Penna – O Espírito Santo tem hoje uma característica importantíssima. Brevemente, será o maior produtor nacional de gás. Existe uma capacidade muito grande já confirmada e a <strong>Petrobras</strong> está trabalhando duramente para antecipar as metas de produção. A BR detém a concessão da distribuição em todo o estado. Portanto, é do nosso interesse desen- volver o mercado de gás local. Recentemente, foi criado um grupo de trabalho entre o governo do estado, a <strong>Petrobras</strong> e a BR, do qual faço parte, justamente para verificar oportunidades de uso do gás natural. Soluções BR – Como estão os projetos da BR em energia re<strong>nov</strong>ável? Penna – A companhia participa em investimento de cerca de R$ 1 bilhão na construção de 13 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás, todas em parceria com investidores privados. Estamos neste momento analisando outras oportunidades em PCHs. Estamos bastante empenhados também em desenvolver projetos a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Diria que esta é uma das mais importantes ações em curso na GNE. O Brasil tem uma oportunidade única nesta modalidade e a BR, na condição de uma das maiores empresas do país e absolutamente envolvida com todas as cadeias da área de energia, precisa avaliar esta possibilidade de negócio com muito carinho. O Brasil reúne todas as condições para alavancar a produção de energia a partir do bagaço: grande extensão territorial, alta produtividade agrícola, insumo a preços competitivos e tecnologia. Estamos estudando algumas formas de incentivar a geração com o uso do bagaço, sempre em parceria com investidores privados, conceito que norteia nossa participação no segmento de energia. Já temos algumas gestões com grupos usineiros bem adiantadas. Ao mesmo tempo, estudamos também a possibilidade de investir na produção de energia a partir de Resíduos Urbanos Sólidos, algo de grande valia para o Brasil, seja pelo baixo custo, seja pelos benefícios am- bientais. Os aterros sanitários são grandes emissores de metano. Projetos desta natureza convertem o gás em energia. Na verdade, já temos participação em um projeto deste tipo. Soluções BR – Quais são os próximos passos no projeto de cogeração em aeroportos? Penna – Este é outro projeto que mostra a pluralidade de atuação da Gerência de Negócios de Energia e da BR como um todo. Em parceria com a Infraero, já montamos uma unidade de cogeração no Aeroporto de Maceió e estamos fazendo o mesmo no Aeroporto de Congonhas. Estamos avaliando a possibilidade de estender o projeto para outros aeroportos em grandes cidades do país. Soluções BR – Neste momento tão importante na área de infra-estrutura, em que o governo pretende estimular diversos projetos em energia, qual a missão da GNE? Penna – O norte-americano Peter Drucker, considerado o pai do management moderno, costumava dizer que a função principal de um negócio é criar clientes. Pois é isto que fazemos, sempre alinhados com o interesse nacional. Geramos energia para o Brasil e clientes para a BR. Conseguimos engendrar demanda para uma série de produtos da companhia e, ao mesmo tempo, dar nossa cota para a resolução dos principais gargalos do setor. A nossa missão é contribuir para uma discussão mais ampla das necessidades energéticas do país, investindo na ampliação do parque gerador nacional. Ao longo destes anos, temos procurado também trazer mais investidores brasileiros para o mercado de energia, em aliança conosco. SOLUÇÕES 9
ASFALTO 10 SOLUÇÕES CAPFLEX AVENIDA BRASIL GANHA UM NOVO TAPETE