21.04.2013 Views

deixis, tempo e narração - Repositório Aberto da Universidade do ...

deixis, tempo e narração - Repositório Aberto da Universidade do ...

deixis, tempo e narração - Repositório Aberto da Universidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

cia de que, sobre ele, teria ou na<strong>da</strong> ou muita coisa a dizer.<br />

Na<strong>da</strong>, se quisesse expoor qual o modelo teorico-meto<strong>do</strong>lógico<br />

que a<strong>do</strong>ptei, <strong>da</strong><strong>do</strong> que não a<strong>do</strong>ptei nenhum em exclusivi<strong>da</strong>de.<br />

Muita coisa, se me decidisse a justificar a minha posição.<br />

Optei pela segun<strong>da</strong> solução, movi<strong>da</strong> talvez pelo desejo de<br />

encontrar, na obrigação de uma explicação para outrem, alguma<br />

resposta para as perguntas que muitas vezes fiz a mim própria<br />

sobre que razões me teriam leva<strong>do</strong> a não a<strong>do</strong>ptar um modelo<br />

teorico-meto<strong>do</strong>lógico de base que pudesse ter-me garanti<strong>do</strong><br />

quer aquela forma de "rigor" que é academicamente valoriza<strong>da</strong><br />

quer, sobretu<strong>do</strong>, uma cómo<strong>da</strong> desculpabilização (a respon­<br />

sabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s insuficiências teorico-meto<strong>do</strong>lógicas seria<br />

sempre imputável ao autor <strong>do</strong> modelo a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>...)( 3= ).<br />

Perante a evidência, que se me impôs, <strong>da</strong><br />

complexi<strong>da</strong>de e (im)perfeição incontornáveis de um objecto de<br />

estu<strong>do</strong> como é a linguagem verbal, pareceu-me mais indica<strong>do</strong><br />

conjugar formas de abor<strong>da</strong>gem e hipóteses teóricas complemen­<br />

tares em vez de a<strong>do</strong>ptar um único modelo teórico. Não se trata<br />

de assumir posições eclécticas, de tentar conciliar o incon­<br />

ciliável, mas antes de reconhecer como tentativa em grande<br />

parte inútil a de forçar e deturpar a natureza <strong>do</strong> objecto de<br />

estu<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> a poder enquadrá-la num modelo teórico defini­<br />

tivo e "rigoroso"; uma inutili<strong>da</strong>de já sublinha<strong>da</strong> por B.<br />

Pottier numa <strong>da</strong>s suas primeiras obras: "A quoi bon élaborer<br />

une théorie parfaite pour un système linguistique qui, par<br />

51

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!