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Habilidade 26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações<br />específicas de uso social.<br />Comentário da equipe de professores:<br />Podemos constatar que a palavra “plutocrata”, de raro emprego,<br />não é de presença comum na linguagem coloquial, que domina<br />praticamente todo o poema, em consonância, aliás, com o ideário<br />modernista, de aproximar a literatura da linguagem popular.<br />Questão 97<br />A REALIDADE BRASILEIRA<br />No Brasil, como em outros países, estudos sobre os idosos também<br />têm sido realizados, analisando jornais e revistas, entre outras mídias, e<br />com enfoques mais qualitativos do que quantitativos.<br />Em estudo recente, Solange Maria de Vasconcelos lança algumas<br />luzes sobre a questão através de uma abordagem semiológica. Após<br />trabalhar conceitos e caracterizações da velhice, a autora fez reflexões<br />sobre os mitos que a sociedade tem construído e perpetuado a respeito<br />do "velho", buscando os sinais destes mitos na análise do discurso<br />publicitário das revistas Cláudia e Veja, desde a década de 1960 até a<br />virada do milênio.<br />Esse estudo constatou que as propagandas utilizando idosos, ou a eles<br />dirigida, sempre foram muito poucas em relação ao total, oscilando<br />entre 0,24% e 4,83%, dependendo do período e do veículo analisado.<br />Por outro lado, o estudo da simbologia dos aníncios publicitários<br />confirmou "a hipótese de que no início da década o Brasil tratava o<br />'velho' com indiferença e só com a descoberta de um mercado de<br />consumo ligado a este gênero é que o mesmo ganhou importância<br />social".<br />Nas décadas de 1920 e 1930, os idosos, quando apareciam em<br />aníncios, eram sempre ligados a produtos farmacêuticos, o que<br />começou a mudar, principalmente a partir das décadas de 1950 e 1960,<br />e mesmo 1970. Nesses períodos, os idosos já eram mostrados no meio<br />de suas famílias, em aníncios de higiene pessoal, cosméticos, roupas,<br />alimentos, e mesmo de instituições financeiras, mas sempre como<br />figurantes, não como personagens principais, no máximo exercendo os<br />seus papéis tradicionais de avós.<br />Nas décadas de 1980 e 1990, já se pôde perceber uma mudança<br />substancial, pois os idosos começaram a ser conclamados a adquirir<br />valores mais modernos, como participação social, segurança,<br />autoestima, tudo isso através da compra dos novos e revolucionários<br />eletrodomésticos e eletroeletrônicos, assim como automóveis e<br />serviços bancários. Essa tendência a encarar os idosos como<br />consumidores potenciais foi mantida na virada do milênio, quando eles<br />continuaram a ser conclamados a comprar automóveis, aparelhos de<br />telecomunicações e de computação, entre outros.<br />(...)<br />(http://www.consciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env09.htm )<br />A leitura do texto acima permite que se chegue à conclusão de que:<br />A a alteração do enfoque dos idosos na propaganda deve-se à<br />percepção de que eles poderiam ser mais bem acionados como<br />consumidores.<br />B como razão para maior visibilidade dos idosos, pouco importou o<br />tipo de produto que passaram a consumir ao longo do tempo.<br />C hoje preponderam, no universo da propaganda, peças publicitárias<br />destinadas a pessoas mais velhas.<br />D manteve-se, ao longo do tempo, no âmbito do sistema publicitário<br />de comunicação, o tratamento dispensado aos idosos como<br />consumidores.<br />E perpetuam-se, no presente, as visões preconceituosas do passado,<br />que atribuíam pouco relevo ao segmento dos mais velhos.<br />SIMULADO<br />2011<br />PÁGINA 6<br />Habilidade 4 - Reconhecer posições críticas aos usos<br />sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de<br />comunicação e informação.<br />Comentário da equipe de professores:<br />O acerto dessa resposta está amparado nos termos do<br />íltimo parágrafo do texto. As mudanças foram,<br />efetivamente, motivadas por uma nova ótica sobre os<br />idosos como consumidores, alterando-se,<br />quantitativamente, esse seu posicionamento. Não se<br />pode dizer, contudo, que, nas mensagens publicitárias,<br />os mais velhos preponderam (erro da letra C) e o texto<br />deixa claro que o tipo dos produtos consumidos pelos<br />idosos foi responsável pelas mudanças de enfoque (erro<br />da alternativa B).<br />Questão 98<br />"Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de<br />uma estepe nua.<br />Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a<br />perspectiva das planuras francas.<br />Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e<br />estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o<br />com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em<br />lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no<br />aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos,<br />revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirandose<br />flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da<br />flora agonizante..."<br />(Euclides da Cunha, Os Sertões)<br />Na passagem acima, verifica-se que foi utilizada pelo autor:<br />A uma linguagem de caráter regionalista, para corresponder à<br />ambiência física em que se localiza o romance.<br />B uma linguagem cuja informalidade traduz a oposição entre o<br />mundo cultural do autor e o dos seus personagens.<br />C uma linguagem de cunho coloquial, para traduzir, com coerência e<br />de forma pitoresca, a realidade de pessoas do povo.<br />D uma linguagem de natureza inovadora, com a inventiva tendente<br />à ruptura com a tradição literária, própria do primeiro momento do<br />Modernismo.<br />E uma linguagem em que predomina a norma culta, com recursos<br />expressivos que caracterizam o texto literário.<br />Habilidade 27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua<br />portuguesa nas diferentes situações de comunicação.<br />Comentário da equipe de professores:<br />Um candidato afeiçoado à leitura identifica claramente a<br />predominância da norma culta e a natureza literária do texto de<br />Euclides da Cunha, do qual não se pode extrair predominâncias de<br />coloquialismo, regionalismo ou informalidade. Também não é um<br />texto capaz de exemplificar o rompimento modernista com a<br />tradição literária, pelas suas marcantes preocupações formais.
Questão 99<br />Leia o fragmento:<br />(...)<br />Podemos perceber que, no esporte, assim como na educação em geral,<br />o desenvolvimento dos valores (sociais, morais e éticos) também se faz<br />importante e necessário quando o que está em jogo é a formação<br />humana. Numa época de profundas mudanças, em que há um<br />pluralismo de ideias e de culturas, as crianças e os jovens carecem de<br />encontrar, na prática esportiva, um modelo de esporte que respeite a<br />sua identidade, suas diferenças e seus limites.<br />Portanto, uma das formas de se alcançar este objetivo é pensarmos<br />numa prática educativa do esporte orientada por um viés inclusivo, que<br />vise a promoção de atividades recreativas, formativas e sociais. Uma<br />prática que (re)construa valores, tais como: responsabilidade, respeito<br />ao próximo, respeito às regras, desenvolvimento da personalidade, da<br />tolerância, da integração e convivialidade. E para que isso ocorra é<br />preciso que o professor acredite na mudança, zele por uma coerência<br />total entre suas ideias e suas ações na prática educacional; busque<br />conteídos e uma metodologia de ensino dinâmica. Em suma, uma<br />aprendizagem formativa que faça do seu aluno um ser pensante,<br />autônomo, criativo e crítico.<br />(fragmento de considerações finais, no artigo "Esporte, educação e inclusão<br />social:<br />reflexões sobre a prática pedagógica em Educação Física",<br />de José Florentino e Ricardo Pedrozo Saldanha. Transcrito do site<br />http://www.efdeportes.com/efd112/esporteeducacao- e inclusao-social.htm.)<br />(http://www.andef.org.br/grupodedanca.htm)<br />Segundo o texto, a prática de esportes com fundamento educativo deve<br />contemplar:<br />A a competição como a razão de ser do esporte, mas com respeito<br />aos vencidos.<br />B a eventual superação das diferenças individuais, através do esforço<br />do professor.<br />C a formação de indivíduos reflexivos, em processo de integração<br />social.<br />D a observância rigorosa de regras, cujo descumprimento deve ser<br />penalizado.<br />E o culto ao individualismo, que busca potencializar as habilidades<br />pessoais.<br />Habilidade 11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de<br />interação social, considerando os limites de desempenho e as<br />alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.<br />Comentário da equipe de professores:<br />A educação física deve ser encarada, hoje, mais como “educação”.<br />Nesse sentido, o texto procura afirmar que o importante é que ela<br />contribua para a formação do indivíduo, sua inclusão social e sua<br />visão crítica. Não cabe, pois, o estímulo absoluto às habilidades<br />pessoais se isso significar o culto ao individualismo. Não cabe a<br />valorização do espírito de competição. O professor deve ser o<br />condutor dessa nova percepção dos objetivos da educação do<br />corpo.<br />SIMULADO<br />2011<br />Questão 100<br />PÁGINA 7<br />(https://lh3.googleusercontent.com/ifEPVFUbrcE/TXvY9ghtUNI/AAAAAAAAMyQ/qiuTQxFD58/Beber-dirigir-naumcombina.jpg.)<br />O outdoor acima é peça que compõe campanha para reduzir as mortes<br />no trânsito. Sobre a estratégia argumentativa empregada para o<br />convencimento do público-alvo, pode-se afirmar que:<br />A apela para a consciência social dos motoristas, destacando a<br />preocupação com o próximo.<br />B é politicamente incorreta, por invadir a privacidade das pessoas a<br />quem a mensagem se dirige.<br />C elege a atitude de beber como a principal razão para as freqüentes<br />mortes nas estradas.<br />D estabelece, com certa dose de humor mórbido, relação de causa e<br />conseqüência entre a bebida e a morte.<br />E nela é utilizada linguagem direta, sem necessidade de<br />subentendimentos para a compreensão integral da mensagem.<br />Habilidade 24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas<br />empregadas para o convencimento do píblico, tais como a<br />intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.<br />Comentário da equipe de professores:<br />O sistema publicitário de comunicação não vende apenas coisas,<br />produtos. Também “vende” ideias, exercendo sua função básica<br />de persuasão. E, para tal, utiliza-se de variados recursos<br />“argumentativos”. No caso do outdoor que motiva esta questão,<br />um destes recursos – exercido com humor irônico e cáustico que<br />indiretamente aponta para a morte do motorista –, é mesmo essa<br />relação de causa e efeito entre o ato de beber e dirigir e a<br />consequente morte do condutor.<br />Questão 101<br />O Brasil, sem dívida, é um país de muitas raças e etnias, logo sua<br />cultura como um todo é muito variada. Um dos pontos fortes dessa<br />cultura são as danças típicas. As danças populares fazem parte do<br />folclore de um povo.<br />Pode-se afirmar que um exemplo de dança popular brasileira é:<br />A o Fado.<br />B o Tango.<br />C o Bolero.<br />D o Flamenco.<br />E o Samba.
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