Inserção de Mecânica Quântica no Ensino Médio - Instituto de Física ...
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trabalha com duas categorias <strong>de</strong> fenôme<strong>no</strong>s: as partículas que possuem massa e evoluem <strong>no</strong> tempo<br />
<strong>de</strong> acordo com as leis <strong>de</strong> Newton, e as ondas eletromagnéticas, entida<strong>de</strong>s sem massa que se<br />
propagam através do espaço, evoluindo <strong>no</strong> tempo <strong>de</strong> acordo com as leis <strong>de</strong> Maxwell do<br />
eletromagnetismo.<br />
O mundo microscópico, entretanto, não obe<strong>de</strong>ce às leis da física clássica, e, sim, às leis da<br />
física quântica. Os constituintes do mundo atômico e subatômico, átomos, moléculas e partículas<br />
subatômicas, possuem massa e são os componentes microscópicos da matéria. Quanto à radiação,<br />
como veremos adiante, também é formada por partículas microscópicas, porém não dotadas <strong>de</strong><br />
massa.<br />
A estrutura atômica foi objeto <strong>de</strong> estudo sistemático <strong>no</strong> começo do século XX, quando os<br />
cientistas estudaram <strong>de</strong>talhadamente vários fenôme<strong>no</strong>s, tais como os raios-X, a radioativida<strong>de</strong> e o<br />
efeito fotoelétrico. As pesquisas sobre o efeito fotoelétrico, por exemplo, mostraram, conclusivamente,<br />
que a luz possui também um caráter tipicamente corpuscular e que não po<strong>de</strong> ser concebida só em<br />
termos <strong>de</strong> uma onda. Do ponto <strong>de</strong> vista clássico, isso parecia contraditório porque o fenôme<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
interferência da luz parecia comprovar, em <strong>de</strong>finitivo, que a luz possui caráter ondulatório.<br />
As explorações realizadas do mundo microscópico trouxeram resultados inesperados,<br />
revelando a<strong>no</strong>malias que os cientistas não conseguiam explicar com base em <strong>no</strong>ções clássicas. Aos<br />
poucos, os físicos foram tomando consciência <strong>de</strong> que as <strong>no</strong>ções da física clássica não eram<br />
suficientes para se compreen<strong>de</strong>r o mundo microscópico. Em busca <strong>de</strong> respostas, foi sendo formulada<br />
uma <strong>no</strong>va física, a física quântica, com alterações radicais em relação à física clássica que trata <strong>de</strong><br />
fenôme<strong>no</strong>s macroscópicos.<br />
A física quântica é todo um corpo <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong>senvolvido a partir do início do século<br />
XX, com o qual se procura <strong>de</strong>screver um mundo fantástico e muito diferente daquilo a que estamos<br />
acostumados − o mundo microscópico. Trata principalmente dos fenôme<strong>no</strong>s que ocorrem nessa<br />
escala <strong>de</strong> tamanho e do modo como esses fenôme<strong>no</strong>s refletem o que acontece na escala<br />
macroscópica. A física clássica é todo um corpo <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong>senvolvidos até o fim do século<br />
XIX, o qual parecia ser completo porque explicava praticamente todos os fenôme<strong>no</strong>s observados até<br />
então. Conta-se que o físico alemão Max Planck, um dos responsáveis pelo surgimento da física<br />
quântica, teria sido aconselhado por um <strong>de</strong> seus mestres a <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> seus estudos científicos e<br />
escolher a carreira <strong>de</strong> pianista, assim, os cientistas da época estavam con<strong>de</strong>nados a ficar sem ter o<br />
que fazer! Afinal, estava quase tudo pronto, faltavam apenas dois peque<strong>no</strong>s <strong>de</strong>talhes. Os dois<br />
<strong>de</strong>talhes que os físicos não conseguiam explicar estão representados pelos “tijolos que faltam” na<br />
Figura 3.