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LISBOA renova votos DE PROTAGONISMO (2).pdf - RUN UNL ...

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Lisboa “<strong>renova</strong> <strong>votos</strong>” de protagonismo: património (i)material, criatividade e emoção – um manifesto por um<br />

território mais competitivo e inclusivo<br />

Judite Lourenço Reis ▪ Março | 2012<br />

Mestrado em Metropolização, Planeamento Estratégico e Sustentabilidade<br />

dissipar qualquer dúvida, visto defender que a diferença não é de objecto, mas sim<br />

epistemológica. [Pois] (…) manifestações culturais (dança, música, poesias, crenças,<br />

expressões, técnica, etc.),olhadas por folcloristas, são “folclore”, “facto folclórico”,<br />

“manifestação folclórica”. Aos olhos dos antropólogos, são “cultura”. Actualmente, a<br />

tendência de ambos é de percebê-los como “património”; ao menos pelo facto de que,<br />

ao serem potencialmente bens patrimoniais, ampliam as possibilidades profissionais de<br />

ambos 123 . (2006: 7).<br />

Património cultural imaterial<br />

O Património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é permanentemente<br />

recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a<br />

natureza e a sua história, proporcionando-lhes um sentimento de identidade e de<br />

continuidade, contribuindo assim para promover o respeito pela diversidade cultural e a<br />

criatividade humana. In Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial da<br />

Humanidade, UNESCO, 2003 (Artº 2, alínea 1).<br />

José Duarte Centeno Jorge considera que se há algo que define o património enquanto<br />

herança cultural e que é comum a todas as suas acepções contemporâneas, esse algo é<br />

a imaterialidade. (2003: 11); Clara Bertrand Cabral (2011) adianta que o Património<br />

cultural imaterial é porventura, de todos os patrimónios, o mais difícil de explicar.<br />

Com Márcia Sant’Anna compreendemos que a génese de preservar o património<br />

imaterial não surgiu na sociedade ocidental (mais associada à cultura material) mas sim<br />

nos países do Oriente. Quanto ao porquê da sua inventariação, a autora justifica que o<br />

objectivo é manter o registro da memória desses bens culturais e de sua trajetória no<br />

tempo (…). (2003: 52).<br />

Antes de prosseguir, impõe-se lembrar o contributo dado pela Etnografia, entre outras<br />

disciplinas que se poderiam mencionar, antes da actual designação de PCI - estabelecida<br />

pela “Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial” (Paris, 2003) e<br />

ratificado pelo regime jurídico nacional com o Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de<br />

123 No entanto, aos investigadores pede-se que não entrem em histerias, daí que se torne vital a adopção de uma<br />

postura permanente de (…) reflexão sistemática sobre a prática antropológica, no sentido metodológico e teórico,<br />

como garantia de participação responsável e ética. (TAMASO, 2006: 18).<br />

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