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28<br />
E<br />
Sabia que<br />
Família<br />
Manter vivo<br />
o casamento com<br />
o passar dos anos<br />
É preciso (re)descobrirem-se como casal<br />
Teresa Paula Marques, Psicóloga clínica<br />
Os casamentos felizes podem<br />
resumir-se a relações marcadas<br />
por níveis elevados de intimidade<br />
emocional, que o tempo foi consolidando.<br />
Após os 55 anos, surge, com frequência,<br />
o «síndrome de ninho vazio», ou seja,<br />
os filhos estão criados e seguem as suas vidas.<br />
Nessa altura, muitos casais ressentem-se e<br />
alguns referem o surgimento de alguma nostalgia<br />
e até falta de sentido para a vida. Durante<br />
anos, estiveram imbuídos da tarefa de cuidar<br />
dos filhos e agora é necessário voltarem-se, de<br />
novo, para si próprios e investirem no projecto<br />
de casal. Mas é, exactamente, através destas<br />
crises familiares que a felicidade e a harmonia<br />
se restabelecem. Chegou a altura de aprenderem<br />
a estar novamente um perante o outro,<br />
aceitando reformular o projecto de vida em torno<br />
da nova realidade. É sabido que muita coisa<br />
se altera com a passagem do tempo, inclusive o<br />
desejo sexual pelo/a companheiro/a, mas essa<br />
mudança de intensidade não implica a extinção<br />
da atracção física. De resto, as pessoas que se<br />
sentem satisfeitas com a sua relação conjugal<br />
nEsta nOva Etapa da vida,<br />
Em quE já nãO ExistEm<br />
tantas rEspOnsabilidadEs,<br />
impOrta invEstir nOs<br />
mOmEntOs a dOis<br />
assumem que continuam a sentir-se atraídas<br />
pelo cônjuge. O que se altera em quantidade,<br />
pode, então, ser compensado em qualidade!<br />
Ter acTividadeS coMunS<br />
de lazer e diverTiMenTo<br />
Importa investir nos momentos a dois, usufruindo<br />
desta nova etapa da vida em que já não<br />
existem tantas responsabilidades. Quebrar<br />
a rotina e a monotonia e investir na (re)descoberta<br />
de prazeres que, por falta de tempo,<br />
vinham a ser adiados. Um fim-de-semana<br />
romântico pode fazer milagres! Independentemente<br />
dos recursos financeiros, é fundamental<br />
que o casal tenha capacidade de se<br />
divertir a dois, de realizar actividades que lhe<br />
permitam descontrair de forma cúmplice. No<br />
entanto, é preciso desfazer, de uma vez por<br />
O casamento mais duradouro do mundo, que juntou os norte-americanos Herbert e Zelmyra Fisher, hoje com 105 e 103 anos, dura há 86 anos e está<br />
registado no Guiness Book of Records.