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O<br />
conceito de Bolsa de Valores<br />
Sociais (BVS) nasceu para<br />
financiar projectos de natureza<br />
social de luta contra a pobreza e<br />
exclu<strong>são</strong>. Criado no Brasil, em 2003, pela mão<br />
da Atitude – Associação pelo Desenvolvimento<br />
do Investimento Social, chega a Portugal<br />
seis anos mais tarde, que, assim, se torna o<br />
primeiro país europeu a desenvolvê-lo.<br />
A iniciativa, apoiada entre nós pela<br />
Euronext Lisbon, Fundação Calouste<br />
Gulbenkian, Fundação EDP e Caixa Geral de<br />
Depósitos e distinguida pela Organização das<br />
Nações Unidas (ONU), assenta em princípios<br />
60<br />
C<br />
Iniciativas<br />
Aposta no bem-estar<br />
da comunidade<br />
Investir em acções sociais, ou seja, numa boa causa,<br />
tem sempre um retorno enriquecedor: a certeza<br />
de que estamos a contribuir para um mundo melhor.<br />
Um gesto que está ao alcance de todos!<br />
AndreiA simões<br />
semelhantes aos de uma bolsa financeira, na<br />
qual as empresas fortalecem os seus negócios<br />
através da Bolsa de Valores, devolvendo o<br />
capital do investidor em lucros e dividendos.<br />
No caso da BVS, os empreendedores e<br />
os investidores <strong>são</strong> outros: organizações de<br />
solidariedade social que têm necessidades de<br />
financiamento (doações) e cidadãos individuais<br />
ou colectivos, entre outras instituições, que<br />
queiram financiar, através da compra de acções<br />
sociais, trabalhos relevantes criteriosamente<br />
seleccionados e de reconhecida valia social, ou<br />
seja, capazes de oferecer respostas efectivas<br />
em diversas áreas, desde a educação ao<br />
empreendedorismo. No fundo, esta bolsa<br />
facilita o encontro entre a oferta e a procura<br />
de fundos para fins sociais, zelando pela<br />
transparência da relação entre organização<br />
e investidor. Com estes novos conceitos de<br />
investimento e investidor sociais, a BVS propõe<br />
que o apoio proporcionado às organizações<br />
seja visto não como filantropia ou caridade,<br />
mas como um verdadeiro investimento, que<br />
gera um novo tipo de proveito: o lucro social,<br />
ou seja, uma riqueza inestimável, traduzida<br />
numa sociedade mais justa, com melhorias na<br />
qualidade de vida não só dos grupos visados,<br />
mas, também, de toda a comunidade.