sistema de produção em casas de farinha - Uesc
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Se a comunida<strong>de</strong> fica restrita <strong>em</strong> seu conceito pelo espaço físico, a comunida<strong>de</strong><br />
também po<strong>de</strong> ser vista pela diversida<strong>de</strong> cultural, étnica , religiosa e espacialmente<br />
construída. Segundo Leroy (1998), esses parâmetros dão a idéia <strong>de</strong> pertencimento,<br />
ou seja, a confluência com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> individual e coletiva dos m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> um<br />
grupo. Essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> surgir <strong>em</strong> função da forma como as pessoas se un<strong>em</strong><br />
para resolver probl<strong>em</strong>as ou <strong>de</strong>terminar ações, configurando uma ação participativa e<br />
adjetivada pelo comportamento que o grupo possui frente ao seu espaço, surg<strong>em</strong>,<br />
portanto, os atores sociais e sua convergência <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>.<br />
Falar <strong>em</strong> comunida<strong>de</strong> é também falar <strong>em</strong> território, portanto, há uma<br />
compl<strong>em</strong>entarida<strong>de</strong> entre o primeiro e o segundo conceito, pois é justamente no<br />
território, on<strong>de</strong> a convivência permite o conhecimento mútuo e possibilita a ação<br />
conjunta.<br />
Com base nos preceitos acima apresentados, é notório que o vocábulo<br />
comunida<strong>de</strong> é um conceito que <strong>de</strong> forma alguma é usado <strong>de</strong> modo claro, único e<br />
inequívoco na literatura científica. Ele é tanto um instrumento metodológico para a<br />
pesquisa, como objeto <strong>de</strong> investigação. Particularmente, na América latina a<br />
pesquisa <strong>em</strong> comunida<strong>de</strong>s é o tipo mais comum <strong>de</strong> pesquisa sociológica. Portanto,<br />
para se falar <strong>de</strong>las como um grupo específico, é necessário abstrair suas<br />
diversida<strong>de</strong>s e concentrar a atenção sobre aqueles aspectos que verda<strong>de</strong>iramente<br />
têm <strong>em</strong> comum. (STAVENHAGEN apud SZMRECSÁNYI & QUEDA 1979, p.26).<br />
Um tipo <strong>de</strong> abordag<strong>em</strong> muito comum acerca do mo<strong>de</strong>lo comunitário t<strong>em</strong> sido, <strong>de</strong><br />
modo particular, o que a toma pelos efeitos causados pela variação tecnológica e<br />
sua inferência nas questões ambientais, dando ênfase a projetos <strong>em</strong> que a<br />
referência são as áreas protegidas, regido pelas regras estabelecidas pela<br />
comunida<strong>de</strong> humana. É digno ressaltar, que o primeiro tipo <strong>de</strong> abordag<strong>em</strong><br />
usualmente leva a uma maior ênfase sobre a mudança interna à comunida<strong>de</strong>,<br />
enquanto a segunda orientação ten<strong>de</strong> a enfatizar fatores externos à mudança.<br />
(HOGAN apud TORRES & COSTA (ORG), 2005. P. 68; JORGE, apud RIBEIRO<br />
(ORG), 2004).<br />
É neste espaço restrito, <strong>em</strong> que o agir local e o pensar global conclamam para<br />
iniciativas profícuas e eficazes, e sendo pontuais po<strong>de</strong>m ser agentes multiplicadores<br />
da diss<strong>em</strong>inação e integralização do conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para<br />
os atores sociais, que modificam e po<strong>de</strong>m qualificar suas ações no território on<strong>de</strong><br />
viv<strong>em</strong>.<br />
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