Estudo Comparativo do Consumo de Benzodiazepínicos entre ... - Ucg
Estudo Comparativo do Consumo de Benzodiazepínicos entre ... - Ucg
Estudo Comparativo do Consumo de Benzodiazepínicos entre ... - Ucg
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Barbitúricos – na atualida<strong>de</strong> são em gran<strong>de</strong> parte obsoletos como<br />
agentes ansiolíticos/sedativos, embora sejam algumas vezes prescritos.<br />
Antagonistas <strong>do</strong>s receptores ß-adrenérgicos – utiliza<strong>do</strong>s principalmente<br />
para reduzir os sintomas físicos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> (tremor, palpitação etc), nenhum<br />
efeito sobre o componente afetivo.<br />
O potencial <strong>de</strong> abuso <strong>do</strong>s benzodiazepínicos, culminan<strong>do</strong> com a<br />
produção da síndrome <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência é um fenômeno clínico relativamente<br />
recente. Foi somente a partir <strong>de</strong> mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 70 – quan<strong>do</strong> os primeiros<br />
estu<strong>do</strong>s clínicos evi<strong>de</strong>nciaram o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e sintomas<br />
<strong>de</strong> abstinência em <strong>do</strong>ses terapêuticas – que se passou a consi<strong>de</strong>rar o risco <strong>do</strong>s<br />
benzodiazepínicos para induzirem abuso ou <strong>de</strong>pendência. Mesmo assim,<br />
durante algum tempo consi<strong>de</strong>rava-se a própria <strong>de</strong>pendência como uma<br />
complicação rara. Nessa época, o diazepam tornou-se, em pouco tempo, o<br />
benzodiazepínico mais vendi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro da classe <strong>do</strong>s sedativos, hipnóticos e<br />
ansiolíticos, chegan<strong>do</strong> a li<strong>de</strong>rar o ranking das medicações mais prescritas nos<br />
Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>entre</strong> 1972 a 1983 (CASTRO e LARANJEIRA, 2000).<br />
Muito <strong>de</strong>sta relutância em aceitar o potencial <strong>de</strong> abuso <strong>do</strong>s<br />
benzodiazepínicos <strong>de</strong>ve-se ao perfil benigno <strong>do</strong>s seus efeitos adversos,<br />
tornan<strong>do</strong>-o uma droga segura em relação aos barbitúricos e outros sedativos<br />
hipnóticos. No começo <strong>do</strong>s anos 80, quan<strong>do</strong> se <strong>de</strong>monstrou que 50% <strong>do</strong>s<br />
usuários crônicos <strong>de</strong> benzodiazepínicos (acima <strong>de</strong> 12 meses) evoluíam com<br />
uma síndrome <strong>de</strong> abstinência, esta visão ‘complacente’ <strong>do</strong>s benzodiazepínicos<br />
alterou-se acentuadamente.<br />
Para CASTRO e LARANJEIRA (2000), as principais vantagens <strong>do</strong>s<br />
benzodiazepínicos, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos antigos sedativos hipnóticos eram:<br />
menor potencial letal para <strong>de</strong>pressão respiratória e <strong>do</strong> SNC; menor potencial<br />
para induzir tolerância e <strong>de</strong>pendência; Maior margem <strong>de</strong> segurança <strong>do</strong>s efeitos<br />
sedativos e ansiolíticos<br />
“Partin<strong>do</strong> para uma caracterização <strong>do</strong>s usuários, estima-se que<br />
1,6% da população adulta é usuária crônica <strong>de</strong> benzodiazepínicos,<br />
principalmente os pacientes <strong>do</strong> sexo feminino, acima <strong>de</strong> 50 anos e<br />
apresentan<strong>do</strong> problemas clínicos crônicos, tais como transtornos <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong>” (HANSON, 1995).<br />
Os indivíduos que abusam <strong>de</strong> benzodiazepínicos, geralmente o fazem<br />
para lidar com as reações, por exemplo, ao estresse <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao luto,<br />
6