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se extinguir se não valesse.Valerarn<br />
lhe? Não,Deixaram-na'estiolar nas<br />
senzalas de onde se aumentara o in-<br />
teresse dos senhores pela sua anti-<br />
ga mercadoria, pelo seu gado humano<br />
de putrora.<br />
Executada assim, a abolição era<br />
uma ironia atroz. Era uma segunda<br />
emancipação, o que teria de empre-<br />
endesse o abolicionismo houvera SJD<br />
brevivido a sua obra,para batizar a<br />
raça libertadora nas fontes da civi^<br />
zação.<br />
A situação continua a mesma. Há<br />
oitenta a.seis anos, que a lei foi<br />
assinada,mas o trabalhador do U]0£<br />
deste,na cultura da cana,na maioria<br />
dos municípios do interior não con<br />
quistou a independência econômica.<br />
Sabemos do grau do analfabetismo, e<br />
doenças,consequencia dessa escravi-<br />
dão,que continua e que faz depender<br />
totalmente do homem das terras. Rui<br />
Barbosa continua: " ...a proprieda-<br />
de continua infeudada na mão reaci£<br />
nãria,iníqua e estúpida de suas fo£<br />
mas... forma parasitária.da propr£<br />
edade pela qual o dono usufrui e<br />
dissipa,nas cidades a renda que<br />
lhe paga o camponês.na dura labuta<br />
de todos os dias. curvando sobre a<br />
terra áspera,mãe comum de todos os<br />
homens "<br />
1974,vai completar.a libertação<br />
dos que continuam numa escravidão<br />
de fato? Vão dar-se. meios de trabja<br />
lhos ,.terra, empregfo^ Cundições para<br />
esse trabalho que seria em primeiro<br />
lugar poder utilizar a terra e ter<br />
7 - ■<br />
condições para isso. Teabalho e foji<br />
te de libertação,dando como candiç£<br />
es ,um salário j ustop^venda do pro<br />
duto com o preço certo.<br />
Os trabalhadores vão ter trab_a<br />
lhos, forças e .organizações para<br />
exigirem do Brasil as condições<br />
do verdadeiro cidadão, tornando-se<br />
real a 1ibertaçãorfet etada pela<br />
lei de 1888 ?<br />
Começaram preocupando-se com<br />
os mais velhos trabalhadores como<br />
em 1885 na lei dos Sexagenário.<br />
"BO chegar a dar condições ao<br />
trabalhador enquanto ele tem<br />
capacidade de trabalhar. Depois a<br />
aposentadoria do vBlh8,vai chegar<br />
uma verdadeira Reforma Agrária ,<br />
dando ao povo a terra que é instru<br />
mento básico do trabalho do a g r l.<br />
eu 1tor,procuramdo meios de traba-<br />
lhos, formação e assiatênciatécn^<br />
ca.permitindo uma verdadeira org£<br />
nização sindical e comercial.<br />
Olhe o povo que vem da escravi_<br />
dão do Nordeste d de outras regi-<br />
ões.Como está vivendo nos engenhos<br />
e nas fazendas? Porque tal vida?<br />
Quais as condições para ser um<br />
homem livre?<br />
Liberdade sem ter meios 1 de tra<br />
balho e de produzir é liberdade ?<br />
Deus fez o homem para a liber-<br />
dade ou para a escravidão ?<br />
0 que podemos fazer para que o<br />
nosso próximo, sinta a verdadeira<br />
liberdade ?<br />
AÍÍ1IG0 CATíPONêS, VOCÊ GOSTOU<br />
DO ^EU 30RN;\L7INH0? EFiiPRESTE 0<br />
AOS SEUS COrrARNEIROS;. Podem ler-,<br />
juntos os artigos para deppis pen<br />
sar,organÍ7ar um bate-oapoi