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Contribuição para o Estado da Arte das continuidades e mudanças ...

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18<br />

Eduardo Medeiros<br />

sobre Moçambique. Vide também The African Studies Companion: a guide<br />

to information sources. Londres, New 4 th edition, 2006.<br />

Foi durante a guerra civil (1976/77-1992) – quiçás 1964-1992, num<br />

longo processo de descolonização 5 -, e no pós-Acordos de Paz (1992)<br />

que muitos jovens (e menos jovens) investigadores não-moçambicanos<br />

orientaram as suas pesquisas <strong>para</strong> o(s) mundo(s) sociais e culturais<br />

moçambicano(s), cujos resultados apresentaram em relatórios preliminares<br />

e depois em trabalhos académicos com vista a dissertações de<br />

Mestrado ou de Doutoramento. Alguns deles prolongaram as pesquisas<br />

em trabalhos de Pós-Doutoramento. Na listagem que apresento faço<br />

menção a um bom número dessas Dissertações de Mestrado e Teses de<br />

Doutoramento.<br />

A maioria <strong>da</strong>s publicações e comunicações referencia<strong>da</strong>s neste meu<br />

texto situa-se no domínio <strong>da</strong> Ciência Política, <strong>da</strong> Antropologia (<strong>da</strong> guerra,<br />

dos conflitos, do desenvolvimento), <strong>da</strong> Sociologia, Economia, História<br />

Colonial, um pouco menos <strong>da</strong> História Contemporânea, sublinho contemporânea,<br />

privilegiando muitos deles os mundos rurais, na vertente<br />

mundo tradicional ou permanências e transformações nesse mundo. Mas<br />

algumas manifestam algum interesse pelo expansivo mundo urbano.<br />

Curiosamente, ou talvez não, poucos foram aqueles que se aventuraram<br />

pelo campo <strong>da</strong> Geografia e <strong>da</strong> Demografia, não obstante os números e as<br />

características populacionais serem explosivos: 19 420 036 de habitantes<br />

em 2005 segundo o INE, com uma pirâmide de i<strong>da</strong>de bastante larga na<br />

base, porque muito jovem, com um crescimento alarmante <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des<br />

(haverá ain<strong>da</strong> rurais <strong>da</strong>qui a algum tempo <strong>para</strong> os estudiosos <strong>da</strong> tradição<br />

campestre?), a permanência de milhares de deslocados, uma taxa de infecção<br />

com HIV/si<strong>da</strong> <strong>da</strong> ordem de 25 % na região centro e de 16% <strong>para</strong><br />

as restantes regiões do país, e um grande número de vítimas <strong>da</strong>s minas.<br />

“De 1996 a 2000 ain<strong>da</strong> houve 564 vítimas de minas, 67% nas províncias<br />

de Maputo, Zambézia e Inhambane. Estão a diminuir, mas estima-se que<br />

o país tenha já 10000 amputados” (Willert, 2003, Pélissier, 2004).<br />

O objectivo deste estudo é apresentar uma vasta bibliografia publica<strong>da</strong><br />

fora de Moçambique, acentuo este «fora de Moçambique», por<br />

5 Concomitantemente, no longo processo do nacionalismo moçambicano.<br />

E-booK CEAUP 2007

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