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deixis, tempo e narração - Repositório Aberto da Universidade do ...

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cuito <strong>da</strong> comunicação verbal (com especial relevo para o mais<br />

divulga<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s eles, o "esquema de Jakobson"), deixam de<br />

parte este elemento fun<strong>da</strong>mental( 2 ). 0 único conhecimento que,<br />

de acor<strong>do</strong> com esse "esquema", se supõe dever ser comparti­<br />

lha<strong>do</strong> pelo locutor e pelo interlocutor é o conhecimento de um<br />

mesmo código linguístico, o que na reali<strong>da</strong>de constitui uma<br />

pequena parte de tu<strong>do</strong> o que precisam de compartilhar para<br />

poderem efectivar com êxito um acto de comunicação( 3 ).<br />

Memór ia ou memória comum seria, a meu ver, a<br />

designação mais adequa<strong>da</strong> para o conceito de "saber comparti­<br />

lha<strong>do</strong>" - "shared knowledge" - conceito que procura abarcar,<br />

justamente, "/.../the knowledge, beliefs and discourse<br />

entities common to both speaker and addressee." (J. Hinds e<br />

J. Gundel,1985, p. 5), e que tem 'vin<strong>do</strong> a ser alvo de cres­<br />

cente atenção: "/.../researchers in a number of different<br />

disciplines agree that assumptions about what is shared by<br />

the speaker and addressee in a discourse play a crucial role<br />

in both the production and interpretation of natural language<br />

utterances." ( ibidem, p. 5) ("*).<br />

Condição <strong>da</strong> comunicação, a memória comum ao<br />

locutor e interlocutor é, simultaneamente, um resulta<strong>do</strong> dela,<br />

porque o saber compartilha<strong>do</strong> constitui-se na e pela comu­<br />

nicação, É falso e limita<strong>do</strong>r encarar o senti<strong>do</strong> como algo que<br />

passa <strong>do</strong> emissor ao receptor; o senti<strong>do</strong> não passa, circula :<br />

vai e volta, permanece, institui-se como memór ia. Comun içar,<br />

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