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especificas direccionadas para estu<strong>do</strong>s em jazidas arqueológicas (Murphy, 1989; Van der<br />
Veen, 1987). Sempre que possível foi calculada a largura da base das glumas para<br />
comparações biométricas. Limitamo-nos a este parâmetro por ser o único que se conseguiu<br />
obter de forma sistemática entre as diferentes espécies identificadas.<br />
Para a realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> antracológico, os fragmentos de carvão de dimensões<br />
superiores a 2mm foram secciona<strong>do</strong>s manualmente segun<strong>do</strong> as três secções de<br />
diagnóstico: transversal, radial e tangencial. A observação foi realizada com recurso ao<br />
microscópio óptico de luz reflectida.<br />
As imagens SEM (microscopia electrónica de varrimento), <strong>do</strong> tipo Fieldemission, foram<br />
realizadas no Centro de Materiais da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (CEMUP), com recurso a um<br />
equipamento FEI, Quarta 400F.<br />
A identificação taxonómica foi realizada com recurso aos atlas anatómicos de F.<br />
Schweingruber (1990a; 1990b) e Vernet et al. (2001) ten<strong>do</strong>-se recorri<strong>do</strong> ainda a estu<strong>do</strong>s<br />
específicos para a identificação de fragmentos de género Quercus (Van Leeuwaarden, in<br />
prep.) e Erica (Queiroz, Van der Burgh, 1989) e à colecção de referência de cortes<br />
histológicos em montagem no Laboratório de Paleoecologia e Arqueobotânica <strong>do</strong> IPA.<br />
Quanto à unidade de medida, distinguem-se as abordagens da carpologia e da<br />
antracologia. No primeiro caso, o indivíduo é a unidade fundamental para contabilização,<br />
distinguin<strong>do</strong>-se claramente os elementos intactos ou aproximadamente intactos daqueles<br />
fragmenta<strong>do</strong>s. No caso especifico da espécie Vicia faba var. minor foi calcula<strong>do</strong> o numero<br />
mínimo de sementes com base na identificação <strong>do</strong> hilo.<br />
Para as análises antracológicas optou-se, neste estu<strong>do</strong>, pela utilização <strong>do</strong> nº de<br />
fragmentos como unidade de medida. Esta opção partiu de pesquisas a várias abordagens<br />
meto<strong>do</strong>lógicas descritas na bibliografia, e não de qualquer experimentação concreta.<br />
Estu<strong>do</strong>s comparativos têm demonstra<strong>do</strong> que o uso da massa, peso ou <strong>do</strong> nº de fragmentos<br />
oferecem resulta<strong>do</strong>s equivalentes (Uzquiano, 1997; Badal et al., 2003). Acrescente-se que o<br />
último apresenta uma maior rapidez de análise, sen<strong>do</strong> assim mais vantajoso para estu<strong>do</strong>s<br />
desta natureza. De qualquer mo<strong>do</strong>, as limitações que se considera existir na análise<br />
numérica linear <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s lenhosos carboniza<strong>do</strong>s (vide supra) relativiza a escolha da<br />
unidade de medida, evidencian<strong>do</strong> o enfoque em aspectos qualitativos para os quais é mais<br />
significativa a indicação de presença de cada taxon.<br />
Seguin<strong>do</strong> este princípio a análise estatística realizada sobre os vestígios<br />
antracológicos fez-se segun<strong>do</strong> factores de presença-ausência nas amostras, sem incluir<br />
comparações da frequência de fragmentos. Este tipo de análise encontra inúmeros<br />
problemas, como se encontra bem exposto por Raquel Piqué i Huerta (1999), sen<strong>do</strong> claro<br />
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