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deixis, tempo e narração - Repositório Aberto da Universidade do ...

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sisteaas verbais românicos (ver II Parte).<br />

1.5. 0 sistema forma<strong>do</strong> pelos <strong>tempo</strong>s verbais<br />

constitui, a meu ver, um <strong>do</strong>s casos mais flagrantes <strong>da</strong> ins­<br />

crição, na estrutura gramatical <strong>da</strong>s línguas, <strong>da</strong>s marcas <strong>da</strong><br />

sua predisposição (ou vocação) narrativa. No caso <strong>da</strong>s línguas<br />

românicas, tal gramaticalização é particularmente visível, já<br />

que a presença <strong>do</strong> Imperfe ito (um <strong>tempo</strong> que não tem correspon­<br />

dente próximo nas línguas germânicas, por exemplo) determina<br />

uma oposição central na estrutura <strong>do</strong>s sistemas verbais<br />

românicos entre <strong>do</strong>is sub-sistemas de diferente natureza<br />

díctica. A oposição desses <strong>do</strong>is subrsistemas (um centra<strong>do</strong> no<br />

presente, outro no imperfe ito) não passou despercebi<strong>da</strong> nas<br />

análises mais representativas <strong>do</strong>s sistemas verbais românicos,<br />

pelo aenos a partir de Damourette e Pichon (ver II Parte). A<br />

sua formulação mais consagra<strong>da</strong> é a distinção entre os planos<br />

actual e inactual proposta por B. Pottier e por E. Coseriu.<br />

Tal oposição não se deixa explicar apenas à luz <strong>da</strong>s catego­<br />

rias tradicionais de <strong>tempo</strong>, aspecto e mo<strong>do</strong> ; a sua compreensão<br />

cabal exige que se procurem outras funções <strong>do</strong>s <strong>tempo</strong>s ver­<br />

bais, outras dimensões que percorrem o sistema verbal e são<br />

determinantes <strong>da</strong> sua estrutura. Benveniste e Weinrich, ao<br />

analisarem a função <strong>do</strong>s <strong>tempo</strong>s verbais como marcas de dife-<br />

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