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nº27 - nov/dez - Petrobras Distribuidora

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ENTREVISTA<br />

Soluções BR – A Gerência de Negócios<br />

de Energia é uma área relativamente<br />

<strong>nov</strong>a dentro da BR e, ainda<br />

assim, já desenvolveu uma série de<br />

ações de importância não só para a<br />

companhia como para o próprio mercado<br />

de energia. Como tem sido a<br />

trajetória da GNE para chegar a esse<br />

resultado?<br />

Alexandre Penna Rodrigues –<br />

No mês de janeiro, completamos 12<br />

anos de atuação na área de energia.<br />

Em 1995, constatamos que havia<br />

uma necessidade de aumento do<br />

mercado de gás no país, que deu<br />

origem à criação da Coordenação<br />

de Projetos de Energia. Projetos importantes<br />

foram desenvolvidos neste<br />

período, como, por exemplo, o início<br />

das primeiras térmicas a gás do<br />

país. Em 1999, por conta do <strong>nov</strong>o<br />

planejamento estratégico que consagrou<br />

a <strong>Petrobras</strong> como uma empresa<br />

de energia, houve uma divisão de<br />

tarefas. A BR passou à holding o controle<br />

das térmicas a gás. Nosso alvo,<br />

então, passou a ser a geração distribuída,<br />

inicialmente a cogeração com<br />

gás natural. A partir de então, passamos<br />

a desenvolver um mix de produtos<br />

e serviços customizados na<br />

área de energia.<br />

Soluções BR – Nesta escalada, qual<br />

o impacto do racionamento de energia<br />

de 2001 sobre a estratégia da BR<br />

para este setor?<br />

Penna – A partir da crise no abastecimento<br />

de energia, percebemos<br />

que a geração a óleo poderia ser<br />

muito útil para o Brasil, não apenas<br />

para uma situação emergencial, mas<br />

como ponto de partida para a consolidação<br />

do conceito de complementaridade.<br />

Até porque houve uma<br />

sensível evolução tecnológica para o<br />

aproveitamento do combustível. No<br />

passado, a geração de energia a<br />

partir do óleo era feita por meio de<br />

4 SOLUÇÕES<br />

“A PARTIR DA CRISE<br />

NO ABASTECIMENTO DE<br />

ENERGIA, PERCEBEMOS<br />

QUE A GERAÇÃO A ÓLEO<br />

PODERIA SER MUITO<br />

ÚTIL PARA O BRASIL”<br />

caldeiras. Era um processo de baixa<br />

eficiência, expressivo custo e níveis<br />

elevados de emissão de poluentes.<br />

Hoje, no entanto, esta é uma das<br />

maneiras mais limpas e econômicas<br />

de se produzir energia. Ao perceber<br />

esta característica, a BR se tornou um<br />

personagem importante durante a<br />

crise do racionamento de energia. A<br />

companhia participou como acionista<br />

da implantação de algumas térmicas<br />

complementares, contribuindo<br />

para reduzir o desequilíbrio entre<br />

oferta e demanda de energia, e, ao<br />

mesmo tempo, engendrou um <strong>nov</strong>o<br />

mercado para o óleo combustível.<br />

Soluções BR – De que maneira a<br />

complementaridade pode contribuir<br />

para a estabilidade do parque gerador<br />

nacional?<br />

Penna – Aqui na GNE, costumamos<br />

repetir, quase como um mantra,<br />

que ninguém é perfeito, mas um<br />

time pode ser. Nenhuma equipe de<br />

futebol entra em campo com 11 goleiros<br />

ou com 11 atacantes. Uma<br />

posição complementa a outra. Entendo<br />

que este é o conceito que<br />

deve nortear o planejamento para<br />

a área de energia. Nenhuma fonte,<br />

sozinha, é perfeita. Não é possível<br />

que um país seja dependente<br />

apenas de hidrelétricas ou de termelétricas.<br />

Não pode haver preconceito,<br />

sobretudo em um país das<br />

dimensões do Brasil. O que é solução<br />

para o Sudeste pode não ser<br />

para o Norte ou Nordeste. É preciso<br />

analisar cada caso. Há locais no<br />

Brasil que podem migrar para o carvão<br />

ou biomassa. O Nordeste, por<br />

exemplo, é uma região ideal para<br />

plantas a carvão ou coque. Ou seja,<br />

não devemos estar fechados a nenhuma<br />

hipótese. O Brasil é um país<br />

plural e, portanto, as soluções para<br />

a área de energia também devem<br />

ser múltiplas.<br />

Soluções BR – Quais as principais<br />

vantagens das térmicas a óleo combustível?<br />

Penna – É preciso enfatizar o termo<br />

complementaridade. Estas geradoras<br />

não precisam funcionar o<br />

ano todo, o que, aí sim, seria uma<br />

medida de baixíssima economicidade.<br />

Devem operar como se fossem<br />

um seguro, um hedge ao Sistema<br />

Interligado. São muitas as vantagens<br />

de se aumentar o parque termelétrico<br />

nacional. A construção de uma<br />

térmica é muito mais rápida e econômica<br />

do que a instalação de uma<br />

hidrelétrica. Além disso, a termelétrica<br />

só será ativada quando necessário.<br />

Ou seja, o custo com a compra<br />

da matéria-prima será adequado<br />

à demanda de energia. Durante

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