50% - Vida Lusa
50% - Vida Lusa
50% - Vida Lusa
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MAGAZINE BILINGUE<br />
N° 73 - Novembre 2004<br />
CCP sem tostão<br />
nem notícias do governo<br />
Maria Mendes<br />
de Oliveira<br />
TARIKAVALLI,<br />
uma estrela<br />
portuguesa!<br />
1,80€
Publicação mensal editada por<br />
LUSENCONTRO<br />
Comunicação Social e Publicidade, Lda<br />
Sociedade por quotas<br />
Capital : 49 879,80€ NIPC n° 503093793<br />
Sócios : Jaime Lima Ribeiro<br />
Sócio-gerente : A. De Morais Cardoso<br />
Sede Social :<br />
Rua D. João de Castro 17-3° Drt°<br />
2700 Amadora<br />
Redacção :<br />
Rua da Alegria, 2119-1°<br />
4200-027 - Porto - Portugal<br />
Tél. : 22 5089247 - Fax : 22 50289248<br />
Delegação França :<br />
108, avenue Danielle Casanova<br />
94200 Ivry-sur-Seine<br />
Tél. : 01 45 21 40 47<br />
Fax : 01 45 21 42 66<br />
E-mail : infos@vidalusa.com<br />
ISSN 1285-722X<br />
Dépôt légal à parution<br />
Propriedade do título :<br />
António de Morais Cardoso<br />
ICS N° 220615<br />
Registo do título n° 120616<br />
Director : António de Morais Cardoso<br />
Site Internet : Mário Pula<br />
Grafista : Virginie Leblond<br />
Impressão : France<br />
Fotos : LUSENCONTRO<br />
Paulo Cardoso et Agência <strong>Lusa</strong><br />
Coordenação da redacção : Ma Fernanda Pinto<br />
Colaboradores :<br />
PORTUGAL :Dr. Artur Castro Neves, Álvaro Cruz,<br />
Paulo Geraldo, Nuno Ferreira, Ma da Graça Resende.<br />
FRANÇA : César V. Vini, Justino Costa, Aurélio Pinto,<br />
Dra Cristina Mendes-Antunes, Isabelle Ribeiro,<br />
Dra Karine Coelho, Manuela Mattauch,<br />
Lina Gonçalves, (Pau), David Gomes (Orléans)<br />
Canadá : Fernando Cruz Gomes,<br />
Luxemburgo : Luís Barreira,<br />
Correspondente na região do Sudeste da França,<br />
PACA (Provence Alpes Côte d’Azur e Córsega)<br />
José de Rego - 06 15 92 65 63 - 04 92 02 14 18<br />
jrego@wanadoo.fr.<br />
Nous déclinons toute responsabilité<br />
pour les documents remis.<br />
Os documentos enviados à redacção<br />
não serão devolvidos.<br />
Associação<br />
Portuguesa de Impresa<br />
2 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
BREVES<br />
6 Anomalias<br />
Para a frente<br />
ou para trás<br />
CARTA ABERTA<br />
11-43 Carta aberta ao<br />
Sr. Bruno Manteigas<br />
COMUNICAÇÃO<br />
10 Comunicado da<br />
Associação Internacional<br />
de jornalistas<br />
ART CULINAIRE<br />
22/23 Petit traité<br />
Savant de la Morue<br />
LINGUAGEM<br />
DE FLORES<br />
17 Crisântemo, Silva,<br />
Jasmin e Loureiro<br />
LITERATURA<br />
13 Françoise Sagan,<br />
uma escritora que<br />
marcou uma época<br />
16 “Uraça”, Cap. II<br />
PETITES ASTUCES<br />
28/29 Mince pendant<br />
et après les fêtes?<br />
Sommaire Sommaire<br />
VIDAS<br />
12 Antes ir à pesca do<br />
que ir a uma boa festa<br />
LENDAS<br />
TRADITIONS<br />
PROVÉRBIOS<br />
LEVER L’ENCRE<br />
15 A raposa e o lobo<br />
18 La fête de<br />
la Toussaint<br />
30 Provérbios<br />
46 Pincement au cœur<br />
ENTREVISTA<br />
24/25 Entrevista com<br />
Maria Mendes de Oliveira<br />
TARIKAVALLI, uma<br />
estrela portuguesa<br />
INFORMAÇÃO<br />
7 TAP Air Portugal reçoit<br />
le Prix International<br />
de sécurité en vol<br />
Congresso do PSD<br />
SANTÉ<br />
14 Les aigreurs<br />
d’estomac<br />
LOISIRS<br />
LAZER<br />
6 Associações<br />
26/27 Programação RTP<br />
e SIC International<br />
31/33 Loisirs<br />
34 Curiosidades<br />
35 Poésie<br />
36 Nouveautés<br />
37 Ideias práticas<br />
38 Culinária<br />
39/43 Adresses<br />
gourmandes<br />
44/45 Horoscope<br />
Prolongação da promoção<br />
“ler em português” até ao Natal<br />
-<strong>50%</strong><br />
-<strong>50%</strong><br />
21 de Outubro,<br />
na Livraria Barata<br />
Av. de Roma, 11A-D<br />
O livro foi apresentado<br />
pela poetiza<br />
Maria Teresa Horta<br />
REFLEXÕES<br />
OPINIÕES<br />
8 O inimigo<br />
9 Ainda a Casa Pia!<br />
-<strong>50%</strong> -<strong>50%</strong><br />
-<strong>50%</strong><br />
Na livraria TAC - 108 Av. Danielle Casanova<br />
94200 Ivry-sur-Seine - Tél. : 01 45 21 40 47<br />
Deana Barroqueiro, Pires Ribeiro<br />
e Editora Livros Horizonte fazem o lançamento dos livros<br />
“Novos contos eroticos<br />
do Velho Testamento”<br />
“O grande abexim”<br />
Último da saga de Pêro da Covilhã<br />
3 de Novembro,<br />
quarta-feira, às 18h30<br />
na FNAC do Colombo<br />
O livro é apresentado<br />
pela professora<br />
de História Ana Cabrero
édito<br />
Conselho das Comunidades Portuguesas<br />
sem tostão nem notícias do governo<br />
Reconheço que não me apetecia muito “falar”<br />
do CCP. Agora que o vice-presidente - que<br />
vai ser presidente e, dizem os entendidos, já<br />
o era de facto - criou um jornal que se diz “concorrente”<br />
do nosso, que o utilize para se auto-promover<br />
e para promover os órgãos que dirige.<br />
Estou a brincar, claro, não misturamos alhos com bugalhos,<br />
nós somos profissionais, independentes e, sobretudo<br />
devemos respeito e ética aos nossos leitores.<br />
Também temos o dever de privilegiar a informação<br />
que interessa o público que nos lê e aí temos de<br />
aceitar que o CCP não interessa muita gente na<br />
nossa comunidade. Por prova não se poderá falar só<br />
do número ridículo de votantes que o elegeram<br />
porque foram infelizmente semelhantes aos realizados<br />
pelos emigrantes nas eleições legislativas e<br />
presidenciais no nosso país. Mas bastará interpelar,<br />
tal como nós fizemos, umas dezenas de portugueses<br />
residentes em França e perguntar-lhes se conhecem<br />
esse órgão, para constar que os poucos que já ouviram<br />
falar nem sequer sabem para que serve.<br />
Os autores do próximo Orçamento de Estado também<br />
parecem desconhecer o CCP ou duvidar da sua<br />
real utilidade já que não lhe é atribuído nem mais<br />
um cêntimo em relação ao anterior. Mais, segundo<br />
afirma a Secção de França, o orçamento do CCP foi<br />
“reduzido de 400 pc (?) pelo facto de contemplar uma<br />
verba de 150 000 Euros para a realização da reunião<br />
Plenária estatutária programada para finais do<br />
1° semestre de 2005 e cujos custos sempre foram providos<br />
e contabilizados para além do orçamento inicial”.<br />
No mesmo comunicado a Secção de França queixase<br />
igualmente de ter tomado “conhecimento da proposta<br />
apresentada para as Comunidades através da<br />
comunicação social e não como estaria em direito<br />
de esperar, através de consulta ou informação prévia<br />
e directa oriunda da Secretaria de Estado das<br />
Comunidades ou do próprio Ministério dos Negócios<br />
Estrangeiros”. Coitados, nem uma carta receberam!<br />
O documento refere como exemplo, que, “tendo em<br />
conta a actividade própria da Secção, cada Conselheiro(a)<br />
seria reembolsado de 160 euros pela totalidade das<br />
despesas geradas pela sua actividade anual, ou<br />
seja, o equivalente a uma única deslocação de<br />
comboio entre Lyon e Marselha ou entre Paris e<br />
Nantes”. O TGV está cada vez mais caro!<br />
Também o Consul Geral em Londres, João Bernardo<br />
Weinstein, demonstra pouca consideração pelo<br />
ANTÓNIO CARDOSO<br />
CCP. Segundo afirma o<br />
conselheiro no Reino<br />
Unido, Gabriel Fernandes,<br />
numa reunião com os membros,<br />
terá dito que “embora<br />
os mesmos, no seu entender,<br />
não fossem legitimados<br />
pela maioria dos portugueses<br />
- apenas cerca de<br />
400 votaram - ele ainda assim recebia-os mais uma<br />
vez para com eles trocar impressões”.<br />
Não podemos ainda confirmar as declarações do<br />
cônsul português num país onde, “a eleição do Presidente<br />
da República, teve no Reino Unido cerca de<br />
200 votos, mas com três dias para votar e enormes<br />
recursos financeiros para a sua campanha”, refere<br />
ainda o documento transmitido à comunicação social<br />
pelo conselheiro.<br />
Na altura em que fui “conselheiro do CCP” -<br />
nomeado - também nunca me reembolsaram os bilhetes<br />
de metro que gastei para me deslocar. Mas era outra<br />
época, agora os conselheiros têm responsabilidades<br />
acrescidas pelo facto de terem sido eleitos e devem<br />
responder pelos seus actos perante quem os elegeu.<br />
Se os eleitores foram poucos, a culpa é exclusivamente<br />
dos governos que criaram estruturas para<br />
“mandar areia para os olhos” dos emigrantes privando-as<br />
em seguida de meios para atingir os<br />
objectivos.<br />
Para mostrar o que vale, o CCP só tem uma solução,<br />
manifestar. Se conseguir reunir 50 000 emigrantes<br />
à frente do Palácio de S. Bento, tenho a<br />
certeza que multiplica o orçamento por dez. É<br />
muito? Não, é só 1% dos emigrantes. A Secção de<br />
França pode começar por mandar 10 000 - é a<br />
mesma percentagem - para a rue Noisiel, a título de<br />
experiência.<br />
Brincadeira à parte, há gente de grande qualidade e<br />
dedicação no actual CCP e noutros passados, gente<br />
que vai perdendo coragem para defender causas<br />
que deveriam merecer mais interesse por parte do<br />
governo português.<br />
Ficarão sempre os outros, aqueles que se servem do<br />
CCP com trampolim para outras ambições. Se calhar<br />
é isso mesmo o que os nossos governantes pretendem.<br />
www.vidalusa.com<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 3
BREVES<br />
Já nos tinham dito que as<br />
anomalias inseridas nos artigos de<br />
consumo corrente, devido à falta<br />
de atenção das pessoas que as<br />
escrevem, eram do mais puro<br />
cómico mas nunca pensámos que eram tanto!<br />
Eis alguns exemplos :<br />
- Num pudim dos armazéns Marks & Spencer está<br />
escrito : “Atenção : O pudim só estará quente depois<br />
de aquecido” (Ainda bem que avisam...)<br />
- Na embalagem de uma tábua de engomar da<br />
Rowenta está marcado : “Não engomar a sobre o corpo”.<br />
- Num medicamento da Boots contra o catarro das<br />
crianças, pode ler-se : “Não conduza automóveis<br />
nem maneje maquinaria pesada depois de<br />
tomar este medicamento” (Não deixem os vossos<br />
sobrinhos de 2 anos brincar com os Catterpillars).<br />
- As pastilhas para dormir da Nytol, dizem :<br />
“Advertência : Pode produzir sonolência”.<br />
- Na embalagem de uma faca de cozinha : “Importante :<br />
Manter longe das crianças e animais de estimação”<br />
(principalmente se estiver de mau humor…).<br />
- Num grande armazém, etiqueta numa grinalda de<br />
luzes para a árvore de Natal : “Usar apenas no<br />
interior ou no exterior”.<br />
- Nos pacotes de amendoins da Sainsbury :<br />
“Aviso : Contém amendoins” (que surpresa!).<br />
- Na Sobremesa Tiramisú da marca Tesco, impresso<br />
no lado de baixo da caixa : “Não inverter a embalagem”<br />
(ah! ah! se leu isto é porque já inverteu!).<br />
E um bocadinho de gêlo na cabeça? Deve fazer<br />
bem!!!!! ■<br />
PETITES ANNONCES<br />
Anomalias<br />
1,8 de milhões de dólares<br />
Foi quanto que democratas e republicanos gastaram<br />
em “spots” na Internet, para as campanhas eleitorais.<br />
Mas onde é que eles vão buscar o dinheiro? À<br />
força de “alargar” o buraco da economia americana,<br />
quem é que cairá lá dentro? ■<br />
Restaurante portugues procura<br />
Jovem de 20 a 30 anos<br />
para ajudante de cozinha.<br />
Para mais informações contactar :<br />
“O POMBALENSE”<br />
40, rue du Général Leclerc<br />
94270 Le Kremlin-Bicêtre<br />
Tél. : 01 43 90 94 39<br />
4 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Para a frente ou para trás?<br />
Abriu em pleno coração de Paris 4, uma loja que<br />
tem o lindo nome de Litchi, onde as mulheres (e<br />
os homens?) do séc XXI, podem<br />
encontrar tudo o que é preciso<br />
para conjurar o “mau olhado” e<br />
todos os “maus isto e aquilo”<br />
como há 500 ou 600 anos e mais.<br />
Filtros de amor, feitiços, amuletos,<br />
talismãs, do mundo inteiro, de<br />
Lourdes, Deli, Cuzco, Rio de Janeiro,<br />
etc., tudo : cola para “colar” homem,<br />
ou para “colar” mulher (5,90€),<br />
loção Triunfo, para os que querem o mundo a seus<br />
pés (4,90€), e…e… uns bonequitos mexicanos<br />
(12,50€), que as senhoras guardam na mala,<br />
quando os maridos se deslocam para outras latitudes.<br />
Assim estão certas da sua fidelidade.<br />
Parece que os donos da Litchi não dão mãos a<br />
medir!!!<br />
Ouve-se todo o santo dia, os tenores da informação<br />
dizerem que as pessoas não gostam da evolução,<br />
que recusam as coisas novas. A é assim? Não será<br />
ao contrário? Não terão a mania de “descobrir” o<br />
que já foi descoberto há milénios?<br />
Vai ser giro daqui a umas centenas de anos,<br />
imaginemos um exemplo : esta velha Europa toda,<br />
a correr à volta de um “manipanso”, a fazer : ú! ú! ú!<br />
para que as pessoas votem todas como deve de<br />
ser!!! ■<br />
Manipular,<br />
mas com cuidadinho!<br />
O jornal “The Independent”<br />
de Londres anuncia que<br />
experiências de um grupo<br />
de científicos, israelitas e<br />
americanos que fabricaram<br />
“pacemakers” naturais, à<br />
base de células-mães extraídas<br />
de um embrião humano,<br />
foram injectadas em porcos<br />
e o resultado foi sensacional!<br />
Estas células-mães, são<br />
células não programadas,<br />
capazes por isso de se<br />
transformar em qualquer tipo de tecido, quer seja<br />
ele nervoso, renal, epidérmico ou simplesmente<br />
muscular.<br />
Enquanto eles não fizerem metade-metade… ■
MOBILE<br />
melhor<br />
a sua casa<br />
Não compre sem nos visitar<br />
FRANCO-PORTUGAIS<br />
DEUX MAGASINS POUR MIEUX VOUS SERVIR - 3500 mètres d’EXPO et STOCK<br />
Cette Cette année année Noël Noël va va être être plus plus beau beau<br />
avec avec les les nouveaux nouveaux meubles meubles Elmo Elmo<br />
71-73, rue de la Chapelle - 75018 PARIS<br />
Tél. : 01 46 07 30 03<br />
Autoroute A1 Périphérique.<br />
Sortie Pte de la Chapelle<br />
à 100m du M° Pte de la Chapelle<br />
Bus : PC - 350 - 302 - 252 - 153 - 65<br />
www.meubles-elmo.fr<br />
384, av. d’Argenteuil - 92600 ASNIÈRES<br />
Tél. : 01 47 99 21 98<br />
(4, route d’Asnières à côté de Darty)<br />
D 909 limite Asnières-Colombes<br />
POUR TOUS RENSEIGNEMENTS<br />
Tél. : 01 48 58 90 09<br />
LES MAGASINS SONT OUVERTS : DIMANCHE DE 14H30 A 19H30<br />
DU MARDI AU SAMEDI DE 10H A 12H30 ET DE 14H A 19H30 POUR LE MAGASIN DE PARIS<br />
CONTACTE-NOS<br />
ESCRITÓRIOS EM PARIS<br />
MEUBLES<br />
A MELHOR ZONA DE HABITAÇÃO EM BRAGA<br />
ENCOSTA DO SOL - GUALTAR<br />
RENTABILIZE O SEU DINHEIRO<br />
▼ Maior rendimento no aluguer<br />
▼ Baixa das taxas de juro<br />
Optimo Preço<br />
VENDEMOS O QUE<br />
CONSTRUIMOS APARTAMENTOS T3-C/Garagem<br />
Lojas comerciais - Prontos a habitar<br />
Não perca tempo nas suas férias se desejar,<br />
já pode comprar tudo mobilado, chaves<br />
na mão em Agosto 2004<br />
• Cozinhas equipadas,17m 2 , 2 WC<br />
• Salas c/30m 2 , quartos com 15 a 17,5m 2<br />
• isolamentos a lã de vidro, soalhos em lamparqué,<br />
• video porteiro, 2 varandas, 2 frentes<br />
• Pré-instalação de aquecimento central<br />
• portas e janelas exteriores em alumínio branco<br />
• lacado c/vidros duplos, etc.<br />
Tel. : 01 48 58 98 99<br />
Fax : 01 48 58 22 76<br />
Livraisons en France, Portugal, Açores,<br />
Madeira et Espagne (direct d’usine).<br />
Toutes possibilités de financement.<br />
Crédit sur mesure aux meilleurs taux.<br />
12 médailles d’or<br />
au concours NF<br />
Ameublement<br />
depuis 1987<br />
La qualité!<br />
Une valeur<br />
sûre<br />
Vai mobilar a sua casa em Portugal?<br />
Não quer perder tempo nas suas férias?<br />
Visite-nos já, damos o preço<br />
e entregamos directamente<br />
da fábrica em sua casa.<br />
▼ Juros bonificados<br />
Frente ao novo centro de saúde<br />
com bonito jardim<br />
Perto da Universidade do Minho<br />
ESCRITÓRIOS EM PORTUGAL<br />
Largo João Penha, 356 - 6° - 4700 BRAGA<br />
Tel. : (253) 268 281 - Telem. : 914 943 202<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 5
ASSOCIAÇÕES<br />
FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES<br />
PORTUGUESAS DE FRANÇA<br />
109, boulevard Henri Barbusse - 78800 Houilles<br />
Tél. : 01 39 15 47 43 - Fax : 01 39 15 90 29<br />
E-mail : fapf@wanadoo.fr<br />
Associação Cultural Franco-Portuguesa<br />
“As Margens do Lima” de Choisy le Roi<br />
Sala : Ginásio Joliot-Curie - Allée des Tilleuls<br />
(perto da Piscina Municipal).<br />
➪ 6 de Novembro às 20h : Baile com o artista<br />
Jorge Ferreira. Participação de Jony Gama e do<br />
seu conjunto. Bar com especialidades portuguesas.<br />
Reservas : Manuel Gonçalves : 06 15 46 10 81<br />
Contacto : 01 46 81 27 71<br />
manuel.goncalves94@wanadoo.fr<br />
Associação Musical Franco-Portuguesa<br />
da Île de France de Maisons Alfort<br />
Sala : Centre Culturel des Planètes em Maisons Alfort (94)<br />
(rue Marc Sangnier)<br />
➪ 7 de Novembro às 14h : Festival Folclórico<br />
Com a participação de 4 grupos folclóricos.<br />
Bar com especialidades portuguesas.<br />
➪ 11 de Novembro às 14h : Festejos de São Martinho<br />
- Magusto (com as tradicionais castanhas).<br />
Bar com especialidades portuguesas.<br />
Reservas : Alexandre Silva 06 68 32 17 57<br />
Contacto : 01 43 68 50 66<br />
Amicale Cultural Franco-Portuguesa Intercomunale<br />
de Viroflay<br />
Sala Camões em Viroflay (78)<br />
73, avenue du Général Leclerc (perto do aqueduto).<br />
➪ 11 de Novembro às 14h : Festejos de São Martinho<br />
Magusto (sem esquecer a nossa querida e desejada<br />
água-pé). Animação com o Grupo Coral dos Professores<br />
de Coimbra. Bar com especialidades portuguesas.<br />
Entrada livre.<br />
Informações : Parcidio Peixoto 06 86 16 16 80<br />
Contacto : 01 30 24 28 46<br />
➪ 27 de Novembro às 8h : Excursão a Amiens.<br />
Visita da catedral e da vila. Jantar-espectáculo<br />
com dança até às 2 h da madrugada.<br />
Reservas : Helena Neves 01 30 24 28 46<br />
ou Parcidio Peixoto 06 86 16 16 80<br />
Associação Cultural “Mar à Vista” de Marly le Roi<br />
Sala : Jean Vitold em Marly le Roi (78)<br />
(Parque Jean Vitold, perto da estação SNCF)<br />
6 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
➪ 14 de Novembro às 12h : Almoço de São Martinho<br />
Magusto (com castanhas e vinho!). Bailarico DJ<br />
na parte da tarde. Bar com especialidades portuguesas.<br />
Entrada livre - Reservas para o almoço : 01 39 16 20 25<br />
Informações : António Gonçais : 01 39 16 20 25<br />
Contacto : 01 39 16 20 25 - assomaravista@yahoo.fr<br />
Associação Socio-Cultural Portuguesa<br />
“Alegria do Algarve” de Épinay sur Seine<br />
Sala : “Espace Lumière” em Épinay sur Seine (93)<br />
➪ 21 de Novembro às 14h : 26° aniversário da<br />
associação “ASCP”. 20° aniversário do GF“Alegria<br />
do Algarve”. Festival Europeu de Folclore.<br />
Grupo folclórico convidado de honra :<br />
Grupo Etnógrafico “São Bartolomeu” de Messines (vindo<br />
de Portugal - Algarve) ; França : Fleurs Cannelle<br />
(Antilles) ; Grècia : Lukion Ellinidon ; Portugal : Flores<br />
da Madeira (Ormesson sur Marne), Saudades de<br />
Portugal / Ribatejo (Champigny sur Marne), Os Lusitanos<br />
de Ponte de Lima (Saint Cyr l'École), Mar à Vista da<br />
Nazaré (Marly le Roi) e Alegria do Algarve (Épinay<br />
sur Seine). Bar com especialidades portuguesas.<br />
Entrada livre - Informações : Fernando Silva, 06 62 05 19 32<br />
Contacto : 01 48 41 19 32<br />
infocom@fapf.org - www.folclore-online.com<br />
Coordenação das Colectividades<br />
Portuguesas de França<br />
B.P. 6425 - 75064 Paris Cedex 02<br />
Tél. : 01 44 62 05 04 - Fax : 01 44 62 08 05<br />
E-mail : contact@ccpf.info - WWW.ccpf.info<br />
Association Portugaise Culturelle et Sociale<br />
(Pontault-Combault, 77)<br />
Sede da associação APCS<br />
➪ 27 de Novembro às 21h : Jantar e noite Brasileira<br />
animada por Alba Maria.<br />
Entrada : 21€ - Reservas até ao 22 de Novembro<br />
no limite dos lugares disponíveis.<br />
Association Santa Casa da Misericórdia (Paris, 75)<br />
Santuário Nossa Senhora de Fátima de Paris<br />
➪ 7 de Novembro : Colóquio de Informação sobre<br />
as Reformas.<br />
Associação Cultural Portuguesa de Neuilly-sur-Seine<br />
(Neuilly-Sur-Seine, 92)<br />
8º Concurso De Poesia Lusófona “AHORADO POETA”<br />
Estão abertas as inscrições para a 8ª edição deste<br />
concurso que terá lugar sábado, 11 de Junho de 2005,<br />
no Teatro Municipal de Neuilly-sur-Seine.<br />
Participações e informações : 01 55 61 91 20
TAP Air Portugal reçoit<br />
le Prix International<br />
de sécurité en vol<br />
TAP Air Portugal s’est vu remettre le Prix de Sécurité<br />
en vol lors de “l’Aviation Week’s MRO Europe<br />
safety Award”, au cours d’une cérémonie durant la<br />
conférence et l’exposition “MRO (Maintenance<br />
Repair & Overhaul)” . Cette dernière s’est déroulée à<br />
Copenhague, à l’initiative de la revue “Aviation<br />
Week”, en présence de responsables de la maintenance<br />
et de l’ingénierie de TAP.<br />
Ce trophée a été reçu par le commandant Carlos Nunes,<br />
aujourd’hui conseiller au sein de la commission prévention<br />
accidents et jusqu’à une date récente, responsable<br />
du bureau de sécurité en vol.<br />
Cette récompense prend en considération le nombre<br />
d’années sans accidents en matière de sécurité aéronautique.<br />
Au nom de TAP Air Portugal, Mario Araùjo a remercié<br />
le jury pour l’attribution de cette distinction, soulignant<br />
le travail pilote de TAP dans le domaine de<br />
l’analyse de vol. Il a également évoqué la parfaite synchronisation<br />
entre les différents départements opérationnels<br />
et, en particulier entre les opérations, la<br />
maintenance et l’ingénierie. ■<br />
A Coordenação das Colectividades<br />
Portuguesas de França<br />
(CCPF), realiza de 17 de Outubro<br />
a 27 de Novembro de 2004, o<br />
TOUS EN SCENE - TODOS AO<br />
PALCO 2004. Esta acção inclui<br />
o 12º Festival de Teatro Portu-<br />
INFORMAÇÃO<br />
Congresso do PSD<br />
Secretário de Estado das Comunidades<br />
eleito delegado por Paris<br />
Osecretário de Estado das Comunidades Portuguesas,<br />
Carlos Gonçalves, foi eleito delegado para representar<br />
a secção de Paris no XXVI congresso do PSD, que se<br />
realiza entre os dias 12 e 14 de Novembro em Barcelos.<br />
Da capital francesa irá uma delegação de pelo menos<br />
onze militantes, das quais dois delegados (Carlos Gonçalves<br />
e Jorge Silva) e nove observadores, que aproveitarão a<br />
ocasião para se reunir como secretário-geral do partido,<br />
Miguel Relvas. Segundo Jorge Silva, membro da comissão<br />
política do PSD/Paris, está em ponderação a hipótese de<br />
as secções europeias apresentarem em conjunto uma moção<br />
de estratégia no congresso, tal como aconteceu em edições<br />
anteriores. Uma das questões que poderá ser levantada<br />
será o voto dos portugueses nas eleições europeias em<br />
Portugal, uma promessa deste governo e que Jorge Silva<br />
afirma estar a ser bloqueada pelos socialistas. “Os<br />
cidadãos portugueses devem ter com o seu país as mesmas<br />
obrigações, mas também os mesmos direitos”, frisou,<br />
lembrando que muitos emigrantes têm casa e investimentos<br />
em Portugal. “Numa altura em que se incentiva a participação<br />
cívica dos portugueses no estrangeiro, não faz sentido impedir<br />
os que querem de o fazer”, insistiu. ■ BM<br />
Tous en Scène 2004/o Todos ao Palco 2004<br />
guês de França e os Encontros<br />
Ao produzir o Tous en scène -<br />
Todos ao palco 2004 a CCPF<br />
pretende fazer descobrir ou<br />
redescobrir ao público lusófono e ao<br />
público francês lusófilo, a cultura<br />
portuguesa por intermédio das artes<br />
de palco, como o teatro e a música.<br />
No primeiro semestre deste ano, a CCPF<br />
no quadro da programação do Tous en<br />
scène - Todos ao palco 2004 apresentou<br />
3 espectáculos em 6 datas, que<br />
exploravam estas duas realidades :<br />
• 3 de Abril : O Tio Simplicio, pela<br />
companhia TASE de Leiria/Portugal, no<br />
Teatro Municipal de Neuilly-sur-Seine.<br />
• 4, 5 e 6 de Abril : Femme fatale en<br />
ses mémoires, pela Compagnie de l’Echarpe<br />
Blanche, no Kiron Espace/Paris 11ème .<br />
• 8 e 9 de Abril : Homenagem a Amália<br />
Rodrigues, com Zenni d’Ovar e Júlia<br />
Silva, no Kiron Espace/Paris 11ème de realização, a CCPF apresenta espectáculos<br />
em língua portuguesa ou francesa.<br />
As temáticas das obras, foram<br />
escolhidas segundo as sensibilidades<br />
do público, e inclui por exemplo<br />
períodos da História de Portugal.<br />
Para que a questão financeira não<br />
impeça o acesso à cultura, a CCPF<br />
propõe uma tarifa única de 5 euros<br />
por espectáculo e por pessoa, nos<br />
espectáculos por ela produzidos.<br />
Além disso, e no sentido de mobilizar<br />
a rede associativa portuguesa e<br />
lusófona, a CCPF oferece convites<br />
para as associações no limite dos<br />
lugares disponíveis, de forma a cativar<br />
e sensibilizar os seus membros<br />
para as artes de palco. Para poder ter<br />
acesso a estes convites, as associações<br />
e colectividades deverão contactar<br />
. a CCPF através dos contactos abaixo<br />
Na continuação desta programação, indicados. ■<br />
a CCPF propõe de 17 de Outubro a Programação de Novembro :<br />
27 de Novembro, uma programação<br />
cénica cujo conteúdo exprime a cul- 5 de Novembro às 21h. : Música<br />
tura portuguesa, representada por Salle Polyvalente des Halles<br />
companhias profissionais e amado- Place Gaston Paillhou, 37000 Tours,<br />
ras. Segundo as necessidades apre- Tel : 02 47 21 66 12<br />
sentadas pelo público de cada local Tascastour, pelo grupo O Que’strada.<br />
Musicais Lusófonos 2004 e decorrerá<br />
em todo o território francês :<br />
Dijon, Le Raincy, Les Ulis, Lyon,<br />
Neuilly-sur-Seine, Paris e Tours.<br />
7 de Novembro às 15h. : Teatro<br />
Théâtre des Grésilles<br />
6 avenue des Grésilles, 21000 Dijon,<br />
Tél. 03.80.74.52.03 - 5€<br />
Clean Clown - Serviços de limpeza,<br />
pela companhia Peripécia Teatro.<br />
às 16h. :<br />
L’Espace du Jardin Anglais<br />
65, Allée du jardin anglais, 93340 Le Raincy<br />
Fernando Pessoa, Mort d’un hétéronyme,<br />
pela Cie CoBuffo.<br />
13 de Novembro às 20h30 : Teatro<br />
Paris - Résidence André Gouveia<br />
7 P, boulevard Jourdan, Paris 14,<br />
Tel. 01 40 78 65 00, RER B, Cite U.<br />
Vive l’harmonie, pelo Théâtre du Matin.<br />
5€ no limite dos lugares disponíveis.<br />
27 de Novembro às 20h30 : Teatro<br />
Teatro de Lyon - Salle du Montchat<br />
53, rue Charles Richard, 69003 Lyon<br />
Tel. 04 72 33 42 51 - 5€<br />
Recordar, Cantando e Riando pela<br />
companhia Os Amigos das Artes de Lyon.<br />
Mais informações e reservas :<br />
Coordination des Collectivités Portugaises de<br />
France (CCPF) - BP 6425<br />
75064 Paris Cedex 02<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 7
REFLEXÕES<br />
Reflexões<br />
Os dias são diferentes<br />
uns dos outros.<br />
Sucedem connosco,<br />
e à nossa volta, em<br />
cada um deles, milhares<br />
de acontecimentos de que<br />
nunca mais nos lembraremos. E também, de vez em<br />
quando, alguns que não poderemos esquecer :<br />
aqueles que nos trazem as grandes alegrias e os<br />
grandes sofrimentos.<br />
Alegramo-nos, temos momentos de paz e felicidade.<br />
Mas todos temos, igualmente, a nossa ração de dor.<br />
Sucedem coisas que não esperávamos, que não<br />
merecíamos, que não entendemos. A nós e àqueles<br />
que amamos. Dói-nos.<br />
Há, porém, o facto curioso de que em muitas ocasiões<br />
somos nós mesmos a fazer as coisas que<br />
depois nos fazem sofrer. Tomamos atitudes, temos<br />
comportamentos e escolhas que se vão reflectir em<br />
nós, que vão ferir a nossa paz e a nossa felicidade.<br />
E acontece que temos uma grande capacidade de<br />
enfrentar as agressões inevitáveis que nos chegam<br />
do exterior. E que estamos muito mais indefesos<br />
perante as situações que criamos.<br />
Vi homens que sorriam com grande paz no meio da<br />
dor provocada pela cegueira, pela paralisia, pelo<br />
desemprego, por um cancro, pela morte de alguém<br />
muito querido. E vi pessoas - fisicamente saudáveis,<br />
sem inimigos, sem dificuldades exteriores - intimamente<br />
desfeitas pelo peso da culpa, pela perda da<br />
esperança, pela recusa de amar.<br />
Estou convencido de que somos o nosso pior inimigo.<br />
Aquilo que vem de fora toca-nos na periferia, mas<br />
não penetra no interior da cidadela. Aquilo que<br />
fazemos, porém, alcança o núcleo do nosso ser.<br />
É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a<br />
vida - os outros, os acontecimentos... - fez de nós.<br />
Somos, antes, aquilo que as nossas escolhas determinaram.<br />
A vida pode arrastar-nos de um lado para<br />
8 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
O inimigo<br />
outro, magoar-nos, oferecer-nos frio ou calor. Mas<br />
não nos corrompe. “Quando eu vivia num dos campos<br />
de concentração da Alemanha Nazi, pude<br />
observar que alguns dos prisioneiros andavam de<br />
barraca em barraca, consolando outros, distribuindo<br />
as suas últimas fatias de pão. Podem ter sido<br />
poucos, mas ensinaram-me uma lição que jamais<br />
esqueci : tudo pode ser tirado de um homem,<br />
menos a última das suas liberdades - escolher de<br />
que maneira vai agir diante das circunstâncias do<br />
seu destino”, escreveu Vicktor Frankl.<br />
Somos os autores da nossa felicidade ou da nossa<br />
infelicidade. Gostamos de nos queixar, mas não<br />
temos razão. Podemos adaptar-nos àquilo que nos<br />
sucede. Podemos aguentar. Podemos esperar. Mas<br />
quando actuamos mal, quando as nossas escolhas<br />
são contrárias à nossa natureza humana, chega-se a<br />
um ponto em que viver é insuportavelmente doloroso..<br />
A dor pode vir-nos do exterior. A felicidade, contudo,<br />
está relacionada apenas com o nosso comportamento,<br />
com as nossas escolhas, e nada exterior nela<br />
pode roubar. É compatível com o sofrimento.<br />
Quando eu era miúdo, os nossos pais ensinavam-nos,<br />
antes de mais, a actuar bem, a escolher correctamente.<br />
Ficavam contentes quando tornávamos<br />
coisa nossa os seus conselhos, escolhendo livremente<br />
actuar dessa forma - e não apenas por medo<br />
a um castigo. Agora, parece que muitos pais, e muitos<br />
educadores, desistiram de actuar a esse nível.<br />
Preocupam-se mais com afastar das crianças os<br />
obstáculos exteriores: muitos cuidados com a saúde ;<br />
estudar, para terem um futuro desafogado ; imensas<br />
medidas de segurança...<br />
E a felicidade? ■<br />
Paulo Geraldo<br />
Professor de Língua Portuguesa<br />
pjgeraldo@yahoo.com.br<br />
INFORMAÇÃO AOS COMERCIANTES<br />
Se desejar distribuir a revista <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong><br />
no seu comércio, contacte-nos<br />
Tél. : 01 45 21 40 47 - Fax : 01 45 21 41 03<br />
E-mail : infos@vidalusa.com
Quando todos já nos<br />
interrogávamos<br />
sobre o estado actual<br />
do “processo Casa Pia”,<br />
deixado de lado pelos<br />
grandes títulos da imprensa,<br />
eis que o Procurador<br />
Geral da República de<br />
Portugal, Souto Moura,<br />
desenterrou mais algumas<br />
críticas à forma como o<br />
processo foi conduzido.<br />
Desta vez, segundo ele, o<br />
embrólio que tem motivado todo este processo<br />
judicial, só foi possível devido à notoriedade dos<br />
acusados. Quer dizer que, se fosse o Sr. Manuel da<br />
mercearia ou o Sr. Joaquim do talho, o processo já<br />
teria sido concluído há muito tempo.<br />
Como também afirma que, pelas mesmas razões, não<br />
foram acautelados os interesses das vítimas, pode depreender-se<br />
que os acusados foram beneficiados em toda esta<br />
tramitação legal, em prejuízo dos miúdos abusados.<br />
É curioso como afirmações desta natureza podem<br />
ser bem aceites pela opinião pública. O povo, em<br />
geral, fica satisfeito por ver os ricos e poderosos<br />
serem igualmente julgados e se os crimes que<br />
cometeram, forem sobre crianças desprotegidas das<br />
famílias, como é o caso, os nossos sentimentos são<br />
ainda mais arrebatadores.<br />
No entanto, estas declarações do Dr. Juiz-Procurador<br />
Geral, não podem<br />
escamotear outras verdades<br />
mais profundas.<br />
Como membro do corpo<br />
judicial de Portugal, o<br />
Sr. Dr. Juiz sabe perfeitamente<br />
que, se os acusados<br />
utilizaram a “engenharia<br />
jurídica” para complicar<br />
o desenrolar do processo,<br />
foi porque a lei o permitia<br />
e permite!<br />
Independentemente do<br />
juízo que cada um faz<br />
sobre as culpas de tudo o<br />
que se tem produzido<br />
neste processo, os advogados<br />
de defesa dos acusados<br />
não cometeram<br />
nenhuma injustiça. Foi a<br />
justiça existente que lhes<br />
permitiu agir assim e<br />
não me lembra de ter<br />
Ainda a Casa Pia!<br />
OPINIõES<br />
visto, até agora, o Dr. Souto Moura a combater as<br />
injustiças da justiça portuguesa. Por outro lado, se os<br />
direitos das vítimas deste processo não foram acautelados,<br />
pergunto-me o que é que está lá a fazer o Procurador<br />
Geral da República, enquanto juiz da causa pública?<br />
De tudo aquilo que se passou até agora, o povo já tirou<br />
uma lição : a justiça não é cega ou, pelo menos, não é<br />
cega para todos! Há uns, cuja posição social ou a riqueza<br />
económica, têm o privilégio de ver todos os “buracos”<br />
da lei e outros, menos bafejados pela sorte, que andam<br />
completamente às cegas pelos meandros da justiça.<br />
Era isto que o Sr. Procurador deveria ter afirmado.<br />
Só que, se o fizesse, corria o risco de ter que pôr em<br />
causa, muito da estrutura profissional em que se insere.<br />
Só falta alguém vir à praça pública dizer que, a<br />
culpa de toda esta trapalhada jurídica, é dos órgãos<br />
de informação e de toda a mediatização que foi feita.<br />
Ainda não ouvi ninguém afirmá-lo de forma<br />
contundente, mas tenho a certeza de que não será o<br />
Sr. Procurador Geral a fazê-lo, ainda a braços com as<br />
fugas de informação para os jornais, por parte do pessoal<br />
dos seus serviços e a propósito do processo Casa Pia.<br />
Esperemos que o processo chegue ao fim, sem mais<br />
alfinetadas e com a verdade acima dos preceitos<br />
administrativos da justiça portuguesa. E esperemos<br />
que a imprensa continue a preocupar-se com a<br />
divulgação da verdade e não com a criação de<br />
“vedetas ocasionais” que, cada vez mais, abundam<br />
na vida pública do país que nos viu nascer. ■<br />
Luís Barreira<br />
T-RIO “Choopeta”<br />
Vendredi 19 Novembre<br />
au Fish Club<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 9
COMUNICAÇÃO<br />
Fernando Cruz Gomes<br />
Presidente<br />
10 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Comunicado<br />
da Associação Internacional<br />
de Jornalistas<br />
AAssociação Internacional de Jornalistas, criada para congregar os esforços dos Jornalistas Portugueses -<br />
por profissão ou por paixão - ao serviço das Comunidades, vê com mágoa muitos e variados atropelos à<br />
actuação dos Órgãos de Informação no que toca à apreciação de actos consulares. Como não pode<br />
deixar de sentir que uma ou outra diatribe contra os conselheiros das Comunidades advém do facto de esses<br />
mesmos conselheiros darem a conhecer algo da sua acção através dos Órgãos de Informação.<br />
De alguns desses casos achamos dever chamar a atenção do Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, por<br />
forma a que o Ministro dos Negócios Estrangeiros - cuja designação é também das Comunidades Portuguesas<br />
tome em atenção alguns deles.<br />
1. Não há muito o Dr. Artur Monteiro de Magalhães foi chamado em serviço a Lisboa, sem regresso ao<br />
Posto. Alguns dos Jornalistas que acompanharam o caso, através dos Jornais para os quais trabalham, acharam<br />
que deveriam chamar a atenção para o caso, nitidamente de atropelo à verdade de factos que se teriam passado.<br />
Nada aconteceu e o Cônsul continua em Lisboa, achando o Ministério que deveria mandar um substituto<br />
“em comissão de serviço” sem ter dado sequer a satisfação de um comunicado.<br />
2. O Cônsul-Geral de Portugal em Londres, Dr. João Bernardo Weinstein, dois dias depois de ter chegado<br />
a Inglaterra após baixa por doença, convocou uma reunião com os conselheiros do CCP para vilipendiar<br />
um dos conselheiros, manifestamente por ele ter tido a “ousadia” de apontar erros no funcionamento<br />
daquele posto, em comunicado que foi distribuido, designadamente, num aguerrido “site” com sede no<br />
Brasil. Nada lhe aconteceu nem, decerto, vai acontecer.<br />
3. O Cônsul Dr. Francisco Azevedo, ainda em serviço no Consulado de Portugal em Caracas, na Venezuela,<br />
achou por bem fazer uma participação-crime contra o jornalista Filipe Gouveia por este, dentro das competências<br />
que lhe cabem, ter criticado alguns dos serviços consulares. Por instruções do Ministério dos Negócios<br />
Estrangeiros de Portugal - pelo menos, ao que cremos - o Cônsul desistiu do processo já à “boca do Tribunal”.<br />
4. O Embaixador de Portugal no Canadá, Dr. Silveira Carvalho, convocou os conselheiros da secção local do<br />
Canadá, quase de emergência e sem agenda prévia, criticando-lhes o apoio que deram ao Cônsul Dr. Artur de<br />
Magalhães e a chamada de atenção ao caso do Cônsul de Portugal em Vancouver, Dr. Laranjeiro Abreu,<br />
que, segundo os conselheiros, tem residência em Victoria, fazendo, todos os dias, uma viagem de barco de<br />
quatro horas, ida e volta, para o posto consular em Vancouver. O que não lhe permitiria actuar em todas as<br />
actividades que estarão adstritas àquele consulado e muito menos acompanhar as comunidades.<br />
5. O mesmo Embaixador, Dr. Silveira Carvalho, que recebeu os conselheiros no hotel onde estava hospedado,<br />
sem conhecimento da Informação comunitária, abordou outros aspectos, designadamente o relacionamento<br />
entre o CCP e as autoridades portuguesas que ele gostaria fosse feito através da Embaixada. Como<br />
se fosse ele a mandar nos Conselheiros.<br />
Entende, assim, a Associação Internacional de Jornalistas dever chamar a atenção do Governo Português<br />
ao mais alto nível para uma série de atropelos àquilo que deveria ser a transparência nos actos que têm a<br />
ver, directa ou indirectamente, com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.<br />
Para além disso, reitera o pedido feito - a 15 de Julho deste ano - ao Sr. 1.ºMinistro para receber uma delegação da<br />
A.I.J. para tratar destes e de vários outros casos que afectam, sobremaneira, as comunidades portuguesas. ■<br />
António de Morais Cardoso<br />
Secretário-Geral
Qual foi o primeiro jornal<br />
dedicado à emigração<br />
em França como<br />
semanário e bissemanário?<br />
CARTA ABERTA<br />
Carta aberta ao Sr. Bruno Manteigas<br />
da Agencia <strong>Lusa</strong><br />
Ao ler a página 6 e 43 da<br />
conceituada revista “<strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong>”<br />
n°72, respeitante ao mês de<br />
Outubro, estremeci e… revoltei-me!…<br />
Un grande jornalista com as responsabilidades<br />
inerentes à Agencia <strong>Lusa</strong> que representa, como pode<br />
estar tão mal informado num assunto de tanta responsabilidade?<br />
O primeiro semanário dirigido à comunidade portuguesa<br />
em França foi lançado em Paris em 16 de Setembro<br />
começou por escrever o Sr. Bruno Manteigas…<br />
Como ainda estou bem vivo e com boa memória<br />
apesar dos meus 74 anos e 42 em Paris venho aqui<br />
expor a verdade dos factos.<br />
Em 24 de Junho<br />
de 1968, criei<br />
o primeiro jornal<br />
para os emigrantesportugueses,<br />
não só<br />
em França como<br />
no resto da Europa e até do Mundo.<br />
Chamava-se “Portugal Popular” o jornal independente<br />
dos portugueses emigrantes na Europa. Inscrito<br />
no I.N.S.E.E. com o n°811.94.022.0.005. e<br />
974.94.069.0.001 H. Parquet du Tribunal de Grande<br />
Instance de Paris (presse) n° de registo : 35.162 ;<br />
Comission Paritaire des Publications et Agences de<br />
Presse Ref. 53.448-845P.<br />
Como o “P.P.” possuia um serviço social, pessoalmente<br />
tinha autorização n°72770 para actuar e<br />
escrever como Expert-Conseil em assuntos sociais.<br />
Em paralelo o jornal possuía a “Associação Amigos<br />
de Portugal”<br />
autorizada pelo<br />
Ministro do Interior<br />
de França<br />
registada com o<br />
n°70/997 publicada<br />
no Jornal<br />
Officiel n° 210 de 10/09/1970.<br />
Assim o “Portugal Popular” que começou a<br />
publicar-se em 24 de Junho de 1968 como semanário,<br />
e passados dois anos passou a bissemanário saindo<br />
às terças e sextas-feiras.<br />
Atingiu tiragem de 20 000 ex. e 12 000 assinantes,<br />
não só na Europa, como em outros Continentes.<br />
Em meu nome pessoal estava registado na Fédération<br />
National de la Presse Française com o n° 4.889,<br />
autorizado assim a assumir as funções de Director-<br />
Editor da publicação.<br />
Também fui membro da Association de la Presse<br />
Etrangère à Paris desde 01/02/1969. Como pode apreciar<br />
Sr. Bruno Manteigas, o primeiro semanário e bissemanário,<br />
dedicado à emigração portuguesa, foi o<br />
“Portugal Popular”, que de 1968 a 1976 publicou<br />
557 números!…<br />
Em 1969, em seguimento a uma carta aberta publicada<br />
no “Portugal Popular” dirijida ao Dr. Marcelo<br />
Caetano, então Primeiro-Ministro de Portugal, no<br />
dia 19 de Dezembro de 1969 saíu uma amnistia para<br />
os 24 portugueses que estavam a cumprir penas de<br />
prisão na cadeia de Almeida (Vilar Formoso) por<br />
tentarem emigrar para França.<br />
Esse mesmo número du Portugal Popular teve uma<br />
tiragem de 30 000 exemplares anunciando essa amnistia<br />
aos nossos compatriotas.<br />
“Portugal Popular” teve diversas organizações de<br />
sucesso, tais como o Natal do Emigrante no pavilhão<br />
dos desportos na Porte de Versailles e com espéctaclos<br />
na Salla Pleyel em colaboração com o Diário<br />
Popular de Lisboa, do qual era director na altura o<br />
Dr. Francisco Pinto Balsemão, mais tarde Primeiro-<br />
Ministro de Portugal. Realizaram-se também esses<br />
espectáculos<br />
na Alemanha,<br />
Canadá, Belgica,<br />
Inglaterra<br />
et Luxemburgo.<br />
O “Portugal Popular”<br />
realizou também 5 casamentos de Santo<br />
António, tal como se realizava em Portugal, beneficiando<br />
5 casais com poucos recursos com prendas<br />
oferecidas pelos nossos anunciantes, tais como os<br />
trajos de cerimónia e fotografias junto da Torre Eiffel,<br />
copo de água no restaurante Cintra situado na Opera<br />
com a presença do Cônsul-Geral em Paris, oferta de<br />
vários electrodomesticos e para finalizar viagens oferecidas<br />
pela TAPa Portugal e 15 dias de lua de mel no Hotel Ofir.<br />
Organizou na época do Natal visitas a cadeias e<br />
hospitais, por freiras portuguesas que distribuíam<br />
conforto e algumas prendas a emigrantes portugueses<br />
que lá se encontravam.<br />
O Portugal Popular organizou o primeiro encontro<br />
de futebol Benfica/Sporting no estádio olímpico de<br />
Continua página 43<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 11
VIDAS<br />
“Antes ir à pesca do que ir<br />
a uma boa festa”<br />
Recebeu a pesca como herança : “lá por aí<br />
abaixo, com a cana às costas, agarrado às<br />
calças do pai”. A lagoa de Óbidos é o seu<br />
mundo há 85 anos, a vara é erguida com destreza,<br />
os olhos perdem-se no ritual da ondulação, a<br />
bateira avança. Um novo dia de pesca começa.<br />
António Batata, tem na memória recordações de<br />
grandes feitos, histórias e proezas. Houve um dia<br />
que saí de casa às três, quando lá cheguei levava 88<br />
“solhas”, relembra orgulhoso. E um sorriso esboça-se<br />
nos lábios e vai morrer junto a duas rugas desenhadas<br />
na face. Nunca teve medo das águas da lagoa de<br />
Óbidos, que conhece desde sempre : “a paixão não<br />
é dada a medos”.<br />
“Cheguei a andar a partir geada com a bateira,<br />
noites inteiras a chover”, relembra António Malaquias<br />
Máximo, mais conhecido como Batata, 85 anos,<br />
pcscador desde os sete. “Era urna vida muito desgraçada”.<br />
A bateira conquista lentamente as águas<br />
escuras da Lagoa de Óbidos. Aque les braços rijos,<br />
num corpo pequenino e lesto, erguem a vara com<br />
uma destreza quase jovial. O pau enterra-se na<br />
água, para logo ser içado no ar. O dia vai adiantado<br />
e a ondulação denuncia a maré na vazante. Cospe<br />
nas palmas das mãos e empunha de novo a vara. Os<br />
olhos fitam as trincheiras de água que morrem<br />
junto à proa, adivinhando o peixe. “Tem de se achar<br />
um cantinho bom”, a voz é surpreendentemente<br />
alegre, “vamos pescar uma caldeirada!”. Mas o<br />
peixe não estava de feição…<br />
Recebeu a pesca como herança : “lá ia por aí<br />
abaixo, com a cana às costas, agarrado às calças do<br />
pai”, (conta a mulher, Maria Pieda de Xavier, de 82<br />
anos, “e ganhou-lhe o vício! Tem dois bocadinhos<br />
de chão para amanhar, mas o Batata sempre trocou<br />
a enxada pela rede. De onde trabalhava a terra avistava<br />
o mar e quando via que a maré estava boa, largava<br />
o que estava a fazer e ia a correr deitar-se à<br />
Lagoa”. É o fado de quem cresceu à beira de água,<br />
trocando as brincadeiras pela espera do peixe. Às<br />
vezes andava lá de manhã até à noite, só com um<br />
bocado de pão. Era a pesca...”.<br />
É o mais velho pescador da Lagoa nestas lides. A<br />
bateira contorna alguns rnariscadores, que polvilharn<br />
os bancos de areia. “Olha, o Batata. Vai à<br />
12 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
António Batata<br />
pesca?” As palavras soam carregadas de respeito,<br />
de admiração. A âncora é lançada borda fora.<br />
“Vamos tentar ao pédestes, que andam aqui no<br />
esgravatado”. Lança a linha por romantismo, corteja<br />
o anzol com os preparos, apanha o isco criteriosamente.<br />
Manifestações de fé. A religião de urn<br />
pescador que se move no ritual da ondulação. Olha<br />
para a Lagoa com olhos sábios, cansados, mas<br />
nunca tristes. O seu corpo franzino desce do tombadilho.<br />
O cabelo grisalho e ralo esconde-se por<br />
baixo da boina suja, as botas verdes, impermeáveis,<br />
sobem até aos joelhos. A face está lapidada pelas<br />
marés, pelas noites inteiras de labuta. A pele seca e<br />
queimada pelo sol. Os dedos estragados, gastos,<br />
deformados pelo frio. “Mas naquele tempo havia<br />
peixe, agora...” - as canas teimavarn em não vergar<br />
“... é preciso paciêncja”. O olhar pende sobre as<br />
três canas. Os braços cruzados, na espera. O vento<br />
do mar e o berbigão a dançar nos ancinhos são os<br />
sons da Lagoa.<br />
Amulhcr relembra as noites de vigia : “Tinha tanta<br />
medo que me caísse por aí, por um penedo abaixo.<br />
Chegáva-me a casa todo cheio da barria da Lagoa<br />
todo molhado”.<br />
O Batata, porque o pai<br />
era Batata e o avô era<br />
Batata - todos Batatas,<br />
todos pescadores<br />
- tinha duas redes :<br />
uma para de dia e<br />
outra para de noite.<br />
Pescava o que a<br />
Lagoa dava : robalos,<br />
taínhas, solhas, sargos. Arranjava uma “campanha”<br />
e lá ia, muitos hormens para ajudarem a puxar as<br />
redes. De noite, pescava ao candeio, com uma luz<br />
que iluminava o fundo da Lagoa e um pequeno<br />
arpão.<br />
Também trabalhou na apanha do limo - “começávamos<br />
a apanhar em Junho e era o Verão inteiro”,<br />
conta.<br />
O trabalho de urn dia para encher um bateira, só se<br />
via dois dedos fora de água, tal era o peso”.<br />
Quando punham o limo a secar ao sol, avistava-se<br />
um lençol gigante e verde, que cobria a praia. Vendia-se<br />
às “carradas” para adubar a terra.
Françoise Sagan, uma escritora<br />
que marcou uma época<br />
Éraro encontrar alguém tão<br />
contestado. Um antagonismo<br />
sempre presente toda a<br />
sua vida. De um lado os admiradores<br />
da sua obra, da sua pessoa<br />
tão simples, sem vaidade, ao<br />
ponto de ficar admirada quando<br />
lhe falavam “do seu trabalho”<br />
(para ela trabalho era “no duro”<br />
feito com as mãos, com o esforço,<br />
não com a caneta…) Do<br />
outro lado, os criticadores da sua<br />
vida, não da sua obra, (pois o<br />
vinco intelectual não devia dar para isso), que não<br />
a pouparam nunca. É mais fácil criticar o modo de<br />
vida de alguém, do que emitir opiniões sobre uma<br />
obra.<br />
Françoise Sagan tinha muitos defeitos, quem os<br />
não tem, e assumiu-os perfeitamente até ao fim,<br />
sem nunca prejudicar ninguém. Ao contrário, esta<br />
mulher brilhante, de inspiração, de espírito provocador,<br />
mas que lhe ia lindamente, deixou-nos uma<br />
extensa obra, que ainda hoje lemos com interesse e<br />
emoção. Dizem os críticos literários que os títulos<br />
“Mas o que dava dinheiro era o marisco”, conta a<br />
mulher, “andámos os dois nessa vida... Isto há 30<br />
anos”.<br />
O Batata, no barco, atravessava o canal da Lagoa<br />
com um ancinho a apanhar do fundo. A mulher, no<br />
baixio, de costas tombadas sobre a areia, apanhava<br />
à mão “Houve um dia que arrecadámos 110 quilos<br />
de berbigão. Arranjávamos ali uma venda que num<br />
fim-de-semana, trouxemos vinte contos”.<br />
Mas o Batata sentia falta das canas de pesca a tombar<br />
vergadas pela força do peixe. “E, um dia, andávamos<br />
lá e ele depois... quer dizer... antes queria ir<br />
para a pesca”, relembra, “chegou-me a dizer muita<br />
vez : antes quero ir para a pesca do que ir para uma<br />
boa festa”.<br />
A pesca e água estão-lhe no sangue e ainda hoje<br />
conversa com a Lagoa em tom de confidência.<br />
Palavras para a ondulação. A reza dos crentes.<br />
Nunca teve medo daquelas águas : “A paixão não é<br />
dada a medos”. Sensação só descoberta quando se<br />
aventurou na pesca do bacaIhau : “o mar dava cada<br />
marrada e as ondas enormes passavam por cima da<br />
LITERATURA<br />
dos seus livros, são os mais<br />
bonitos que jamais alguém teve.<br />
“Bonjour, tristesse”, “Un certain<br />
sourire”, “Dans un mois, dans un<br />
an”, “Aimez-vous Brahams”, “Les<br />
merveilleux nuages”, “Un peu de<br />
soleil dans l’eau froide”, “Un piano<br />
dans l’herbe”, “Le chien couchant”,<br />
“Un orage immobile”, “Un sang<br />
d’aquarelle”, entre tantos outros…<br />
Em 1987, editou um livro, uma<br />
biografia de Sarah Bernhardt,<br />
onde ela encontra e dialoga com a grande artista,<br />
como se esta ainda fosse viva e estivesse a seu<br />
lado, entrevistando-a directamente. “Le rire incassable”,<br />
faz-nos conhecer uma Sarah Bernhardt,<br />
mais viva, natural, divertida, cheia de humor, do<br />
que aquela que nos tinham contado até aqui.<br />
Já lá vão 17 anos e se relermos este livro, não destoa<br />
em 2004.<br />
Aqui fica a homenagem da “<strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong>”, à escritora<br />
Françoise Sagan. ■<br />
proa”. Fez parte de três “companhas” e quando<br />
havia peixe trabalhava-se dezoito horas e descansava-se<br />
seis. “Enfiámo-nos, uma vez, numa clareira<br />
de gelo, estivemos 80 dias para sairmos”. Episódios<br />
que se espelham no rosto mal tratado, nas<br />
mãos comidas pelo reumático. “A pesca não faz as<br />
pessoas bonitas”, lamenta com tristeza a mulher.<br />
A Foz do Arelho, a Lagoa e “dois bocadinhos de<br />
terra, foram o seu mundo durante 85 anos. E percorre,<br />
todos os dias, a pé, de cana às costas, os três<br />
quilómetros que o separam da borda da Lagoa.<br />
Apanha o isco. Deita a bateira à água. Lança as<br />
canas. Parece transportar consigo a paz universaI<br />
daqueles que escolheram como querem morrer.<br />
“Gosto muito disto”, desabafa. O peixe teima em<br />
não morder. Amanhã volto cá “recolhem-se as<br />
canas” mas de manhãzinha para apanhar a a maré a<br />
encher “sobe para o tombadilho, desprende a vara”<br />
aproveito e ainda vou apanhar isco “abateuira<br />
conquista as águas”. ■<br />
Filipa Martins<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 13
HYGIÈNE ET SANTÉ<br />
Les aigreurs d’estomac<br />
des aigreurs”, “ça brûle”, “j’ai des renvois<br />
d’acide”. Les maux d’estomac sont<br />
“J’ai<br />
fréquents mais passagers et bénins pour la<br />
plupart. Il s’accompagnent de douleurs plus ou<br />
moins pénibles.<br />
Les aigreurs d’estomac sont souvent liées au stress,<br />
à une mauvaise hygiène de vie, à l’abus d’excitants<br />
ou encore à la consommation de certains médicaments.<br />
Pour assurer une bonne digestion, votre<br />
estomac réclame quelques ménagements et si vous<br />
l’agressez sans arrêt, vous risquez de mettre en<br />
danger la muqueuse qui le tapisse. Les atteintes<br />
peuvent aller de la simple inflammation (gastrite) à<br />
l’ulcération voire la perforation. Si vos maux persistent<br />
ou récidivent, ils peuvent révéler une maladie<br />
plus grave, n’attendez pas pour consulter votre<br />
médecin.<br />
La digestion commence dans la bouche : les aliments<br />
y sont broyés, mastiqués, soumis à l’action<br />
de la salive. Ils sont ensuite avalés, passent dans<br />
l’œsophage qui débouche dans l’estomac. Un<br />
“clapet” assure la fermeture entre les deux<br />
organes et empêche la remontée du<br />
bol gastrique vers la partie basse de<br />
l’œsophage (reflux gastro-oesophagien).<br />
Il touche environ 30 à 45% de<br />
la population.<br />
A l’autre extrémité, la jonction est<br />
établie avec le duodénum au niveau<br />
du pylore. L’estomac a pour fonction<br />
la pré digestion des aliments, il assure leur<br />
brassage et secrète quantité d’enzymes (dont la<br />
pepsine, impliquée dans la digestion des protéines)<br />
et d’acide chlorhydrique qui composent le suc gastrique.<br />
Une fois bien mélangés, prédigérés, transformés<br />
en un liquide épais les aliments sont dirigés<br />
vers le duodénum.<br />
La protection de la muqueuse gastrique est assurée<br />
par le mucus qui adhère à cette muqueuse et s’oppose<br />
à la diffusion des ions acides et aussi par la<br />
secrétion de bicarbonates qui neutralisent l’acidité.<br />
Les aigreurs ou brûlures qui signent la gastrite surviennent<br />
lorsqu’il se produit un déséquilibre entre<br />
les systèmes de protection et les facteurs d’agression.<br />
Un cran au-dessus, l’ulcère gastrique ou duodénal<br />
correspond à une perte de muqueuse<br />
gastro-duodénale.<br />
Les ennuis commencent une fois que le bol alimentaire<br />
a quitté l’estomac, le liquide acide restant n’a<br />
plus de substrat à traiter et s’il est en excès il<br />
14 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
devient agressif pour les muqueuses. C’est d’ailleurs<br />
à distance des repas (1 à 3 heures après) que les<br />
douleurs se manifestent, elles peuvent même<br />
réveiller la nuit. Elles se présentent sous forme de<br />
crampes ou de brûlures et peuvent être calmées par<br />
les aliments ou par un antiacide.<br />
Au banc des accusés les excitants (café, épices), les<br />
alcools forts, le tabac.. (la nicotine augmente le<br />
risque de survenue d’ulcère et en ralentit la cicatrisation).<br />
N’abusez pas de l’automédication qui calme la<br />
douleur mais peut masquer une complication.<br />
Redoublez de prudence si vous prenez souvent des<br />
anti-inflammatoires non stéroïdiens ils affaiblissent<br />
les défenses de la muqueuse et peuvent provoquer<br />
une irritation voire une ulcération de la paroi gastrique.<br />
La majorité des aigreurs sont soulagée par des<br />
mesures d’hygiène de vie.<br />
Evitez de jeûner sous prétexte que vous avez du<br />
mal à digérer, l’alimentation exerce un effet tampon<br />
sur l’acidité gastrique, il vaut mieux au<br />
contraire fractionner les repas (4 ou<br />
5 fois par jour).<br />
Adoptez une alimentation variée et<br />
équilibrée en évitant les plats en<br />
sauce, les fritures, les fromages fermentés<br />
et les graisses. Elles retardent<br />
la vidange gastrique et prolonge<br />
le séjour des aliments dans l’estomac<br />
provoquant une sensation de lourdeur (le<br />
fameux poids sur l’estomac!).<br />
Limitez la consommation d’excitant qui augmentent<br />
l’acidité de l’estomac : café, alcool, épices,<br />
chocolat, condiments, tabac.<br />
Essayez de manger au calme et prenez le temps de<br />
mastiquer. Une bonne mastication conditionne en<br />
partie le bon déroulement de la digestion, elle laisse<br />
à la salive le temps d’agir.<br />
Pratiquez régulièrement une activité sportive.<br />
Evitez le port de vêtements trop serrés qui exercent<br />
une pression abdominale. Ne vous coucher pas<br />
immédiatement après dîner. Si toutes ces mesures<br />
ne suffisent pas consulter votre médecin qui pratiquera<br />
une fibroscopie afin de voir quelles sont les lésions<br />
réelles et adaptera le traitement efficacement.<br />
Ne laissez pas quelques maux d’estomac vous<br />
gâcher la vie et vous rendre grincheux agissez!!!!! ■<br />
Isabelle Ribeiro
Araposa e o lobo mataram dois<br />
carneiros e fugiram. Depois que<br />
se acharam seguros, deitararn-se<br />
a corner, mas 50 puderarn<br />
corner urn, e o outro ficou inteiro.<br />
Diz a raposa :<br />
- Compadre, é melhor enterrar-mos<br />
este carneiro e virmos cá amanhã<br />
comê-lo juntos.<br />
Vai o lobo e diz-lhe :<br />
- Mas nem eu nem tu termos faro,<br />
como é que o havermos tornar a achar?<br />
- Deixa-lhe o rabo de fora.<br />
Assirn se fez. No dia seguinte apresenta-se<br />
o lobo e diz :<br />
- Comadre, vamos comer o carneiro?<br />
- Hoje não posso; tenho de ir ser madrinha<br />
de um cachorrinho.<br />
O lobo fiou-se, mas a raposa foi ao lugar onde estava<br />
enterrado o carneiro e comeu um grande pedaço.<br />
No outro dia torna o lobo a perguntar-lhe :<br />
- Que nome puseste ao teu afilhado?<br />
- Comecei-te.<br />
MAGAZINE MAGAZINE BILINGUE BILINGUE<br />
N° 72 - Octobre Octobre 2004 2004<br />
Foto escolhida e cedida por Céline Callewaere Assine<br />
SIM<br />
1,80€<br />
Luso-descendentes,<br />
Luso-descendentes,<br />
a riqueza riqueza portuguesa<br />
portuguesa<br />
esbanjada esbanjada<br />
A raposa e o lobo<br />
o magazine <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> e o jornal Encontro<br />
11 números<br />
do magazine<br />
DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />
e do jornal<br />
por23,50€ em vez de 29,60€<br />
Cupão de assinatura<br />
Junto um cheque à ordem de LUSENCONTRO<br />
envie à LUSENCONTRO, Serviço de Assinaturas<br />
18, rue Ledru Rollin - 94200 IVRY SUR SEINE<br />
Quero assinar o Encontro e a <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> Durante 11 números : 23,50€ (economia 6,10€)<br />
Quero assinar a VIDA LUSA ...................... Durante 11 números : 14,80€ (economia 5€)<br />
Quero assinar o ENCONTRO...................... Durante 11 números : 14,80€ (economia 5€)<br />
Apelido<br />
Nome<br />
Morada<br />
Código Postal Localidade País<br />
D A S C O M U N I D A D E S D E L Í N G U A P O R T U G U E S A<br />
J ORN A L B ILÍNG U E<br />
Publicação Mensal ● Outubro/Novembro 2004 ● Portugal 2,00€ ● França 1,80€ ● Benelux 2,00€<br />
Santana Lopes<br />
falou ao país :<br />
“O próximo Orçamento<br />
✄<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 15<br />
Série II Ano XXVII l N° 277<br />
www.vidalusa.com<br />
será uma janela de<br />
esperança...”<br />
O primeiro-ministro, Pedro<br />
garantias para os profis-<br />
Por António Cardoso Santana Lopes, assegurou<br />
sionais, mas principal-<br />
estabilidade governativa,<br />
mente, para os cidadãos<br />
A comunicação social em<br />
pediu aos portugueses<br />
que queiram fazer ouvir<br />
Portugal estava sobretudo à<br />
para ignorarem o “ruído”<br />
a sua voz”.<br />
espera de “respostas” ao presi-<br />
e confirmou baixas no<br />
dente da República e “expli-<br />
IRS e aumentos nas pen-<br />
“Por vezes, há excessos<br />
cações sobre o caso das alegadas<br />
sões e salários da função<br />
nas palavras, como hou-<br />
pressões do governo sobre a TVI<br />
pública em 2005.<br />
ve de vários durante<br />
que, segundo alguns analis-<br />
“Não dêem importância<br />
estes dias”, admitiu o<br />
tas, teriam precipitado a de-<br />
ao ruído que vai à nossa<br />
primeiro-ministro.<br />
missão de Marcelo Rebelo de<br />
volta” em torno de “princí-<br />
Sousa do cargo de comenta-<br />
As “dúvidas sobre a<br />
pios e regras que não esdor<br />
que ocupava há cerca de<br />
solidez da democracia”<br />
tão em causa”, pediu<br />
quatro anos.<br />
colocadas ao longo dos<br />
Pedro Santana Lopes aos<br />
três últimos meses foram<br />
Expectativas defraudadas, o portugueses, numa comu-<br />
também abordadas por<br />
primeiro-ministro limitou-se nicação ao país em que<br />
Pedro Santana Lopes,<br />
a convidar os portugueses a fez um balanço dos cerca<br />
que assegurou que “às<br />
“não darem ouvidos a ruí- de três meses do seu Go-<br />
palavras e aos discursos<br />
dos” referindo que Portugal é verno.<br />
que se preocupam com a<br />
um “país livre onde a liber- “Com o Orçamento de 2005,<br />
aparência das coisas”, o<br />
dade comanda a vida” sem abrir-se-á uma janela de<br />
Governo responde com<br />
nunca referir o “caso” do esperança para todos”,<br />
a concretização de ob-<br />
célebre professor. “Todos so- sublinhou Santana Lopes.<br />
jectivos, nomeadamente<br />
mos livres no respeito da<br />
Sem se referir explicita-<br />
tornar Portugal “um país<br />
Lei”, disse ainda o primeiromente<br />
à saída de Marcelo Re-<br />
hegemónico na Comunicação mais rico e mais justo”.<br />
ministro, para bom entendebelo<br />
de Sousa da TVI, que<br />
Social”.<br />
dor salientando que o “plu-<br />
suscitou críticas ao governo,<br />
Relembrando que não foi no<br />
“Como condições essenciais<br />
ralismo é sagrado”, recusando<br />
Santana Lopes frisou que a<br />
seu Governo, nem no executi-<br />
para a acção do Governo, sub-<br />
todavia “concentração ou poder<br />
“liberdade comanda” a vida,<br />
vo liderado pelo ex-primeirolinho a estabilidade institu-<br />
hegemónico na Comunicação<br />
salientando que Portugal é um<br />
ministro Durão Barroso, “que cional, no cumprimento da<br />
Social”.<br />
“país livre”, onde os “cidadãos<br />
empresas com influência do Constituição, e a estabilidade da<br />
Em provável alusão recentes são livres, a justiça é livre, o<br />
Estado adquiriram posições coligação que suporta, maiori-<br />
declarações do presidente da parlamento é livre”.<br />
em órgãos de comunicação sotariamente, o Governo, na As-<br />
República, Santana falou da “Todos somos livres no respeito<br />
cial”, Santana Lopes referiu sembleia da República”, afirmou,<br />
“importância da estabilidade da Lei”, disse o primeiro-mi-<br />
que a maioria PSD/CDS-PP salientando que o executivo<br />
institucional, da necessidade nistro, assegurando que o “plu-<br />
“trabalhou para uma nova en- saberá, “a cada momento”,<br />
de os órgãos de soberania ralismo é sagrado” e recusando<br />
tidade reguladora e numa lei “fazer a avaliação dessa esta-<br />
falarem, em nome do Estado, “a concentração ou o poder<br />
da imprensa com suficientes bilidade”.<br />
a uma só voz”.<br />
Na sua comunicação ao país<br />
Santana Lopes abordou essencialmente<br />
questões sobre o<br />
próximo Orçamento de 2005,<br />
anunciando medidas importantes<br />
tais como a redução do<br />
IRS, o aumento das pensões Luxemburgo, - O ministro dos Negócios e, eventualmente, uma ajuda adicional.<br />
ou a subida dos vencimentos Estrangeiros de Portugal, António O ministro irá fazer o ponto da situação<br />
na função pública, prometendo Monteiro, considerou “boas notícias” na Guiné-Bissau aos seus congéneres<br />
enquadrá-las no cumprimen- a assinatura do “memorando de ento<br />
do rigor orçamental ditado tendimento” na Guiné-Bissau, e espera de ajuda rapidamente.<br />
por Bruxelas.<br />
que os 25 apoiem o pedido de ajuda Um memorando de entendimento foi<br />
ao país que Lisboa vai formular. assinado domingo dia 10 de Outubro,<br />
Além dos jornalistas, tam- “Penso que estão criadas condições de em Bissau, entre o primeiro-ministro<br />
bém a oposição pareceu ter estabilidade que permitem avançar e o representante dos militares que se<br />
sido apanhada de surpresa com o pedido de ajuda”, disse António sublevaram quarta-feira.<br />
pelo conteúdo e pela forma Monteiro à entrada para a reunião dos O texto contempla uma proposta de<br />
como o primeiro-ministro abor- ministros dos Negócios Estrangeiros amnistia, um indulto a discutir na<br />
dou a sua primeira grande da União Europeia, no Luxemburgo. Assembleia e a satisfação da maior<br />
comunicação aos portugue- O chefe da diplomacia portuguesa de- parte das reivindicações dos sublevados.<br />
ses.fende<br />
que o apoio é importante para Numa cerimónia para o efeito,<br />
Guilherme Oliveira Martins, “garantir condições de governabili- rubricaram o documento o primeiro-<br />
do Partido Socialista, disse dade” na Guiné- Bissau.<br />
ministro Carlos Gomes Júnior, o ac-<br />
que se “mantém o estilo do António Monteiro irá fazer um pedido de tual inspector- geral das Forças<br />
governo, dizer num dia e des-<br />
Armadas, general Tagme Na Wai, o<br />
dizer no dia seguinte”. Europeu de Desenvolvimento (FED) líder dos sublevados, major Bauté<br />
Referindo que “é a primeira<br />
Ianta Namam, e o general Abdoulaye<br />
vez que se faz uma divul-<br />
Dieng, representante da CEDEAO e<br />
gação do Orçamento de Esta-<br />
embaixador do Senegal em Bissau.<br />
do na televisão e não no<br />
A rebelião iniciou-se na quarta-feira dia 6<br />
Parlamento”, o responsável<br />
de Outubro, tendo perecido o chefe do<br />
socialista disse também que<br />
“a questão essencial é saber<br />
(CEMGFA), general Veríssimo Cor-<br />
se vai haver cortes nos benereia<br />
Seabra, e o porta-voz do Estadofícios<br />
fiscais para os planos<br />
Maior, coronel Domingos Barros.<br />
FPB<br />
Continua página 20<br />
N°1 vers le Portugal…<br />
et le Brésil…<br />
Réservations et informations<br />
Santana Lopes garante estabilidade<br />
e confirma menos impostos e mais salários<br />
Na sua comunicação, Pedro<br />
Santana Lopes salientou estar<br />
consciente da “importância da<br />
estabilidade institucional, da<br />
necessidade de os órgãos de<br />
soberania falarem, em nome<br />
do Estado, a uma só voz”, e da<br />
“relevância que essa concertação<br />
tem na credibilidade externa<br />
de Portugal”.<br />
O primeiro-ministro afirmou<br />
ler diariamente os telegramas<br />
das embaixadas portuguesas<br />
que “informam sobre as posições<br />
dos governantes dos países<br />
onde estão sediadas” para<br />
salientar que “uma qualquer<br />
descoordenação nas posições<br />
dos órgãos de soberania de<br />
Portugal é sempre avaliada<br />
por outros, não ajudando à imagem<br />
do país e à defesa dos interesses<br />
portugueses”.<br />
“Pela minha parte, e como<br />
sabem, sempre que me pronuncio<br />
publicamente, exprimo<br />
convergência e nunca divergência<br />
com os outros órgãos de<br />
soberania. Não tenho dúvidas<br />
de que o interesse nacional assim<br />
o aconselha”, disse.<br />
O primeiro-ministro assegurou<br />
ainda que o executivo vai cumprir<br />
o programa aprovado na Assembleia<br />
da República até ao<br />
termo da legislatura, lembrando<br />
Guiné-Bissau<br />
António Monteiro congratula-se<br />
com acordo e quer apoio dos 25<br />
“ajudas genérico” que poderá vir do Fundo<br />
europeus e sensibilizá-los para a aprovação<br />
Estado-Maior General das Forças Armadas<br />
LENDAS<br />
Exclama o lobo :<br />
- Que nome! Vamos comer o carneiro?<br />
- Ai, compadre (disse-lhe a raposa), hoje também<br />
não pode ser ; estou convidada para ir<br />
ser madrinha.<br />
O lobo fiou-se ; a raposa tornou a ir<br />
comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo :<br />
- Que nome deste ao teu afilhado?<br />
- Meei-te.<br />
- Que nome! (replica o lobo). Vamos comer<br />
o carneiro? A raposa tornou a escusar-se com outro<br />
baptizado, e foi acabar de comer o carneiro.<br />
O lobo vem :<br />
- Como se chama o teu afilhado?<br />
- Acabei-te.<br />
- Vamos comer o carneiro?<br />
Foram e chegaram ao sítio ;<br />
assim que viram a rabo, disse<br />
a raposa :<br />
- Puxa com força, compadre!<br />
O lobo puxou, e caiu de pernas<br />
para o ar ; a raposa safou-se. ■<br />
(lenda do Airão)<br />
ou www.tap.fr<br />
Continua página 20<br />
BHARATA-NATYAM<br />
Dança tradicional do Sul da Índia<br />
Maria Mendes Ferreira de Oliveira<br />
TARIKAVALLI<br />
0,12 euros TTC/min.
LITERATURA<br />
“Uraça” de Deana Barroqueiro<br />
Todos se ajoelhavam à passagem do rei e das relíquias,<br />
mas os olhos dos mais curiosos, sobretudo das mulheres, não<br />
perdiam pitada e os ditos desmentiam a compostura dos corpos:<br />
- Olhai como El-Rei vai triste, apesar da festa! Saudades<br />
da Rainha, por certo!<br />
- Pudera! Só esteve casado um ano, qu’ a desventurada<br />
D. Isabel morreu ao parir.<br />
- Já lá vão dois anos e ainda sofre, o pobrezinho!<br />
- Foi castigo dos Céus, por ter cobiçado a viúva do<br />
sobrinho, do principezinho Afonso que Deus haja!<br />
- Ah, mulher, nã digas isso! Ele já gostava dela em solteira e<br />
teve de a entregar ao sobrinho por ordem d’El-Rei D. João II.<br />
- Se era assim, então não me dirás por que razão se fala por aí<br />
que Sua Majestade e os Reis de Castela já estão de concerto para<br />
o casamento do triste viúvo com a cunhada, a princesa D. Maria?<br />
- Razões e deveres de Estado, home, que o Rei tem de ter herdeiros…<br />
Na praia romperam as fanfarras e todas as naus dispararam<br />
salvas de artilharia. O som das trombetas, atabaques30 , sestros31 ,<br />
tambores, flautas, pandeiros e até de gaitas de foles<br />
levantavam os espíritos mais melancólicos e muita gente<br />
bailava, mostrando que o coração de todos se movia entre o<br />
prazer e as lágrimas com a partida de tantos dos seus homens.<br />
Os Capitães e primeiros oficiais foram postar-se diante das<br />
suas equipagens, apenas Pedro Álvares Cabral se manteve na<br />
bancada real, junto de Sua Majestade que continuava a<br />
fazer-lhe as últimas recomendações numa voz apenas para<br />
os seus ouvidos. Então soaram as trombetas para recolherem<br />
às naus, fizeram-se novas salvas com artilharia e, em perfeita<br />
ordem, os capitães começaram a desfilar com os seus<br />
homens diante d’El-Rei para lhe beijar a mão em despedida.<br />
D. Manuel fez a todos muitas honras, dizendo graves e<br />
bondosas palavras, mostrando-se muito agradecido por<br />
tamanha lealdade e tão precioso e nobre serviço prestado<br />
não somente à pessoa d’El-Rei mas antes a Deus e ao<br />
Reino de Portugal. Recomendou ainda aos capitães o<br />
bom trato da gente, sobretudo o reparo dos doentes.<br />
Gonçalo tinha a alma presa na cerimónia da despedida.<br />
Sentia orgulho em estar ali e imaginou por momentos o pai,<br />
com ele ao lado, a desfilar com os seus homens diante do<br />
Rei Venturoso para lhe beijar o anel e o coração apertou-se-lhe<br />
de dor e saudade. Uma mão de ferro apanhou-o pelo cachaço<br />
e ergueu-o no ar como se fosse um cachorro vadio. O<br />
padrasto! Ao lado, de rosto de pedra e olhos acerados, o<br />
espião a soldo dos Reis de Castela sorria de triunfo.<br />
- Finalmente caçado como um rato que és! Quem havia<br />
d’ imaginar que tinhas esperteza pra t’ esconderes aqui?!<br />
Já desesperava de t’ encontrar e afinal apanhei-te por<br />
acaso e onde menos contava ver-te. Inda gostava de saber<br />
como escapaste ao Manel Cruz e ao “Maceiro” e os<br />
deixaste desacordados na viela, que não s’alembram de<br />
nada Mas, antes d’ ajustarmos contas, vais dizer-me onde<br />
tens o pergaminho roubado e, asinha32 Continuação do Capítulo II<br />
, qu’ o tempo voa!<br />
Gonçalo empalidecera. Mais uns minutos e teria ganho a<br />
sua liberdade e… a vida. Porém não iria ceder, nunca lhes<br />
(30) Tambor de metal (vindo do Oriente), em forma de meio globo, coberto (32) Depressa.<br />
de uma pele esticada onde se toca. (33) Rota, mapa de um percurso de navegação.<br />
(31) Antigo instrumento musical, espécie de marimbas metálicas. (34) Perturbar, incomodar.<br />
16 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
entregaria o mapa com a preciosa derrota 33 traçada com<br />
tanta dor e sacrifício por Vasco da Gama e os seus<br />
homens! Derrota secreta que seria paga a peso de ouro<br />
pelos espiões de Castela, roubada de uma das naus, antes<br />
da partida para o Restelo, por homens a soldo do padrasto. Lançou-lhe,<br />
altivo: - Vós é que o roubastes e sois traidor!<br />
Afonso Freire corou de fúria e medo, os dedos apertaram-se<br />
mais em volta do magro pescoço do enteado e Gonçalo<br />
gritou. O maldito do rapazelho ainda o havia de perder!<br />
O castelhano disse entre dentes, inquieto: - Cuidado con<br />
la gente que nos mira!<br />
De longe Mateus apercebera-se, inquieto, dos movimentos<br />
suspeitos dos dois homens junto do amigo e esperava<br />
o momento de intervir. Também o Guardião, sempre vigilante,<br />
notara a agitação e aproximava-se.<br />
- Que temos aqui? Afastai-vos que a equipagem vai agora desfilar.<br />
Afonso Freire disse, arrogante: - Venho buscar o meu filho que<br />
não tem licença minha pra embarcar.<br />
O oficial mostrou no rosto todo o desagrado que lhe causava<br />
a cena inesperada: - Agora?! Mas o moço já está<br />
engajado na nau capitânia! Não podemos ficar com faltas<br />
na equipagem no momento da largada…<br />
- Mas eu não o deixo partir!<br />
- Olhai pró qu’eu estava guardado! Isto só a mim… na<br />
hora da saída! - o homem estava furioso. - Esperai,<br />
enquanto vou chamar o Meirinho da Armada.<br />
Afonso Freire e o castelhano fizeram um movimento de<br />
recuo ao ouvir mencionar o oficial da Justiça e, apercebendo-se<br />
do seu receio, o desesperado grumete tentou a sorte:<br />
- Guardião, eu não sou filho deste homem, só trabalhava<br />
para ele. Vede, tenho aqui a licença do meu pai - e entregou-lhe<br />
o documento falso.<br />
O Guardião não sabia ler, mas não quis dar parte de fraco<br />
para não perder a sua autoridade. Além disso não podia<br />
ficar sem um grumete na hora da partida da Armada.<br />
- Parece-me em ordem. Porque dizeis que é vosso filho, se o não é?<br />
Antes que o padrasto falasse, Gonçalo disse: - Não tendes<br />
de vos preocupar comigo nem com o pergaminho, que está bem<br />
guardado. Mas agora deixai-me partir e dar rumo à minha vida e<br />
eu não vos anojarei 34 na vossa. Mas se me impedis de partir, eu<br />
terei de dizer ao meirinho o motivo da vossa proibição.<br />
Afonso Freire sentiu a promessa e a ameaça na fala do<br />
enteado, pensou no oficial da Justiça e arrepiou caminho:<br />
- Vede, Mestre, como é ingrato! Trato-o como um filho e paga-me<br />
desta sorte. Levai-o pois convosco e fazei-o trabalhar, qu’é madraço.<br />
Fez um sinal ao castelhano e começou a afastar-se, atirando-lhe<br />
entre dentes um “Não julgues que me escapas” que o Guardião<br />
não ouviu, pois bradava contra Gonçalo, descarregando nele o<br />
mau humor causado por aquele aperto de última hora:<br />
- Se me aprontas mais alguma, meu malandro, levas 20<br />
chicotadas nesses lombos que ficas sem pele p’ra te<br />
cobrir os ossos! E toma tento que vou andar d’ olho em ti…<br />
– Ele não queria perder um criado, Mestre Guardião, foi<br />
só por isso que aqui veio...<br />
Continua no próximo número
LINGUAGEM DE FLORES<br />
Linguagem de flores : Novembro<br />
Crisântemo vermelho, branco e amarelo<br />
O crisântemo é uma flor especial. Não tem a mesma significação em todos os<br />
países. Os chineses e os coreanos sabem cultivar esta sua flor preferida desde há<br />
milénios e de todas as cores : brancos, amarelos, violetas, ouro velho, cor de<br />
fogo, etc. Assim como os japoneses, que realizam grandes festas na época em<br />
que os crisântemos estão em flor, que significam para eles paz e força interior<br />
para enfrenter todas as adversidades da vida.<br />
Na Europa, como é uma flor que nasce por volta do Dia de todos os Santos, é ela que vai<br />
ornamentar as campas nos cemitérios.<br />
Em Paris, desde que Marcel Proust em 1900, invadia de crisântemos o apartamento de<br />
Odete, esta flor perdeu a pouco e pouco a sua reputação triste, para participar na decoração<br />
dos interiores parisienses.<br />
Além do crisântemo temos também :<br />
Silva<br />
a pena, a tristeza,<br />
o desgosto<br />
A silva, que tem<br />
quando floresce,<br />
bonitas florzinhas<br />
cor-de-rosa<br />
e sobretudo uns<br />
frutos deliciosos<br />
que são as amoras, está ligada<br />
à tradição religiosa de uma<br />
maneira especial, pelos seus<br />
enormes picos.<br />
A silva está associada definitivamente<br />
às dificuldades da<br />
vida terrestre, “os caminhos<br />
semeados de silvas e espinhos”<br />
que o homem tem de percorrer e<br />
aos trágicos acontecimentos da<br />
Paixão de Jesus Cristo, cuja<br />
cabeça foi coroada de espinhos.<br />
amo-te, verdade e amor frágil<br />
Jasmin<br />
branco e amarelo<br />
amabilidade,<br />
graça e elegância<br />
Planta originária das Índias,<br />
resiste bem ao frio<br />
e floresce no<br />
Inverno.<br />
Entra na<br />
composição<br />
de muitos<br />
perfumes<br />
para a Altacostura.<br />
Na Tunísia, fazem pequenos<br />
raminhos que vêm vender<br />
nos terraços dos cafés e<br />
que os homens põem atrás da<br />
orelha.<br />
Loureiro<br />
glória, vitória<br />
O Loureiro cresce<br />
em toda a bacia<br />
Mediterrânica.<br />
Planta valente,<br />
sempre verde, desafiando<br />
as intempéries,<br />
cujo potente aroma perfuma<br />
e é utilizado em todas as<br />
cozinhas do mundo.<br />
E quem é que canta nesta época tão triste?<br />
“Canta mais, meu gentil tordo,<br />
pousado nesse ramo seco canta mais,<br />
avezinha simpática, para nós ouvirmos,<br />
Mesmo o velho Inverno,<br />
no princípio do seu reinado,<br />
Ouvindo o teu<br />
alegre cantar,<br />
Desenruga a testa e fica<br />
menos preocupado”.<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 17
TRADITIONS<br />
Novembre<br />
Climat OCÉANIQUE<br />
• Traitez avec une solution<br />
à base de cuivre les<br />
palmiers dont les palmes<br />
se couvrent de taches<br />
grises, jaunes, ou noires.<br />
• Taillez les haies et<br />
brises-vents pour leur<br />
donner une silhouette<br />
harmonieuse avant l’hiver.<br />
• Plantez des rosiers<br />
adaptés aux sols sableux<br />
et aux climats maritimes.<br />
• Déposez des frondes<br />
de fougères autour du<br />
pied des plantes vivaces<br />
et des arbustes frileux.<br />
La Fête de la Toussaint<br />
La fête du premier novembre a une origine très<br />
lointaine puisqu'en fait elle nous provient en<br />
ligne directe des Celtes. En effet, ceux-ci divisaient<br />
l'année en deux saisons, l'hiver et l'été. Le premier<br />
novembre était une date très importante puisqu'ils<br />
fêtaient le début de l'année. C'est la fête de Samain<br />
(Samain ou Samhuin signifie en irlandais “affaiblissement”<br />
ou “fin de l'été”). C'était donc une fête de<br />
passage, la fin de l'été marque le début de l'hiver, le<br />
départ d'une nouvelle gestation. Samain était le nouvel<br />
an celtique, le début de toutes choses, et sur le plan<br />
mythologique le moment où s'étaient produits les grands<br />
événements cosmiques, le moment où avait lieu le<br />
meurtre rituel et symbolique du roi et son remplacement.<br />
Petit voyage jardinier au cœur des terroirs<br />
Un tour de France, une invitation au jardinage, comme autant d’escales pour découvrir les modes de<br />
culture et les variétés de plantes qui font de chaque région un monde unique, qui fleure bon le terroir.<br />
Climat CONTINENTAL<br />
• Rentrez les lauriersroses<br />
dans un local clair<br />
et hors gel. Arrosez-les<br />
une fois par mois et surveillez<br />
l’apparition des<br />
cochenilles.<br />
• Préparez les artichauts<br />
à l’hiver en coupant les<br />
hampes florales et en<br />
raccourcissant de moitié<br />
les feuilles.<br />
• Déterrez les dahlias<br />
pour les hiverner sous abri.<br />
• Enveloppez les plantes<br />
délicates de paille et<br />
d’un voile d’hivernage.<br />
18 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Cette fête de Samain donnait lieu à des rassemblements,<br />
des jeux, des joutes, des cérémonies liturgiques très<br />
importantes et des festins où l'ivresse était de rigueur...<br />
Dans de nombreux villages wallons, le soir de la<br />
Toussaint, les enfants évidaient une betterave ou<br />
une citrouille dans laquelle ils pratiquaient des<br />
entailles simulant les yeux, un nez, une bouche.<br />
Une chandelle éclairait à l'intérieur cette tête de mort,<br />
que les enfants plaçaient au bord du chemin en sollicitant<br />
des passants quelque monnaie “pour les âmes”.<br />
Cette coutume pouvait encore s'observer vers 1950.<br />
Ces considérations donnent à penser que la fête des<br />
morts, le 2 novembre, a eu son origine chez les<br />
Celtes et s'est étendue aux peuples européens. ■<br />
Le Goncourt, roi des prix littéraires<br />
Prestigieux ou confidentiels, dotés richement<br />
ou modestement, les prix littéraires ne laissent<br />
personne indifférent. Le Goncourt, le<br />
plus convoité d’entre tous, apporte au lauréat une<br />
notoriété et des droits d’auteur généralement<br />
importants. Il est traditionnellement décerné le troisième<br />
lundi de novembre.<br />
Edmond de Goncourt, collectionneur esthète,<br />
homme de salon introduit dans la littérature, se proposa<br />
en 1885 de créer le prix Goncourt. Par piété<br />
fraternelle, il tint à associer à sa démarche son frère<br />
Jules, mort en 1870. Son but était “d’aider à l’éclosion<br />
des talents, de les tirer des difficultés matérielles<br />
de la vie, de les mettre en mesure de<br />
travailler efficacement, en un mot de leur faciliter<br />
la tâche de produire une œuvre littéraire”.<br />
Dans un testament, il prévoit de créer dans l’année<br />
de son décès une société littéraire afin de décerner<br />
un prix annuel de cinq mille francs “au meilleur<br />
roman, au meilleur recueil de nouvelles, au<br />
meilleur volume d’impressions, au meilleur volume<br />
d’imagination en prose, et exclusivement en<br />
prose, publiés dans l’année”. Grâce au produit des<br />
ventes des collections d’Edmond de Goncourt, les<br />
jurés, au nombre de dix, tous hommes de lettres,<br />
devaient recevoir une rente annuelle de six mille<br />
francs. Cette somme appréciable correspondait au<br />
salaire d’un sous-chef de ministère. ■<br />
Climat MONTAGNARD<br />
• Palissez les rameaux des rosiers et des plantes<br />
grimpantes pour les protéger de la neige.<br />
• Taillez les arbres aux rameaux fragiles et sensibles<br />
au poids de la neige comme le robinier doré “Frisia”, les<br />
jeunes bouleaux, les sureaux dorés ou les rosiers arbustes.<br />
• Dessinez au sol en vous aidant d’un tuyau d’arrosage souple<br />
l’emprise des futurs massifs, puis entreprenez l’ameublissement<br />
du sol réservé aux plantations à la fin de l’hiver.<br />
Climat MÉDITERRANÉEN<br />
• Protégez les plantes délicates avec un paillis de fougères.<br />
• Taillez les lauriers-roses et les pavots en arbre.<br />
• Aérez, scarifiez et fertilisez les louses.<br />
• Semez les cyclamens de Persolin, les pois de senteur,<br />
gypsophile, myosotis.<br />
• Semez les petits pois, fèves, radis, épinard et carottes.
Distributeur Installateur agréé : Depuis 1968 à votre service<br />
Pose et installation<br />
d antennes terrestres<br />
et paraboliques<br />
EN<br />
EXCLUSIVITÉ<br />
CABO<br />
SERVIÇO DIGITAL<br />
Vente et r parations toutes marques<br />
Permanence 7j/7<br />
Electrom nager - T l vision - Hi-fi<br />
Vid o - DVD - Home cin ma<br />
113, BD. DE CHAMPIGNY - 94100 LA VARENNE ST HILAIRE<br />
(Près gare RER de Champigny S/Marne et RN. 4)<br />
N° infoline 01 42 83 48 46 Port. 06 14 35 17 28<br />
www.tele-gare.com ou www.artysat.com<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 19
PROMOS<br />
-<strong>50%</strong><br />
• 7 Histórias completas • O alibi<br />
• O bandido maneta • Calamaty Jane<br />
•Canyon apache • Caça aos fantasmas<br />
• Dalton city • Os Dalton no Canadá<br />
• A herança de Rantanplan • O juíz<br />
• A noiva de Lucky Luke • A ponte<br />
sobre o Mississipi • Poney Express<br />
• Os primos Dalton • Subindo o Mississipi<br />
• Western Circus • Marcel Dalton<br />
........................................ 7,95€<br />
• O 20 de cavalaria • Alerta aos<br />
pés azuis • A amnésia dos Dalton<br />
• Arame farpado na pradaria<br />
• A caravana • Carris na pradaria<br />
• O cavaleiro branco • A corda do<br />
enforcado • O Daily Star • Daisy Town<br />
• O elixir do Dr. Doxey • A escolta<br />
• Fingers • O fio que canta • Fora<br />
da Lei • O imperador Smith • Lucky-<br />
Luke contra Pat Poker • Na pista<br />
dos Dalton • Nitroglicerina • O rancho<br />
maldito • Os rivais de Painful Gulch<br />
• Sarah Bernard • Tortilhas para<br />
os Dalton .......................... 9,80€<br />
• Cola e completa - Jogos de observação<br />
(vert - rose - rouge - bleu)<br />
Prolongação da promoção<br />
Na livraria TAC - 108 Av. Danielle Casanova -<br />
4,75€<br />
2,30€<br />
9€<br />
• Astérix o Gaulês • A Foice de ouro<br />
• Astérix e os Godos • As 1001 horas<br />
de Astérix • O adivinho • Astérix<br />
conquista a América • Astérix e Cléopatra<br />
• Astérix e o Caldeirão • Astérix e<br />
os Bretões • Astérix e os Normandos<br />
• Astérix entre os Belgas • Astérix entre<br />
os Helvéticos • Astérix legionário<br />
• Astérix na Córsega • Astérix na<br />
Hispânia • Astérix nos Jogos Olímpicos<br />
• Astérix o gladiador • O combate<br />
dos chefes • O domínio dos deuses<br />
• O escudo de Arvense • O filho de<br />
Astérix • O grande fosso • A grande<br />
travessia • Os louros de César • Obélix<br />
e companhia • A odisseia de Astérix<br />
• A rosa e o Gládio • Um presente de<br />
César • A volta à Galia• A zaragata<br />
• O pesadelo de Obélix.<br />
18,15€<br />
9,10€<br />
4,50€<br />
Promoção<br />
-<strong>50%</strong><br />
20 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
25,65€<br />
12,80€<br />
• Diz-me que me amas • Elas não<br />
pensam noutra coisa • Isto interessa - lhe<br />
(Tomo 1) • Isto interessa - lhe (Tomo 2)<br />
• Melhores mais picantes Anedotas 1<br />
• Melhores mais picantes Anedotas 2.<br />
5,80€<br />
2,90€<br />
10,85€<br />
5,40€<br />
• Sübe Sünden • Dulces Pecados • Doces<br />
Pecados • Pechés de Gourmandise.<br />
11,15€<br />
5,60€<br />
Promoção<br />
-<strong>50%</strong><br />
26,30€<br />
13,15€<br />
9,95€<br />
4,90€
“ler em português” até ao Natal<br />
94200 Ivry-sur-Seine - Tél. : 01 45 21 40 47<br />
• Tc Encadernada 03 - 06 ...........22,60€<br />
• Tc Encadernada 08 - 09 - 11 - 12 - 14 - 15<br />
16 - 17 - 18 - 19 - 21................17,85€<br />
• Tc Encadernada 22 - 23<br />
32 - 38 ...............................25,15€<br />
• Tc Encadernada 25 - 26 - 27 - 28<br />
29 - 30 - 31..........................28,20€<br />
• Tc Encadernada 33 - 34 - 35 - 36 - 37 - 39<br />
40 - 41 .......................................... 20,45€<br />
26,25€<br />
13,10€<br />
-<strong>50%</strong> -<strong>50%</strong><br />
17,10€<br />
8,55€<br />
• Tc Normal 0994 - 0995 - 0996 - 0998 - 0999 - 1000 ........................... 1,07€<br />
• Tc Normal 0997 Abril - 1072 ................................................... 2,29€<br />
68,00€<br />
34,00€<br />
3,55€<br />
1,80€<br />
Promoção<br />
-<strong>50%</strong><br />
19,25€<br />
9,60€<br />
19,25€<br />
9,60€<br />
Possibilidade de envio pelo correio<br />
-<strong>50%</strong><br />
CambacoI et II (broché) ............. 28,85€<br />
CambacoI (cartonné)) .............. 36,60€<br />
19,25€<br />
9,60€<br />
94,10€<br />
47,05€<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 21
ART CULINAIRE<br />
“Petit Traité Savant de la Morue<br />
Ancienne professeur de droit dans les entreprises<br />
et à l’Université, Odile Godard,<br />
actuellement à la retraite, se consacre<br />
depuis deux décennies à l’une de ses passions : la<br />
cuisine gourmande. “La gourmandise est un acte<br />
de notre jugement par lequel nous accordons la<br />
préférence aux choses qui sont agréables au goût<br />
sur celles qui n’ont pas de qualité” lit-on dans la<br />
“Physiologie du goût” du magistrat, gastronome et<br />
écrivain français Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826).<br />
Son domaine de prédilection étant la gastronomie<br />
du sud, elle vient de publier, sous le titre “Petit<br />
Traité Savant de la Morue” (1), un ouvrage de<br />
220 pages qui fera les délices de tout gourmet, en<br />
général, - parce qu’il vante les grands mérites de la<br />
cuisine traditionnelle dont la clé de voûte est la<br />
saveur - et de tout gastronome portugais, en particulier,<br />
puisqu’il fait une vibrante apologie de leur<br />
“Fiel amigo” (Fidèle ami) dont les diverses préparations<br />
succulentes ont une place de choix dans le<br />
scintillant collier de bijoux qu’est la cuisine lusitanienne.<br />
La présentation esthétique de ce livret est aussi<br />
remarquable que sa documentation. Il comporte de<br />
magnifiques illustrations et tout<br />
un éventail de citations d’intellectuels<br />
qui se sont intéressés à la<br />
morue au cours des siècles tels<br />
que Alphonse Allais, la marquise<br />
de Sévigné, Molière, Alexandre<br />
Dumas, Emile Zola, Jules Verne,<br />
Raymond Queneau, Luis de Camões,<br />
Brillat-Savarin, André Suarès, Pierre<br />
Loti, Georges Simenon, Henry Poujon<br />
de l’Académie française (qui<br />
a déclaré que “Le genre humain<br />
comprend deux catégories :<br />
ceux qui aiment la morue… et<br />
les autres”), Fernando Pessoa, Eça de Queiroz,<br />
Manuel Vazquez Montalban, le compositeur norvégien<br />
Edvard Grieg, Honoré de Balzac, Miguel de<br />
Cervantés, Alphone Daudet, Jorge Amado, George<br />
Sand et Montaigne, entre autres.<br />
Après avoir souligné, à juste titre, dans l’Avantpropos,<br />
que “manger d’abord avec son cerveau<br />
est l’un des péchés mignons des sociétés d’abondance”,<br />
Odile Godard fait remarquer que “en<br />
vraie schizophrène qu’elle est, la morue révèle<br />
deux visages et deux goûts totalement différents<br />
22 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
par Odile Godard<br />
selon qu’elle est cuisinée en frais ou bien à partir<br />
du poisson conservé au sel”. Dans le même<br />
Avant-Propos, elle met l’accent sur le “savoir-faire<br />
multiséculaire des Portugais dans le salage et le<br />
séchage de la morue” notamment à Aveiro.<br />
Nous est dressée une véritable carte d’identité de ce<br />
poisson qui vit en bancs compacts dans les océans<br />
là où la température ne dépasse pas 5 à 8° degrés,<br />
fréquente de préférence les zones riches en plancton,<br />
peut aller jusqu’à 600 mètres de profondeur et dont<br />
la femelle pond 5 à 7 millions d’œufs.<br />
La valeur exceptionnelle traditionnelle, la saveur<br />
gastronomique et la facilité de conservation de<br />
cette nourriture riche en protéines - autrefois bon<br />
marché mais plus de nos jours - sont présentées<br />
comme autant de qualités qui lui ont assuré au<br />
cours des âges une place de choix dans l’alimentation<br />
des populations de l’Occident et de l’Europe<br />
en particulier.<br />
Odile Godard attire l’attention sur le fait que :<br />
“Cette passion pour leur morue salée, les Portugais<br />
l’emportent à la semelle de leurs chaussures<br />
lorsqu’ils s’en vont travailler à l’étranger”.<br />
L’épopée tout à fait hors du commun des morutiers<br />
au cours des siècles est célébrée<br />
de même que leurs très dures<br />
conditions de travail, les risques<br />
qu’ils encouraient, leur longue<br />
absence de plusieurs mois (de<br />
février à septembre) et “l’exception<br />
portugaise” due au fait que<br />
l’État Nouveau de António de<br />
Oliveira Salazar (1889-1970)<br />
avait fait de la pêche à la morue<br />
un véritable enjeu stratégique ce<br />
pourquoi il avait relancé les chantiers<br />
de constructions navale traditionnelle.<br />
Cela fit que les grands navires en bois - parfois<br />
même dépourvus de moteur auxiliaire - reprirent la<br />
mer même durant la Seconde Guerre mondiale en<br />
inscrivant sur leurs coques, en lettres énormes, le<br />
mot “PORTUGAL” pour avertir les bélligérants<br />
de leur neutralité.<br />
Ceci après s’être ancrés par dizaines dans l’estuaire<br />
du Tage, devant le monastère des Jerónimos où<br />
les marins assistaient à la messe, spectacle fabuleux<br />
que le septuagénaire soussigné n’oubliera jamais<br />
de sa vie.
L’accent est mis sur les conséquences de l’apparition,<br />
en 1954, des navires-usine et les pratiques de<br />
pêche excessives qui ont contraint le gouvernement<br />
du Canada à interdire complètement la pêche sur<br />
les côtes de Terre Neuve depuis 1994 sans que nul,<br />
hélas, ne puisse dire aujourd’hui si cette décision a<br />
été prise à temps ou trop tard ce qui est une nouvelle<br />
preuve fort regrettable de la manière dont les<br />
conséquences à long terme de nos actions ne sont<br />
pas du tout, comme il se devrait, la préoccupation<br />
première de nos gouvernants!<br />
“Petit Traité Savant de la Morue” est, en outre,<br />
un fort précieux recueil de plusieurs dizaines d’exquises<br />
façon de cuisiner la morue au premier rang<br />
desquelles ont été placées les recettes portugaises<br />
et notamment de bacalhau à Zè do Pipo, à Gomes<br />
de Sá, à Brás outre la morue grillée et les pasteis<br />
(croquettes).<br />
En cette époque de la société de consommation qui<br />
est la nôtre où, quoique nous disposions de moyens<br />
nettement plus performants que ceux de nos<br />
ancêtres, on ne cherche pas toujours à faire mieux<br />
qu’eux, ni même aussi bien, mais seulement plus<br />
vite, nous assistons à une détestable marée noire de<br />
la détestable “fast food” qui est absurde dés lors<br />
que, pour faire de la bonne cuisine, il ne faut pas<br />
vouloir aller vite mais prendre son temps.<br />
ARTISANS - SOCIÉTÉS<br />
Il y a donc lieu de féliciter chaleureusement Odile<br />
Godard qui n’hésite pas à ramer à contre courant<br />
et est une chaleureuse muse de la cuisine traditionnelle.<br />
Comme l’a dit Jean d’Ormesson dans son discours<br />
de réception de Marguerite Duras (1903-1937) à<br />
l’Académie Française : “La tradition est un progrès<br />
qui a réussi”.<br />
Nous ne devrions, par ailleurs, jamais oublier ce<br />
qu’a noté, le 10 juin 1987, dans son “Journal”, le<br />
grand humaniste Miguel Torga (1907-1995) à<br />
savoir : “Comer é um acto de cultura” (Manger<br />
est un acte de culture). Nous devrions également<br />
nous souvenir que, à nouveau dans sa “Physiologie<br />
du goût”, Brillat-Savarin avait raison de rappeler<br />
que : “La destinée des nations dépend de la<br />
manière dont elles se nourrissent”.<br />
Espérons qu’un éditeur se préoccupera sans tarder<br />
de mettre ce fort intéressant “Petit Traité Savant<br />
de la Morue” à la disposition des lecteurs portugais<br />
dans la langue de Camões ■<br />
Utilisez nos prestations de services selon vos besoins<br />
(1) - Éditions Équinoxe<br />
Domaine de Fongisclar - Draille de Magne<br />
13570 BARBENTIANE - France<br />
François Baradez<br />
Domiciliation Commerciale - Artisans - Sociétés *(3 mois gratuits)<br />
Assistance à la Création d’Entreprises :<br />
Démarches et Formalités Administratives - Tout Secrétariat<br />
Devis - Factures - Courriers - Gestion - Bulletins de Paie<br />
PREST’ ATLANTIQUES SERVICES<br />
47, bd de Stalingrad • 94400 Vitry-S/Seine • Tél. : 01 45 15 25 25<br />
SERVICES FRANÇAIS-PORTUGAIS 15 ANS D’EXPERIENCE LABEL QUALITE SIST<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 23
ENTREVISTA<br />
Entrevista com Maria Mendes de Oliveira<br />
TARIKAVALLI,<br />
uma estrela portuguesa!<br />
Maria Mendes de Oliveira - TARIKAVALLI,<br />
é uma luso-descendente, nascida em França.<br />
Os seus pais chegaram a este país<br />
como, tantos outros, nos anos sessenta, em busca<br />
de uma vida melhor.<br />
Maria estudou na Sorbonne, em Paris, especializou-se<br />
em dança indiana depois de ter assistido a<br />
vários espectáculos e ter ficado subjugada. “À<br />
medida que descobria e aprendia tudo o que envolvia<br />
essa dança, mais vontade tinha de continuar”.<br />
Mas o verdadeiro ponto de partida foi quando assistiu<br />
a um desses espectáculos interpretado por uma<br />
bailarina profissional francesa : “se uma francesa<br />
pode fazer isto e ter sucesso, eu também posso”,<br />
concluiu.<br />
Deslocou-se inúmeras vezes à Índia para participar<br />
em grupos de trabalho, impregnou-se durante<br />
vários anos de cultura e hábitos locais e acabou por<br />
24 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
conseguir uma bolsa de estudo atribuída pelo<br />
Ministério dos Negócios Estrangeiros francês que<br />
lhe permitiu estudar nesse país.<br />
Perguntámos a Maria Oliveira a origem do nome<br />
Tarikavalli : “é o nome concedido pelo Mestre de<br />
formação no fim do ciclo. Os professores indianos<br />
dão um nome aos alunos quando consideram que estes<br />
estão “transformados” e dominam finalmente a arte<br />
ensinada. “Tarika” é uma estrela e Valli é uma grinalda,<br />
a tradução em português de TARIKAVALLI,<br />
será “grinalda de estrelas” ou ainda uma “trepadeira<br />
de estrelas”. É um presente que os indianos oferecem<br />
a Deus, tendo por isso um significado<br />
tradicional e profundamente religioso para este<br />
povo”.<br />
Lembra-nos que não mudou de nome : “chamo-me<br />
Maria Mendes Ferreira de Oliveira, Tarikavalli,<br />
transformou-se num nome artístico...”.<br />
Agora, o seu Mestre indiano instalou-se também<br />
em Paris e acompanha Maria por todo o lado nos<br />
seus espectáculos.<br />
Maria não tem muitos contactos a nível da comunidade<br />
portuguesa em França, mas desloca-se a Portugal<br />
uma ou duas vezes por mês para ensinar esta<br />
dança aos portugueses e participar em grupos de<br />
trabalho dedicados a esta actividade. “O facto de<br />
ser convidada a ensinar em Portugal é muito importante<br />
para mim e dá-me grande alegria pelo facto<br />
dos meus pais terem emigrado por razões económicas<br />
e saber que têm orgulho por aquilo que eu<br />
faço”.<br />
Confessa que gostaria de ir viver para Portugal<br />
onde não tem concorrência na sua arte, “por<br />
enquanto, porque estou a formar bailarinas que<br />
amanhã estarão no mercado, mas é uma decisão<br />
difícil de tomar”.<br />
No espectáculo do dia 10 de Novembro, Maria vai<br />
actuar com um ou dois textos traduzidos em português<br />
: “já resultou em Portugal, o público foi muito<br />
receptivo, espero ter muitos portugueses no meu<br />
espectáculo e que apreciarão”, disse à <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong>.<br />
Nós também, esperamos que a nossa comunidade<br />
vá descobrir esta estrela que também quer brilhar<br />
entre nós. ■<br />
AC
Quarta-feira,<br />
10 de Novembro de 2004<br />
pelas 20 h 30<br />
Salle Adyar<br />
4, square Rapp - 75007 Paris<br />
M° Alma-Marceau<br />
ou RER Pont-de-l’Alma<br />
Sob o alto patrocínio da<br />
Embaixada da Índia<br />
KRISHNALÎL<br />
Os jogos de Krishna<br />
Dança : TARIKAVALLI<br />
Maria de Oliveira<br />
Orquestra :<br />
Sri Dayalasingam, Mestre<br />
Smt Radha Badri, Canto<br />
Sri K.R. Venkatasubramaniam,<br />
Percussão<br />
Sri S.Mahesh, Flauta<br />
“Krishnalîlâ” : ora criança, ora<br />
rapaz, Krishna seduz o nosso<br />
coração. Ele leva-nos com ele,<br />
através do seus jogos, pelas paisagens<br />
encantadas de Brindavan.<br />
Deixemos que a dança, a música<br />
e a poesia nos descrevam em<br />
uníssono a sua divina beleza.<br />
Maria - Tarikavalli é uma bailarina<br />
herdeira da tradição da<br />
Escola de Pandanallur, graças à<br />
transmissão dos seus mestres de<br />
BHARATA-NATYAM<br />
Dança tradicional do Sul da Índia<br />
Maria Mendes Ferreira de Oliveira<br />
TARIKAVALLI - KRISHNALÎL<br />
Os jogos de Krishna<br />
dança: Amala Devi em Paris, o<br />
casal Chandrabhaga Devi e U.S.<br />
Krishna Rao em Bangalore e<br />
Dayalasingam também em Paris.<br />
A par da sua carreira como solista,<br />
participa nos espectáculos da<br />
companhia Narthanalayam, dirigida<br />
por Sri Dayalasingam. Com<br />
Smt Vasundhara Filliozat trabalha<br />
os textos das suas danças.<br />
Em conformidade com a tradição<br />
do espectáculo indiano ao vivo,<br />
Tarikavalli decide montar as suas<br />
criações com uma orquestra. Dá<br />
numerosos recitais em toda a<br />
Europa. Dedica-se, paralelamente,<br />
ao ensino, no seio da sua Escola<br />
Amrita.<br />
Após o êxito do seu anterior<br />
espectáculo “Lasya Ramana”,<br />
Tarikavalli apresenta a sua nova<br />
criação “Krishnalîlâ” na sala<br />
Adyar, acompanhada dos seus<br />
músicos.<br />
DANÇAS DA ÍNDIA<br />
E BHARATA-NATYAM<br />
o Natya-Shastra, há cerca de<br />
2000 anos. O sábio Bharata é<br />
sem dúvida um ser mítico, e os<br />
historiadores modernos interpretam<br />
o seu nome como “composto”<br />
das primeiras sílabas das palavras<br />
“bhava”, “raga”, e “tala” que<br />
significam : emoção, melodia e<br />
ritmo, as três qualidades essenciais<br />
da dança na Índia.<br />
Mantendo-se muito fiel às regras<br />
enunciadas no Natya-Sastra. O<br />
Bharata-Natyam é uma dança<br />
que associa posições de linhas<br />
simétricas e geometricamente<br />
perfeitas com movimentos vivos :<br />
piruetas, saltos, deslocações que<br />
abrangem todo o espaço cénico.<br />
O todo repousa nos ritmos complexos<br />
dos batimentos de pés. À<br />
técnica pura junta-se a “abhinaya” :<br />
expressões do rosto acompanhadas<br />
de gestos das mãos (hasta) e de<br />
posturas do corpo (anga) para interpretar<br />
os poemas e os hinos cantados.<br />
O repertório musical é constituí-<br />
De acordo com os livros sagrados do por extractos de textos religiosos<br />
da Índia, a dança é de origem divina. ou de composições de grandes<br />
Parvati inventa a dança graciosa poetas, santos ou místicos.A bailarina<br />
“lasya” e o seu esposo ANUNCIAR Shiva- é tradicionalmente NA acompanhada<br />
-Nataraja, o rei da dança, rivaliza<br />
é a garantia<br />
por uma<br />
de um<br />
orquestra<br />
acréscimo<br />
ao vivo. ■<br />
com ela sobre o modo viril “tandava”.<br />
O espectáculo encanta de todos clientela TARIKAVALLI<br />
para o seu comércio.<br />
os deuses que tinham pedido No quadro a Bharata-Natyam<br />
de um contrato anual,<br />
Brahma, o Criador, para redigir o Danse Traditionnelle du Sud de l’Inde<br />
a <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> oferece-lhe um sítio Internet.<br />
Natya-Veda, livro da arte dramática Accompagnée de son orchestre de l’inde<br />
e da dança, a fim de facilitar e de Contacte-nos Tarifs :15 Euros : - 12 Euros<br />
retomar o conhecimento dos textos Réservations :<br />
sagrados entre os homens Tel. e as : mulheres. 01 45 21 40 Tél 47 : 01 Fax 47 83 : 01 84 45 64 21 41 03<br />
Brahma ensinou-o ao sábio e-mail Bha- infos@vidalusa.com<br />
Email : scenedactions@free.fr<br />
rata, que o codificou num tratado : Ticket Net - FNAC Billetterie<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 25
TELEVISÃO<br />
2 a Feira<br />
1/8/15/22/29<br />
07H00<br />
Bom dia<br />
Portugal<br />
07H45<br />
Documentário<br />
Carlos Drummond<br />
de Andrade<br />
08H30<br />
Mar à vista<br />
09H00<br />
Jornal das 24 horas<br />
09H15<br />
Entre nós<br />
09H45<br />
Portugal<br />
no coração<br />
10H00<br />
Telejornal Madeira<br />
10H30<br />
Nunca digas<br />
adeus<br />
11H30<br />
Telejornal<br />
12H00<br />
Contra informação<br />
12H15<br />
Magazine eua<br />
nova Inglaterra<br />
contacto<br />
12H45<br />
O mundo aqui<br />
13H00<br />
Viajar é preciso<br />
13H30<br />
Magazine eua<br />
nova Inglaterra<br />
contacto<br />
14H00<br />
Nunca digas adeus<br />
16H10<br />
Contra-informação<br />
17H30<br />
Clube da Europa<br />
21H15<br />
Estádio nacional<br />
23H15<br />
Mar à vista<br />
Programação da RTPI<br />
3 a Feira<br />
2/9/16/23/30<br />
07H00<br />
Bom dia Portugal<br />
08H00<br />
Jornal da tarde<br />
08H30<br />
A hora de baco<br />
09H15<br />
Entre nós<br />
10H00<br />
Praça da alegria<br />
11H30<br />
Telejornal<br />
12H00<br />
Contra-informação<br />
12H45<br />
Documentário<br />
13H00<br />
Pop up<br />
13H30<br />
Magazine<br />
Canadá contacto<br />
14H00<br />
Telejornal<br />
14H45<br />
Nunca digas<br />
adeus<br />
15H30<br />
A ferreirinha<br />
16H30<br />
Prós e contras<br />
17H00<br />
Quiosque<br />
17H45<br />
Notícias rtp<br />
Madeira<br />
19H40<br />
Contra-informação<br />
20H00<br />
Telejornal Madeira<br />
20H30<br />
Nunca digas<br />
adeus<br />
22H15<br />
Magazine<br />
Canadá contacto<br />
26 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Programação de base sujeita a alterações<br />
4 a Feira<br />
3/10/17/24<br />
07H00<br />
Bom dia Portugal<br />
08H00<br />
Jornal da tarde<br />
09H10<br />
Entre nós<br />
10H00<br />
Praça da alegria<br />
11H30<br />
Telejornal<br />
Açores<br />
12H00<br />
Contra-informação<br />
12H45<br />
Não há pai<br />
13H15<br />
Matas, bosques<br />
e brenhas<br />
14H30<br />
Repórter rtp<br />
África<br />
15H30<br />
Entre nós<br />
16H10<br />
Contra-informação<br />
16H45<br />
Atlântico<br />
17H15<br />
Quiosque<br />
17H45<br />
Notícias rtp<br />
Madeira<br />
18H30<br />
Magazine<br />
Macau contacto<br />
19H00<br />
Nunca digas adeus<br />
20H00<br />
Telejornal<br />
21H15<br />
Doc. estreia<br />
22H45<br />
Não há pai<br />
23H45<br />
Matas, bosques<br />
e brenhas<br />
5 a Feira<br />
4/11/18/25<br />
07H00<br />
Bom dia Portugal<br />
08H00<br />
Jornal da tarde<br />
09H10<br />
Entre nós<br />
10H00<br />
Praça da alegria<br />
12H15<br />
Quiosque<br />
12H45<br />
Notícias rtp<br />
Madeira<br />
13H00<br />
Concelhos<br />
de Portugal<br />
14H00<br />
Nunca digas adeus<br />
15H00<br />
Telejornal<br />
16H10<br />
Contra-informação<br />
17H15<br />
A alma e<br />
a gente<br />
18H30<br />
Magazine áfrica<br />
do sul contacto<br />
19H00<br />
Jornal das<br />
24 horas<br />
20H00<br />
Telejornal Madeira<br />
20H30<br />
Nunca digas adeus<br />
21H30<br />
Telejornal<br />
açores<br />
22H00<br />
Contra-informação<br />
22H45<br />
Festas e romarias<br />
23H15<br />
A hora de baco<br />
23H30<br />
A minha sogra<br />
é uma bruxa<br />
6 a Feira<br />
5/12/19/26<br />
07H00<br />
Bom dia Portugal<br />
08H00<br />
Jornal da tarde<br />
09H10<br />
Entre nós<br />
10H15<br />
Portugal no<br />
coração<br />
12H15<br />
Quiosque<br />
12H45<br />
Notícias rtp<br />
Madeira<br />
13H30<br />
Magazine Brasil<br />
contacto<br />
14H00<br />
Nunca digas adeus<br />
15H00<br />
Telejornal<br />
16H10<br />
Contra-informação<br />
17H30<br />
Clube da Europa<br />
18H00<br />
O mundo aqui<br />
18H45<br />
Perspectivas<br />
Macau 1<br />
19H00<br />
Jornal das<br />
24 horas<br />
20H00<br />
Telejornal Madeira<br />
20H30<br />
Nunca digas adeus<br />
21H30<br />
Telejornal Açores<br />
22H00<br />
Contra-informação<br />
22H15<br />
Magazine Brasil<br />
contacto<br />
22H45<br />
Atlântico<br />
Sábado<br />
6/13/20/27<br />
07H00<br />
70x7<br />
08H00<br />
Fados<br />
09H00<br />
Jasmim ou o<br />
sonho do cinema<br />
10h00<br />
Concelhos<br />
de Portugal<br />
11H00 Pop up<br />
12H00<br />
Eurodeputados<br />
12H30<br />
A minha sogra<br />
é uma bruxa<br />
14H00<br />
Jasmim ou o<br />
sonho do cinema<br />
15H00<br />
Telejornal<br />
16H30<br />
2010<br />
17H30<br />
Clube da Europa<br />
18H30<br />
Festas e romarias<br />
19H30<br />
Magazine<br />
california contacto<br />
20H00<br />
Telejornal Madeira<br />
20H30<br />
A alma e a gente<br />
21H00<br />
Telejornal<br />
Açores<br />
21H15<br />
FutebolH 1ª liga<br />
21H30<br />
A ferreirinha<br />
22H30<br />
Magazine<br />
california contacto<br />
23H00<br />
Atlântida Madeira<br />
Domingo<br />
7/14/21/28<br />
07H00<br />
FutebolH 1ª liga<br />
08H30<br />
Jornal das<br />
comunidades<br />
09H30<br />
A alma e a gente<br />
10H00<br />
Eucaristia dominical<br />
11H00<br />
Brincar a brincar<br />
13H00<br />
Jornal da tarde<br />
14H00<br />
Gostos e sabores<br />
14H30<br />
Contra-informação<br />
15H00<br />
Notícias de Portugal<br />
15H30<br />
Desporto 2H<br />
16H30 top +<br />
18H00<br />
Notícias rtp<br />
Madeira<br />
19H15<br />
A alma e a gente<br />
19H45<br />
Contra-informação<br />
20H00<br />
Telejornal Madeira<br />
20H30<br />
Viajar é preciso<br />
21H15<br />
Concurso 1,2,3<br />
21H30<br />
FutebolH 1ª liga<br />
23H00<br />
A minha sogra<br />
é uma bruxa<br />
23H30<br />
Jornal das<br />
comunidades
2a Feira 1-8-15-22-29<br />
05H30 Música do mundo<br />
06H00 Curto circuito<br />
08H30 Encontro marcado<br />
09H30 Magazine<br />
10H00 Sic 10 horas<br />
3a Feira 2-9-16-23-30<br />
05H00 Caras notícias<br />
05H30 Cartaz<br />
05H45 Elas em marte<br />
06H45 Curto circuito<br />
09H15 Outras conversas<br />
4 a Feira 3-10-17-24<br />
06H00 Cartaz<br />
06H15 Curto circuito<br />
09H00 Encontro marcado<br />
10H00 Sic 10 horas<br />
13H00 1º jornal - directo<br />
5a Feira 4-11-18-25<br />
07H45 Encontro marcado<br />
08H45 Mar portuguez<br />
09H15 Mega ciência<br />
10H00 Sic 10 horas<br />
13H00 1º jornal<br />
6 a Feira 5-12-19-26<br />
06H00 Cartaz<br />
06H15 Curto circuito<br />
08H30 Encontro marcado<br />
09H30 Caras notícias<br />
10H00 Sic 10 horas<br />
Sábado 6-13-20-27<br />
00H00 Jornal da noite rep.<br />
09H45 Laboratório<br />
10H00 Malucos do Riso<br />
10H45 Dá-lhe gaz<br />
11H15 Elas em marte<br />
Domingo 7-14-21-28<br />
00H00 Jornal da noite rep.<br />
08H15 Etnias<br />
10H00 Malucos do Riso<br />
10H45 Dá-lhe gaz<br />
11H15 Elas em marte<br />
Programação da SIC<br />
Programação de base sujeita a alterações<br />
13H00 1º jornal<br />
14H00 Opinião pública<br />
15H00 As duas por três<br />
16H30 Caras notícias<br />
17H00 Cartaz<br />
10H00 Sic 10 horas<br />
13H00 1º jornal<br />
14H00 Opinião pública<br />
15H00 As duas por três<br />
16H30 Caras notícias<br />
14H00 Opinião pública<br />
15H00 As duas por três<br />
16H30 Caras notícias<br />
17H00 Cartaz<br />
17H15 Elas em marte<br />
14H00 Opinião pública<br />
15H00 As duas por três<br />
16H30 Caras notícias<br />
17H00 Cartaz<br />
17H15 Elas em marte<br />
13H00 1º jornal<br />
14H00 Opinião pública<br />
15H00 As duas por três<br />
16H30 Caras notícias<br />
17H00 Cartaz<br />
12H30 Etnias<br />
13H00 1º jornal<br />
14H00 Idolos<br />
15H15 Idolos votação<br />
15H45 Grande reportagem<br />
12H30 Etnias<br />
13H00 1º jornal<br />
14H00 Idolos<br />
15H15 Idolos votação<br />
15H45 Grande reportagem<br />
17H15 Elas em marte<br />
18H15 Jornal de desporto<br />
18H45 Opinião pública<br />
19H30 Magazine<br />
20H00 Jornal da noite<br />
17H00 Cartaz<br />
17H15 Elas em marte<br />
18H15 Jornal de desporto<br />
18H45 Opinião pública<br />
19H30 O jogo<br />
18H15 Jornal de desporto<br />
18H45 Opinião pública<br />
19H30 O jogo<br />
20H00 Jornal da noite<br />
21H15 Malucos do riso<br />
18H15 Jornal de desporto<br />
18H45 Opinião pública<br />
19H30 O jogo<br />
20H00 Jornal da noite<br />
21H15 Malucos do Riso<br />
17H15 Elas em marte<br />
18H15 Jornal de desporto<br />
18H45 Opinião pública<br />
19H30 O jogo<br />
20H00 Jornal da noite<br />
16H15 O jogo<br />
17H15 Elas em marte<br />
18H15 Música do mundo<br />
18H45 Pro. entretenimento<br />
19H00 Extase<br />
16H15 O jogo<br />
17H15 Elas em marte<br />
18H15 Música do mundo<br />
18H45 Pro. entretenimento<br />
19H00 Extase<br />
21H15 Malucos do Riso<br />
21H45 Pr. entretenimento<br />
22H45 Jornal de desporto<br />
23H15 Opinião pública<br />
0H00 Jornal da noite - rep<br />
20H00 Jornal da noite<br />
21H15 Malucos do riso<br />
21H45 O dia seguinte<br />
23H15 Opinião pública<br />
00H00 Jornal da noite - rep<br />
21H45 O pro. da maria<br />
22H15 Jornal de desporto<br />
22H30 Encontro marcado<br />
23H15 Opinião pública.<br />
0H00 Jornal da noite - rep<br />
21H45 Mega ciência<br />
22H30 Jornal de desporto<br />
22H45 Mar portuguez<br />
23H15 Opinião pública<br />
00H00 Jornal da noite - rep<br />
21H15 Malucos do Riso<br />
21H45 Encontro marcado<br />
22H45 Jornal de desporto<br />
23H00 Idolos<br />
00H00 Jornal da noite - rep<br />
20H00 Jornal da noite<br />
21H15 Malucos do Riso<br />
22H15 Expresso da meia noite<br />
23H15 Laboratório<br />
23H30 Música mundo<br />
20H00 Jornal da noite<br />
21H15 Malucos do riso<br />
22H15 Expresso da meia noite<br />
23H15 Laboratório<br />
23H30 Música mundo<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 27
PETITES ASTUCES<br />
Avant les fêtes : se préparer<br />
RÉAPPRENEZ À MANGER<br />
Pour la forme comme pour le poids, il est<br />
préférable de faire au moins trois repas par jour.<br />
Sachez que vous pouvez même ajouter une<br />
collation dans la matinée ou l’après-midi si vous le<br />
souhaitez, à condition qu’elle soit réduite à un yaourt<br />
ou à une pomme. Ne négligez pas le petit-déjeuner :<br />
c’est un repas important quand on surveille sa ligne.<br />
D’ailleurs, les enquêtes montrent que les personnes qui<br />
n’en prennent pas sont plus fréquemment en surpoids.<br />
Suivez une règle simple : “Un petit-déjeuner de roi, un<br />
déjeuner de prince et un dîner de mendiant”! Sachez<br />
que les aliments ingurgités après 18 heures se stockent<br />
plus facilement. Vous devez absolument dîner, mais léger!<br />
NE SAUTEZ PAS DE REPAS<br />
Se passer de déjeuner pour travailler ou<br />
éviter des calories, c’est tout sauf une bonne<br />
idée! Car cela désorganise évidemment les<br />
apports nutritionnels, et perturbe le bon fonctionnement<br />
de l’organisme. Avec à la clé de la fatigue et<br />
une irrésistible fringale… D’où une fâcheuse tendance<br />
aux grignotages redoutables pour le bon maintien<br />
du poids. Au minimum, mangez une salade complète<br />
avec du blanc de poulet, des œufs et des légumes.<br />
Maintenant, tous les points de restauration rapide en<br />
font. Même les rois du hamburger se sont mis aux<br />
salades minceur. Vous n’avez donc plus d’excuses.<br />
VARIEZ VOTRE ALIMENTATION<br />
Votre “régime” minceur sera moins monotone<br />
et plus facile à suivre si vous variez<br />
les aliments et les petits plats. Vous mettrez<br />
ainsi toutes les chances de votre côté pour satisfaire<br />
au mieux les besoins de votre organisme, et éviter<br />
des carences préjudiciables à la santé. Bien<br />
entendu, surtout avant les fêtes, évitez au maximum<br />
l’alcool et le pain. Remplacer votre vinaigrette<br />
à l’huile par du yaourt à 0%. Mangez de bonnes<br />
rations de protéines et de légumes verts. Limitez les<br />
viandes rouges au profit des poissons, des viandes<br />
blanches et des œufs. Limitez vos portions de féculents<br />
et remplacez-les par des légumineuses (petits<br />
pois, lentilles, pois chiche…).<br />
28 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Mince pendant<br />
Oui, c’est possible, à condition de vous y mettre dès<br />
Voici quelques règles faciles à suivre pour faire fondre<br />
SOIGNEZ VOS MENUS<br />
Pour accommoder vos plats, pensez aux fines<br />
herbes, au jus de citron, aux épices, aux<br />
fonds de cuisson déshydratés… Pour limiter<br />
les matières grasses, sachez tirer profit du four à<br />
micro-ondes, de la marmite à pression (pour les<br />
cuissons vapeur), des poêles, des woks très à la mode,<br />
des sauteuses et cocottes à revêtement anti-adhésif.<br />
Pensez à la cuisson en papillote avec du papier sulfurisé<br />
ou aluminium. Le week-end, faites griller sans<br />
matières grasses vos aliments au barbecue ou à la<br />
planxa. Remplacez les sauces au beurre par un filet<br />
d’huile d’olive avec ou sans citron. Limitez au maximum<br />
les farines, les plats panés à la chapelure qui retiennent<br />
les graisses. Ne mangez plus la peau grillée du poulet.<br />
BUVEZ BEAUCOUP D’EAU<br />
De l’eau avant tout, pendant et entre les<br />
repas, afin d’atteindre si possible au moins<br />
1 litre 1/2 par jour. Vous favorisez ainsi la<br />
bonne hydratation de l’organisme, et l ‘élimination<br />
des déchets. Si l’eau plate vous ennuie, préparez-vous<br />
des thés légers, des tisanes aromatisées. Craquez<br />
pour des eaux minérales aromatisées sans sucre.<br />
FAITES-VOUS PLAISIR<br />
C’est important pour le moral, et la réussite<br />
de votre entreprise minceur. Pour cela, privilégiez<br />
les aliments de qualité, soignez la<br />
préparation et la présentation de vos plats : vous<br />
apprécierez mieux encore ce qui est dans votre assiette!<br />
Prenez toujours le temps de manger et de bien mâcher<br />
vos aliments. Évitez tout facteur de stress pendant<br />
les repas. Ne prenez jamais un repas devant la télévision!<br />
BOUGEZ LE PLUS POSSIBLE<br />
Il n’y a pas de recette miracle. Plus vous<br />
bougerez, plus vous brûlerez de calories.<br />
Si vous n’êtes pas sportif du tout, tout est<br />
bon pour éliminer : prendre l’escalier au lieu de<br />
l’ascenseur, descendre une à deux stations de bus avant<br />
sa destination et continuer à pied, ne plus prendre la<br />
voiture pour aller acheter son journal, faire son<br />
shopping à pied, danser chaque fois que possible.<br />
Bien entendu, si vous complétez ce programme par<br />
de la marche, du jogging, de la gymnastique, de la<br />
natation et/ou du vélo, ce sera encore mieux!
et après les fêtes?<br />
à présent et de vous y préparer véritablement.<br />
les kilos superflus avant les grands repas familiaux.<br />
Pendant les fêtes : déculpabiliser<br />
Savez-vous que le stress fait grossir? Nous vous le<br />
confirmons. Alors, si vous avez suivi à la lettre nos<br />
conseils de préparation, vous avez dû perdre au<br />
moins un ou deux kilos, si ce n’est plus. Vous avez<br />
donc un peu de marge. Inutile donc de vous culpabiliser.<br />
Abordez les fêtes en toute sérénité avec une<br />
seule idée en tête : vous faire plaisir et profiter des<br />
bons moments! C’est maintenant la période idéale<br />
pour vous défouler au maximum :<br />
EN MANGEANT des repas normaux sans<br />
vous soucier de la balance, à condition de manger<br />
de tout, mais de ne jamais vous resservir du même plat.<br />
EN FAISANT L’AMOUR avec votre partenaire<br />
(si vous êtes en couple) le plus souvent possible<br />
peu importe l’endroit et le moment de la journée ou<br />
de la nuit. C’est idéal pour brûler des calories !<br />
EN BUVANT DE L’ALCOOL au moment<br />
des repas, à condition de ne pas faire de mélange et<br />
de ne pas dépasser deux verres. Un petit verre de<br />
trop une fois ou deux, ça n’a jamais fait de mal à<br />
personne! (Attention, l’abus d’alcool est dangereux<br />
pour la santé. À consommer avec modération). En<br />
revanche, évitez au maximum sodas et jus de fruits.<br />
ENFAISANT UNE ACTIVITÉ PHYSIQUE<br />
extérieure tous les jours au minimum une heure<br />
comme la marche, le roller, le jogging ou le ski de<br />
fond, le patin et la glissade avec vos enfants si vous<br />
êtes en vacances à la montagne.<br />
EN ÉTANT PARESSEUX de temps en temps!<br />
Faites la grasse matinée, étendez-vous devant la<br />
télévision, négligez un peu le ménage et la vaisselle.<br />
EN PRIVILÉGIANT VOTRE FAMILLE<br />
et vos amis. Ayez du plaisir avec vos proches, faites des<br />
farces, jouez à des jeux. Amusez-vous avec vos enfants.<br />
EN VOUS ACCORDANT UN CHOCOLAT<br />
ou un marron glacé par jour! C’est bon pour le moral<br />
et le tonus. On vous a dit “un”, pas la boîte entière!<br />
EN REMETTANT TOUS VOS PROBLÈMES<br />
ÀLANOUVELLE ANNÉE.C’est Noël, donc inutile<br />
de penser aux impôts, aux factures, aux ennuis du boulot!<br />
LE TEMPS DU PLAISIR :<br />
Le temps des fêtes est le moment idéal pour décompresser<br />
en se laissant aller au plaisir, pour se défouler pendant<br />
une semaine, allant du jour de Noël jusqu’au jour de l’An,<br />
pour refaire le plein d’énergie pour l’année à venir.<br />
Nous vivons tellement de pressions au cours d’une année à<br />
cause de nos obligations, du travail, de nos enfants, etc…, Qu’il<br />
nous faut un moment pour faire le vide. Nous sommes<br />
toujours en train de nous restreindre en terme d’argent afin<br />
d’arriver à la fin du mois. Donc, pas question de s’imposer<br />
des restrictions durant le temps des fêtes et surtout pas au<br />
niveau de la nourriture. Car l’alimentation est l’élément déclencheur<br />
de ce défoulement. La nourriture nous réconforte.<br />
C’est ce sentiment de réconfort qui nous aide à nous laisser aller.<br />
LE TEMPS DE LA “ZÉNITUDE” :<br />
Ce “laisser aller”au moment des fêtes est nécessaire pour<br />
maintenir un bon psychisme tout au long de la prochaine<br />
année. Ainsi, la femme qui surveille la quantité de nourriture<br />
qu’elle ingurgite de peur d’engraisser hypothèque sa santé<br />
psychique pour le reste de l’année. Elle supportera moins<br />
bien le stress et sera plus susceptible de vivre des moments<br />
dépressifs au cours du mois de janvier. En effet, le mois<br />
de janvier est le plus long et le plus dur à passer. Au mois<br />
de janvier, tout est mort, le chiffre d’affaires des magasins<br />
est à son plus bas, les gens sortent peu et dépensent<br />
moins. Il y a peu d’heures d’ensoleillement, c’est le mois<br />
le plus froid et il neige beaucoup dans certaines régions.<br />
Les gens ont tendance à s’enfermer chez eux. Si la personne<br />
n’a pas pris sa juste dose de plaisir durant le temps<br />
des fêtes, passer au travers du mois de janvier est infernal.<br />
LE TEMPS DU REPOS ET DU RIRE :<br />
La paresse, c’est d’arrêter de penser à l’ouvrage qu’il y a à<br />
faire. Il faut vivre comme si vous n’aviez rien à faire. Faites<br />
le ménage et la vaisselle à la dernière minute et très rapidement.<br />
Il faut tolérer l’imperfection et le désordre relatif de votre<br />
logement. Organisez-vous pour en faire le moins possible pour<br />
vous donner le temps de vous étendre devant la télévision à ne<br />
rien faire ou tout simplement pour vous occuper de vous, vous<br />
chouchouter. Le repos est un moyen de ressourcement qui nous<br />
aide à faire le ménage dans notre tête, vous serez ainsi plus créative<br />
lorsque vous reprendrez vos activités habituelles après le temps<br />
des fêtes. Un repas en famille ou avec vos amies favorise le rire.<br />
Le plaisir de manger associé à l’effet de l’alcool fait tomber<br />
nos inhibitions. Nous nous laissons aller plus facilement.<br />
Nous nous réunissons autour d’un repas pour avoir<br />
du plaisir. Le rire est donc un moyen de vivre un confort<br />
social, de se sentir bien avec les autres, de sentir un sentiment<br />
d’appartenance et de se rapprocher émotionnellement les uns<br />
des autres afin de renforcer les liens sociaux. De plus, le rire<br />
est parfait pour se défouler et faire tomber nos tensions.<br />
La spontanéité et la joie de vivre vont bien ensemble. ■<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 29
PROVÉRBIOS<br />
PROVÉRBIOS DOS MESES DO ANO :<br />
NOVEMBRO<br />
• Pelo S. Martinho mata o teu porquinho<br />
e semeia o teu cebolinho.<br />
• Pelo S. Martinho prova o teu vinho ;<br />
ao cabo de um ano já te não faz dano.<br />
• Pelo S. Martinho semeia<br />
o teu cebolinho.<br />
• Por S. Martinho - nem favas nem vinho.<br />
• Por S. Martinho todo o mosto<br />
é bom vinho.<br />
• Cava fundo em Novembro<br />
para plantares em Janeiro.<br />
• De Todos os Santos ao Advento<br />
nem muita chuva nem muito vento.<br />
• Dia de S. Martinho - lume, castanhas e vinho.<br />
• No dia de S. Martinho fura o teu pipinho.<br />
• No dia de S. Martinho mata o teu porco<br />
e bebe teu vinho.<br />
• No dia de S. Martinha vai à adega<br />
e prova teu vinho.<br />
• Pelo S. Martinho abatoca o teu vinho.<br />
• Pelo S. Martinho<br />
nem nado nem no cabacinho.<br />
PROVÉRBIOS DO SABER E DOS LETRADOS<br />
• Para saber não basta ler - é preciso viver e ver.<br />
• O parvo, se é calado, por sábio é reputado.<br />
• Pensa muito, fala pouco, escreve menos.<br />
• O que custa é descobrir e inventar e não o imitar.<br />
• O que houveres de negar não o dês por escrito.<br />
• Quem anda por toda a parte por toda<br />
a parte aprende.<br />
• Quem ler leia para saber ; quem souber saiba,<br />
para obrar.<br />
• Quem mais sabe mais aprende.<br />
• Quem mais vive mais sabe.<br />
• Quem muito sabe amiude se engana.<br />
• Quem muito tem visto muito tem aprendido.<br />
PROVÉRBIOS DOS CLÉRIGOS<br />
• A bom capelão - melhor sacristão.<br />
• A clérigo sandeu, parece-lhe que todo<br />
o mundo é seu.<br />
• A ruim capelão, mau sacristão.<br />
• Bulham os cónegos na Sé?<br />
Prende-se quem está na praça.<br />
• Clérigo e frade de quem precisam chamam-lhe<br />
compadre.<br />
• Como canta o abade assim responde o sacristão.<br />
30 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Provérbios<br />
• Daquilo que bem lhe sabe não,<br />
reparte o frade.<br />
• Diz o prior da aldeia :<br />
quem fez os borrões que os leia.<br />
• Dos homens e não das pedras se fazem<br />
os bispos.<br />
• Frade, freira e mulher rezadeira<br />
três pessoas distintas<br />
e nenhuma verdadeira.<br />
PROVÉRBIOS DOS AMIGOS<br />
• Mais vale andar só que<br />
mal acompanhado.<br />
• Mais vale inimigo sabedor<br />
que amigo ignorante.<br />
• Mais vale perder um gracejo que um amigo.<br />
• Mais vale um bom amigo que parente ou primo.<br />
• O melhor espelho é amigo velho.<br />
• Melhor que tolo amigo, é assisado inimigo.<br />
• Mil amigos, pouco ; um inimigo, de mais.<br />
• Na necessidade se prova a amizade.<br />
• Não há melhor parente, que amigo<br />
fiel e prudente.<br />
PROVÉRBIOS FILOSÓFICOS<br />
• Quanto mais alto se sobe maior queda se dá.<br />
• Quanto mais depressa mais devagar.<br />
• Quatro olhos vêem mais que dois.<br />
• O que há-de ser tem muita força.<br />
• O que não dúvida, nada sabe.<br />
• Quem anda devagar pouco alcança.<br />
• Quem bem cuida o que quer,<br />
entende em quão pouco se emprega.<br />
• Quem canta não assobia.<br />
• Quem dúvida não se engana.<br />
• Quem nada sabe, de nada dúvida.<br />
PROVÉRBIOS HUMORÍSTICOS<br />
• De farei farei, nunca me pagarei.<br />
• De uma, digo outra :<br />
quem não fia não tem touca.<br />
• Dinheiro faz batalha, que não braço longo.<br />
• O direito do anzol, é ser torto.<br />
• Dizem e dirão - que a pega não é gavião.<br />
• Dizem os sinos de Santo Antão<br />
que por dar dão.<br />
• É no fim que tudo acaba.<br />
• É redondo o mundo<br />
quem não sabe nadar vai ao fundo.<br />
• Emprenha de ar - parirás vento. ■
ACTIVITÉS DU CENTRE CULTUREL<br />
CALOUSTE GULBENKIAN<br />
51, AV. D’IÉNA - 75116 PARIS<br />
TÉL. : 01 53 23 93 93<br />
FAX : 01 53 23 93 99<br />
Le mardi 2 novembre à 18h30<br />
Débat présentation<br />
avec Marie-Hélène Piwnik, Patrick Quillier<br />
et Régis Salado.<br />
Lettres d’amour à Fernando Pessoa<br />
d’Ofélia Queiroz et Vies de Fernando Pessoa d’Ángel<br />
Crespo (éditions Anatolia/du Rocher, 2004).<br />
Le mercredi 3 novembre à 18h30<br />
Espace Bibliothèque<br />
De l’art de la plume à la mailomanie : une mutation<br />
des sociabilités épistolaires<br />
par Graciete Besse.<br />
Avec la collaboration de l’Institut Camões et de<br />
l’École Normale Supérieure.<br />
Du mercredi 17 novembre au mardi 21 décembre<br />
Exposition de Maria Beatriz<br />
Vita Brevis<br />
Le mercredi 17 et jeudi 18 novembre de 10h à 19h<br />
Atelier Musical<br />
Avant-Scènes<br />
proposé par Marie-Françoise et Jorge Chaminé.<br />
Sous réserve d’inscription.<br />
Le jeudi 18 novembre à 19h30<br />
Récital<br />
Entrée libre dans la limite des places disponibles.<br />
LOISIRS<br />
Le jeudi 25 novembre à 18h<br />
Présentation du livre<br />
Origens e segredos da Música portuguesa contemporânea.<br />
De Cândido Lima (éditions Politema, Porto, 2003).<br />
En présence de l’auteur et avec la participation de Michel<br />
Guiomar (professeur) et Pascal Dusapin (compositeur).<br />
ÉDITIONS THEATRALES<br />
38, RUE DU FAUBOURG-SAINT-JACQUES - 75014 PARIS<br />
TÉL. : 01 53 10 23 00 - FAX : 01 53 10 23 01<br />
Mail : info@editionstheatrales.fr<br />
www.editionstheatrales.fr<br />
Novembre<br />
Au-delà les étoiles sont notre maison<br />
Traduit du portugais par Alexandra Moreira da Silva, avec Jorge Chaminé.<br />
Les trente pièces courtes de Au-delà les étoiles sont<br />
notre maison peuvent être lues et jouées indépendamment<br />
les unes des autres, tout en conservant une unité thématique<br />
et esthétique certaine. Une unité perçue dans la<br />
constante mélancolie et le décalage des personnages d’Abel<br />
Neves. L’auteur, en se référant constamment aux étoiles,<br />
à l’espace, part du réel pour décoller vers une<br />
réflexion métaphysique. Le lecteur ressentira le même vertige<br />
grisant qu’on ressent les soirs d’été, couché dans<br />
l’herbe, face aux étoiles et à l’immensité de l’univers. Une<br />
mélancolie nous renvoyant à notre véritable condition<br />
d’homme : une minuscule particule au milieu de l’immensité.<br />
Un théâtre poétique, onirique, empreint d’humour,<br />
procurant des plaisirs littéraires et de jeu<br />
certains. Une dramaturgie inclassable et décalée qui<br />
fait souffler la nouveauté.<br />
Abel Neves, né en 1956 à Montalegre, petite ville du<br />
nord du Portugal, figure aujourd’hui parmi les auteurs<br />
contemporains les plus joués dans son pays. À ce jour,<br />
il a publié une dizaine de recueils de pièces, des poèmes,<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 31
LAZER<br />
PALAVRAS<br />
CRUZADAS<br />
HORIZONTAIS<br />
1 - Dá aviso ; Vaso para água ou flores.<br />
2 - Mamífero ruminante da América do Sul ;<br />
Fruto da romãzeira.<br />
3 - Pequeno furúnculo ou verruga na pele ;<br />
Porção de tenuíssimas partículas que andam<br />
suspensas no ar e se depositam sobre os corpos.<br />
4 - Indivíduo de casta nobre ; Finalidade.<br />
5 - Causar ira a ; Diz-se de uma variedade de<br />
gatos, coelhos e cabras de pêlo fino e comprido.<br />
6 - Aguço ; Tem conhecimento de.<br />
7 - Rebenta com estrondo ; Plana.<br />
8 - Reduza a pó ; Mulher idosa.<br />
9 - Metade da pedra do jogo do dominó ou lado do<br />
dado, que tem marcado um só ponto ou pinta ; Massa<br />
consistente de farinha de milho (fuba), de mandioca<br />
ou de arroz, com água e sal (bras.).<br />
10 - Concedido ; Faixa.<br />
11 - Que diz respeito aos ventos ; Estacionar.<br />
VERTICAIS<br />
1 - Outra coisa ; Medida itinerária chinesa ;<br />
Enrole em forma de mala.<br />
2 - Caminha ; Rasteiros.<br />
3 - Instituto de Meteorologia (abrev.) ; Líquido combustível,<br />
mais leve que a água, incolor, muito<br />
inflamável, volátil, de cheiro activo e penetrante, que se<br />
obtém a partir da destilação do petróleo ; Decilitro (abrev.).<br />
4 - Grande porção de sacos ou sacas ; Homem<br />
ou animal, em relação àqueles que procriou.<br />
5 - Manifesta riso ; Deixo cair no esquecimento.<br />
6 - Pouco espessa ; Elemento de formação de<br />
palavras que exprime a ideia de ar, vento, gás.<br />
7 - Pessoa moça (pl.) ; Pêlo de alguns animais,<br />
em especial do carneiro.<br />
8 - Dono da casa em relação aos criados ; Risota.<br />
9 - Batráquio anfíbio aquático, anuro, da família<br />
dos ranídeos ; Medo mórbido ; dirigir-se.<br />
10 - Pratinho sobre que se coloca a chávena ;<br />
Sétima letra do alfabeto grego correspondente<br />
ao e longo dos latinos.<br />
11 - Perfume agradável ; Contr. da prep. a<br />
com o art. def. o ; Atmosfera.<br />
Solution de la grille n° 69<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />
I T M I T R A R I M<br />
II O R O R I M A S E<br />
III M A V A A R E L<br />
IV O F A S E U N I R<br />
V B O I M U Z O O<br />
VI A R R A S M O I T A<br />
VII S I M E U U M A<br />
VIII S O A R I R R A L<br />
IX A L I S O O R E<br />
X V I L O T E D O I<br />
XI A R A B A R R A S<br />
I<br />
II<br />
III<br />
IV<br />
V<br />
VI<br />
VII<br />
VIII<br />
IX<br />
X<br />
XI<br />
32 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Grille n° 70<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />
7 ERREURS…<br />
Trouvez les 7 différences entre ces 2 dessins.<br />
Réponses : Il y a 1 goutte d’eau en moins ; 1 rond de la flaque a disparue ; La femme a 1 cil en moins ;<br />
L’ombre du parapluie a disparue ; Il y a une goutte d’eau en plus ; L’embout du parapluie est parti ; Il y a<br />
un rond en plus sur la grande flaque.
1 - À qui est-il marié dans “Papy fait de la résistance”<br />
de Jean-Marie Poiré?<br />
a - Jacqueline Maillan<br />
b - Anémone<br />
c - Dominique Lavanant<br />
d - Pauline Lafont<br />
2 - Lequel de ces acteurs n’est pas<br />
un de ses meilleurs copains dans<br />
“Mes meilleurs copains” de Jean-Marie Poiré?<br />
a - Jean-Pierre Bacri<br />
b - Thierry Lhermitte<br />
c - Gérard Lanvin<br />
d - Jean-Pierre Darroussin<br />
3 - Qui est son partenaire dans<br />
“Opération Corned-beef” de Jean-Marie Poiré?<br />
a - Jean Reno<br />
b - Gérard Depardieu<br />
c - Gérard Lanvin<br />
d - Thierry Lhermitte<br />
4 - Qui interprète sa mère dans “La soif de l’or”<br />
de gérard Oury?<br />
a - Jacqueline Maillan<br />
b - Maria Pacôme<br />
c - Sylvie Joly<br />
d - Tsilla Chelton<br />
5 - Avec qui trompe-t-il sa femme dans<br />
“la vengeance d’une blonde” de Jeannot Szwarc?<br />
a - Clémentine Célarié<br />
b - Anémone<br />
c - Miou-Miou<br />
d - Marie-Anne Chazel<br />
6 - Dans quel film joue-t-il son propre rôle?<br />
a - “Tranches de vie” de François Leterrier<br />
b - “Grosse fatigue” de Michel Blanc<br />
c - “Clara et les chics types” de Jacques Monnet<br />
d - “Je vais craquer” de François Leterrier<br />
Spécial Christian Clavier<br />
7 - Avec quel réalisateur a-t-il fait plus de 6 films?<br />
a - François Leterrier<br />
b - Patrice Leconte<br />
c - Gérard Oury<br />
d - Jean-Marie Poiré<br />
8 - Qui est son partenaire dans<br />
“Les anges-gardiens” de Jean-Marie Poiré?<br />
a - Jean Reno<br />
b - Bernard Giraudeau<br />
c - Gérard Depardieu<br />
d - Gérard Lanvin<br />
9 - Quel personnage célèbre a-t-il incarné<br />
pour la télévision?<br />
a - Napoléon<br />
b - Robespierre<br />
c - Edmond Dantès<br />
d - Jean Valjean<br />
10 - Quel héros de bande dessinée a-t-il interprété?<br />
a - Lucky Luke<br />
b - Astérix<br />
c - Iznogoud<br />
d - Tintin<br />
11 - Quel est le sous-titre de “Les visiteurs II”<br />
de Jean-Marie Poiré?<br />
a - Les couloirs du temps<br />
b - Le voyage dans le temps<br />
c - Changement de temps<br />
d - Les passages du temps<br />
12 - Quel est le titre de l’un<br />
de ses derniers longs métrages?<br />
a - Lovely lola<br />
b - Lovely Rita<br />
c - Lovely Irma<br />
d - Lovely Nina<br />
RESPOSTAS QUIZZ N°72<br />
1) a ; 2) d ; 3) b ; 4) b ; 5) a ; 6) d ; 7) b ; 8) c ; 9) a ; 10) d ; 11) c.<br />
Reponses sur le prochain numéro!<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 33
CURIOSIDADES<br />
Ainda não há muito mais de<br />
10 000 anos, os gelos cobriam<br />
a maior parte da Europa.<br />
Habitavam-na certos povos<br />
caçadores, que nos legaram<br />
desenhos admiráveis, descobertos<br />
em grutas da Espanha<br />
e da França.<br />
Aementa é constituída por<br />
pedaços de carne de cavalo,<br />
tenra e suculenta : comer-se-á crua à maneira de<br />
acepipe. Em seguida, quatro pernas de cabrito<br />
montês assadas no espeto. Para finalizar, trutas<br />
grelhadas e perdizes ; colocadas entre duas camadas<br />
de pedras aquecidas, foram lentamente estufadas ao<br />
calor das brasas. Uma pitada de cinza fria substituirá<br />
o sal : já nessa época se sentia a necessidade<br />
de realçar o gosto dos alimentos.<br />
Durante a refeição, os anciãos evocam as maravilhosas<br />
caçadas de outrora, em que, por vezes, conseguiam<br />
abater um mamute, verdadeira “mina de carne”.<br />
As escavações trouxeram à luz<br />
do dia não só grandes monumentos,<br />
mas também numerosos<br />
documentos. Alguns revelam<br />
que, no decorrer dos 3 000 anos<br />
da sua História, o Egipto antigo<br />
conheceu graves conflitos sociais.<br />
Piteisis trabalha no acabamento da sepultura real.<br />
Ouando se alistou na equipa foi, como os seus companheiros,<br />
seduzido pelas condições do contrato.<br />
Por mês, os operários receberão 380 litros de trigo<br />
e 140 litros de cevada. Ser-lhes-á distribuído peixe,<br />
legumes frescos, banha e óleo, com que untam a<br />
cabeça para se protegerem do sol. E poderão beber<br />
à água e cerveja. O empreiteiro dar-lhes-á, além disso,<br />
uma tanga de linho e sandálias de palha ; os que têm<br />
de andar sobre rochas lisas e escorregadias receberão<br />
diariamente um par com as solas barradas com resina.<br />
A princípio o contrato foi respeitado. Piteisis felicitava-se<br />
por ter aceite este trabalho. Mas há já dois<br />
meses que, sem que se saiba porquê ninguém recebe<br />
as rações combinadas.<br />
Os operários, para obterem o que lhes é devido,<br />
decidiram parar o trabalho. Deste modo, pensam eles,<br />
ganharão a sua causa, Não é qualquer pessoa que se<br />
34 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Na época dos mamutes<br />
As mulheres ficaram no acampamento simples<br />
abrigo sob uma saliência rochosa. Reunidas em<br />
volta da fo preparam estes pratos deliciosos : tarefa<br />
pouco absorvente, que lhes deixa tempo para<br />
conversar, fabricar tintas para o rosto e enfeitar-se<br />
com colares e pulseiras.<br />
Para os homens, a caça é uma actividade exaltante,<br />
que afina os sentidos e os reflexos. A caça abunda<br />
e dá-se menos valor à quantidade de animais caçados<br />
que à maneira de os caçar. E durante estes banquetes,<br />
cada um comerá seis ou oito quilos de<br />
carne. O caçador consagra uma grande parte do seu<br />
tempo livre ao fabrico de armas. Faz as maças com<br />
chifres de veado. Talha num fémur de auroque as<br />
pontas de lança antes de as afiar. Por fim, coloca-as<br />
numa cavidade rochosa, que constitui um depósito<br />
de armas à entrada da gruta.<br />
Um deles, muito previdente, tinha, desse modo,<br />
preparado uma grande quantidade de armas, que<br />
um arqueólogo havia de encontrar, intactas, dez<br />
milénios mais tarde. ■<br />
Também havia greves no Egipto<br />
pode improvisar em decorador<br />
de túmulos, e o vizir não poderá<br />
substituí-los. Alguns meses antes<br />
tinham enviado contra Piteisis e os<br />
que com ele faziam causa camum<br />
uma esquadra de latagões armados,<br />
cujos cacetes depressa tinham<br />
resolvido a questão. Mas, desta vez, o ministro é<br />
responsável perante o faraó pelo bom andamento<br />
dos trabalhos finais. Se não quer incorrer na ira do<br />
soberano, terá de ceder. Os aldeãos apoiam os grevistas<br />
da maneira que podem.<br />
Enquanto esperam a solução do conflito, arranjam-lhes<br />
com que subsistir no dia-a-dia. ■<br />
Porque é que o burro tem<br />
as orelhas compridas<br />
Quando Deus criou os animais, deu nome a todos ;<br />
daí a dias veio verificar se eles se lembravam ainda<br />
dos seus nomes. Todos se lembravam menos<br />
o burro ; Deus então puxou-lhe muito as<br />
orelhas enquanto lhe dizia :<br />
- Burro, burro! Sempre hás-de ser burro!<br />
Tanto puxou, que o resultado é visível! ■
O silêncio<br />
Cheguei carregada de peso, frio<br />
Carregada de tristeza e desilusão…<br />
Abri a porta entrei no vazio<br />
…Acentuou-se a lúgubre decepção.<br />
Sentei-me no chão, fechei os olhos<br />
Como se quisesse fugir à solidão<br />
Entrar num mundo distante<br />
E percorrer o mundo de então!<br />
Tentei exteriorizar-me em vão<br />
O olhar cansado de sentir o rio…<br />
Abriu-se novamente no vazio.<br />
Imóvel fixei-o longas horas<br />
Nada sentia nada via, apenas<br />
O silêncio profundo das almas!<br />
Olga Diegues - CPLP<br />
A ciência<br />
A ciência é a ciência<br />
Que a própria ciência encerra<br />
Quantas vezes a ciência<br />
Os passos que os dá erra<br />
Exemplo esses da guerra<br />
Que a ofende o movimento<br />
Que o ódio faz vingar<br />
Ás vezes só num momento<br />
A ciência é a ciência<br />
Que o cientista estudou<br />
Mas bons ou maus resultados<br />
Nem sempre os analisou<br />
Resultados negativos<br />
Resultados positivos<br />
Que a própria ciência encerra<br />
E quantas vezes a ciência<br />
Na sua própria experiência<br />
Queima até a própria Terra<br />
Domingos Batista Trindade - CPLP<br />
POÉSIE<br />
Encontrei a lua<br />
chorando na rua!<br />
A morte é sombra do abandono!<br />
É a saudade e a dor,<br />
É uma estação do ano, mas sem Outono…<br />
São folhas mortas, sem flore!<br />
É braços nus, sem desejos,<br />
São suspiros branquejantes,<br />
São dores das saudades, dos beijos…<br />
Como os lábios de luto, dos amantes ;<br />
Tu lua triste, e independente,<br />
Choravas como eu na romaria ;<br />
Passeando na rua com agonia,<br />
Para descansares eternamente!<br />
Passeavas um dia pela noitinha!<br />
Vestida de branco e triste ;<br />
Olhaste e não me viste,<br />
Nem a tristeza, que era a minha!<br />
Foi isto em uma tarde,<br />
Que hoje ainda, no meu peito arde;<br />
Pela saudade pura,<br />
Não te tornei a ver, sofro tanto tanto…<br />
Reza mas não sou santo,<br />
E procuro voar, a muita altura!<br />
José Gonçalves - CPLP<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 35
NOUVEAUTÉS<br />
S<br />
aveurs d’été de Philibert Routin<br />
Des cocktails de rêve!<br />
Cette année, Saveurs d’été de Philibert Routin, a concocté<br />
des bases de cocktails spécialement conçues pour préparer<br />
de délicieuses boissons avec ou sans alcool.<br />
Une idée originale pour réussir à coup sûr des cocktails<br />
et éblouir tous vos amis.<br />
Pina colada, margarita, à consommer simplement avec<br />
de la glace, ou avec de l’alcool pour vos soirées.<br />
Quelques recettes pour mettre l’eau à la bouche<br />
Pina Colada sur glace :<br />
Dans un mixer, verser 2cl de base Pina Colada Saveurs<br />
d’été, puis 15cl d’eau, rajouter un verre de glaçons. Mixer<br />
jusqu’à obtenir un onctueux granité.<br />
Pina Colada classique (cocktail avec alcool):<br />
Dans un shaker, verser 2cl de base Pina Colada,<br />
puis 8cl de rhum blanc, rallonger avec 5cl d’eau,<br />
rajouter quelques glaçons et remuer 5-10<br />
secondes. Verser dans un verre à cocktail que vous garnirez<br />
avec une tranche d’ananas.<br />
Margarita sur glace (cocktail avec alcool) :<br />
Dans un mixer, verser 2cl de base Margarita Saveurs<br />
d’été, puis 8cl de Téquila. Rajouter l’équivalent d’un<br />
verre de glaçons et mixer 5-10 secondes.<br />
Margarita classique :<br />
Dans un shaker, verser 2cl de base Margarita<br />
Saveurs d’été, puis 12cl d’eau. Rajouter l’équivalent<br />
d’un verre de glaçons et mixer 5-10 secondes.<br />
Un parfum d’ailleurs dans vos cocktails maison.<br />
L’abus d’alcool est dangereux, à consommer avec modération.<br />
L<br />
acoste vous présente sa collection<br />
automne-hiver 2004<br />
Découvrez les nouveaux modèles de la collection Lacoste et<br />
laissez-vous séduire par les couleurs. Sable-orange pour le<br />
modèle “Homme Pico”, ou alors Carmin<br />
pour les “Spin Nubuck”.<br />
Pour les femmes, les couleurs<br />
sont présentent<br />
aussi avec le modèle “Mystère”<br />
en blanc-multi rose ou<br />
alors les “Twist”<br />
en noir. D’autres<br />
modèles et couleurs<br />
sont disponibles.<br />
À vous de choisir!<br />
36 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
B<br />
énénuts, un vent de nouveautés<br />
va souffler sur vos apéritifs<br />
Découvrez les Soufflés<br />
Légers de Papyrus, un<br />
apéritif savoureux et<br />
léger auquel il vous<br />
sera difficile de résister…<br />
“Twinuts<br />
Pocket” de<br />
délicieuses<br />
cacahuètes<br />
enrobées, en format poche,<br />
qui ne vont plus vous quitter!<br />
Bénénuts crée la gamme<br />
“Cacahuètes & Nature”,<br />
la note originale et<br />
authentique de vos<br />
apéritifs.<br />
Redonnez de la douceur et de<br />
la variété à vos apéritifs avec<br />
le Cocktail Salé Bénénuts.<br />
Cette sélection si généreuse<br />
et si craquante vous<br />
fera fondre de plaisir et<br />
étonnera vos convives…<br />
À vous de laisser parler votre imagination!<br />
U<br />
n automne vitalité<br />
avec la viande de dinde<br />
Velouté de dinde aux 3 légumes<br />
Préparation : 15mn - Cuisson : 25mn<br />
Ingrédients pour 4 personnes :<br />
• 250g de filet de dinde • 1 poireau<br />
• 200g de pommes de terre • 200g<br />
de carottes • 1 c. à café d’huile.<br />
1 - Laver et éplucher<br />
les légumes. Les couper<br />
en petits morceaux<br />
ainsi que le filet de<br />
dinde.<br />
2 - Faire revenir le tout<br />
dans une cocotte avec<br />
l’huile.<br />
3 - Recouvrir de 80cl<br />
d’eau et laisser cuire 25 minutes à feux doux.<br />
4 - Passer le tout au mixer. Saler et poivrer.
Laranjas, limões e tangerinas mais sumosos<br />
Ponha-os dentro de uma<br />
tigela de água quente durante<br />
2 ou 3<br />
minutos antes<br />
de os espremer.<br />
Terá assim<br />
mais sumo.<br />
Aipo contra<br />
as frieiras<br />
Faça ferver um quarto de<br />
hora um aipo inteiro (cortado<br />
aos bocadinhos) num tacho<br />
com água. Utilize a água da cozedura<br />
ainda quente para banhos ou pensos para<br />
prevenir e tratar as frieiras.<br />
Açúcar contra a humidade<br />
Deposite açúcar no fundo<br />
da cafeteira ou da chaleira<br />
que não utiliza regularmente<br />
: evitará o cheiro<br />
a mofo.<br />
Cozer no forno<br />
Os alimentos de grande dimensão devem ser<br />
posto na parte mais baixo do forno. Ao contrário,<br />
os pequenos, na parte de cima.<br />
Se a temperatura do forno for<br />
demasiada elevada, poderá<br />
baixá-la rapidamente ao por um<br />
tacho com água bastante fria.<br />
Mal disposta?<br />
Tome um duche bem quente e<br />
massaje-se a barriga com uma<br />
luva cheia de gelo : o efeito<br />
quente-frio vai descontrair e<br />
acalmar as dores.<br />
IDEIAS PRÁTICAS<br />
A ostra e a chaleira<br />
Evitará a formação de calcário<br />
ao recuperar uma concha<br />
de ostra limpa e<br />
pondo-a no fundo<br />
da sua chaleira.<br />
O calcário concentrar-se-á<br />
na concha.<br />
Acabar com as projecções<br />
Quando passa a sua sopa, há algumas projecções.<br />
Para evitar que tal<br />
aconteça, tape o recipiente<br />
onde estiver a sopa com<br />
um prato em papelão previamente<br />
furado no centro<br />
para puder passar a<br />
varinha mágica.<br />
Terrinas deliciosas<br />
Se não dispõe<br />
de ervas aromáticas<br />
para as suas<br />
terrinas, pode substituí-las por um copo<br />
de licor de beneditina.<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 37
CULINÁRIA<br />
Bolo de iogurte com nozes<br />
Ingredientes para 4 pessoas<br />
• 150 g de manteiga<br />
• 175 g de açúcar<br />
• 4 ovos<br />
• 2 iogurtes naturais<br />
• 300 g de farinha de trigo<br />
• 1 colher (chá)<br />
de fermento em pó<br />
• 100 g de miolo<br />
de nozes picado<br />
• Manteiga para untar<br />
• Papel vegetal para forrar<br />
1. Unte com manteiga uma forma de<br />
qualquer tipo, forre-lhe o fundo com papel<br />
vegetal e volte a untar.<br />
2. Amasse a manteiga com o açúcar até obter<br />
creme. Junte-lhe depois os ovos, um a um,<br />
em seguida os iogurtes e a farinha misturada<br />
com o fermento e, por fim, as nozes picadas.<br />
Mexa com cuidado e deite na forma.<br />
3. Leve ao forno a 150˚C para cozer<br />
durante 1 hora. Convém verificar se o bolo<br />
está cozido antes de o retirar do forno.<br />
Preparação : 10mn<br />
Custo : médio<br />
Grau de dificuldade : fácil<br />
Ingredientes<br />
para 4 pessoas<br />
• 4 endívias<br />
• 60g de queijo<br />
roquefort<br />
• 2dl de natas<br />
• 1 limão<br />
1. Escolha e lave as folhas das<br />
endívias, corte-as em tirinhas,<br />
reservando algumas inteiras para<br />
decoração, e coloque-as num prato.<br />
2. Com um garfo, esmague o queijo<br />
roquefort até ficar em creme.<br />
3. Misture o queijo esmagado<br />
com as natas e o sumo do limão.<br />
Preparação : 1h20mn<br />
Custo : médio<br />
Grau de dificuldade : fácil<br />
Salada de endívias com molho roquefort<br />
38 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
4. Deite o molho do queijo sobre<br />
as endívias.<br />
5. Decore a salada com as<br />
folhas de endívia que reservou<br />
e complete a gosto, por<br />
exemplo, com gomos de<br />
limão, pedaços de queijo<br />
roquefort e, ainda, salsa<br />
frisada.<br />
Petit conseil :<br />
L’endive est un légume<br />
frais qui craint la lumière :<br />
le bac à légumes du réfrigérateur<br />
est l’endroit idéal pour la<br />
conserver quelques jours.<br />
Il suffit de la passer rapidement<br />
sous l’eau avant préparation.
PARIS<br />
PARIS 1 ER<br />
SAUDADE<br />
34, rue des Bourdonnais<br />
Tél. : 01 42 36 03 65<br />
Soirée Fado le 1 er mardi de chaque mois<br />
Fermé le dimanche<br />
PARIS 9 ÈME<br />
PARIS MADEIRA BAR-RESTAURANT<br />
28, rue Caumartin<br />
Tél. : 01 47 42 63 65<br />
Service continue de midi à 23h.<br />
Baptêmes, anniversaires.<br />
Ouvert tous les jours Fermé le dimanche<br />
PARIS 13 ÈME<br />
VILA REAL<br />
10, rue de Domrémy<br />
Tél. : 01 45 83 54 22<br />
Fermé le dimanche (sauf réservations)<br />
PARIS 14ÈME L’ARGANIER BAR-RESTAURANT<br />
14, rue Edouard Jacques<br />
Tél. : 01 43 35 35 45<br />
Spécialités portugaises.<br />
Grande salle privée pour vos réunions,<br />
réceptions et banquets.<br />
www.restaurantlarganier.com<br />
Ouvert tous les jours de 11h30 à 2h du matin<br />
PARIS 16 ÈME<br />
LE BISTRO DE LONGCHAMP<br />
CHEZ REBELO ET LINDA<br />
40, rue de Longchamps<br />
Tél. : 01 47 27 53 50<br />
Ouvert tous les jours<br />
Fermé le dimanche à partir de 20h<br />
PARIS 17 ÈME<br />
LE PARC<br />
172, rue Cardinet<br />
Tél. : 01 46 27 58 77<br />
Fermé le lundi soir<br />
Restaurante<br />
ADRESSES GOURMANDES<br />
Le Parc<br />
Especialidades Franco-Portuguesas<br />
FADOS AS SEXTAS E SÁBADOS<br />
O SENHOR ALVES E A SUA EQUIPA ESPERAM POR SI<br />
SERVIÇO À CARTA.<br />
BAPTIZADOS, CASAMENTOS E OUTRAS FESTAS.<br />
172, rue Cardinet - 75017 PARIS<br />
Tél. : 01 46 27 58 77<br />
BAR RESTAURANT SPECIALITES FRANCO-PORTUGAISES<br />
6, Rue Claude Bernard - 93100 Montreuil - Tél. : 01 48 18 00 53<br />
Petiscos da Parte da Tarde<br />
Bacalhau todas as Sextas-Feiras<br />
Sport TV<br />
40, rue de Longchamp 75016 Paris • Tél. : 01 47 27 53 50<br />
Cozinha Tradicional Portuguesa<br />
Churrasco na Brasa<br />
Fado todos os Sábados à noite<br />
102, rue de Chatou - 92700 Colombes<br />
Tél. : 01 47 86 14 08 - www.aupetitchalet.com<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 39
ADRESSES GOURMANDES<br />
SEINE ET MARNE<br />
VILLEPARISIS 77270<br />
LE PETIT CHALET<br />
26, av. Eugène Varlin<br />
Tél. : 01 64 67 19 98<br />
YVELINES<br />
VERSAILLES 78000<br />
SAUDADE<br />
20, rue du Gal Leclerc<br />
Tél. : 01 39 51 35 91<br />
Fermé le lundi soir<br />
Fermé le lundi<br />
RAMBOUILLET 78120<br />
LE MARQUIS DE POMBAL<br />
2, rue Louis Leblanc<br />
Tél. : 01 34 83 02 45<br />
Ouvert tous les jours<br />
sauf le dimanche soir et le lundi soir<br />
SAINT-CYR L’ECOLE 78210<br />
LES AILES VOLANTES<br />
Aérodrome St-Cyr L’École<br />
Tél. : 01 34 60 35 55<br />
Fermé le dimanche soir et le lundi soi<br />
HAUTS DE SEINE<br />
COLOMBES 92700<br />
RESTAURANT AU PETIT CHALET<br />
102, rue du Chatou<br />
Tél. : 01 47 86 14 08<br />
Fermé le lundi<br />
PUTEAUX 92800<br />
O LUAR DA NOITE<br />
99, av. du Président Wilson<br />
Tél. : 01 47 75 04 94<br />
Sala para casamentos, baptizados e comunhões.<br />
Gosta de gambas na brasa?!<br />
Venha visitar-nos.<br />
Fechado Segundas e Terças à noite<br />
ALABERGÈRE<br />
126-128, av. du Président Wilson<br />
Tél. : 01 47 75 03 29<br />
Casamentos, baptizados, comunhões.<br />
Duas salas para receber 120 pessoas e 80 pessoas.<br />
Fermé dimanche, sauf réservation<br />
40 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
SEINE ST DENIS<br />
MONTREUIL 93100<br />
RESTAURANT EURO<br />
95, rue Robespierre<br />
Tél. : 01 48 51 01 99<br />
Ouvert tous les jours<br />
CHEZ CARLA<br />
6, rue Claude Bernard<br />
Tél. : 01 48 18 00 53<br />
Ouvert tous les jours<br />
Dîners les jeudis, vendredis et samedi<br />
ROMAINVILLE 93230<br />
RESTAURANT O PIRATA<br />
59, rue Pierre Curie<br />
Tél. : 01 48 40 25 13<br />
SAINT-OUEN 93400<br />
O BEIRÃO<br />
11, rue Lécuyer<br />
Tél. : 01 40 11 35 56<br />
Fermé le dimanche<br />
Fermé le lundi<br />
DRANCY 93700<br />
O LISBOA<br />
90, Avenue Jean Jaurès<br />
Tél. : 01 48 31 95 79<br />
Animação com Armindo Campos aos fins de semana.<br />
Fermé le dimanche soir et le lundi<br />
BEZONS 95870<br />
VAL D’OISE<br />
O CAÇADOR<br />
1, rue Lucien Sampaix<br />
Tél. : 01 34 10 15 61<br />
Ouvert du lundi au samedi midi<br />
vendredi, samedi soir - fermé le dimanche
PARIS 17 ÈME<br />
RESTAURANTS FRANÇAIS<br />
L’ÉTOILE VERTE<br />
13, rue Brey<br />
Tél. : 01 43 80 69 34<br />
Site Internet : www.étoile-verte.fr<br />
Menu à 11,50 € service du midi (sauf samedi,<br />
dimanche et jours fériés). Menus à 18 € (sans<br />
boissons) et 26 € (avec apéritif et 1/2 de vin).<br />
Ouvert tous les jours<br />
ASINS D’ALIMENTATION PORTUGAISMAIS<br />
MAGASINS D’ALIMENTATION PORTUGAIS<br />
YVELINES<br />
VERSAILLES 78000<br />
LES AMUSES-GUEULE DU SOLEIL<br />
20, rue du Gal Leclerc<br />
Tél. : 01 39 51 35 91 - Fax : 01 39 20 04 71<br />
Commandes prises tous les jours et<br />
livraisons du mardi au samedi.<br />
ESTABELECIMENTOS FERREIRA<br />
Halle de Versailles<br />
2, rue au Pain - Carré aux Herbes<br />
Tél./Fax : 01 39 51 08 78 - Port. : 06 61 09 91 99<br />
Aberto terça a sexta 7h às 13h e das 15h às 19h30<br />
Sábado 7h às 19h30 - Domingo 7h às 13h30<br />
VAL D’OISE<br />
ARGENTEUIL 95100<br />
LES SAVEURS DU SOLEIL<br />
5 et 7, rue des Grives - Val du Loup<br />
Tél. : 01 34 10 81 60<br />
Fermé le lundi<br />
PATISSERIES PORTUGAISES<br />
SEINE ST DENIS<br />
PIERREFITTE 93380<br />
PATISSERIE CANELAS<br />
62, av. Emile Zola<br />
Tél. : 01 48 21 84 51<br />
Fermé le lundi<br />
Ouvert midi et soir<br />
Dimanche ouvert<br />
pour réceptions<br />
(Baptêmes, communions,<br />
mariages)<br />
Réservations<br />
01 45 83 54 22<br />
10, rue Domrémy - 75013 Paris - Métro : Biblio. F. Mitterrand/Chevaleret<br />
Les Amuse - Gueules du Soleil<br />
Descanse... Vamos Servi-lo<br />
Sabemos o que precisa :<br />
Entregas possíveis em toda a França<br />
Exemplos :<br />
Rissóis diversos<br />
Pasteis de bacalhau<br />
Bacalhau à Brás<br />
Bacalhau congelado<br />
Peixes prontos a cozinhar<br />
Couve para caldo verde<br />
Pastelaria tradicional portuguesa<br />
Produtos Portugueses<br />
ultra congelados<br />
OUTROS PRODUTOS INFORME-SE<br />
20, rue Gal Leclerc - 78000 VERSAILLES<br />
Tél. : 01 39 51 35 91<br />
Fax : 01 39 20 04 71<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 41
ADRESSES GOURMANDES<br />
TRAITEURS PORTUGAIS<br />
SEINE ST DENIS<br />
COUBRON 93470<br />
LA CRÉMAILLÈRE<br />
25, rue de la Source<br />
Tél : 01 45 09 26 10 - Fax : 01 43 32 04 93<br />
Contacter Paulo Goncalves 06 88 24 04 82<br />
Mariages, baptêmes, réceptions sur place ou à l’extérieur,<br />
séminaires. 4 salles pour réceptions de 30 à 200 couverts.<br />
www.lacremaillerereception.net<br />
Fermé le lundi<br />
VAL DE MARNE<br />
SAINT-MAUR 94100<br />
RIBEIRO HORTENSIO<br />
9, place de Rimini<br />
Tél. : 01 48 89 14 49/Portable : 06 09 22 14 16<br />
Casamentos, baptizados, recepções. Pasteis,<br />
rissóis, leitão à bairrada.<br />
Aberto todos os dias<br />
Cocktails - Mariages<br />
Baptêmes - Anniversaires<br />
NC. 62, av. Emile Zola - 93380 PIERREFITTE<br />
Tél. : 01 48 21 84 51 - Fax : 01 48 21 77 99<br />
Pensez à mettre<br />
votre menu de Noël<br />
et fin d’année<br />
le mois prochain<br />
dans le magazine<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong>.<br />
42 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Restaurante dirigido por Eduardo (ex Rio Liz)<br />
ALIMENTATION • RÔTISSERIE • CHURRASCO<br />
PLATS À EMPORTER • PAINS TYPIQUES • VINS • ALCOOLS<br />
ARTISANAT • OBJETS • CADEAUX • DISQUES •K7•PRESSE SPÉCIALISÉE<br />
PORTUGAL - ESPAGNE - ITALIE - GRECE<br />
Des<br />
saveurs<br />
authentiques<br />
Cochon de lait Bairrada - Chevreau<br />
Horaires : 9h/19h30 - Fermé le lundi<br />
5 et 7, rue des Grives - Val du Loup - D392 (RN192)<br />
95100 ARGENTEUIL - Tél. : 01 34 10 81 60<br />
www.ibericoportugal.com
Continuação da página 11<br />
Colombes, com uma assistência de cêrca de 70 mil<br />
espectadores, com a colaboração de Manuel Barbosa<br />
(Agencia Mercury) e o Banco Franco-Português.<br />
O Portugal Popular foi também um elo de ligação,<br />
convivio e auxílio social à emigração portuguesa<br />
espalhada pelo mundo e era vendido ao preço de 80<br />
cê ntimos por número e 40 francos por assinatura anual.<br />
E acredite Sr. Bruno Manteigas que os emigrantes<br />
liam o jornal pagando, o que não acontece actualmente<br />
com os jornais gratuitos e, nessa época chegaram-se<br />
a publicar 21 jornais depois do “Portugal<br />
Popular” ter aparecido tais como “Correio Português”,<br />
“O Emigrante”, “O Mensageiro” “Voz de<br />
Portugal”, Notícias de Portugal”, “A Ponte”,<br />
“Encontro”, “o Grito”, “o Povo”, “Portugal Livre”,<br />
“a Luta”, “Caravela”, “Um Dia em França”, etc. etc.<br />
E todos tinham preço, e não eram Gratuitos…<br />
E como também o meu sonho era publicar uma revista<br />
mensal, em 1993 ainda tive força com o auxilio da minha<br />
mulher, para sair “Portugal Presse Magazine” com o<br />
suplemento desportivo : “O Esférico”, que nessa altura teve<br />
que lutar com a publicação de revistas e jornais gratuitos,<br />
não podendo proseguir como eram nossos desejos.<br />
CARTA ABERTA<br />
E como falou também no Sr. William Sismeiro proprietário<br />
da libraria Portugal devo dizer-lhe que os<br />
seus pais Fernando Sismeiro e esposa foram meus<br />
dedicados colaboradores e testemunho certamente<br />
de toda a luta travada nesses anos de 1968 a 1976.<br />
Já vai um pouco longo esta minha carta dirigida ao<br />
Sr. Bruno Manteigas “Agência <strong>Lusa</strong>”, mas espero<br />
bem que tenha compreedido a minha intervenção!…<br />
Para se ser jornalista ao escrever tem de se documentar<br />
devidamente para não induzir em erro os leitores e<br />
ofender indirectamente quem tanta energia dispendeu<br />
a bem, dos seus compatriotas sem lucros materiais.<br />
Os títulos de comendadores foram oferecidos a<br />
empresários que fizeram fortunas na emigração e não<br />
aos obreiros que trabalharam desinteressadamente<br />
e por paixão tão digna e liberal de que me orgulho.<br />
Para terminar, os meus sinceros agradecimentos ao<br />
meu amigo Tony Cardoso e “<strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong>” por esta<br />
ocupação de espaço, mas creio que mercida para<br />
repôr a verdade no seu devido lugar.<br />
E para Sr. Bruno Manteigas os meus melhores<br />
cumprimentos e ao seu dispor. ■<br />
António Pardal<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 43
HOROSCOPE<br />
Bélier (21 mars - 20 avril)<br />
Vérifiez bien vos finances, et évitez de vous lancer<br />
tête baissée dans de nouveaux projets avant le 12.<br />
En effet, des imprévus risquent de surgir, et de jouer<br />
les troubles-fêtes. Par ailleurs, une situation<br />
familiale peut dégénérer si vous jetez de<br />
l’huile sur le feu. Prudence! Vie amoureuse<br />
haute en couleurs. Il faut dire<br />
que votre libido est décuplée! Si<br />
vous êtes seuls, de bons moments<br />
en perspective, mais vous aurez du<br />
mal à faire le tri. Le mieux serait<br />
d’éviter les promesses ce mois-ci.<br />
Santé : Vous aurez une énergie d’enfer,<br />
mais attention tout de même à des entorses, des coupures…<br />
Taureau (21 avril - 20 mai)<br />
Vous n’hésiterez pas à prendre le taureau par les cornes et à défendre<br />
vos opinions. Ne perdez pas votre enthousiasme, même si vos collègues<br />
ou vos amis affichent des réactions assez négatives. Il y aurait bien de<br />
la jalousie dans l’air! Pour certains, des nouvelles<br />
d’une affaire de justice, attendue depuis<br />
longtemps. Des décisions en amour. Ce<br />
sera un bon mois pour parler vie commune,<br />
approfondir un lien… Ou en<br />
défaire un! Si vous êtes seul(e), une<br />
rencontre pourrait bien vous faire la<br />
vie sous un angle : celui de l’amour partagé.<br />
Santé : L’activité physique, il n’y a que ça<br />
de vrai!<br />
Gémeaux (21 mai - 21 juin)<br />
Que vous soyez en haut de l’échelle sociale ou à un niveau plus modeste<br />
dans votre job, vous allez aller de l’avant. Comme si une force<br />
mystérieuse vous obligeait à vous dépasser. C’est tout simplement<br />
Jupiter qui vous booste, et qui met des tas d’opportunités<br />
sur votre route. La vie amoureuse,<br />
elle, est en majuscules pour beaucoup<br />
d’entre vous. Il faut dire que ce moisci,<br />
vous avez de quoi séduire la terre<br />
entière. Vos nuits sont surbookées, vos<br />
journées débordent de textos…<br />
Prudence si vous êtes marié(e)!<br />
Santé : Les activités physiques nocturnes<br />
ne remplacent jamais la pratique d’un sport!<br />
44 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
PAR LUCE GREINER<br />
Voyante - Astrologue vue sur TF1 Tél. : 03 25 21 70 28<br />
Cancer (22 juin - 22 juillet)<br />
Des complications dans votre job. Pour certains, il<br />
sera question de fin de contrat ou de plan social, tandis<br />
que d’autres vont rencontrer une ambiance faite de<br />
conflits, de jalousies, de mauvaise foi.<br />
Meilleur climat à partir du 12. Certains<br />
devront négocier habilement un différend<br />
immobilier ou familial. Restez zen,<br />
la solution est à votre portée.<br />
Amour : Pour être heureux, c’est<br />
simple, il suffit de rendre les autres<br />
heureux. Si vous en faisiez votre devise?<br />
En tout cas, une belle sensualité est<br />
au programme, notamment à partir du 12!<br />
Santé : Que de nervosité et de stress en perspective!<br />
Lion (23 juillet - 22 août)<br />
Ne soyez pas aussi impatients dans vos affaires, sinon vous allez tout<br />
faire rater. Vous avez présenté vos projets, maintenant la balle est dans<br />
l’autre camp. Attendez un peu. Certains devront concilier la vie familiale<br />
et le boulot, et ça ne sera pas forcément facile…<br />
En amour, c’est un sentiment<br />
d’injustice qui vous mine. Vous avez l’impression<br />
de tout donner et de ne rien<br />
recevoir, ou si peu… Si vous êtes<br />
seul(e) vous pourriez rencontrer<br />
l’amour par le biais de petites annonces<br />
ou du téléphone. Lancez-vous!<br />
Santé : Grande tension intérieure, qui<br />
pourrait se manifester par des allergies.<br />
Vierge (23 août - 22 septembre)<br />
La réussite professionnelle est actuellement un de vos principaux objectifs.<br />
Pour certains, une proposition pourrait marquer une étape décisive<br />
vers le succès. Par contre, ne faites pas de la moindre remarque<br />
une affaire d’état, un accès de susceptibilité passera<br />
mal en famille ou en couple! En amour,<br />
c’est bien de reconnaître ses torts, mais<br />
aux yeux de l’autre, l’affaire est loin<br />
d’être close. Alors, il va falloir expliquer<br />
votre récent comportement…<br />
Santé : Vous aurez envie de grand<br />
air, de voyages et de mouvement. N’en<br />
faites tout de même pas trop, et pensez<br />
à récupérer de temps en temps!
Balance (23 septembre - 22 octobre)<br />
Une association de compétences ou un travail d’équipe pourrait donner<br />
d’excellents résultats pour une entreprise de longue haleine.<br />
Choisissez bien vos coéquipiers. Par ailleurs, une nette amélioration<br />
des finances vous permet d’envisager un projet<br />
longtemps repoussé. En amour, la glace fond<br />
vite, et dès le premier mot, vous séduisez…<br />
ou vous êtes séduit(e)! Un mois<br />
donc riche en tendresse et en promesses<br />
d’éternité, malgré quelques oppositions<br />
familiales, pour certains.<br />
Santé : À moins que vous n’achetiez<br />
des vêtements de grande taille, il est urgent<br />
de surveiller votre alimentation!<br />
Scorpion (23 octobre - 21 novembre)<br />
Ne cédez pas à la pression ambiante qui laisse penser qu’un changement<br />
est urgent dans vos activités. Restez calmement sur vos positions<br />
et observez sans précipitation. Une solution se profile à partir du 12.<br />
En amour, vous aurez envie d’affirmer haut<br />
et fort un puissant sentiment de liberté.<br />
Cela peut surprendre, voire contrarier.<br />
Quelques étincelles pourraient même<br />
jaillir et l’atmosphère conjugale se<br />
charger d’électricité, d’autant que vous<br />
ne serez pas enclins à faire des concessions.<br />
Les célibataires, eux, butinent tout<br />
leur comptant!<br />
Santé : Vous vous compliquez beaucoup la vie!<br />
Sagittaire (22 novembre - 20 décembre)<br />
Dans vos affaires, un temps de négociation et de recul stratégique peut<br />
vous valoir un succès inespéré. Vous semblez assis sur un volcan, mais<br />
en fait, tout dépend de vous et de votre sang froid. Prudence toutefois<br />
à partir du 12, des jaloux pourraient vous<br />
tendre un piège. En amour, vous vivez des<br />
influx contradictoires. D’un côté vous<br />
voulez séduire, d’un autre, vous ne<br />
voulez rendre de comptes à personne.<br />
Pas facile de gérer tout ça.<br />
Santé : Une forme moyenne, avec des<br />
problèmes existentiels, qui débouchent<br />
sur des maux d’estomac. Si en plus vous<br />
vous lancez dans des overdoses de cafés…<br />
Voyance sans CB au 08 92 23 11 39<br />
Capricorne (21 décembre - 19 janvier)<br />
Faire des heures supplémentaires ou remplacer un(e) collègue ne vous<br />
fera pas peur. Et comme vous recevez le soutien de la Lune à partir du<br />
12, vous pourrez miser sur de sérieux pistons pour vous donner un<br />
coup de pouce. En cas de démêlés avec l’administration<br />
ou votre banque, c’est clair, ça aide!<br />
En amour, certains vont oublier leur sacro-sainte<br />
réserve, et se lancer dans<br />
une drague intensive, quitte à séduire<br />
même sur leur lieu de travail! Pour<br />
d’autres, une amitié de longue date<br />
pourrait bien se changer en un amour<br />
longue durée.<br />
Santé : Grosse fatigue. Vous aspirez à changer<br />
de rythme.<br />
Verseau (20 janvier - 18 février)<br />
Une belle période s’ouvre côté professionnel. Vous réussissez tout ce<br />
que vous entreprenez, et tout le monde est impressionné par votre<br />
charisme. Excellent moment si vous cherchez du travail, vous pourriez<br />
tomber sur une annonce mise exprès pour vous…<br />
Côté cœur, vous avez envie de changer le<br />
rythme de votre couple, de lui donner<br />
une autre dimension. Pour certains,<br />
c’est la décision d’agrandir la famille,<br />
pour d’autres, la maison. Attention,<br />
dans ce cas à votre budget, qui ne suit<br />
pas forcément.<br />
Santé : Attention aux coups de froid :<br />
Risque d’angines, de fièvre ou de problèmes<br />
respiratoires.<br />
Poissons (19 février - 20 mars)<br />
Dans votre job, les planètes vous obligent à faire preuve d’hyperactivité,<br />
notamment à partir du 12. Vos actions seront propres à impressionner<br />
votre direction, et votre diplomatie va faire des merveilles!<br />
Bonne période si votre travail est en rapport avec<br />
l’étranger, le tourisme ou l’import-export.<br />
En amour, compréhension et sens du dialogue<br />
vous permettent de mener<br />
‘l’Autre” là où vous voulez, peut-être<br />
même à la mairie la plus proche! Pour<br />
certains, un voyage à deux est programmé.<br />
Santé : Bonne mais avec vous, le problème<br />
c’est qu’un jour vous avez la pêche,<br />
le lendemain le cafard…<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 45
LEVER L’ENCRE<br />
Elle marche très droite, un joli panier se balance à son<br />
bras au rythme de la marche, pousse une porte, et monte une<br />
volée de marches, en s’efforçant d’oublier son mal à la cheville. Des<br />
bruits de conversation sotto voce sont perceptibles, qui s’interrompent un<br />
instant au martèlement inopiné de ses talons sur le carrelage. La salle d’attente<br />
est pleine, elle se faufile dans un coin, pose son panier à terre et ferme les<br />
yeux pour prévenir d’éventuelles questions. A l’appel de son nom, elle se<br />
lève, prend le panier et se dirige vers le cabinet de consultations :<br />
- Je vous avoue que c’est une première dans ma carrière, les avez-vous<br />
depuis longtemps?<br />
- Non, Monsieur je les ai eus cet après-midi.<br />
- Alors, quel est le problème?<br />
- Stress, angoisse, peur de l’avenir immédiat. Je suis venue parce que je<br />
crois que vous êtes en mesure de m’aider à résoudre ce problème.<br />
Ce matin, en me levant du pied droit, obéissant en cela à un rituel<br />
immuable, je ne me doutais pas que le résultat de mon action ne serait<br />
pas celui que j’escomptais, les expériences antérieures ayant été plutôt<br />
chanceuses. S’il y a une cinquantaine de vendredis dans l’année, il n’y<br />
a en général qu’un vendredi 13, parfois deux, et la probabilité pour<br />
qu’il arrive quelque chose de fâcheux est aussi mince que de gagner<br />
le gros lot. Pourtant, en me levant aujourd’hui, mon gauche de pied<br />
droit a dérapé sur le sol, m’envoyant au tapis. Je me relevai en gémissant et une fois debout, je constatai<br />
que j’avais très mal à la cheville et j’en fus très contrariée. Clopin-clopant, je me livrai aux diverses occupations<br />
de la matinée, après quoi je me préparai pour sortir.<br />
Ce fut donc un vendredi 13, à très exactement treize heures et treize minutes que je les ai vus.<br />
- Voilà mademoiselle, cela vous fait treize euros tout rond. Vous allez vous régaler, c’est la saison, me dit<br />
le marchand en remplissant mon panier ouvert.<br />
De retour à la maison, je m’employai à la confection d’un bouillon savamment parfumé, et après seulement<br />
j’ai précautionneusement transféré le contenu de mon panier dans l’évier. A l’aide d’une brosse je me suis<br />
mise à leur frotter délicatement le dos et le thorax, tout en sifflotant pour me donner du cœur à l’ouvrage.<br />
M’intéressant d’un peu plus près à mon travail, j’ai soudain pris conscience d’être observée par deux paires<br />
de petits yeux ronds, très noirs. Troublée, je continuai ma besogne, et soit mes oreilles me jouaient des<br />
tours, soit ils gloussaient vraiment de plaisir ! Je poursuivis néanmoins mon brossage et, à mon grand étonnement,<br />
je les ai entendus pousser des petits grognements et vu se tortiller et se recroqueviller, comme le<br />
ferait quelqu’un qu’on chatouille. Réagissant d’une manière complètement illogique, je leur parlai de la<br />
suite des événements et de ce à quoi je les destinais. Au moment où ils se sont mis à pousser des cris et à<br />
vouloir escalader l’évier, je devins blême et arrêtai le feu sous le bouillon.<br />
- Hou là là! Ça a l’air très bon. Quelle bonne surprise!<br />
- Treize euros…<br />
- Très heureux, oui! Des coquilles de crabe thermidor,<br />
j’adore ça.<br />
- Tu n’as pas compris. J’ai payé treize euros, les<br />
crabes, et deux cent cinquante euros l’anesthésie<br />
chez le vétérinaire. Quelle veine ! Une gâterie de<br />
prix pour une journée exceptionnelle ! Bon anniversaire!<br />
■<br />
Manuela Mattauch<br />
46 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — Novembre 2004<br />
Pincement au coeur<br />
Realização de<br />
sítios internet<br />
A partir de 100 Euros<br />
Mais informações :<br />
TAC Informatique :<br />
Tél. : 01 45 21 42 88<br />
www.tac-info.com
AMBASSADE DU PORTUGAL<br />
3, rue Noisiel - 75116 Paris<br />
Tél. : 01 47 27 35 29<br />
CONSULADO GERAL em PARIS<br />
6-8, Rue Georges Berger - 75017 Paris<br />
Tél. : 01 56 33 81 00 - Fax 01 47 66 93 35<br />
CONSULADO GERAL em VERSAILLES<br />
65, Rue du Maréchal Foch - B.P. 174<br />
75001 Versailles Cedex<br />
Tél. : 01 39 50 15 73 / 01 39 24 82 10<br />
Fax : 01 39 50 86 49<br />
CONSULADO GERAL em<br />
NOGENT-SUR-MARNE<br />
4, Avenue des Marroniers<br />
94130 Nogent-sur-Marne<br />
Tél. : 01 45 14 27 27 - Fax : 01 48 73 51 44<br />
COORDINATION DE L'ENSEIGNEMENT<br />
6, Passage Dombasle - 75015 Paris<br />
Tél. : 01 53 68 78 53<br />
CASA DE PORTUGAL<br />
André de Gouveia<br />
7, Bd Jourdan - 75014 Paris<br />
Tél. : 01 40 78 65 00<br />
INSTITUT CAMÕES A PARIS<br />
26, Rue Raffet - 75016 Paris<br />
Tél. : 01 53 92 01 00<br />
Fax : 01 45 24 64 78<br />
CENTRE CULTUREL<br />
CALOUSTE GULBENKIAN<br />
51, Av. D'Iéna - 75116 Paris<br />
Tél. : 01 53 23 93 93 - Fax : 01 53 23 93 99<br />
SIC INTERNACIONAL<br />
Estrada da Outurela 119<br />
2790-117 Carnaxide<br />
Portugal<br />
Tél. : 21 4179400<br />
RTPI<br />
Avenida 5 de Outubro, 197 r/c<br />
1050-054 Lisboa - Portugal<br />
Tél. : 21 794 7771<br />
RADIO DIFUSÃO PORTUGUESA<br />
Av. Engenheiro Duarte Pacheco, 5<br />
1070-100 Lisboa - Portugal<br />
Tél. : 21 382 00 00<br />
TAP AIR PORTUGAL<br />
23, Boulevard Poissonnière<br />
75002 Paris<br />
Tél. : 0820 319 320<br />
RADIO ALFA (98.6 FM)<br />
1, Avenue Vasco de Gama<br />
94460 Valenton<br />
Tél. : 01 45 10 98 60<br />
RADIO FRANCE<br />
INTERNATIONALE (OM 768)<br />
116, Av. du Pt Kennedy - 75016 Paris<br />
Tél. : 01 56 40 12 12<br />
VEXIN VAL DE SEINE (96.2 FM)<br />
Cité Forêt - 78130 Les Mureaux<br />
Tél. : 01 34 92 82 40<br />
Fax : 01 34 74 55 99<br />
FUNERÁRIA F. ALVES<br />
4 Agências em Paris e região parisiense<br />
para melhor os servir.<br />
Tratamos de todas as formalidades.<br />
NUMÉROS UTILES<br />
RADIO TRIOMPHE (103.3 FM)<br />
9, Rue Lorraine - 59100 Roubaix<br />
Tél. : 03 20 27 25 46<br />
Fax : 03 20 11 16 62<br />
RADIO ENGHIEN (98 FM)<br />
46, Av. de la Ceinture<br />
95880 Enghien les Bains<br />
Tél. : 01 39 64 20 49<br />
RADIO ALIGRE FM (93.1 FM)<br />
42, Rue Montreuil - 75011 Paris<br />
Tél. : 01 40 24 28 28<br />
RGB (99.2 FM)<br />
BOM DIA PORTUGAL<br />
Sábados 9h-12h<br />
Tél. : 01 30 38 25 25<br />
Fax : 01 30 73 44 00<br />
RADIO VOZ DE PORTUGAL (94.2 FM)<br />
Centre Culturel Franco-Portugais<br />
Rue Pont de la Cidrerie<br />
51000 Châlons-en-Champagne<br />
Tél. : 03 26 68 28 78<br />
SAMU PARIS : 15<br />
POLICE : 17<br />
POLICE PARIS : 01 53 73 53 73<br />
POMPIERS PARIS : 18<br />
SOS MEDECINS : 01 47 07 77 77<br />
CENTRES ANTI-POISONS PARIS : 01 40 05 48 48<br />
PERTES ET VOLS CARTE BLEUE : 01 42 77 11 90<br />
TAXIS BLEUS : 0 825 16 10 10<br />
AEROPORTS D’ORLY : 01 49 75 52 52<br />
AEROPORTS DE ROISSY : 01 48 62 12 12<br />
SNCF PARTOUT EN FRANCE : 08 36 35 35 35<br />
INFORMATIONS AUTOROUTES : 08 92 68 10 77<br />
RATP : 08 36 68 77 14<br />
HORLOGE PARLANTE : 3699<br />
18, rue Belgrand Tél. : 01 46 36 39 31<br />
75020 PARIS Portable : 06 07 78 72 78 (24h/24)<br />
www.alvesefg.com<br />
Métro GAMBETTA - Saída périphérique : Porte de Bagnolet<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 47
Obélix… Já foste<br />
alguma vez à<br />
livraria TAC ?<br />
Livraria<br />
Papelaria<br />
Jornais<br />
Agora já pode ler<br />
mais em português...<br />
108, Av. Danielle Casanova - 94200 Ivry-sur-Seine<br />
Tél. : 01 45 21 40 47<br />
www.vidalusa.com - Mail : tac@vidalusa.com<br />
Venho de là<br />
agora, não se vê?