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Contribuição para o Estado da Arte das continuidades e mudanças ...

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contribuição <strong>para</strong> o <strong>Estado</strong> <strong>da</strong> arte <strong>da</strong>s continui<strong>da</strong>des e mu<strong>da</strong>nças em Moçambique<br />

conversações em Nairobi, no Quénia, entre RENAMO e Igreja Católica moçambicana.<br />

Em Junho foram apresentados os doze princípios <strong>para</strong> a PAZ;<br />

Em Julho, o Presidente Joaquim Chissano anunciou oficialmente, em conferência<br />

de imprensa, a ocorrência de contactos com a RENAMO em Nairobi,<br />

envolvendo dirigentes religiosos moçambicanos. E admitiu publicamente a<br />

intenção de iniciar conversações com a Renamo recusando contudo reconhecê-la<br />

como movimento ou partido político. Em Julho realizou-se o Vº<br />

Congresso <strong>da</strong> FRELIMO. Fim <strong>da</strong> etiqueta “marxismo-leninismo”. Mu<strong>da</strong>nça<br />

radical na orientação politico-ideológica <strong>da</strong> FRELIMO. O Congresso apoiou<br />

a proposta do Presidente Joaquim Chissano de negociar a paz; Legalização<br />

do ANC na África do Sul; Congresso <strong>da</strong> RENAMO na Gorongosa. Em 15 de<br />

Novembro, o governo anunciou que o PRE passava a PRES em 1990.<br />

1990 – Em Janeiro de 1990 registou-se, segundo Michel Cahen<br />

(1993:46-59), “uma vaga de greves sem precedentes em Maputo, Beira<br />

e Nampula que abrangeu trabalhadores ferro-portuários, trabalhadores<br />

têxteis, funcionários públicos, jornalistas e estu<strong>da</strong>ntes, que se revoltaram<br />

contra o PRE, e portanto contra a FRELIMO”. Foram as «greves <strong>da</strong> barriga»<br />

começa<strong>da</strong>s no fim de 1989 e que se prolongaram até 1992. Houve durante<br />

todo o ano um recrudescimento <strong>da</strong>s acções <strong>da</strong> RENAMO e <strong>para</strong> além<br />

disto o ano começou com uma <strong>da</strong>s piores secas dos últimos trinta anos na<br />

África Austral e particularmente em Moçambique; como se isto não bastasse,<br />

a crise no Golfo trouxe mais dificul<strong>da</strong>des à já depaura<strong>da</strong> economia<br />

moçambicana (Pavia, 2000). Em Janeiro, Chissano anunciou as bases de<br />

uma nova Constituição multipartidária. A 11 de Fevereiro, Nelson Mandela<br />

foi libertado. Em Maio, delegações do Governo de Moçambique e <strong>da</strong><br />

Renamo encontraram-se pela primeira vez, no Malawi, <strong>para</strong> negociações<br />

directas tendentes ao estabelecimento <strong>da</strong> paz em Moçambique ao fim de<br />

uma guerra que durava há 15 anos. A 1 de Junho, o FMI aprovou o primeiro<br />

empréstimo a Moçambique com muito maiores restrições. Em Junho as<br />

conversações directas foram adia<strong>da</strong>s. Mas de 8 a 10 de Julho realizou-se a<br />

primeira ron<strong>da</strong> de negociações entre o Governo moçambicano e a RENA-<br />

MO em Roma <strong>da</strong>ndo início a um processo que culminaria em 1992 com<br />

o Acordo Geral de Paz. No dia primeiro de Agosto o Bureau Político <strong>da</strong><br />

FRELIMO votou a favor do estabelecimento de um sistema de governo democrático<br />

e multipartidário. Neste mês de Agosto, os EUA e seus aliados<br />

2007 E-booK CEAUP<br />

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