LITÍASE BILIAR EM CRIANÇA APÓS O USO DE CEFTRIAXONA
LITÍASE BILIAR EM CRIANÇA APÓS O USO DE CEFTRIAXONA
LITÍASE BILIAR EM CRIANÇA APÓS O USO DE CEFTRIAXONA
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INTRODUÇÃO<br />
Ceftriaxona um antibiótico semissintético, tornou-se comumente usado em<br />
pacientes pediátricos com infecções graves, devido às suas características farmacológicas<br />
tais como: espectro amplo, um intervalo de administração e boa penetração no líquido<br />
cerebrospinal. Esse antibiótico é geralmente bem tolerado, mas os efeitos adversos foram<br />
relatados em aproximadamente 10% dos pacientes que receberam a droga necessitando<br />
apenas de 2% na sua interrupção.<br />
A ceftriaxona pode causar a deposição de sedimento biliar, com sintomatologia,<br />
como consta em diversos trabalhos da literatura médica. Porém, isso pode passar<br />
despercebido pelo médico. A utilização dessa cefalosporina de 3ª geração em crianças tem<br />
sido frequente devido a sua meia-vida biológica prolongada, permitindo o uso de uma dose<br />
diária única. 4<br />
A Litíase biliar origina-se do depósito de sais biliares especialmente na topografia<br />
da vesícula. Tem correlação frequentemente definitiva, e por esta razão o ato operatório<br />
com a retirada desse órgão é a terapia mais praticada. No entanto, existem condições novas<br />
onde a evolução da “pedra” é temporária, podendo desaparecer com preservação do<br />
referido órgão.<br />
O objetivo desse artigo é relatar a evolução clínica e ultrassonográfica em dois<br />
pacientes que tiveram litíase biliar após o tratamento com ceftriaxona e a importância do<br />
exame de ultrassonografia na detecção desse efeito colateral.<br />
RELATO <strong>DE</strong> CASO<br />
Caso nº 1:<br />
M.E.R.S, 4 anos e 11 meses, branca, sexo feminino, foi internada em 03 de<br />
setembro de 2009, com quadro clínico compatível à pneumonia; na ocasião a paciente foi<br />
medicada com ceftriaxona IM por dois dias. No 2º dia, iniciou com quadro de dores<br />
abdominais e vômitos que foram medicados com sintomáticos, obtendo melhora. No dia 05<br />
de setembro de 2009 a menor recebeu alta hospitalar. Em casa a mesma voltou a apresentar<br />
dores abdominais e vômitos e foi novamente levada ao hospital. O médico solicitou uma<br />
ultrassonografia abdominal que revelou imagens ecogênicas com sombra acústica na<br />
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