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A PESqUiSa Ciab FEbRabaN - Termo de Uso

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Não acho que bancos ou nenhuma outra indústria,<br />

empresa ou pessoa, estão con<strong>de</strong>nados a pensar<br />

<strong>de</strong> uma única forma. Tenho visto fantásticos<br />

exemplos do que o po<strong>de</strong>r da mudança e jeito<br />

<strong>de</strong> pensar fazem com uma pessoa ou empresa.<br />

Apesar <strong>de</strong> crítico, tenho que ser otimista.<br />

Meu único alerta para os bancos e outras<br />

empresas é que o ambiente está ficando cada vez<br />

mais competitivo. Se elas não usarem o máximo<br />

do potencial mental que possuem, <strong>de</strong> forma integrada<br />

e coletiva, a situação po<strong>de</strong> mudar muito<br />

rapidamente e daí po<strong>de</strong> ser muito tar<strong>de</strong> para fazer a<br />

transformação cultural e intelectual <strong>de</strong> que falo.<br />

O que impe<strong>de</strong> que a inovação aconteça nas<br />

corporações?<br />

Acho que todo problema é cognitivo, é intelectual.<br />

É causado principalmente por um jeito <strong>de</strong><br />

pensar. Porque <strong>de</strong>scobrimos algumas leis básicas<br />

que conseguem predizer o movimento dos<br />

planetas e a queda <strong>de</strong> uma maçã, achamos que<br />

po<strong>de</strong>mos predizer tudo, tudo po<strong>de</strong> ser divido<br />

em pequenas partes e somos capazes <strong>de</strong> resolver<br />

qualquer problema <strong>de</strong>ste jeito.<br />

Fomos levados a pensar que as pessoas são<br />

insignificantes. Este jeito <strong>de</strong> pensar nos trouxe<br />

alguns benefícios, mas também muitos problemas.<br />

Precisamos <strong>de</strong>volver o po<strong>de</strong>r para as pessoas<br />

e reconectar com o todo novamente. Acho que a<br />

relação dos índios com a natureza é imensamente<br />

mais sofisticada que a nossa e nos achamos mais<br />

evoluídos do que eles. As crianças enxergam o<br />

mundo com uma visão imensamente mais aberta,<br />

curiosa e sem preconceito que a nossa, e nós acha-<br />

As pessoas querem<br />

pensar, mas não<br />

conseguem porque<br />

o po<strong>de</strong>r não está mais<br />

nelas, e sim nos<br />

processos<br />

Bezerra, da Gad’ Innovation<br />

mos que somos mais evoluídos. O problema é tão<br />

grave que muitas pessoas ou empresas conseguem<br />

ver os sintomas dos problemas, mas não conseguem<br />

enxergar as causas do que estou falando.<br />

Existe o método Charles Bezerra <strong>de</strong> inovação?<br />

Não acredito em receitas mágicas para nada.<br />

Talvez meu método seja ajudar as pessoas a duvidarem<br />

<strong>de</strong> métodos, duvidarem <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong>senvolverem<br />

a capacida<strong>de</strong> crítica, com profundida<strong>de</strong><br />

e simplicida<strong>de</strong>. Para que elas possam curtir a dúvida<br />

e duvidarem até <strong>de</strong>las mesmos.<br />

O que procuro sugerir é que nós não estamos<br />

na empresa, ou no trânsito, por exemplo, mas<br />

sim, que somos as empresas, que somos o trânsito.<br />

Acredito que não somos tão evoluídos como pensamos<br />

e temos muitos problemas para resolver se<br />

quisermos um futuro melhor. O caminho é um<br />

diálogo coletivo em nossas casas, nas empresas e na<br />

socieda<strong>de</strong>. Estamos pulando para as respostas sem<br />

ter as perguntas certas, ai sempre nos damos mal.<br />

Se tivermos realmente interessados em mudar <strong>de</strong><br />

patamar, precisamos <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> para encontrar<br />

um novo jeito <strong>de</strong> pensar.<br />

O nosso potencial é infinito, e que tem<br />

um Da Vinci ou um Jobs em cada um <strong>de</strong> nós.<br />

O problema é que não acreditamos mais nisto.<br />

Precisamos <strong>de</strong> uma terapia <strong>de</strong> inovação, que nos<br />

aju<strong>de</strong> a ver os problemas e restabeleça nossa autoestima<br />

para resolvê-los. Ultimamente tenho me<br />

visto como uma espécie <strong>de</strong> psicólogo <strong>de</strong> empresas<br />

que estão querendo inovar, mas ainda estão<br />

traumatizadas por um jeito <strong>de</strong> pensar obsoleto,<br />

negativo e não criativo. ■<br />

MAIO DE 2012 • revista ciab FEBRABAN • 19<br />

Divulgação

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