:
diversos, onde o amor assume divers
- Page 171 and 172:
além do vocabulário de Escola, co
- Page 173 and 174:
-----------------------------------
- Page 175 and 176:
168
- Page 177 and 178:
170
- Page 179 and 180:
Apêndice nº 3 172
- Page 181 and 182:
174
- Page 183 and 184:
Apêndice nº 5 176
- Page 185 and 186:
Apêndice nº 6 178
- Page 187 and 188:
180
- Page 189 and 190:
-----------------------------------
- Page 191 and 192:
, 2004, Sonetos, edição completa
- Page 193 and 194:
[CATÁLOGO] 1994 a , Comemorações
- Page 195 and 196:
MAGALHÃES, Isabel Allegro de, 1995
- Page 197 and 198:
SANTOS, Victor Marques dos, 1936, A
- Page 199 and 200:
COELHO, Maria da Conceição (org.)
- Page 201 and 202:
RAMOS, Rui, 2001, “A Segunda Fund