PROPOSTA DE REDAÇÃO - Anglosl.com.br
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mais a ser objeto de estudo científico, enquanto a gramática era tida<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o dogmática e conservadora. Baseada num corpus literário de<<strong>br</strong> />
escolha subjetiva – o cânone dos grandes autores, sem fundamento<<strong>br</strong> />
científico – dizia-se que a gramática impunha uma língua artificial e<<strong>br</strong> />
elitista, fora do uso <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />
Consolidaram-se, assim, estereótipos. Enquanto o linguista era<<strong>br</strong> />
vinculado à ideia de liberdade , o gramático simbolizava a opressão.<<strong>br</strong> />
(...)<<strong>br</strong> />
Esses estereótipos voltaram à tona no mês passado, numa<<strong>br</strong> />
polêmica em que o governo federal foi acusado pelas classes<<strong>br</strong> />
conservadoras de querer abolir a norma culta. O pretexto foi um livro<<strong>br</strong> />
re<strong>com</strong>endado pelo Ministério da Educação que, justamente, discutia<<strong>br</strong> />
os estereótipos.<<strong>br</strong> />
A posição de Bechara é a de que os grandes escritores depuram e<<strong>br</strong> />
aperfeiçoam a língua, não aceitam qualquer influência popular ou<<strong>br</strong> />
aderem a modas. Eles desbastam os excessos e os caprichos, e é<<strong>br</strong> />
neles que se encontra o “deve ser” da língua.<<strong>br</strong> />
Ele defende que o aluno deve ser poliglota em sua própria língua.<<strong>br</strong> />
“Ninguém vai à praia de fraque ou de chinelo ao Municipal”, disse. “As<<strong>br</strong> />
pessoas têm de saber adequar o registro linguístico à situação, de<<strong>br</strong> />
modo que aprender a norma culta seria somar e não substituir uma<<strong>br</strong> />
variedade da língua”.<<strong>br</strong> />
Pode-se concluir dessa leitura que, na opinião do professor Bechara:<<strong>br</strong> />
A a gramática assume postura elitista, razão da<<strong>br</strong> />
oposição que lhe movem os meios acadêmicos.<<strong>br</strong> />
B a polêmica criada em trono do livro do Ministério da<<strong>br</strong> />
Educação tem toda razão de ser, pois a gramática é<<strong>br</strong> />
opressora.<<strong>br</strong> />
C “ir à praia de chinelo” equivaleria a expressar-se<<strong>br</strong> />
coloquialmente em contextos formais de <strong>com</strong>unicação.<<strong>br</strong> />
D os alunos devem aprender o registro popular da<<strong>br</strong> />
língua, reservando ao aprendizado da norma culta um espaço<<strong>br</strong> />
menos relevante.<<strong>br</strong> />
E os escritores consagrados, alheios a modismos ou a<<strong>br</strong> />
excessos linguísticos, são exemplos a serem seguidos.<<strong>br</strong> />
Habilidade 20 - Reconhecer a importância do patrimônio<<strong>br</strong> />
linguístico para a preservação da memória e da identidade<<strong>br</strong> />
nacional.<<strong>br</strong> />
Comentário da equipe de professores:<<strong>br</strong> />
Esta é uma questão muito atual, motivadora, inclusive, de<<strong>br</strong> />
muitas polêmicas entre os especialistas. Mas é indiscutível<<strong>br</strong> />
a presença e a valorização das variantes lingüísticas em<<strong>br</strong> />
Português, muito exploradas na prova do ENEM. No caso<<strong>br</strong> />
do texto em análise, e das alternativas que so<strong>br</strong>e ele se<<strong>br</strong> />
produzem so<strong>br</strong>e as opiniões do professor Bechara, é quase<<strong>br</strong> />
textual a declaração que ele faz, em correpondência à<<strong>br</strong> />
alternativa E. As demais opções não cabem, no caso.<<strong>br</strong> />
SIMULADO<<strong>br</strong> />
2011<<strong>br</strong> />
Questão 119<<strong>br</strong> />
Observe os dois gráficos a seguir:<<strong>br</strong> />
Gráfico I<<strong>br</strong> />
Gráfico II<<strong>br</strong> />
PÁGINA 15<<strong>br</strong> />
A leitura correta dos gráficos permite concluir que:<<strong>br</strong> />
A a projeção feita no gráfico I apresenta dado que a<<strong>br</strong> />
realidade mensurada no gráfico II não confirmou.<<strong>br</strong> />
B ambos os gráficos revelam uma diminuição no total<<strong>br</strong> />
acumulado da área desmatada no país de 1996 até 2009.<<strong>br</strong> />
C o gráfico II permite que, em termos de preservação<<strong>br</strong> />
ambiental, se vislum<strong>br</strong>e de forma pessimista as projeções<<strong>br</strong> />
formuladas no gráfico I.<<strong>br</strong> />
D os dois, em termos gerais, fornecem dados contraditórios<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as taxas de desmatamento observadas na Amazônia.<<strong>br</strong> />
E os dois se referem a períodos rigorosamente iguais, a<<strong>br</strong> />
despeito dos dados dissonantes que apresentam.<<strong>br</strong> />
Habilidade 2 - Recorrer aos conhecimentos so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
linguagens dos sistemas de <strong>com</strong>unicação e informação para