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Clóvis Ricardo Montenegro de Lima Maria Nélida Gonzalez ... - Ibict

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Convém observar, no final <strong>de</strong>ste prólogo, que o relevo dado por<br />

minha comunicação à cooperação, à mediação e à crítica entre dois autores<br />

contemporâneos tem muito a ver com seu contexto <strong>de</strong> surgimento, que foi um<br />

fórum <strong>de</strong> discussão organizado em <strong>de</strong>zembro do ano passado por professores<br />

e alunos dos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ e da UGF<br />

por ocasião do lançamento da Revista Éthica – Ca<strong>de</strong>rnos Acadêmicos, que traz<br />

um dossiê sobre o pragmatismo no qual são contempladas as posições <strong>de</strong><br />

Rorty e Habermas.<br />

Escolhi como estratégia <strong>de</strong> minha comunicação uma apresentação<br />

em duas partes: na primeira, intitulada “Gênese da relação cooperativa e<br />

crítica entre Habermas e Rorty”, chamo a atenção para duas presenças: a <strong>de</strong><br />

Habermas nos textos <strong>de</strong> Rorty e a <strong>de</strong>ste último nos textos do primeiro. Já na<br />

segunda parte, tento esboçar convergências e diferenças marcantes entre ambos<br />

lançando mão <strong>de</strong> duas questões que permeiam os textos <strong>de</strong> Rorty e Habermas,<br />

a saber: A questão envolvendo o <strong>de</strong>stino da filosofia após a ruptura do espelho<br />

da natureza; e a questão da relação entre o privado e o público.<br />

GÊNESE DA RELAÇÃO COOPERATIVA E CRÍTICA ENTRE AS<br />

FILOSOFIAS DE RORTY E HABERMAS<br />

Presença <strong>de</strong> Habermas nos textos <strong>de</strong> Rorty<br />

É necessário iniciar pela apresentação da presença <strong>de</strong> Habermas nos<br />

textos <strong>de</strong> Rorty por uma simples razão: Rorty <strong>de</strong>scobre Habermas antes <strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>scoberto por este, ao menos nos textos escritos por ambos. Por essa<br />

razão Habermas aparece no pensamento <strong>de</strong> Rorty antes mesmo <strong>de</strong> Rorty<br />

fazer parte da gran<strong>de</strong> lista dos autores com os quais Habermas estabelece<br />

relações <strong>de</strong> acoplagem dialógica e crítica. A aparição <strong>de</strong> Habermas em textos<br />

<strong>de</strong> Rorty se dá em 1979, no Cap. VIII do Espelho da natureza. Este capítulo<br />

trata precisamente da “filosofia sem espelho” que <strong>de</strong>ve entrar em vigor após<br />

a <strong>de</strong>sconstrução do paradigma mentalista. 4<br />

4 Cf. RORTY, R. Philosophy and the Mirror of Nature. Princeton University Press, 1979. Na presente comunicação<br />

é utilizada a segunda edição da tradução <strong>de</strong>ssa obra para o alemão: Der Spiegel <strong>de</strong>r Natur.<br />

Eine Kritik <strong>de</strong>r Philosophie. Frankfurt/M.: Suhrkamp, 1981.<br />

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