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Carnaúba dos Dantas Portalegre Entrevista - Fundação Jose Augusto

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Uma edição, em parte, sob o<br />

signo do natal. Começando pela capa,<br />

com a ilustração de Dorian Gray Caldas<br />

para o texto “O natal antigo”, do poeta<br />

Gothardo Netto, publicado em 1916,<br />

na revista Rapa Coco e que descobri por<br />

acaso. Estava procurando um texto que<br />

falasse sobre a cidade do Natal. Consultei<br />

Abimael Silva, do Sebo Vermelho, que<br />

colocou a minha disposição uma reunião<br />

de textos fantásticos sobre a cidade, que<br />

ele pretende transformar em livro. No<br />

meio deles, estava o do poeta potiguar.<br />

Quando bati o olho em cima, pensei logo<br />

na Preá. Algumas coisas me encantaram<br />

no texto, entre elas, a nostalgia do poeta,<br />

ao falar do natal <strong>dos</strong> tempos antigos,<br />

reclamando que a “modernidade” tinha<br />

deturpado o sentido da mais tradicional<br />

festa cristã e o uso de uma ortografia que<br />

não se usa mais. Achei esse detalhe legal<br />

para mostrar às novas gerações como<br />

se escrevia antigamente. Também sob<br />

espírito natalino são os contos de Chico<br />

Preá e de Nelson Patriota, que contam<br />

com ilustrações de dois jovens artistas<br />

plásticos, Flávio Freitas e Jean Sartief,<br />

que fazem suas estréias na revista.<br />

Esta edição chega às mãos <strong>dos</strong><br />

leitores com quatro páginas a mais e<br />

algumas mudanças gráficas, sugeridas<br />

por nosso diagramador, Lúcio Masaaki.<br />

O objetivo é oferecer mais conteúdo,<br />

mas sem abrir mão da beleza visual.<br />

Fechamos o ano com cinco edições<br />

da Preá, como havíamos programado,<br />

uma a mais do que em 2003. Agora, é<br />

pensar em 2005, quando enfrentaremos<br />

o desafio de fazer a revista circular<br />

bimestralmente.<br />

90 Dezembro 2004<br />

O conto “Os homens na calçada”<br />

é do jovem poeta Théo G. Alves, que<br />

reside em Currais Novos, cidade com um<br />

efervescente e consistente movimento<br />

literário. Théo Alves (www.ocentenario.<br />

blogger.com.br) lançou no início deste<br />

ano, numa edição artesanal, o seu<br />

primeiro livro de poesias, chamado “Loa<br />

de Pedra”. De Currais Novos é também<br />

Iara Maria Carvalho, a segunda colocada<br />

no Concurso de Poesia Luís Carlos<br />

Guimarães 2004 e seu marido, Paulo<br />

Gomes da Silva, que ficou com menção<br />

honrosa.<br />

Os vencedores do Concurso de<br />

Poesia Luís Carlos Guimarães 2004,<br />

da <strong>Fundação</strong> José <strong>Augusto</strong>, foram os<br />

seguintes poetas: 1º lugar: Lívio Alves<br />

Araújo; 2º lugar: Anchella Monte<br />

Fernandes; 3º lugar: Iara Maria Carvalho.<br />

Receberam menções honrosas: Alexandre<br />

Magnus Abrantes, Daniel Munchoni,<br />

Eli Celso de Araújo, Jean Sartief,<br />

Jeovânia do Nascimento, José Antoniel<br />

Campos, Kalliane Sibelli de Amorim,<br />

Márcio Rodrigo Xavier, Paulo André<br />

Benz, Paulo Gomes da Silva, Ruben G.<br />

Nunes e Vera Lourdes da Rocha. Lívio<br />

Alves é autor do livro de poemas “O<br />

colecionador de horas” (2002) e lançará<br />

em breve “Telha crua”. Anchella Monte<br />

escreveu “A trama da aranha” (2001) e<br />

está para lançar “Temas rouba<strong>dos</strong>”.<br />

Nesta edição estamos cumprindo<br />

também um compromisso público,<br />

que é editar os poemas do vencedor<br />

do Concurso de Poesia Luís Carlos<br />

Guimarães, edição 2003, João Andrade.<br />

Este é mais um incentivo que a FJA<br />

oferece aos poetas que participam do<br />

concurso.<br />

Muito boa a seleção de filmes do<br />

Festnatal. Vi e gostei de “As filhas do<br />

Vento”, “Contra To<strong>dos</strong>”, “Lost Zweig” e<br />

“Onde Anda Você”. Sem ser no Festival,<br />

assisti o excelente “Lavoura Arcaica”.<br />

Fiquem de olho, porque to<strong>dos</strong> deverão<br />

chegar nas locadoras. Infelizmente, não<br />

vi os documentários, por conta <strong>dos</strong><br />

horários, mas a seleção também foi a<br />

mais feliz possível.<br />

Uma delícia o livro “Esquina<br />

da Tavares de Lira com a Dr. Barata –<br />

Centro convergente e irradiador da vida<br />

natalense”, que reúne reportagens escritas<br />

por Djalma Maranhão (organizadas por<br />

Cláudio Galvão), publicadas no Diário<br />

de Natal em 1949.<br />

A Academia Norte-rio-grandense<br />

de Letras precisa tornar menos maçantes<br />

as cerimônias de posse; adotar critérios<br />

mais literários e menos sociais e pessoais<br />

para ingresso na instituição; e arranjar<br />

uma maneira de prestar algum serviço ou<br />

mesmo se aproximar da coletividade da<br />

qual faz parte. Fiquei com isso na cabeça<br />

depois de ir a posse do grande poeta<br />

Paulo de Tarso Correia de Melo e tomar<br />

conhecimento do veto, dissimulado, que<br />

existe contra a candidatura de Cláudio<br />

Galvão. Alguma coisa está errada, para<br />

dizer o mínimo, quando uma Academia<br />

de Letras se dá ao luxo de dispensar<br />

escritores do porte de Cláudio e Nei<br />

Leandro. Felizmente, outras pessoas<br />

também estão refletindo sobre questões<br />

como essa. No discurso de saudação ao<br />

novo imortal, Manoel Onofre Júnior<br />

defendeu que a Academia passe a eleger<br />

pessoas que de fato tenham alguma<br />

coisa a ver com a Literatura. A duração<br />

das cerimônias de posse, com aqueles<br />

discursos longuíssimos é outro ponto<br />

que precisa ser avaliado. Só agüenta a<br />

cerimônia quem tem muita paciência<br />

e saúde de ferro. Na posse de Paulo de<br />

Tarso, uma senhora passou mal e foi ao<br />

chão. Diabética, começou a sentir sede<br />

e quando quis levantar-se da cadeira<br />

para ir atrás de água caiu e por pouco<br />

não estraga a festa do novo imortal. O<br />

presidente da ANL, poeta Diógenes da<br />

Cunha Lima, pode muito bem marcar o<br />

início do seu vigésimo ano à frente da<br />

instituição comandando essas mudanças.<br />

Competência não lhe falta.<br />

Até a próxima!<br />

Anuncio Moura Ramos

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