PROPOSTA DE REDAÇÃO - Anglosl.com.br
PROPOSTA DE REDAÇÃO - Anglosl.com.br
PROPOSTA DE REDAÇÃO - Anglosl.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Comentário da equipe de professores:<<strong>br</strong> />
A charge procura apresentar uma visão crítica, irônica, so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
poluição ambiental em um país que tem grande e vitoriosa<<strong>br</strong> />
participação no campo dos esportes, estabelecendo, assim, um<<strong>br</strong> />
paradoxo entre o culto saudável do corpo e os danos causados a<<strong>br</strong> />
ele. Evidentemente, as linguagens verbal e não verbal interagem<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> esse objetivo de <strong>com</strong>unicação e não se pode atribuir a uma<<strong>br</strong> />
"coincidência não intencional" o fato de a fumaça poluidora<<strong>br</strong> />
reproduzir a imagem das Olimpíadas, já que é esse o recurso de<<strong>br</strong> />
que se utiliza o autor para formular a sua crítica.<<strong>br</strong> />
Questão 107<<strong>br</strong> />
MOMENTO NUM CAFÉ<<strong>br</strong> />
Quando o enterro passou<<strong>br</strong> />
Os homens que se achavam no café<<strong>br</strong> />
Tiraram o chapéu maquinalmente<<strong>br</strong> />
Saudavam o morto distraídos<<strong>br</strong> />
Estavam todos voltados para a vida<<strong>br</strong> />
Absortos na vida<<strong>br</strong> />
Confiantes na vida.<<strong>br</strong> />
Um no entanto se desco<strong>br</strong>iu num gesto largo e demorado<<strong>br</strong> />
Olhando o esquife longamente<<strong>br</strong> />
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade<<strong>br</strong> />
Que a vida é traição<<strong>br</strong> />
E saudava a matéria que passava<<strong>br</strong> />
Liberta para sempre da alma extinta<<strong>br</strong> />
(Manuel Bandeira)<<strong>br</strong> />
A respeito dos elementos que concorrem para a progressão temática e<<strong>br</strong> />
para a organização do poema “Momento num café”, é possível afirmar<<strong>br</strong> />
que:<<strong>br</strong> />
A a locução “no entanto” introduz um novo personagem, sem<<strong>br</strong> />
instaurar uma postura existencial diferente daquela apresentada nos<<strong>br</strong> />
primeiros versos.<<strong>br</strong> />
B a repetição da palavra “vida”, no final dos versos 5 a 7, sendo<<strong>br</strong> />
uma óbvia reiteração sonora, constitui redundância desnecessária.<<strong>br</strong> />
C as palavras “maquinalmente”, “distraídos” e “absortos”<<strong>br</strong> />
configuram reações distintas das pessoas diante da gravidade da<<strong>br</strong> />
cena observada.<<strong>br</strong> />
D os advérbios “maquinalmente” (v. 3) e “longamente” (v. 9)<<strong>br</strong> />
são, entre outros, elementos que distinguem <strong>com</strong>portamentos, diante<<strong>br</strong> />
do mesmo fato.<<strong>br</strong> />
E o vocábulo “este” cumpre missão catafórica, retomando o<<strong>br</strong> />
substantivo “esquife”, presente na oração anterior.<<strong>br</strong> />
Habilidade 18 - Identificar os elementos que concorrem para a<<strong>br</strong> />
progressão temática e para a organização e estruturação de<<strong>br</strong> />
textos de diferentes gêneros e tipos.<<strong>br</strong> />
Comentário da equipe de professores:<<strong>br</strong> />
A coesão de um texto se obtém através de diversos recursos,<<strong>br</strong> />
diferentes empregos, a serviço de seus objetivos. No caso do<<strong>br</strong> />
texto acima, temos dois tipos de <strong>com</strong>portamento diante de um<<strong>br</strong> />
mesmo fato: a passagem de um enterro. Um primeiro segmento<<strong>br</strong> />
do poema revela pessoas envolvidas no seu próprio mundo, para<<strong>br</strong> />
quem o enterro não sensibilizava. Pessoas voltadas para a vida,<<strong>br</strong> />
e só. A expressão “no entanto” inaugura um segundo momento,<<strong>br</strong> />
um outro posicionamento, de alguém que reflete so<strong>br</strong>e a morte<<strong>br</strong> />
quando o enterro passa. No texto, os advérbios da opção D<<strong>br</strong> />
marcam os dois tipos de <strong>com</strong>portamento.<<strong>br</strong> />
SIMULADO<<strong>br</strong> />
2011<<strong>br</strong> />
Questão 108<<strong>br</strong> />
TextoI<<strong>br</strong> />
PÁGINA 10<<strong>br</strong> />
“Nenhum texto veicula informações cem por cento inéditas, assim<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o nenhum texto é cem por cento novo no formato, ou gênero pelo<<strong>br</strong> />
qual essas informações são veiculadas. Qualquer texto lem<strong>br</strong>a, retoma<<strong>br</strong> />
ou evoca, implícita ou explicitamente, outro texto ou parte de algum<<strong>br</strong> />
texto. A essa propriedade, que é também uma espécie de<<strong>br</strong> />
conhecimento <strong>com</strong>partilhado – só que numa dimensão social e histórica<<strong>br</strong> />
–, chamamos intertextualidade (...)<<strong>br</strong> />
(AZEREDO, José Carlos de. Ensino de Português: fundamentos, percursos,<<strong>br</strong> />
objetos. Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2007)<<strong>br</strong> />
Texto II<<strong>br</strong> />
CANÇÃO DO EXÍLIO<<strong>br</strong> />
Minha terra tem palmeiras,<<strong>br</strong> />
Onde canta o Sabiá;<<strong>br</strong> />
As aves que aqui gorjeiam,<<strong>br</strong> />
Não gorjeiam <strong>com</strong>o lá.<<strong>br</strong> />
Nosso céu tem mais estrelas,<<strong>br</strong> />
Nossas várzeas têm mais flores,<<strong>br</strong> />
Nossos bosques têm mais vida,<<strong>br</strong> />
Nossa vida mais amores.<<strong>br</strong> />
Em cismar, sozinho, à noite,<<strong>br</strong> />
Mais prazer encontro eu lá;<<strong>br</strong> />
Minha terra tem palmeiras,<<strong>br</strong> />
Onde canta o Sabiá.<<strong>br</strong> />
Minha terra tem primores,<<strong>br</strong> />
Que tais não encontro eu cá;<<strong>br</strong> />
Em cismar – sozinho, à noite –<<strong>br</strong> />
Mais prazer encontro eu lá;<<strong>br</strong> />
Minha terra tem palmeiras,<<strong>br</strong> />
Onde canta o Sabiá.<<strong>br</strong> />
Não permita Deus que eu morra,<<strong>br</strong> />
Sem que eu volte para lá;<<strong>br</strong> />
Sem que desfrute os primores<<strong>br</strong> />
Que não encontro por cá;<<strong>br</strong> />
Sem qu’inda aviste as palmeiras,<<strong>br</strong> />
Onde canta o Sabiá.<<strong>br</strong> />
Texto III<<strong>br</strong> />
CANÇÃO <strong>DE</strong> EXÍLIO FACILITADA<<strong>br</strong> />
lá?<<strong>br</strong> />
ah!<<strong>br</strong> />
sabiá...<<strong>br</strong> />
papá...<<strong>br</strong> />
maná...<<strong>br</strong> />
sofá...<<strong>br</strong> />
sinhá...<<strong>br</strong> />
cá?<<strong>br</strong> />
bah!<<strong>br</strong> />
(Gonçalves Dias, Primeiros Cantos, 1847)<<strong>br</strong> />
(José Paulo Paes, Meia palavra, 1973)<<strong>br</strong> />
A leitura atenta dos três textos acima permite concluir que o poema de<<strong>br</strong> />
José Paulo Paes:<<strong>br</strong> />
A contraria as palavras de José Carlos de Azeredo, porque se opõe<<strong>br</strong> />
ao sentimento de saudade da terra natal presente no texto de<<strong>br</strong> />
Gonçalves Dias.<<strong>br</strong> />
B não exemplifica a intertextualidade mencionada por José Carlos de