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m mm<br />
<strong>ANOVill</strong> <strong>M^S</strong><br />
CÉ—aw,r iw-l<br />
T<br />
«JUN-1974<br />
QUANDO O BOI C/fEOA .<br />
& //tf/^üf r£M
^í GRITO NO NO.R DESTE ^ '<br />
^ ' ty<br />
y^ ABRIL - JUNHO- N?, JO ^X<br />
ÍNDICE<br />
MARIA SANTÍSSIMA -2<br />
0 REINADO DO BOI :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: -3<br />
ABOLIÇÃO DOS ESCRAVOS ...... -4<br />
ZUMBI,3UMA TENTATIVA DE LIBERTAÇÃO :::::::::::::::::::::::::::-6<br />
A SITUAÇÃO NO -CAMPO ^ • -7<br />
OS NOSSOS SALÁRIOS MÍNIMOS ::::::■:::;:::::::::::::::::::::::: -8<br />
O MUNDO DO CRIME -9<br />
COMO APRENDER TRABALHAR. -10<br />
O EVANGELHO NO CAMPO- MINAS GERAIS . -12<br />
" " " " " BAHIA... -13<br />
" " " ,; " SERGIPE ^LAGOAS E PERNAMBUCO -16<br />
" " !I " " RIO GRANDE DO NORTE::::::::::::::::::::-17<br />
" " . " " ■ " PIAUÍ E PARA ^18<br />
NOTICIAS DOS AMIGOS BAHIA,MARANHÃO •""<br />
CEARA E PERNAMBUCO: ::::::::::::::::::<br />
OS AMIGOS ESCREVEM :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::21<br />
T nagnaoiooiiooiooiaao^^<br />
h ' fl<br />
Qfr ■ ; ' GRITO NO NORDESTE" g<br />
Q - fl<br />
Q Ê o JORNAL do homem do CAMPO. Feito todos os três meses,ten-p;<br />
p. do como responsável o Pe. José Servat e a equipe central da ACR U<br />
W (Animação dos Cristãos no meio Rural) do Brasil.<br />
D . 0<br />
D- ., VOCE É TRABALHADOR RURAL e quer receber um jornal,durante _ g<br />
ki um ano. Por exemplo j você quer receber do próximo número 31 []<br />
I - - • - • n<br />
= que vai sair em agosto de 743ate o numero 34 que saíra em 3U t y<br />
A nho 197 5, em tudo 4 jornais. y<br />
D D<br />
y ' Para isso, escreva uma cartinha a esse endereço: D<br />
= Pe. José Servat,Rua do Giriquiti,4 8.Caixa Postal,1968 Q<br />
S 50000 -Recife PE. Q<br />
Q . ü<br />
n Vai ao correio e peça uma envelope especial para enviar =<br />
Õ dinheiro.Coloque C5,:;0 (Cinco Cruzeiros) e envie essa enve<br />
0 lope ao mesmo endereço. Q<br />
D ^ . ~ n<br />
. .-.= Esses cinco cruzeiros,e a sua. participação nos gastos do ,U<br />
D . , D<br />
rj nosso jornal. =<br />
Quem não é trabalhador rural deve pagar ao menos C$ 6,00 =<br />
Q (seis cruzeiros).Quem pode ajudar pode dar mais. ^<br />
y Não esqueçam de enviar notícias da sua região, relatórios de 13<br />
Q ~ - _ . - ra<br />
p^ reuniões e de situações que vocês estão descobr"ndo. E dessa' y<br />
pi maneira que vamos juntos, solidários,nos colocar sempre mais y<br />
ao serviço da classe trabalhadora.<br />
NoioiOMoaoinnaoiOioiooioioiiooioionooMCT<br />
w
MARIA SANTÍSSIMA,UMA MULHER DO MEIO DO POVO ...<br />
"Meu Deus pôs os olhos sobre a baixeza de sua Serva...<br />
fez em mim grandes coisas...manifestou o noder de seu<br />
braço,dispersou os homens de coração orgulhoso,exaltou<br />
i os humildes ... (Lucas ,1-48-53) — ■ ...<br />
Quem reza cssimse uma moça âch-^ovaado.^deNaaaréjha Palestina:^ Ma<br />
via^mulher nascida do povo trabalhador
O REINADO DO BOI<br />
'■■ A&&Á.&t.L ã zntfiada do ca^e e<br />
a 4 tia dafituxb ada,, o, agoia vnjo o<br />
IngfKLòAo do boi e a 6a/da do ho_<br />
mzm'' (GJilto do 'ríoA.de.i>tz>nQ 25 tpg .<br />
9)<br />
' Essa afirmação é de D.Aldo<br />
Gerna,Bispo de S.Mateus no est_a<br />
do- do Espírito Santo. Na sua di_ í 1<br />
ocese a população do campo está<br />
sendo substituída pelas plantja<br />
çois de eucaliptos e pelo gado.<br />
A velha história se repete.<br />
Os interesses do lucro e da g_a<br />
nância de uns poucos sempre ex-<br />
pulsaram e continuam expulsando<br />
o homem do campo.A experiência<br />
de quem viveu a vida toda na _a<br />
gricultura mostra essa realidade,<br />
0 fato que D.Alifio.rei ata toma o<br />
mesmo corpo em outras áreas do<br />
Nordeste.<br />
Agora é a vez do boi.Manadas<br />
e mais manadas invadem as terras<br />
E"m breve o Brasil será o pais m_a<br />
is importante na produção e no<br />
comércio da carne e dos produtos<br />
derivados da criação do gado. Os<br />
estudos realizados dizem que fal<br />
tam proteinas na alimentação do<br />
povo.A produção de carne no mun-<br />
do não dá para o consumo. Ela e<br />
indispensável na alimentação di_a<br />
ria de qualquer pessoa.<br />
A produção de carne em grande qua<br />
ntidade é um bem.È uma necessid_a<br />
de urgente.<br />
Mas para que isso aconteça<br />
o homem não pode ser colocado fo<br />
ra.Ele deve participar não só dos<br />
frutos deste desenvolvimento mas<br />
principalmente nas decisões e na<br />
realização destes planos»<br />
0 mal é que com o i_n<br />
gresso do boi o homem SJ3<br />
ja expulso, da terra e es_<br />
quecido no seu valor e di_<br />
gnidade.<br />
0 camponês ê cada vez<br />
mais reduzido a um traste<br />
inútil e indese-jado.<br />
Diante dos interesses e co_<br />
nómicos de uns poucos ele<br />
cada vez mais perde sua<br />
importância.<br />
Parece que no Brasil<br />
não se pode pensar em d£<br />
senvolvimcnto econômico,<br />
sem fazer correr o homem.<br />
É uma maneira de mátá-lo<br />
para querer ressuscitá-lo<br />
depois. Mas será que ne_s<br />
ta nova maneira de fazer<br />
a agricultura o homem es_<br />
tá tomando consciência e-<br />
tendo melhores condições<br />
de vida?<br />
Qual é o destino de^<br />
sa carneTSerã que o povo<br />
por conta disso não esta<br />
ficando privado de carne<br />
de feijão,de arroz etc.<br />
do mínimo necessário , pa<br />
ra escapar? Em que pounto<br />
o boi está contribuindo<br />
para o desenvolvimento<br />
consciente e correspons£<br />
vel do homem?<br />
A vida do homem.o seu tra<br />
balho, _
a sua luta são cada vez mais red£<br />
zidas a nada.As garras dos que já (<br />
tem muitos vão sufocando os outros,<br />
£ a desvalorização do homem.É a su<br />
a marginalização da vida da nação.<br />
é uma situação em que lhe é nega-<br />
do o direito fundamental do traba_<br />
lho. 0 homem perde assim toda a<br />
segurança quando ele passa a ser<br />
considerado em segundo lugar.<br />
Q que pensar diante de'tudo<br />
isso?0 homem está sendo levado em<br />
conta nesta invesão do boi?<br />
É novidade acontecer coisas<br />
como essa com o homem do campo?<br />
Donde vem esse direito de boi<br />
valer mais do que gente?<br />
Vamos refletir nesses pontos<br />
e nos colocar diante da realidade<br />
em que estamos metidos e da reali_<br />
dade que nos indica a justiça.<br />
Deus tem uma palavra sobre isso:<br />
Vamos abrir a nossa Bíblia no Evan_<br />
gelho de S.Lucas e ler o capítulo<br />
13 a partir do verso 10 ate o 17.<br />
Depois vejamos a atitude de Jesus<br />
Cristo.Ao que é que ele dá mais<br />
valor? Vocês se lembram de outras :<br />
passagens em que Jesus faz do mes_<br />
mo jeitor<br />
13 DE MAIO<br />
ABOLIÇÃO VOS ESCRAVOS,<br />
Foram necessários anos e anos<br />
de luta no Brasil para se chegar a<br />
esta data em que veio a Lei Áurea,<br />
assinada pela Princuza Isabel,que<br />
muitos chamam de "A REDENTORA".<br />
Juntaram-se as vozes de ho ho_<br />
mes de letras,poetas,politicos c£<br />
mo Castro Alves,Joaquim Nabuco,Rui<br />
Barbosa e muitos outros.<br />
"Senhor não deixeis que se manche<br />
a tela onde traçastes a cri_<br />
ação mais bela de tua insp:i<br />
ração. 0 sol de tua glória<br />
foi: toldado. Teu poema • da<br />
America manchado:Manchou-o<br />
a escravidão'?<br />
( Castro Alves)<br />
Essa libertação começa com<br />
a "lei do Ventre livre" em<br />
1871 .Todip fi lho nascido de<br />
es cravo,tornava-se livre.<br />
Depois chegou a lei do Se_<br />
xagenário em 1885. Aos 60 a_<br />
nos o escravo conquistava a<br />
sua liberdade.E no dia 13 de<br />
maio de 1888,é assinada a lei<br />
Áurea,que declarou livres t£<br />
.deaos escravos que viviam no<br />
Brás i1..<br />
Foi uma libertação jurídi^<br />
ca. Mas na realidade,não deu<br />
condições de verdadeira li_<br />
herdade, de Independência<br />
porque não tem liberdade sèm<br />
condições econômicas e soci-<br />
ais.<br />
Foi o primeiro passo. Nu_n<br />
ca se deu um segundo e últi-<br />
mo que seria dar essas con_<br />
dições econômicas para os fi_<br />
lhos dos antigos escravos se<br />
tornarem gente de verdade.<br />
Eis o que dizia o qranHe<br />
Rui Barbosa: " Estava liber<br />
to o primitivo operariado<br />
brasileiro,aquele a quem se<br />
devia a criação da nossa pri<br />
meira riqueza nacional ... Era<br />
uma raça que a legalidade na_<br />
cional entregara. Cumpriu as<br />
leis nacionais acudir-lhe na<br />
degradação em que .tendia a
se extinguir se não valesse.Valerarn<br />
lhe? Não,Deixaram-na'estiolar nas<br />
senzalas de onde se aumentara o in-<br />
teresse dos senhores pela sua anti-<br />
ga mercadoria, pelo seu gado humano<br />
de putrora.<br />
Executada assim, a abolição era<br />
uma ironia atroz. Era uma segunda<br />
emancipação, o que teria de empre-<br />
endesse o abolicionismo houvera SJD<br />
brevivido a sua obra,para batizar a<br />
raça libertadora nas fontes da civi^<br />
zação.<br />
A situação continua a mesma. Há<br />
oitenta a.seis anos, que a lei foi<br />
assinada,mas o trabalhador do U]0£<br />
deste,na cultura da cana,na maioria<br />
dos municípios do interior não con<br />
quistou a independência econômica.<br />
Sabemos do grau do analfabetismo, e<br />
doenças,consequencia dessa escravi-<br />
dão,que continua e que faz depender<br />
totalmente do homem das terras. Rui<br />
Barbosa continua: " ...a proprieda-<br />
de continua infeudada na mão reaci£<br />
nãria,iníqua e estúpida de suas fo£<br />
mas... forma parasitária.da propr£<br />
edade pela qual o dono usufrui e<br />
dissipa,nas cidades a renda que<br />
lhe paga o camponês.na dura labuta<br />
de todos os dias. curvando sobre a<br />
terra áspera,mãe comum de todos os<br />
homens "<br />
1974,vai completar.a libertação<br />
dos que continuam numa escravidão<br />
de fato? Vão dar-se. meios de trabja<br />
lhos ,.terra, empregfo^ Cundições para<br />
esse trabalho que seria em primeiro<br />
lugar poder utilizar a terra e ter<br />
7 - ■<br />
condições para isso. Teabalho e foji<br />
te de libertação,dando como candiç£<br />
es ,um salário j ustop^venda do pro<br />
duto com o preço certo.<br />
Os trabalhadores vão ter trab_a<br />
lhos, forças e .organizações para<br />
exigirem do Brasil as condições<br />
do verdadeiro cidadão, tornando-se<br />
real a 1ibertaçãorfet etada pela<br />
lei de 1888 ?<br />
Começaram preocupando-se com<br />
os mais velhos trabalhadores como<br />
em 1885 na lei dos Sexagenário.<br />
"BO chegar a dar condições ao<br />
trabalhador enquanto ele tem<br />
capacidade de trabalhar. Depois a<br />
aposentadoria do vBlh8,vai chegar<br />
uma verdadeira Reforma Agrária ,<br />
dando ao povo a terra que é instru<br />
mento básico do trabalho do a g r l.<br />
eu 1tor,procuramdo meios de traba-<br />
lhos, formação e assiatênciatécn^<br />
ca.permitindo uma verdadeira org£<br />
nização sindical e comercial.<br />
Olhe o povo que vem da escravi_<br />
dão do Nordeste d de outras regi-<br />
ões.Como está vivendo nos engenhos<br />
e nas fazendas? Porque tal vida?<br />
Quais as condições para ser um<br />
homem livre?<br />
Liberdade sem ter meios 1 de tra<br />
balho e de produzir é liberdade ?<br />
Deus fez o homem para a liber-<br />
dade ou para a escravidão ?<br />
0 que podemos fazer para que o<br />
nosso próximo, sinta a verdadeira<br />
liberdade ?<br />
AÍÍ1IG0 CATíPONêS, VOCÊ GOSTOU<br />
DO ^EU 30RN;\L7INH0? EFiiPRESTE 0<br />
AOS SEUS COrrARNEIROS;. Podem ler-,<br />
juntos os artigos para deppis pen<br />
sar,organÍ7ar um bate-oapoi
ZüMSf,<br />
UMA TE^TATIÍ/A PE LIBERTAÇÃO<br />
AjilttóUa do ÇJLCMII, no pz/iZodo colonial e daianta o Im<br />
pÍAÁ.of zòtá ivaicada pila In&tltalção da lavoatia*, Aobtztado da cana<br />
dz aq-iícafit nai, mina* z noò aiazzfizò domzbtlco* .<br />
Novo* coAtamzò lkzi> ^o fiam Impo* to A, Mova llngaa z,atz,no_<br />
va fizllglao.Uão tinham dlfizlto a nada. tuan cnazlmzntz caòtlgado* pon<br />
qtxalquzà. ato dz dz*obzdlzncla ou ftzbzldla. Contudo, zitz* homzn* Z mulhz<br />
KM,um dla.naòczftam llvnz* . kman.am haa* tulbo*. 1 Inkam *aa caltu.ua, òaa<br />
iamZlla z * za* izl* . ?o>i loto ..a llbzfidadz,a aòpliaç.ão a llbzidadz, podz\<br />
pon vzzz* tzn adomzcldo nzlzò, nunca po>izm)dzòapa>izcldo. Houvz tzntatlva<br />
dz llbzttação./fyxal* ImpoKtantz dzla*,'òol o lallombo do* ?alma>iz*,z àzo.<br />
hzKÕl ^ol o lumbZ.<br />
.-, Vi.--. Uo InZclo do *zculo XI/IIJ 1$ ) , uni tnlnta z*c.>tavo* £0.--<br />
gzm do* zngznko* dz Pzinambuco z *z z*condzm na* ilonz*ta* dz uma Kzglao<br />
montanko*a,hojz pzitznczntz ao Utado dz Magoa*, choMada Valmafiz*.<br />
A tztiH.a zfia izKtll z a nzglao ckzla dz ãfivonz* z ifiuto* .<br />
Vz lnZ&lo,vlvz/Lam *ozlnko* , comzndo o* ifiuto* da* aKvonz* ^ p no tzgzndo - * z<br />
do* animal*. \kal* taitdz, wubaAam malhzfi.z* do* zngznhoò.üma pzquzna aldz<br />
Ia começa a na*cz/L. SuJigzm o* locado* z a cilação dz animal* domz*tlco*.<br />
l/ia o dullombo do* Valmafiz* que *z ^onmava na 'Szih.a da tialfUga paxá *zt<br />
o fiz^uglo do* nzgn.0* {^ofiagldo* z o pnlmzlKo czntfio cie n.zòl*tlncla z lut^<br />
contua o tizglmz da z*cn.avldao.<br />
A pafitl*. do ano dz 1630, a população do* Palma/iz* cfiz*czu<br />
multo, é quz a* holandzzz* Invadliam o Bxa*ll z oKdznafiam a multo* *znho_<br />
fiz* dz zngznko* quz abandona**zm *ua* pnopulzdadz*, l*to,z a pn.zocupaq.ao<br />
do* ocupantz*j iaclUtou a iuga dz multo* zòcfiavo* ,quz *o z*pzfiavam uma<br />
opoitunldadz. 0 quilombo cfiz*cz z *z oiganlza. Sua população z ^ofimada<br />
pofi nzgno* dz dlvzfL*a* tilbo* a^filcavia*, ckzgada* já adulta*;ou nzgh.0*<br />
ckzgado* ainda cfilançã* ou aqui na*cldo*; índio* quz tinham *ldo z*cJiav±<br />
zado* z quz {^uglfiam, bzm como bnanco* fugitivo* da Ju*tlç.a. Toiima-*z uma<br />
Aoclzdadz pUmltlva,quz tznta fizcon*tfiulfi a manzlna dz vida da* tfilbo*<br />
na Ãitilca.O Quilombo z iofimado dz aldzla* f o* mocambo*, cada uma comQ.*&a<br />
pnÕpfUo ckziz. Mo InZclo % ckz^Zj zfiam o* nobfiz* da ãiUca; dzpol* ,kom&n*<br />
kãbzl*flntzllgzntz* z coiajO*o* ^ofiam a**umlndo a lldzfiança. ^
V^àíai ckd^zò 04 maJL& ^a.moàO& ^ofiam' GANGA ZUMBA, failho de u.ma<br />
p/txnca-òa mgA.à,dí nomo. Aqualtuno,, z 1ÜUBT ou. ZÃHBJ, que -ò e to finou kiitiol<br />
papulasi,<br />
0 òlòtzma de. diiiaòa do quilombo conàlòtla em poi>toi> de. obòzfi-<br />
vaçaot em luQan.z& e.&tn.a.té.Qicoà ,ond rf' l't r.ii^tdndo ai>i>lm a òua Aobsizv-ívzncia.<br />
VZòáZ modo cinco mlikõzA i>ao dz ca<br />
1'í '.cacau, cana z na pzcuáh.laídoò qudlò quatto mllhõzé òõ.o subzmpfizgado&j<br />
mao-dz-obfta JtotcutÁva cZandz&tlna}avul6a ou u bola.-^ftla^ com po.ucaò condi**<br />
ç.õZò dz oH.Qanlzaq.ao z Aç.m. mzloé dz (íáU^/LUIX. OA dlfizltoé quz tkzò -ião: : .<br />
aÁòZQufiadoò pzla ízl. O 'estatuto da X.zn.n.a, o Ato íni>tltuclonal,nQ 9 z o<br />
Estatuto do T/tabalhadoyX V^ufial. zlab o fiados pzlo Vodzn. pública zmbznzi-íté£<br />
cio do /tomem do campoj constituem zlzmzntos pfizclosos tmas alndd ha um lon<br />
■kgo caminho pzla fifizntz a pzficofifizfi ",<br />
Estz diagnostico da situarão do tftahalhadofi dafial {.zlto, ao torrioj^<br />
possz, pzlo atual pfizsldzntz da Confederação Nacional dos ZfiabalhadoKzs<br />
da. Agfilcultufia - COiVTAG -Jo^e F/iaai&co da Silva, em 4o£en^dade fizallzada<br />
fizczntzmzntz em BfiaòZllc com a pfizsznça dos Hlnlstfios da Agfilculto.fia z<br />
do Tfiabalho ;dos pfizsldzntzs do íncfia z do Tunfiufial z dz fizpfizszntantzs<br />
das dzzznovz fizdzfiaçõzs tstaduaÁA ^n.o^^zgulddo, zlc^que. mais de. dois ml<br />
Ihãcs dz posszlfios, mzzlfios , paficzlfios z afizndatáfilos vlvzm e dependem<br />
do me-co fiufialjmas não dztzm a possz da tzfifia zs alzm dzstzs zxlstzm tfizs<br />
milhozs dz pzquznos pfiopftlztãfilos lutando com dificuldade pafia obtzn. efiz<br />
dito f assistência tzenlea, pfizços mínimos szm mzlos pafia aumzntafi a pfiodu.<br />
ção e a pfiodutlvldadz.<br />
k
"mcioò de vlnto. pofi czntó d2. ZatZ^and-iãA.Zoé, que. lmpe.d pfiòptiÁ.e.ta.fii.oi> * Ape.naò o fie.6tante., ou izja, qaatfio<br />
pon. ce.nto, . ò&c.oYiklQü.fia. como e.mpfie.òa fidfiaZ, tLe.òpzitantdo a& obsiÃgaç.õe.A<br />
òoc-iai.è doa ttiaba.lkadofte.ti, K olução patia o pn.obZe.ma - concluÃ. a CONTAG -<br />
é ama ■ fie. ^ o fim a aQuãfila com dt^^n.lbü.lq.q.ao de te.n.naò .<br />
''-.uit-- t-i..f.p_m dito c e.&cfiÁ.to àobfie. a fic^ourna aQfian-ia qac, conta<br />
do còtã cantando a íCULH., corno nhAo*'"?. o Ve.patado Maficoi TtictAC, cme.de.bA.A_<br />
ta,pafitÁ.cÁ.paddo de am debate, sob/ie. a qac£tâo agSLãfvía pfiomov-ido poH. am<br />
jofinaZ do Kto- " Hoje, dez anoà depolò da aprovado o E-itatato da TeAia e<br />
com todaò a-ó matén.tai> pabti.c-itãfitaò que òuftgt/Lam - a catita de BJia&ZtZa,<br />
do Governo Coita e StZva; o ?h.ote>ih.a de GenetiaZ lÁed.ZcZ -i>e faaz am baZanço<br />
e o qae 4c vê? K.ecentemente, no tnZcto do ano, o então ^'h.eitdente Uedtci<br />
lo-i a Pernambuco e di.itnÁ.bata 71 tZtaZoò de pfiopHÁ.edade'\ "E contZnaar<br />
Ofiaye&tadoò do òKQdo ■'?: ."."•■'nlvtmenttòta da fieglão - a SU.VEME -eitabeZecl<br />
am, no P£ano Vlfieton. RegZonaZ {V^P) ,. uma ne^o/ima agfiãfila peZa qaaZ no<br />
penlodo 11-1A hafigtulam 100 mlZ emp/iegoA, a-t/uxtndo 3UJ,S00 ^amZZZaò ao<br />
pKoce.Á&o p/iodatlvo. Chegamos a 14 e òão d.li>tfilbatdoi> no Non.de.Ate 11 tZta<br />
ZOA de pn.opnÁ.edade, em Pernambuco. Ma ven.dadef 10 anoò òão decon.n-Ldoò „ &<br />
a ei>t.natan.a ^andtãfita permanece a me&ma ".<br />
'OS NOliGS SftLÂRIO«5 r,iíf\iimo^<br />
--- Estados Io f-larenhao, iiaui, Ceara,<br />
Rio- Grande do Norte, Paraíba.Alagp<br />
as, Pernambuco(salva a tona metropq'<br />
]itana de R ecife) Bahiafsalvos.os<br />
. municii .íos da zona metropolitana e<br />
. do Recôncavo ■ ■ * < 4 *<br />
&«3,ária mnn^a]. „ „ , , , Cr,| 266,40<br />
Salário diário,.,,^, Cr$ : 8, : S8<br />
^ajar.in norarxo,».... L-r^ 3,11<br />
„ Zona (íls tropo 1 itana do Recife''Re<br />
cife,0abo, ' qaras^u Itamaraca, ^a.<br />
boatão, nioreno, Olinda, p aülistá<br />
é '^ão Lourenco da Pilata) ;<br />
s aJpr5n men^a]...., ^% 2 a s,20<br />
diário.,,,, CrS 0 -, R4<br />
horário.... Sr. 1 !!; 1,2^<br />
( JOVMKiyK BAHIA, 30 / 4 /1914<br />
página 4 ) . ■<br />
-_ Zrrn Tiletropolitana de. Salvador e<br />
municípios do Recôncavo,<br />
Salário ^on^al ...,. ,Cr$K 2f5,»0<br />
diário « . . . . XT% 9, R4<br />
horarió......Cr$<br />
- lerritorios de Rondônia, Roraima<br />
ftmapa, Estale? do ^ ara,Amazonas,<br />
Acre, Ooias e Iflatp, Gro^^o",<br />
1,2^<br />
"ajario mensal,.,.. Críí2S5,20<br />
^ipr-Jo.,.. . Cr? 9,B4<br />
horário.... Cr? 1,'23<br />
'staHos de lílina er^. 1 . s R io ^e<br />
Janeiro, Guanabara, São O aulo e<br />
distrito fe H eral0<br />
^ 1 «rin mensal.ó<br />
Salário diário .<br />
■ 1 aj.^rio horário.<br />
CrííS76,n0<br />
CrS 3 2,56<br />
Cp? 3,57
- Estados de Espirito Santo R maio<br />
ria rios munlcirios. «te p arana e ían<br />
ta Catárinaj' ,..,<br />
Salário Mensal ,-.. Crf,72],60<br />
Salário Diário ,,.. Cr$ 10,^2<br />
Salário horário,... Cr? 1,S4<br />
- Estado do Rio Grande do Sul^mais<br />
uma parte dos municii ros oo . arana<br />
e de Santa Catarina,..,<br />
Salário mensal »,., Cr.^SSC^O<br />
Salário diário .,.. Cr? ll^SH .<br />
Salário horário.... CrS? 1,46<br />
No -'ia 1 He l^aio começou a St,<br />
brigaçao , ! G panar os novos sálarj,<br />
os.mínimos. Todo empregador deve<br />
conformar--se à lei. ^or decisão<br />
de presidente da República, o SNI<br />
(Service Nacional de Informarão )<br />
foi encarre-gado de fi^cali^ar a<br />
aplicação dessa lei, em particular<br />
no campo e no ensino •<br />
0 não"-aqamento do salário mi :<br />
nimo. ç comum na 7ona rural -'o Nor J<br />
deste. H ^ lugares onde os trabalha<br />
dores recebem uma importância infi<br />
ma, mas assinam recibos como rue<br />
receberam o salário mínimo. 0 qover<br />
parece nuerer fazer aplicar a lei.<br />
Huer para isso fazer funcionar o<br />
meio.poderoso nue e o SNI.<br />
Não .aceitem palácio- Inferiores ao<br />
nrínimo nuan^o trabalham 8 hora- no^<br />
ríia^om os serviços jurídicos rios<br />
sindicatos, devem exigir o que e<br />
lei,mais os atrasados não recebidos<br />
Qualquer irregularidade deve ser<br />
transmitida a Delegacia do Trabalho<br />
do Estado.<br />
SALÍRIH rflÍNIfilO no FílENOR<br />
Por lei, os jTiermres de 16 a 1B_<br />
anos devem receber ao menos 75% do.<br />
salário minimo, isso e'os três nuax<br />
tos.<br />
"•or exemplo-No interior do No£<br />
deste os jovens devem receber*<br />
três quartos de 266,40 seja 199,20<br />
ou<br />
três ouartos de 295,20 se.1a 221,40<br />
Para os menores de meno^ de 16<br />
■anos, o salário mínimo nao pode ser<br />
;<br />
inferior a BO^ (metade) do salário<br />
do adulto, ^or exetni Io No interior<br />
do Nordeste es^es "jovens devem recâ.<br />
ber ao menos<br />
metade de 266,40, seja Cr? 113,28<br />
ou<br />
met?de de 2-5,?0: .^a Críy 147,60<br />
0 PíIUNDO ^0 CRIiyiE<br />
Olhando bem para as' crianças de<br />
hoio, vemos ermo os menino^ estão<br />
pendendo ^ara o lado do crime. A<br />
t-1 ponto nué até -erruntamos o se.<br />
nuinte n .ual do? nossos filhos se<br />
rá criminoso daqui a aloun* dias ou<br />
daqui a alnuns anos 9<br />
Is«sO dá a entender nue o mundo<br />
nue Deus entregou para "ue o- homens<br />
o dominassem e o enchessem de .ju^ti<br />
ça =} Hg p?7} hoje sstá sendo um foç- 1<br />
de crime, He mi«arip e de injustiça"<br />
0 crime dominando o homem, nuem ser^<br />
o homem verdaHeiro hoje 0 Quem será<br />
capaz rie aencer com a força do crime?<br />
Como sair do serviço do mal 7 ,<br />
Alnuem já dis-e ' Amai-vo c uns<br />
aos outros» "^s isto está sendo es<br />
nuecido em.nossos dias. Cada -um puxa<br />
o ^eu lado.Existem homens, e todo o<br />
mundo sabe disso , que são chamados<br />
.a dar pisa e matar^por exemnlo no<br />
fato de rflataoiruma) .Entãoj.como vivem<br />
eSoes homens hoje" Como resistem as<br />
tentanõesjjá nue estão sendo sempre<br />
dominados e chamados a manter a ojf<br />
do crime? Muitos -'estes crimes ficam<br />
9 judicialmente impunes.Sn a3quns sao
punidos,<br />
. Ura exemrlo em Ribeiro da. ^«^raj<br />
Carpina, Hois rar.aye^ se juntaram e<br />
mataram um v/elho, roubanid o -.eu dj,<br />
nheiro e fugindo após o crime. Q cn^<br />
so foi leuado a polícia nue disse /<br />
que cr homem hauia morrido por suas<br />
peopr-ias mãos No domingo, um dos<br />
assas-inos foi visto oOr um ranaz ./<br />
da vizinhança perguntando o" preço<br />
j±o .gado na feira. SÓ muitos -dias de<br />
4: pis do. crime os dois assaBsinos fo<br />
ram presos, E isto nornue a família<br />
COMO APRENDER TRABALHAR?<br />
der morte aaiu »« proctíre do-5 as-sas,<br />
sinos,<br />
fHarite He tu^o is e o, o que e<br />
Be.r reRponsável? a n ue e ovanoeli<br />
za-r hoje. 9 Que dualidade de .justi-<br />
ça temos nós? n up.l e a verdadeira<br />
■ justiça do homem' 7 Como e a justi-<br />
"na de nue fala o EuanqeDho?<br />
Gomo foi a jstiça.que o Cristo /<br />
tanto falou?<br />
for '"ue .homens nue uivem uma<br />
mesma situação nao ^e.ajudam' 7<br />
R ufino<br />
Tudo começou no dia 11 de fevereiro de 1973. Era na nossa reunião<br />
da Cooperativa. Disseram os dirigentes,que a meta da Cooperativa era o<br />
aumento da produção dos sócios através: ; da assistência de dois agrônomos<br />
formados. Estes dois agrônomos fizeram uma palestra em que disseram que<br />
' a maioria dos associados tem bastante terra,mas que essas terras nao tem<br />
mais força para produzir. A proposta deles era para o uso de adubo quí-<br />
mico. Eles garantiram uma recuperação total das nossas terras, des-<br />
de que nos" usássemos as novas recnicas.<br />
A resposta da gente era o preço alto'do adubo.Pobre nao podia pa<br />
gar.So se a Cooperativa pagasse o adubo e depois a gente pagaria com a<br />
safra.Porem o Capital disponível da Cooperativa,era apenas de C$ 350,00.<br />
\E isso não dava para nada.No fim resolvemos que os associados pagariam<br />
metade e a Cooperativa adiantava a outra metade.Depois da safra os asso<br />
ciados pagaria essa segunda parte ã Cooperativa. Assim mais pessoas po<br />
dia ser beneficiados.<br />
Das 18 .pessoas que estavam presentes somente ^ pessoas se alista-<br />
vam, e eu era um deles.Também a minha terra não dava mais'nada. Cada<br />
ano era pior. Tinha uns quarenta cruzeiros ja separados para o adubo,en<br />
'tão resolvi usar a boa vontade destes dois agrônomos que tanto acredi-<br />
tavam neste adubo.<br />
" * n RQ dia seguinte ►os dois agrônomos apareceram no meu sitio. Cruzaram<br />
.0 quadro a ser adubado por todo lado,cavando e tirando pouca terra de<br />
.».cada vez.<br />
.10
Depois mexeram bem essa terra e tiraram um pouco para botar numa cai<br />
xa de papelão.Iam mandar para Recife.para analizar.e eu tinha de dizer<br />
o que eu queria plantar.Respondi que era feijão e eles escreveram isso<br />
na caixa juntamente com o meu nome e endereço. Perguntei a eles para qu^<br />
tudo isso? E eles me responderam o seguinte: a terra é como um carro;se<br />
a_ gente não -bota gasolina,ele não anda.Hesmo assim acontece com a terra;<br />
se a gente não bota alimento para a planta, a planta não pode dar bons<br />
frutos.A ciência sabe quanto alimento o feijão precisa para dar uma boa<br />
safra.<br />
Pela analise eles (os agrônomos) vão saber quanto alimento a minha<br />
terra ainda tem.Então eles calculam quanto falta,e isso a gente tem de<br />
botar no chão.<br />
Suponhamos que a ciência indique que nos precisamos 3 sacos de ali<br />
mentos para o nosso feijão. Q anãlisJ^que^Ttem 1 saco de alimento na<br />
nossa terra.Então nos temos de colocar 2 sacos de alimentos em adubo a-<br />
fim de nosso feijão crescer bem e produzir bastante.<br />
Depois de uma semana eles voltaram com o resultado do analise.Mostra<br />
ram um papel em que tudo estava assentado. Para o meu feijão dar uma boa<br />
safra,eu tinha de botar lOkfcptte Nitrogênio,4Okg.deEósforo e 4Okg.de Po<br />
tãcio. Nunca ouvi essas palavras mas eles disseram que Nitrogênio e pa<br />
ra as folhas das plantas.<br />
Por exemplo:capim,cana etc... o F5sforo,ê para as raizes e os galhos<br />
das plantas.Se usa muito para adubar amendoim,batatas,mandioca e macaxei<br />
ra.Finalmente o Potâcio serve para a criação dos cereais como milho fei<br />
jão,etc. Gostei da explicação deles,porque não sabia nada disso.<br />
Ma hora da plantação apareceram com o adubo.Parece sal de cozinha.Bo<br />
taram uma Chícara pequena de potãcio e a mesma quantidade de fSsforo^em<br />
cada 10 metros de leirão.Era tão pouco que s5 podia espalhar no leirao<br />
misturando o adubo com a'terra numa bacia. Não botamos o Nitrogênio por<br />
que 35 pode ser colocado no chão quando chove. E a chuva faltou mais de<br />
30 dias em seguida.0 feijão saiu mas ficou atra-ado.Depois choveu ainda<br />
um pouco,mas eu,considerei a safra perdida para mim. Assim mesmo deu a<br />
inda dois sacos de feijão mulatinho.Com 20kg desse feijão,paguei o adu-<br />
bo . Era s5 C$60,00.Porém depois plantei ainda milho,feijão macasso(chocha<br />
bunda)e roça. Tirei 4 sacos de milho,e do feijão macasso ainda estou ti<br />
rando.A roça está bonita.<br />
No mesmo tempo/porem,plantei também um quadro sem ser adubado.<br />
Sabe quando deu? Um saco de mulatinho,dois sacos de milho. Deu por<br />
tanto s5 a metade da terra adubada.E com o feijão macasso e a roça tam<br />
bêm s5 vai dar a metade.Para mim^tirei a conclusão que a terra adubada v<br />
deu,em tudo,o dobro da terra que não foi adubada.<br />
11 ■
Vou desenhar para vocês, dois quadros representando o da terra<br />
adubada e o outra da terra não adubada.<br />
1 2<br />
-QUADRO DE TERRA ADUBADA QUADRO DE TERRA SEM ADUBO<br />
2 S. Mulatinho C$ 360,00<br />
4 S. Milho<br />
3 S. Macassa<br />
Roça. está forte<br />
Custo adubo ...<br />
Lucro livre<br />
it 180,00<br />
ir 450,00<br />
1!<br />
c$"<br />
50,00<br />
-930,00-<br />
1-S.Mulatinho :$ 180 ,00<br />
2-S.Milho 90 ,00<br />
1/5 Macassa " 187 ,50<br />
Roçado atrazado<br />
Sem desp. de ad ubo —<br />
Lucro livre C$i+57 ,50<br />
Agora lembre-se que o trabalho nos dois quadros e o mesmo. Fal<br />
ta ainda observar que os agrônomos não gostaram tanto de plantar 4 Ia<br />
vouras numa terrinha so. Eles preferiam as lavouras^eparadas .0 ano<br />
que entra vou experimentar isso também.Eles disseram que vai dar melhor.<br />
Vamos ver.<br />
Para hoje. e so. Quem quizer fazer alguma pergunta, escreve para<br />
a redação do " Grito do Nordeste",La eles mandam para mim e eu falo com<br />
os agrônomos.A resposta vai então para o "Grito do Nordeste".<br />
São José da Mata,15 de fevereiro 74.Crb\<br />
Sebastião Ricardo da Silva.<br />
0 EVAUGELHO U0 C^MPO<br />
Foram visitados e ajudados pe<br />
Ia equipe central amigos e grupos de<br />
tis estados:minas Gerais,Bahia e Ser<br />
gipe.<br />
MINAS GERAIS- Na diocese de<br />
Caratinga,existem interessantes expe<br />
riências de Evangelização do meio ru<br />
tal. Vivi uns dias nas capelas com<br />
os pregadores leigos.Ouvi a revisão<br />
dos trabalhos de animação da Seinana-<br />
Santa.Isto me ajudou para conhecer ou<br />
trás maneiras de fazer eC-cfóspertar a<br />
fé.Muitas vezes constatamos que seria<br />
muito bom poder pôr em comum as diver<br />
sas maneiras de fazer e realizar uma<br />
síntese de tanta^experiência^ ,<br />
12<br />
Os amigos de Minas colocam ma<br />
is em valor o anúncio e a celebra<br />
ção da Palavra de Deus^ com isso<br />
despertam os leigos para assumirem<br />
ministérios nas capelas e nas fa<br />
zendas :nos sempre temos mais costu<br />
me de basear o nosso trabalho no<br />
campoysobre uma profunda descober-<br />
ta da realidade que vivem as pes_<br />
soas,de dar sentido dessas situa-<br />
ções para o crescimento do homem<br />
com a luz da Revelação da Palavra<br />
de Deus.<br />
Ê tornando o mundo mais huma-<br />
no que os homens vão viver e de£<br />
cobrir o amor que Jesus quer deles.<br />
Seria bom poder,nos ajudar mu<br />
tuaraente para o maior serviço, de De<br />
us,no povo do campo.<br />
MA VIÕCESE VE TEÜETLO OTÕUl<br />
PaH.tlclpamoò dum tfiabalho jã<br />
multo v,tífJ&8i ptiQ-paficido pzloi fitòponòã<br />
ue.-t4 da pcu>tostai n.uH.a.1.<br />
Rtallzaiam-òe. \Jli>lta& ficunlu cm TzÕ^llo õto_<br />
nl com um QKupo Importante de anlma-<br />
doreò da diocese.<br />
0 eòtudo partiu da deòcoberta<br />
da vida, dai, òltuaçocò que condiciona^<br />
à exlòtêncla doi, agricultores e do<br />
melo rural em toda região. Circulo*<br />
plenárioò,testemunho^ ajudaram para<br />
Interrogar-6e sobre as causas e o re<br />
sultado dessas situações sobre os feo<br />
rnem/).<br />
A meta é sempre o crescimento,<br />
a libertação das pessoas e das coma<br />
nldades.Como tais situações ajudam ou^<br />
Impedem tal crescimento c tal liber-<br />
tação? lual o plano de Deus,Criador<br />
e Libertador dos homens na Vessoa de<br />
' Jesus Cristo? Onde encontramos Jesus<br />
Crlsto?<br />
0 que fazemos vai*, para dar u<br />
ma resposta ãs Interrogações, aos pro_<br />
blemas ddes cobertos? 0 que podemos<br />
iazer? 0 que vamos iazer? Como vamos<br />
ser iléls a vocação do homem no mun<br />
do e a mensagem de Jesus Cristo no<br />
Evangelho? 0 trabalho vai continuar<br />
e a animação das comunidades vai sem<br />
pre partir dessas duas realidades on<br />
de Deus sempre fios ^ala: a vi<br />
da concreta de hoje e a Bíblia.<br />
Previstos outros encontros na pa<br />
róqula e na diocese.<br />
Vaiamos também com o responsa<br />
vel da diocese de Ara^ual. Essa<br />
diocesejcom o vale de Jequltlnho-<br />
nha e considerado como um dos ma<br />
ls pobres de lUnas Gerais ,semelhan<br />
te nisso a multas regiões do hlor<br />
deste.<br />
BAHIA:<br />
Foram visitados ligeiramente<br />
lugares das dioceses de Conquista,<br />
de Amargosa (Jequié.Milagres)3 de<br />
Rui Barbosa3BomfimsBarra e Juazei .<br />
ro.<br />
DIOCESE DE JUAZEIRO- ü proble<br />
ma principal que se torna preocu-<br />
pação sempre maior para os homens<br />
dessa região e criado pela barra<br />
gem de Sobradinho,sobre o rio Sao<br />
Francisco. 0 açude que vai éxis_<br />
tir daqui uns meses vai ter mais<br />
de duzentos Kilometros de exten-<br />
são e submergir diversas cidades,<br />
como Sento Se ,Remanso-^.jui ,Pilão<br />
Arcado etc. Vai ser um dos maio-<br />
res reservatórios de ãgua da Ame-<br />
rica latina.<br />
A técnica realiza maravilhas.<br />
Ela pode colocar ao serviço do ho<br />
mem energia elétrica para a indus<br />
■ trialização do Nordeste,meios de<br />
c<br />
irrigação)atê mudança na atmosfe-<br />
ra e possibilidade de mais chuva<br />
no sertão., Mas quantas pessoas re<br />
almente têm consciência dos pro<br />
blemas humanos que vão nascer des_<br />
sa situação nova?.As éguas inva<br />
dindo. dezenas ^milhares de pesso<br />
as,mais uma vez vão correr5deixar<br />
as margens do Rio, os bairros das<br />
cidades e as terras do campo.
Como sempre, os mais numerosos e |<br />
os mais prejudicados vão ser os po<br />
bres3os que não tem terra ou casa boa<br />
para ser indenizados.Em geral os ho<br />
mens da técnica e da finança nao tem<br />
tempojpara pensar muito,nos problemas<br />
humanp^v,.:;, sj3.i.iyj ^ :/ ri:;ü,i:;,;j- ■<br />
Quem aj uda o, povo para. tomar patis<br />
ciência dessas' novas situações :e dos<br />
seus direitos de pessoa humana,e de<br />
cidadão brasileiro...?■ Quem vai dar<br />
coragem para organizar-se,prever as<br />
mudanças5exigir indenização que de ,<br />
para construir uma nova casa de,gen-<br />
te,encontrar possibilidades de bem<br />
viver em outro lugar?<br />
Não seria papel dos cristãos,que<br />
vivem esse acontecimento e da Igreja<br />
da região torna-se fermento,fazer que<br />
esse acontecimento não seja .80 ocasi<br />
ão de novos sofrimentos e de desanimo^<br />
mas ocasião dum crescimento nas pesso<br />
as. Crescimento verdadeiro pelo fato<br />
dé se tornarem mais conscientes, mais<br />
informados,mais resposãveis e mais a-<br />
tivos}para defender os seus direitos.<br />
Os progressos econômicos se fa-<br />
zem sempre nesses tempos sacrificando<br />
uma massa de pobres mal preparados pa<br />
ra defender-se. Lembre-se do boi que<br />
invade o Nordeste. Essa invasão pode-<br />
.ria ser muito boa; mas de fato, nin<br />
guém pensou no problema humano 40S po<br />
bres que não encontram mais terra,uni_<br />
co jeito para eles' viverem'.<br />
nrOCESE VE BARRA VO SÃO FRA/VCISCO<br />
O tempo faltou para um dialogo<br />
profundo co Dom Tiago5com o pessoal<br />
da pastoral diocesana e os.simpáticos<br />
animadores da parSquia.. A conversa<br />
com a equipe de responsáveis e^técni-<br />
cos da FUNDIFRAN (Fundação do-'Desen<br />
volvimento Integrado do são FT-an<br />
cisco) foi mais profunda,mas as<br />
condições não permitiam que se<br />
possa tomar contato com o aspr:to<br />
mais pratico e concreto.<br />
Esperamos que essa equipe<br />
dê para nosso jornal umas-informa ■<br />
çois sobre o espírito; que os a<br />
nima e o serviço prestado ao po<br />
vo numa região tão difícil.<br />
Os compromissos marcados para ou<br />
14<br />
trás regiões me obrigaram ' a-' -tu<br />
mar a primeira balsa para não ^sèr<br />
bloqueados mü£táéj J dlá^-em Barra.<br />
.Visitei também amigos dé Xidüe-Xi<br />
que,em.Central.Na Vila de Palmei-<br />
ras fui recebido com tanto : cari<br />
nho pelos .nossos amigos,apesar de<br />
chegar tarde da noite.<br />
Fui rápido; mas passando<br />
.de companheiros da Bahia,seria in<br />
perdoavel de não parar.,para uma<br />
conversinha com esses animadores<br />
de comunidades que fizeram ^ cente<br />
nas de kilometros pára encontrar<br />
mos em cursos de Evangelizáção.<br />
DIOCESE VE BOMFIM<br />
É no dia. 2 de junho'que Bom<br />
fim,no alto sertão da Bahia" ^ai<br />
receber o novo bispo ,Pe.Jairo Rui<br />
Matos da Silva,'consãgradcy • bispo<br />
em Jéquiê,no dia cinco de maio.<br />
O padre Jairo quer cóntinu<br />
ar pastor,antes de tudo preocupa-<br />
do com os que ficam mais longe,<br />
os pobres.os humildes que ninguém<br />
encontra. É o que ele expressa nas<br />
conversas,nas pregações,na-preocu •<br />
pação para organizar ò.trabalho na<br />
diocese.No convite de ordenação pá<br />
demos.ler:
:<br />
+ O plano de Deus:"... Darei busca as minhas ovelhas e as reconduzi<br />
rei a salvo5de todos os lugares por onde foram dispersas"Ezequi<br />
ei.34-12.<br />
+ 0 chamado divino: Moisés ,Moises_r;is-me aqui-Eu estarei contigo ...<br />
ÉxodoJ3>i4>12.<br />
+ A entrega da missão:"Ide e fazei discípulos"Mateus 28-19.<br />
+ A resposta do homem:"Faça-se em mim segundo a tua Palavra" Lucas<br />
1,38.<br />
Encontramos o Padre Jairo, novo bispo de Bomfim,fazendo o retiro, pre<br />
paratório da ordenção episcopal e tivemos uma conversa com ele. Quere<br />
mos lembrar um dos aspectos das preocupações do pastor que pode inte<br />
ressar outras pessoas. Na diocese 3 vai encontrar problemas enormes :<br />
uma área enorme, muitos municípios sem animação crista, um numero re-<br />
duzido de padres. 0 padre lembrou os pobres, os humildes, os que so<br />
frem e emigram todos os dias para o sul, que não encontram a Igreja ,<br />
que não tem possibilidades atualmente de se conhecer gente e filhos<br />
de Deus. QUERIA ENCONTRAR uma pessoa, um padre se possível brasileiro<br />
ou não, livre de paroquia ou não, que aceitasse, na humildade, e na<br />
Gnica preocupação do Evangelho nas pessoas, de visitar os mais pobres<br />
do campo, os grupos de trabalhadores na roça; de dar tempo e ativida-<br />
de para fazer aparecer essa Igreja nova que deve brotar do povo e com<br />
f - • -<br />
o povo, que deve aparecer com a esperança dos pobres, que ho^e, mui -<br />
tas vezes não tem contato com a palavra de Deus animando a vida.<br />
..,;'' bres).<br />
(Quem poderia ajudar pode apresentar-se ou escrever ao Bispo de<br />
Bomfim; encontrara trabalho e alegria de viver pobre com os po -<br />
' •, * **************************<br />
A DIOCESE DE RUI BARBOSA - Na Semana Santa foram visitados animadores e<br />
comunidades da roça. Um mês depois, foi realizado um encontro com tra<br />
balhadores do campo dessa diocese e da diocese de Bomfim. Esse encon-<br />
tro de três dias realizou-se em Miguel Calmon, na dura terra do ser<br />
tão que conhece dificuldades e grande emigração para o sul.<br />
- 'No primeiro dia, descobriram-se as. situações mais difíceis para<br />
os trabalhadores e pequenos agricultores da região: problema da ter -<br />
ra, do capim que invade a terra. Quem quer terra deve plantar capim.<br />
0 custo de vida aumenta, os produtos que colhe o agrícultor^sempre se<br />
"vendem mal; a escola, a saúde deficiente, o sindicato que s5 assiste<br />
sem dar nenhuma consciência. 0 que parece principal^;: raiz principal<br />
das dificuldades e o problema da terra e a falta de consciência nos<br />
pobres como nos mais ricos. A religião desvia muitas vezes o homem dos<br />
verdadeiros problemas da vida e o coloca numa atitude de passividade,<br />
de comodismo..<br />
15
^Udis^aó causas jas raizes cie tais situações? Lembrou~se de histo<br />
ria da região,a multiplicação da população onde viviam art'"- 0 famílias<br />
de grandes proprietários.Continua na mentalidade de todos,ricos,pobres<br />
autoridades uma idéia falsa do direito de propriedade,esquecendo que'<br />
os bens do mundo foram dados antes de tudo para todos os homens. Todas<br />
as pessoas tem direitos humanos que ninguém pode sacrificar,em primei-<br />
ro lugar o direito ao trabalho e a viver do trabalho.<br />
Os textos da Criação (Gênesis,1),dos talentos (Mateus 25-14)do ju<br />
izo finaKMateus 25.31),da Criação em transformação(Romanos,8.-18), da<br />
comunidade dos primeiros cristãos (Atos ,.2 . 42-4 . 32 ).. ajudaram, nossa .medi<br />
taçao e as celebrações eucaristícas.<br />
.... Conformar-se,aceitar as situações com paciência'são atitudes que<br />
nunca podem corresponder ã vontade de Deus. A fé deve ser para o Cris_<br />
tão fonte de ação ao serviço dos homens.<br />
Próximo encontro em Rui Barbosa -Centro de Treinamento,do dia,23<br />
de setembro(noite) até o dia 27(manhã).<br />
ENCONTRO DE ESTÂNCIA<br />
Pois problemas dominaram a re b} A situação dos.pequenos<br />
"flexão nesse encontro;a falta de tejp proprietários que não encontram<br />
ra de mais Em mais caraças dificuld_a . meios de t rab alhar seu pedaço'de<br />
des para bem aproveitar dos.produtos terra. :<br />
da agricultura quando o cu^to de vi- c) A nova situação dos. ho-<br />
da cresce todos. os dias. mens qüé vêem as terras serem<br />
As causas e as conseqüências totalmente ocupadas pelo cria-<br />
foram descobeitar: ha Bahia. Essas tório de grandes quantidades de<br />
situações impedem o crescimento do bois. " ' í ;<br />
homem. Numa visão cristã do mundo , d] 0 s i ndi cato ; que .e,st:a fu<br />
não podemos aceitá-las. A terra é ao gindo de sua ' finalidade de repre<br />
se.rviço de todos os. homens . (Gênesis sentante do povo na ' rei vi di cação<br />
1],devemos nos abrir para uma outra de seus direitos e . no- escl areei-<br />
viâão:(0 semeador,Mateus, 13-3 . A se_ mento dos camponeses,<br />
mente^o fermento,13,31-33.Os talen- ficou claro que o plano dé De<br />
tosjTlateus , 25-14 ) . LIS,a respeito do homem^não é asse.<br />
Os cristãos e a Igreja são ao serv^ Deus fez o homem para ser livre.<br />
Viço do mundo e dos homens. Como re criador, e dono de sua própria vi<br />
alizar esse serviço dos agricultores da,capaz de ter. inieiativa , e de<br />
de nossa região sem esquecer os mais realizar tudo o que possa o fazer<br />
fracos? Revizaram-se a maneira de - mais gente. - ■: ;! "<br />
"•servir" no sindicato e na Cooperati •■-,■,■-'<br />
va.Descobriu-se que as organizações<br />
na diocese fazem muitas coisas, as PERNAMBUCO- AFOGADOS DA INGAZEIRA.<br />
sistem,mais não aludam bastante o Ma paróquia de Serra Talhada^à<br />
hoffifflm rural num verdadeiro crescime_n visitamos o Sítio Jardim e reali-^^<br />
to. Próximo encontro em Estância no zamos uma animada reunão,na qual<br />
Centro de Treinamento nos dias,10,11 os participantes tiveram oportun^<br />
e 12 de janeiro,do 75. dades de entrarem mais na realid_a<br />
de dos agricultores .A situação e<br />
ALAGOAS-ENCONTRO DE PRÓPRIA ra, . diversa- :, pequenos, proprietá-<br />
rios,trabalhadores do alugado e<br />
De 11 a 13 de^abri1,estiveram rendeiros foi um ambiente aberto ,<br />
reunidos em P rop ri á, alguns camponie onde conseguimos anali sar as s i t o<br />
ses de alagoas e Sergipe.0 fim do açois mais comuns com sua 'causa e<br />
encontro foi refletir sobre a reali^ - conseqüências. Depois entramos nu<br />
dade e tentar iluminá-la com a pal£ ma reflexão de fé: como Deus vê<br />
vra de Deus.Vieram campo nes es , do J_a tudo isso? Aprofundamos certos as<br />
paratuba(Se.}/Matriz de Camaragibe, pectos relativo a reações dos par<br />
Craibas e Arapiraca, ticipantes.lembramos alguns textos<br />
Os pontos mfTs descutidos foram: bíblicos onde aparece, a Criação de<br />
a) a situação do homem da cana.* Beus^em função de todos. Constata-,<br />
a sujeições aos patrões e empreitei- mos que a situação continua contra<br />
ros,- a falta do segurança de traba- ria ao plano de Deus... No fifn vi<br />
lho. Cada vez mais se faz o trabalho mos a importãncia de um'sindicaliF»<br />
de corte e cultivo da cana,sem car-- mo , verdadei ro , 0 padre do lugar, ajü"<br />
téira assinada e sem nenhum contrato dou para ver como viver na fé ds<br />
de serviço. nossos compromissos.<br />
16 " ,• ■' -:
DIOCESE DE PETROLINA<br />
Em Salgueiro visitamos os nos_ Os assuntos foram os mesmos.;<br />
sos amigos.Antes tivemos uma manhã de ca reunião nasceu a idéia de se<br />
estudo no Sítio|Jrí..O assunto estudado fazer novo dia de estudo uma vez<br />
foi a situação do preço barato do pr£ por mês e um dia de mais aprofuji<br />
dutij,assim como o do ai go dão . Ana liza- damento com a participação de um<br />
mos esse ponto e muitos outros da re animador,<br />
alidade em que vivem
Atualmente a pregença tem<br />
te mais importante. íias tamb<br />
mos analizar as primeiras o<br />
Estamos assim d^ olhos eber<br />
poder julgar a realidade qu<br />
poder descobrir as forças q<br />
libertando e as que estão o<br />
povo. Mas, como diz a refle<br />
te' tem que paiticipar da v<br />
vo. Então, estamos trabalha<br />
sociação com os outros,para<br />
sustento B ajudamos na part<br />
osa. No começo, muitos fica<br />
fiados porque nenhum semina<br />
nha feito isto antes. Mas h<br />
mação por parte dos outros,<br />
é que todos nos acolh^rain e<br />
mentaram. Agora já estamos<br />
tumados;nessa nova vida.<br />
Vaio nosso abraço para tod<br />
e o desejo de L;ue continuem<br />
na luta pela cias;-o campo n<br />
a Ressurreição de Cristo,ai<br />
nossa esperança a? r sido a par<br />
em p r ocur_a<br />
b3 erv açois<br />
tos p ara<br />
e vem os^ e<br />
ue es tão<br />
primi ndo o<br />
xão, a genida<br />
d o p£<br />
ndo e<br />
o no s s o<br />
e rei igiram<br />
d es co n<br />
ris ta ti -<br />
ouve ani -<br />
0 ce rto<br />
nos ali_<br />
quase acos<br />
os vocês<br />
os unidos<br />
esa o jue<br />
i ri s n t e<br />
iuQ venc e r e m o s<br />
wanciAs vos AMIGOS<br />
BAHIA- .ESCO Ln Uf\ COnüNIDADE. Ate es<br />
s e s último;" tempos,quando alguém PB<br />
dia uma prof essora ao prefeito,,<br />
ele dizia s B nTpre nuo não tinha verbas,mas,que<br />
pod: a matricular as criancas<br />
B quan do fõ s s 8 t ompo , ap re s e n_<br />
t ari a as :n • t ri cuias. Sempre dizia que<br />
tinha mendad o o relacionamento das<br />
ipíof essoreis , G que não tinha mais jei<br />
to.<br />
A nos "■ a p ro T<br />
dê ajuda,poi 3 . b 1 n h a<br />
Fazemos enta o uma r<br />
dos alunas p ar o ver<br />
sempre.as op in icês<br />
achava;ri que t u do de<br />
tá; outros qu er ia;,i p<br />
fessora para r e p a r t<br />
uns se co nfo rm aram,<br />
professoras pa r<br />
f i 1 h a (§ . Uma ou<br />
t a r m B u s f i 1 ho<br />
que façam o qu<br />
vivendo.,."M as<br />
tínhamos sol uç<br />
o que deve f az<br />
serviço cie t od<br />
ria me acomji an<br />
prefeito? Re f 1<br />
-C<br />
que SB todos<br />
i<br />
feito,.Ble p od<br />
não poderia ne<br />
mos todos ju nt<br />
Forno s .<br />
feitura.Fale i<br />
e ele negou se<br />
a B s s o r a pre cisava<br />
mais de G O alunos.<br />
eunião com os pais<br />
como agir Como<br />
foram di V8 rsas:Uns<br />
via fi car como es_<br />
roeu ra r ou tra p r£<br />
ir os a 1 un os.Assim<br />
outros pen s avam em<br />
: i c u 1 a r^jP a ra o s seus<br />
tra n ontJ .TJ a v ei: "Vou b£<br />
a no cabo d a en xada ...<br />
s ap r c n d í e que estou<br />
eu d i ss e' a esp osa e eu<br />
d o : q L e o p r e r si to faça<br />
er, co Io can.d o es cola a<br />
os . E pergun tei quem qu£<br />
har p ara ir fal ar com o<br />
etimo 3 ... De s cob ri u-a e '<br />
alass em j un tos com o p r£<br />
eri a nos a j udar ,G que<br />
gar. . . Foi d ecid' ido i r-<br />
os . . .<br />
Ele, recebeu-nos na pre<br />
no pr oblema da escola ,<br />
o ag ir.pois,disse ter<br />
18<br />
no relacionamento das n-rfesso<br />
ras85 e que 5"tenho a mais".<br />
c Chamei os companheiros e<br />
disse:"Estes são os pais dos £<br />
lunos.Todos quersm escolas pa-<br />
ra seus filhos.Como vai ficar<br />
agora?Ele respondeu:Vamos est£<br />
dar o problema.<br />
No dia seguinte disse . "SIM".<br />
é possível" A professora está<br />
lecionando.<br />
AO SERVIÇO DP COMUNIDADE<br />
No ano passado recebemos<br />
o.convite para participar da A£<br />
semblóia geral da A.C.R.no Reci_<br />
fe. Trabalhamos numa comunidade<br />
que começou a despertar depois<br />
de diversos encontros,era neces-<br />
sária a consulta a esses amigos.<br />
Convocamos a comunidade pa-<br />
ra conversar,fazer um debate S£<br />
bre o assunto.' era bom ir? Como<br />
ir? Houvo diversas afirmações.<br />
A maioria acha que deveríamos ir<br />
com a espose.Juntos com elas pr£<br />
curamos fazer o nosso trabalho e<br />
cuidar do roçado.O povo respons£<br />
bilizou-se.Uns disseram."Vocês<br />
estão loucos? Eu não iria ao Re--<br />
cife, neste mom.'.. nto.Mas refletimos<br />
e vimos a importância do nosso<br />
trabalho unidos para com todos os<br />
trabalhadores do Nordeste.<br />
"Jesus Cristo,no seu Evang£<br />
lho é muito exigente" Tome a sua<br />
cruz e siga-me.Vi ajamos 10 dias.<br />
Aproveitamos muito,para nós e p£<br />
ra enriquecer as reflexões da c£<br />
munidade.<br />
O que aconteceu com nossa roça?<br />
Quando chegamos ficamos maravilh£<br />
do com a produção;<br />
Se nós tivéssemos ficado,nunca t£<br />
ri amos trabalhado tanto.como a<br />
nossa comunidade em nosso lugar.<br />
MARANAO+<br />
"O coco babaçu.riqueza do estado"<br />
2 9 de<br />
da em<br />
i n d LI s t<br />
p e 1 ajS u<br />
duzir<br />
por an<br />
tonei a<br />
a i ,1 d a ,<br />
t ros s<br />
p i- e v i s<br />
D Jornal do Brasil,do dia<br />
abril 1974 fala num projeto<br />
presa AGRIMAC Carioca Agrorial<br />
do Maranhão.) aprovado<br />
dene.Essa empresa quer proem<br />
1976,32 mil tonsladas<br />
Ojde óleo de babaçu,150 mil<br />
das de carvão de babaçu, e<br />
torta,fibra,alcatrão e ou<br />
- I<br />
i/?" produtos. 0 investimento<br />
to é de Cíl56- milhões.
No Maranhão existem milhões de hectares de paimeiràa.^.<br />
Descobriu-se um me'todo menos oneroso de quebrar coco tenrir Pm «He +<br />
proveitamento total do babaçu. Vai valer mm tn n - vista,.o a-<br />
bricar, sobretudo para ser utiiizain ^.VH • ^VBa .q.uQ.*Q.,VQ.
BAHIA " AquU. zòta tudo andando bzm. JnZc-Lo.-i o trabalho zm 6 lagaSLQ.ò,<br />
com a fi2.{ilzxão doò difitltoi, Hamanoò. . .<br />
-..Tenho pznòado o òíQmlnta pafia zòie. ano- tKabalhan. com pfiojztoò quz<br />
venham bunc^lclax a comunidade e ai, pci>òoaò ,Individualmente,loto e,<br />
cun.i,o de pednelfio,com a conscientização da dignidade humana e que vz<br />
nha beneilclan. t>eu_tfiablaho e o òeu ífrututio.ÇuAio de en^e^magem,hlgle~<br />
ne_e conscientização doi> seus dlfieltos de assistência medica e condi<br />
çoês de vida humana e assim pon. diante.<br />
Estive no ^Im do ano passado nun encontfio de Evangellzação de<br />
adultos e o que me chamou atenção é que nos ^devemos ^azeK aquilo que o<br />
QOVO sente e que precisa e nao aquilo que nos achamos que ele precisa,<br />
E clafio que Isso não deve sen nadlcal pofique nem semptie o povo sabe o<br />
que ptLeclsa.Vlve acomodado, acostumado a soiKen.Vna Isso devemos mostKafi<br />
que ele tem dlfielto e que so^fie poftque outKos se aproveitam dele' .<br />
CEARA:<br />
Estou informando sobre nossa situação ds inverno.Tal vez tenham<br />
ouvido muita coisa de nosso Iguatu.pois os rádios dizem até demais,mas<br />
não dizem tudo.pois só falam de estradas da cidade e dizem os prejuijros<br />
dos campos de plantações só por cima. Mas na realidade os prejuizos fo<br />
ram grandes,só vendo.Toda margem do rio e bacia do Orós foram alagadas"<br />
D.nr rinao v/asoo .Hjjje está b ai xan d o, ma s é tradição na semana santa dar<br />
enchentes grandes. As chuvas voltaram. A temperatura é alta,ainda se es-<br />
pera, muita água.Ainda sustento as minhas previsões de que haverá pou- ^<br />
ca produção e. muita luta.<br />
Continuo f}.,rme.,mas sem muita condição de trabalho com o povo ,<br />
devido o cúmulo de trabalho,no,campo e com esses fatores imprevistos<br />
que aumentou em partes as dificuldades em vista dos prejuízos que tive<br />
mos com os pobres. Na cidade,duas íoóalidades se acabaram:Vi 1 a Neuma ,<br />
; com., mil pess.oas e Vi 1 a . dos , i no cent es , 1 ugares baixos,sô que é pobre, ti<br />
, po favela,.onde rico não passa perto.Se tinha alguns era só para explo-<br />
rar comercialmente...<br />
Enfim, esperamos que os poderes públicos agora olhem para essa<br />
gente sem o ganho do pão que se encontrava por lá. Só tivemos que in<br />
centivar as pessoas a ficarem nos prédios públicos e aguardarem uma<br />
.solução mais humana.<br />
SERGIPE<br />
....Pego neste papel pafia fiesponden. a este boletim 1 . Olkel Kec&bl<br />
este boletim e me animei mais ainda. Continuo nas mesmas lutas no Clu-<br />
be das Mães... Recebi dois boletins: um de 73 e outfio de 74,o que me<br />
anima mais ainda. Tenho noticias que posso a^lfiman. aos companheiros.<br />
Mao cheguei para o Ultimo encontro de outubro...não tinha condições de<br />
chegar a Reclfie. Seria um pra&er para mim poder participar,conhecer os<br />
companheiros. ,_. o motivo de não chegar aZ £ol o financiamento que não<br />
tstve. . . mas nao me desanimo porque tenho fie em Véus.<br />
PERNAMBUCO: Zona da Cana.<br />
E com muita satisfação que eu pego neste lápis.para dar as mi-<br />
nhas notícias e também receber as notícias dos meus companheiros de lu<br />
ta.Nosso movimento vai andando sempre pouco a pouco.<br />
Mando muitas lembranças para os meus amigos ...Estamos sempre<br />
conversando com cs nossos companheiros do oampn.<br />
ENCHENTE-...Teve muita chuva e muitas dificuldades em Timbauba<br />
e Limoeiro,foram as cidades mais atingidas.Há muitos desabrigados...<br />
Quem sofre são os mais pobres a os mais miseráveis.0 Cristo sofreu nes<br />
tes dias no Nordeste, . . Acho que lá onde você andou também o Cristo te r<br />
nha sofrido até mesmo morrido,como aqui nestes dias no Nordeste inteiro.<br />
RIO GRANDE DO NORTE-<br />
As atividades que ficaram progamadas por ocasião do encontro<br />
de Jardim de Siridó foram realizadas em parte. Algumas não foram possí<br />
veis por motivo de inverno,que graças a Deus.em nossa região tem sido~<br />
mais ou menos.Chove muito,mas não houve quase estrago como em outras re<br />
gioês até mesmo de nosso estado.Uma das atividades que parece não vai —<br />
ser realizada.é participação de alementos.no encontro de maio no Recife.<br />
Grito T.n U—^+- oi/cA?/ o. ^ - - -* , "tli-fiv) AHR-R.do Cr-iri nn-iti . /fl. RnMfr^ fr».
OS AMIGOS ESCREVEM<br />
De um amigo que sofre muito para ser fiel aos seus compromissos...<br />
. " eu estou convencido que certamente fiz alguma coisa pelos outros3pe<br />
t Ia transformação do mundo dos' homens... : '<br />
, Fiz coisa em ritmo acelerado^não posso deixar de fazer; farei a-<br />
i te nas ultimas.Fois*eu descobri algo em mim3que não sei o que foi e não<br />
sei mais o que era:o inocente^ o meninoso cego 3o conformado.<br />
....Quero fazer mais devagar,,não que eu esteja cansado3mas quero vol-<br />
■ tar a ser o mesmOjO homem de antess som ser o homem abatido3 moribundo3 des_<br />
confiado3triste3sem entusiasmo... quero viver mais a vida dos meus filhos3<br />
de minha familia3 ser como muitos outros3sabendo 'parar3escutar eolhar".<br />
Muitas vezes gostaria de não pensar assim3gostaria de ser so3o tipo do<br />
homem que tem como"alvo ! ' a injustiça a miséria3a segueira3o!conformismo..,<br />
mas infelizmente ou felizmente me dividi em dois3 ! 'casei".. . e o mundo 3<br />
não aceitou e não aceita o meu ponto o com o povo.íòòo ajudalá pafia<br />
no&òo pfvimzlfio fiztlfto dz mllltantz* em Olinda dz 2 3 a 2 6 dz maio.<br />
PERNAnBUCO<br />
Prezados irmãos em Jesus Cristo.<br />
"Comunico-1hes que terminei minha escravidão em d i reto ria d e Si_n<br />
dicato.Passei três anos. no Conselho fisc ai e três anos como secre tário<br />
e não tive oportunidade de promover nenhu m dos meus irmã os,tive op Qrt,u -<br />
nidàde de me promover sozinho, mas como cristão não ace itei..Nunca acei_<br />
tei ganhar dinheiro,para não cair na tent ação de me torn ar emprega do e_x<br />
piorando meus irmãos,Segundo o evangelho de hoje Jesus,t ambém foi ter>t a<br />
do pelo demônio mostrando-Ihs as grandes riquezas do mun do,mas Jas us não<br />
aceitou,preferiu viver na pobreza,Junto c om os pobres,qu e ■ na riqu BZa S£<br />
parada dos pobres. 0 trabalho da Evangeli zação apesar da s dlficuld ades<br />
continu a.Hoje mesmo eu cheguei duma comun idade,domi ngo i rei numa o ut ra<br />
me encontrar com pessoas de diversas regi ois para juntos aprofunda r o<br />
que Jesus quer de nós. Aqui termino envia ndo lembranças o abraços para<br />
todos vocêsJmeus irmãos em Cristo.<br />
Eò&a caftta zxpfLZAòa o ponto dz vlòta dz um amigotquz quzn &zti cfilò_<br />
tão dz vzfidadz. Maò ^ol dzzzpzlonado pzlo Sindicato, diz o quz pznòa.<br />
Szfila kom quz outuoA quz pznòam dz manzliaò dllzfizntzi>, digam Aua<br />
manzlfia dz vz/t pa/ta ajudai-òz z dzòcobuln a6 zxlgznclai doA camponz&zò ,<br />
com o povo z com JZAUò Cfviòto.<br />
MARANHÃO:<br />
Alto da Pedra- ... Aqui vamos-sempre animados.pois, quanto mais a<br />
gente luta,mas aparece injustiça.Hoje mesmo estamos reunidos em Veneza ,<br />
para fazer uma revisão das atividades na região. Vo^se este movimento a-<br />
judou,e como ajudou.Se .fez aparecer alguns frutos.<br />
Por que vamos ficar parados? Como vamos fazer para aparecer mais?<br />
NASCIMENTO;<br />
Uaòczu malò um ÁlZho na ^amZZla dz UanozZ Vfianclbco,<br />
M0660 amigo dz Água Vfizta, quz Vzuò abençoe zàÁa cilançal<br />
Grito do Nordeste., 21 de maio, 1974. Responsável: Pe. Jos-e Servat,e equipe ACR<br />
21
-»*• *v^ « t<br />
e\ -vUM AO<br />
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•<br />
...<br />
.««.«fíWí".<br />
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