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nº27 - nov/dez - Petrobras Distribuidora

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ENTREVISTA<br />

o período em que ficar parada, a<br />

usina não traz nenhum custo. O óleo<br />

combustível, por sua vez, é o insumo<br />

mais flexível. É de fácil armazenamento,<br />

transporte e comercialização<br />

para outros fins, caso não<br />

precise ser consumido. Além disso,<br />

o que é mais caro? Construir uma<br />

térmica, que, mesmo parada, não<br />

terá qualquer gasto adicional, ou<br />

enfrentar o risco de um <strong>nov</strong>o racionamento?<br />

Basta ver o que o Brasil<br />

perdeu de PIB no ano do apagão.<br />

Se alguém disser que quer espalhar<br />

térmicas por todo o país, aí sim, é<br />

um equívoco. Mas ter usinas que<br />

supram eventuais períodos de redução<br />

dos reservatórios de água das<br />

hidrelétricas é planejamento.<br />

Soluções BR – Mas existe um mito<br />

de que as térmicas a óleo são altamente<br />

poluentes?<br />

Penna – A geração de energia,<br />

qualquer que seja a modalidade, tem<br />

um impacto ambiental. O que precisamos<br />

é administrar o nível deste<br />

impacto, adequando-o às necessidades<br />

do país. A hidroeletricidade também<br />

tem impacto ambiental. Pode<br />

não emitir CO 2 , mas, por outro lado,<br />

tem emissão de metano, alagamento<br />

de área, deslocamento de comunidades.<br />

Existe uma percepção equivocada<br />

com relação à termoeletricidade,<br />

notadamente as usinas a óleo<br />

combustível. O problema maior é a<br />

falta de informação. Com a tecnologia<br />

atual de utilização de motores,<br />

o impacto sobre o meio ambiente<br />

é mínimo. Nossos projetos em<br />

Manaus já estão em operação e se<br />

pode constatar: não há fumaça alguma!<br />

E lá a operação é contínua,<br />

na base. Quando falamos de energia<br />

complementar, as térmicas só<br />

devem entrar em operação em<br />

momentos de risco de abastecimento,<br />

por pouco tempo.<br />

6 SOLUÇÕES<br />

Soluções BR – Como tem sido a<br />

participação da BR nos leilões de<br />

energia?<br />

Penna – O setor elétrico vem apresentando<br />

mudanças importantes com<br />

o governo Lula, entre elas a criação<br />

da figura da contratação por disponibilidade,<br />

ideal para as térmicas de<br />

um modo geral. A BR participou dos<br />

leilões já realizados e está envolvida<br />

na instalação de térmicas a óleo em<br />

Goiás, na Bahia e no Ceará. Para o<br />

leilão de maio, a companhia tem<br />

vários empreendimentos inscritos,<br />

com ênfase na diversificação de insumos.<br />

Inscrevemos projetos de geração<br />

a carvão e a coque de petróleo.<br />

Isso só comprova a preocupação<br />

da BR em buscar <strong>nov</strong>as soluções<br />

que garantam o equilíbrio da oferta<br />

de energia no país. O carvão, por<br />

exemplo, tem sido um insumo preponderante<br />

para o acréscimo de<br />

<strong>nov</strong>a potência em diversos países,<br />

muito em razão dos preços elevados<br />

do gás natural. Temos feito várias<br />

análises e simulações que confirmam<br />

a viabilidade econômica da geração<br />

a coque ou a carvão no Brasil.<br />

Soluções BR – O coque pode se<br />

tornar um protagonista da matriz<br />

energética?<br />

Penna – Neste conceito de diversificação,<br />

o coque pode sim ter um<br />

papel importante se usado nas regiões<br />

mais apropriadas. Este é um<br />

produto que tem se tornado cada vez<br />

mais importante para a BR e para a<br />

própria <strong>Petrobras</strong>. Entendo que a<br />

GNE é uma criadora de mercado<br />

para a BR. Assim tem sido com o óleo<br />

combustível e poderá ser com o coque,<br />

em escala expressiva. Com o<br />

projeto da <strong>Petrobras</strong> de gerar mais<br />

diesel em praticamente todas as suas<br />

refinarias, haverá uma produção significativa<br />

de coque, que poderá ser<br />

destinada ao setor elétrico.<br />

“ESTAMOS BASTANTE<br />

EMPENHADOS TAMBÉM EM<br />

DESENVOLVER PROJETOS A<br />

PARTIR DO BAGAÇO DA<br />

CANA-DE-AÇÚCAR. DIRIA<br />

QUE ESTA É UMA DAS MAIS<br />

IMPORTANTES AÇÕES EM<br />

CURSO NA GNE”

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