PROGRAMA do FESTIVAL 2006 em formato PDF - Companhia de ...
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ACTOS COMPLEMENTARES<br />
38<br />
EXPOSIÇÕES<br />
AFRICÂNIA<br />
JOSÉ DE GUIMARÃES<br />
EM COLABORAÇÃO COM A CASA DA CERCA - CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA<br />
José <strong>de</strong> Guimarães, um <strong>do</strong>s mais prestigia<strong>do</strong>s nomes das artes plásticas portuguesas, é o autor <strong>do</strong><br />
cartaz <strong>de</strong>ste ano <strong>do</strong> Festival <strong>de</strong> Almada. Assinalan<strong>do</strong> o acontecimento, e à s<strong>em</strong>elhança <strong>do</strong> que t<strong>em</strong> si<strong>do</strong><br />
habitual nas edições anteriores, a Casa da Cerca – Centro <strong>de</strong> Arte Cont<strong>em</strong>porânea organiza, <strong>em</strong> colaboração<br />
com o Festival <strong>de</strong> Almada, uma exposição <strong>de</strong>ste artista, que ele intitulou Africânia.<br />
A exposição t<strong>em</strong> como referencial paradigmático a universalida<strong>de</strong> mágica que José <strong>de</strong> Guimarães<br />
apreen<strong>de</strong> como alusão lúdica. Na expressão miscigenada <strong>do</strong>s seus trabalhos a noção etnográfica <strong>de</strong> uma<br />
clara ascendência africana intrinca-se com preposições <strong>de</strong> cariz europeu, <strong>em</strong> geral, e com a influência<br />
<strong>de</strong> raízes populares portuguesas <strong>em</strong> particular. A par com as obras <strong>do</strong> autor serão também expostas seis<br />
peças <strong>de</strong> Arte Africana, que no conjunto da exposição recolh<strong>em</strong>, ecoam e ampliam as ressonâncias<br />
encantatórias que habitualmente se vislumbram nas obras <strong>de</strong>ste autor.<br />
José <strong>de</strong> Guimarães<br />
José <strong>de</strong> Guimarães nasceu <strong>em</strong> Guimarães a 25 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1939. Em 1957 ingressou na<br />
Acad<strong>em</strong>ia Militar, completan<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois a licenciatura <strong>em</strong> Engenharia na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, <strong>em</strong> 1965.<br />
Nos últimos anos da década <strong>de</strong> 50 obtém bases técnicas, através <strong>de</strong> lições <strong>de</strong> pintura com Teresa <strong>de</strong><br />
Sousa, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho com Gil Teixeira Lopes e ainda <strong>de</strong> gravura na Socieda<strong>de</strong> Cooperativa <strong>de</strong> Grava<strong>do</strong>res<br />
Portugueses. Nos primeiros anos da década <strong>de</strong> sessenta dá início à criação <strong>do</strong> seu próprio código<br />
imagético, auxilia<strong>do</strong> por viagens pelos principais centros estéticos da Europa. Entre 1967 e 1974, permanece<br />
<strong>em</strong> Angola, <strong>em</strong> comissão <strong>de</strong> serviço militar, on<strong>de</strong> é influencia<strong>do</strong> pela cultura e etnografias<br />
africanas. Participa <strong>em</strong> diversas manifestações culturais polémicas e, <strong>em</strong> 1968, publica o manifesto Arte<br />
Perturba<strong>do</strong>ra. Durante esse perío<strong>do</strong>, interessa-se cada vez mais pelas artes plásticas, o que o faz participar<br />
<strong>em</strong> várias exposições <strong>de</strong> arte mo<strong>de</strong>rna, obten<strong>do</strong> o Prémio <strong>de</strong> Gravura da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luanda.<br />
Em 1967 inscreve-se no curso <strong>de</strong> Arquitectura da ESBAL e <strong>em</strong> 1968 volta a ganhar o 1º. Prémio <strong>de</strong><br />
Gravura no salão <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luanda. Torna-se um estudioso da etnografia africana,<br />
sintetizan<strong>do</strong>-a com a cultura europeia, o que conduz à criação <strong>de</strong> um ‘alfabeto’ autónomo, codifica<strong>do</strong>,<br />
para o qual muito contribui o vocabulário misterioso, necessariamente codifica<strong>do</strong>, <strong>do</strong> hom<strong>em</strong> africano.<br />
José <strong>de</strong> Guimarães é um <strong>do</strong>s artistas mais pr<strong>em</strong>ia<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País e com maior visibilida<strong>de</strong> internacional. A<br />
sua obra está representada <strong>em</strong> colecções públicas e museus <strong>em</strong> to<strong>do</strong> o Mun<strong>do</strong>.<br />
CASA DA CERCA - CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA (ALMADA)<br />
De 22 <strong>de</strong> Junho a 27 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro