Actriz de cristal - Fonoteca Municipal de Lisboa

Flash
Pedro Costa hoje
no All Tomorrow’s
Parties
O Festival All Tomorrow’s
Parties, programação de
música, exposições e cinema
(hoje e este fim-de-semana no
Kutshers Country Club,
Monticello, Nova Iorque) que
este ano é comissariada por Jim
Jarmusch, tem uma presença
portuguesa: Pedro Costa e “Ne
Change Rien”, o projecto com a
cantora e actriz francesa Jeanne
Balibar. Foi uma escolha de
Jarmusch e da editora Criterion,
que edita o cineasta português
nos EUA. O filme passa hoje no
festival, onde Pedro Costa
estará presente para um debate
com Jim Jarmusch, e tem estreia
americana agendada para 3 de
Novembro nos EUA: Nova
Iorque, Los Angeles, Seattle,
Chicago e Boston. Alguns
destaques musicais, do rock à
música de vanguarda passando
pelo hip-hop: Iggy Pop and the
Stooges, Sonic Youth, Fuck
Buttons, Tortoise, The Books,
Fursaxa, Avi Buffalo, Sunn 0)))
and Boris present Altar, Hope
Sandoval & The Warm
Inventions, GZA, Girls, The
Brian Jonestown Massacre, The
Breeders ou Fucked Up. Em
2008, o All Tomorrow’s Parties
foi comissariado pelo grupo My
Bloody Valentine e em 2009 por
Wayne Coyne, dos Flaming
Lips.
África é já ali,
em Miragaia
“As Estátuas também Morrem”,
filme de 1953 de Alain Resnais e
Chris Marker sobre a relação entre
o Ocidente e África através dos
objectos que se guardam nos
museus, abre amanhã, às 21h30, o
ciclo “África_já ali”, no Auditório do
Grupo Musical de
“As Estátuas também Morrem”,
de Alain Resnais e Chris Marker
Miragaia Miragaia, Porto Porto. Segue-se, Segue se às
22h, “África, Paraíso e Inferno
(1971), de Werner Herzog. O
primeiro filme, explica João Sousa
4 • Sexta-feira 3 Setembro 2010 • Ípsilon
“Ne Change Rien”, projecto do cineasta português
com a cantora e actriz francesa Jeanne Balibar,
foi uma escolha de Jim Jarmusch para o festival
Cardoso num dos textos do ciclo,
“trata do desentendimento entre o
homem branco e o homem negro,
detendo-se nos equívocos e na
violência que a presença dos
artefactos africanos nos museus
europeus (tanto quanto a sua
ausência do Louvre, o mais nobre
desses museus) desvenda”. No de
Herzog, que surge na vaga do Novo
Cinema Alemão, “são evocadas as
várias formas de destruição e de
opressão opre étnica, aproximando o
anti-semitismo anti- nazi e o racismo
colonialista, colo a história política e a
militância mili ecologista.”
“África_já “Á ali” é programado
por José Maia e prossegue até 1
de Outubro: há sessões segunda,
dia 6 ( “África 50”, de René
Vautier, Va e “Apontamentos para
uma um Oréstia Africana” de Pier
Paolo Pa Pasolini), sábado, dia 11
(“Os (“ Mestres Loucos” e “Eu,
um u Negro”, ambos de Jean
Rouch), R e ainda nos dias 13
(“alheava_filme”, (
de Manuel
Santos Maia, e “A Costa dos
Murmúrios” de Margarida
Cardoso), Cardo 18 (“Non, ou a Vã Glória
de de Ma Mandar”, de Manoel de
Oliveira), 20 (“Terra Sonâmbula”,
de Teresa Prata), 25 (“Casa de
Lava”, de Pedro Costa), 27 (“Bab
Sebta”, de Frederico Lobo e Pedro
Pinho) e 1 de Outubro (“Juventude
em Marcha”, também de Pedro
Costa).
O nome do ciclo – o terceiro que
se realiza no Auditório do Grupo
Musical de Miragaia, depois de “O
porto, ÒPorto” e “A gosto de Verão”
– é inspirado numa frase da
personagem Zé Maria, do filme
“Peixe Lua”, de José Álvaro Morais.
Em “Reinos Desencantados”, sobre
a obra de José Álvaro Morais,
Saguenail e Regina Guimarães
recordam esse momento: “É
quando ele [Zé Maria], no pontão
de Alcochete, recusa o convite do
Gabriel para ir jantar com ele a
Lisboa: ‘Quem me tira de África...’.
Como se a África fosse já ali.”
Gala Drop em Nova
Iorque a convite
de Panda Bear
Os Gala Drop vão dar dois
concertos em Nova Iorque, a 10 e 11
de Setembro. O segundo concerto
acontecerá na Governors Island, ao
lado de Panda Bear (Animal
Collective), que convidou o grupo.
No final de Setembro, os
Capas, posters, “fl yers”, fanzines:
o melhor das artes gráfi cas do punk
numa exposição em Londres
lisboetas, autores de um dos
melhores discos de estreia de que
há memória na música feita neste
rectângulo (é uma fantástica
súmula de música futuro-primitiva,
inspirada pelo krautrock e pelo
dub, mas sem filiação óbvia),
lançarão um novo EP com quatro
temas, com edição nos EUA pela
Golf Channel, especializada em
música electrónica. No Myspace já
se ouvem dois temas: um sem título o
(guitarras em cascata e África no
horizonte) e “Rauze” (com
sintetizadores a explodir de euforia
e um “sample” de voz feminina). A
banda acabou de reeditar o
primeiro disco em vinil pela Gala
Drop Records. Pedro Rios
O punk
ainda é uma arte
Quem não se lembra das
míticas cores garridas da capa
dos Sex Pistols, a rosa choque
e amarelo, criada por Jamie
Reid? Era 1977, o punk dava os s
seus primeiros passos, e os
autores de “Never mind the
bollocks” mal imaginavam que e o
“artwork” do disco ia estar
exposto em 2010. Nem eles, nem em
os Clash, quando lançaram o single
“Clash city rockers” em 78: no
poster, as letras grafitadas e a
mensagem “Shut Your Mouth”. ”.
Toby Mott, designer e curador, dor,
começou a coleccionar posters s e
material variado do punk rock k na
década de 70, quando era um
adolescente como tantos outros.
Também não imaginava que esse
espólio - fanzines, “flyers”, posters
–, coleccionado de forma amadora,
ao melhor espírito “do it yourself”
que era o lema do punk, iria
transformar-se no mote para uma
exposição, “Loud Punk: British
Punk on Paper. The Mott
Collection”. Depois de ter passado
pelo MUSAC (Museu de arte
Contemporânea de Castilla y León),
em Março deste ano, a colecção
viaja agora para a galeria Haunch of
Os Gala Drop vão dar dois concertos na “Big Apple”
VVenison, i em LLondres. d Os O trabalhos b lh
fotográficos de Pennie Smith e Kate
Simon, ou o trabalho gráfico de
Linder Sterling para o single
“Orgasm addict”, dos Buzzcoks,
podem ser vistos na capital
britânica de 24 se Setembro a 30 de
Outubro. Mas, para Mott, o mais
importante na sua colecção é o
“material anónimo” reunido de
forma espontânea por vários
adolescentes, sem qualquer
propósito comercial, confessou ao
“The Guardian”.