LISBOA renova votos DE PROTAGONISMO (2).pdf - RUN UNL ...
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Lisboa “<strong>renova</strong> <strong>votos</strong>” de protagonismo: património (i)material, criatividade e emoção – um manifesto por um<br />
território mais competitivo e inclusivo<br />
Judite Lourenço Reis ▪ Março | 2012<br />
Mestrado em Metropolização, Planeamento Estratégico e Sustentabilidade<br />
nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo. Mas a um novo<br />
cosmopolitismo estético, a Europa junta a vantagem do que Greg Richards denominou<br />
por “edudistração”, ou seja, a possibilidade de combinar educação e distracção, pois a<br />
qualidade da visita é avaliada com base em todos os atributos da atracção e não<br />
apenas nos culturais. (2001: 6). O que obviamente nos dá algum conforto, se pensarmos<br />
nas amenidades 37 que caracterizam a AML 38 , na variedade e riqueza gastronómica<br />
(RICHARDS, 2003a) e num pool de recursos humanos cada vez mais qualificados. 39<br />
João Goulão Crespo (2006: 307) também concorda com o facto de termos (…) uma<br />
geração de jovens licenciados e doutorados com muito talento, alguns com uma<br />
formação que nos enche de orgulho (eu diria mesmo inveja) [metendo a mão na ferida],<br />
mas não temos hábitos de risco 40 .<br />
“lei de Zahavi”), que refere que à medida que a velocidade dos transportes aumenta, mais longínqua será a<br />
residência dos habitantes [visitantes] da cidade (…). (1998: 11-2).<br />
37 Considerado aqui num sentido multidimensional que compreende quer a perspectiva climática (clima tipo<br />
atlântico - mediterrânico, em que o clima da cidade de Lisboa é apontado mais como tipo mediterrâneo, o que<br />
significa um Verão quente e seco. Em que a maior concentração de precipitação se dá no período entre Outubro e<br />
Abril. Maria João Alcoforado explica a amenidade térmica pela proximidade ao Atlântico - entre outros factores),<br />
quer paisagística com tradução nas seguintes áreas protegidas: Reserva natural do estuário do Tejo; Reserva natural<br />
do estuário do Sado; Paisagem protegida da arriba fóssil da Costa da Caparica; Parque Natural de Sintra-Cascais e<br />
Parque Natural da Arrábida, quer mesmo sociais, pois apresenta níveis médios de pacificação social,<br />
comparativamente a outras áreas metropolitanas.<br />
38 Como quem remata a ideia das amenidades sociais, e porque se reveste de interesse para a melhor compreensão,<br />
traz-se o depoimento de Michel Chandeigne Lisboa é uma cidade única e a última na Europa onde ainda se encontra<br />
um tecido popular no centro da cidade. Isso provavelmente tenderá a desaparecer, mas será um processo lento. …<br />
(gosto) da luz branca, a calçada portuguesa - um luxo que nenhuma outra cidade tem - a escala humana e as pessoas<br />
que ainda dão atenção umas às outras, o que sucede sobretudo nos bairros mais populares. Apud (SOARES, 2004:<br />
255).<br />
39 (…) no ensino superior (…) mais de 290 mil inscritos entre 1978 e 2009, o que significa 4,5 vezes mais alunos em<br />
três décadas. (…) Com a evolução do número de alunos no ensino superior acentua-se a representatividade da<br />
população com este nível de formação (…). O País nunca teve tantos diplomados pelo ensino superior como hoje.<br />
(…) Comparando os 19 mil diplomados, de 1991, com os 84 mil, de 2008 (…). Outro indicador que os autores<br />
apontam nesta “rota de excelência” é o incremento do número de doutoramentos, em 1970 o número de pessoas que<br />
obteve o grau de doutoramento (…) foi de apenas 61 (…) até ao início dos anos 80 o número total de doutoramentos<br />
nunca ultrapassou os 200 por ano. Actualmente, os dados revelam uma realidade bem diversa, com o número anual<br />
de doutoramentos bem acima dos mil por ano (em 2008, houve 1500). (ROSA e CHITAS, 2010: 31 a 39, passim).<br />
Não obstante sabermos que esta realidade não traduz uniformemente a escala nacional, e o INE através do trabalho<br />
“Censos 2011 - Resultados Provisórios” atesta-o ao revelar que Lisboa é a região do país com maior percentagem de<br />
licenciados (37%), seguindo-se a região Norte com 30% e a região Centro com 19,6%. (2011: 2). Fonte:<br />
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&<strong>DE</strong>STAQUESdest_boui=129675729&<strong>DE</strong>STAQ<br />
UESmodo=2<br />
40 Conclui afirmando que (…) O que precisamos é de continuar a investir na sua formação e criar estímulos ao<br />
risco (…). Precisamos de criar mecanismos de apoio e de estímulo ao risco de forma a que estes jovens criem as<br />
suas próprias «start-up» de base tecnológica. (CRESPO, 2006: 307).<br />
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