INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - GAPO

vestibular, ou migrar para mesial ou distal e entrar em transposição com o incisivo
lateral, central ou com o primeiro pré-molar, ou ficar impactado (MAIA e CARDOSO,
2003).
O canino é o dente que completa a forma da arcada dentária, determina o
contorno da boca, mantém a harmonia e a simetria da relação oclusal, suporta,
devido à anatomia da sua raiz, os movimentos de lateralidade e a carga
mastigatória. Possui o desenvolvimento e a trajetória de irrupção mais complexos de
todos os demais dentes e é um dos últimos dentes a irromper na arcada dentária
superior, admira-se que um dente com um padrão de irrupção tão complicado possa
vir a irromper de maneira natural. Por isso, sua impactação é bastante freqüente,
superada apenas pela do 3º molar (TANAKA, 2000).
De acordo com Freitas et al. (1998), há diferença entre dentes retidos e
impactados. Dentes retidos são aqueles que por falta de força de erupção não
conseguem erupcionar; e impactados são aqueles impossibilitados de erupcionar
devido a existência de uma barreira física em sua via de erupção. Os caninos retidos
são menos freqüentes que os terceiros molares.
Colombini (1991) classificou a retenção de duas maneiras: intra-óssea e
sub-gengival. Preconiza a classificação de Thoma quanto à posição do dente na
maxila: posição vestibular; posição palatina; posição intermediária e posição
paranormal. E considera que a permanência do canino decíduo no arco pode levar a
retenção do respectivo permanente. Após comprovar a retenção com exame clínico
é necessário um estudo mais detalhado quanto a sua posição e a relação com as
estruturas vizinhas.
A terminologia empregada para as retenções dentárias é variada,
provocando controvérsias. Centeno (1987) e Marzola (1995) denominam como
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