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Os materiais em contacto com os alimentos e bebidas<br />
SEGURANÇA ALIMENTAR E EMBALAGEM<br />
Os materiais usados não são completamente inertes e qualquer substância que seja transferida da embalagem<br />
para o alimento pode potencialmente constituir um perigo para o consumidor ou ter um efeito negativo<br />
no produto. Em jogo estão assim não só aspectos toxicológicos, mas também organolépticos, que determinam<br />
o tempo de vida-útil do produto acondicionado.<br />
Do ponto de vista toxicológico e da segurança dos alimentos o perigo pode ser descrito pela equação<br />
seguinte:<br />
Perigo = Quantidade Ingerida x Toxicidade Intrínseca<br />
Na compatibilidade dos materiais de embalagem, o que está em causa é o perigo potencial da ingestão regular<br />
de compostos de baixa toxicidade presentes em quantidades muito pequenas, durante longos períodos<br />
de tempo (toxicidade crónica). Para o perigo ser aceitável, ou a toxicidade intrínseca do contaminante é<br />
desprezável, ou a quantidade ingerida é tão pequena que o seu efeito é desprezável.<br />
Do ponto de vista organoléptico e nutricional, colocam-se problemas específicos a nível da aceitação do produto<br />
pelo consumidor, por alteração do sabor ou aspecto característicos, bem como do valor nutricional do<br />
produto. Estes dois aspectos são referidos na Directiva da Comissão Europeia 89/109, que regulamenta as<br />
condições genéricas a que devem obedecer os materiais de embalagem para contacto alimentar.<br />
A extensão das interacções físico-químicas entre o material e o produto, depende, por um lado, da natureza<br />
do material de embalagem e da concentração da substância migrante e, por outro, das características físicas<br />
e químicas do alimento e das condições de temperatura e de tempo de contacto. As substâncias<br />
voláteis podem migrar sem haver um contacto directo entre o material e o produto, mas para a migração de<br />
substâncias não-voláteis é necessário um contacto directo.<br />
A transferência de substâncias da embalagem para o alimento é normalmente classificada ou medida em termos<br />
de migração global e migração específica. A primeira compreende a totalidade dos componentes cedidos.<br />
A migração específica diz respeito à determinação da transferência de compostos bem identificados. A<br />
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