Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 13
pais/responsáveis de 1.381 crianças, com o retorno de apenas 976 questionários
(496 meninos e 480 meninas). O ronco foi diagnosticado como sendo a primeira
manifestação da Síndrome Obstrutiva do Sono. O questionário continha perguntas a
respeito do desempenho escolar, hábitos noturnos e distúrbios comportamentais. A
avaliação do ronco foi feita em uma escala de 1(nunca apresentaram ronco) a 4
(sempre apresentam episódios de ronco). O estudo não ressaltou nenhuma
diferença significante entre idade, sexo, fator sócio-econômico, duração do sono,
enurese e desempenho escolar. Os autores observaram ronco freqüente em 84
crianças (8,6%), ocasionalmente em 299 crianças (30,6%) e nunca roncam em 593
crianças (60%). Uma vez que no adulto o ronco pode conduzir a um número maior
de hábitos parafuncionais, como o caso do bruxismo, pode-se estender esta
observação, por meio deste estudo, para as crianças. A incidência de hábitos
parafuncionais em crianças com ronco foi encontrada em quase igual porcentagem
que aquela de crianças com Síndrome Obstrutiva do Sono. Os hábitos mais
prevalentes foram pesadelos, sonambulismo e bruxismo. Os autores concluíram que
roncar é um sintoma comum em crianças portuguesas e a associação com
problemas de comportamento e distúrbios do sono foi significante. Eles salientaram
que crianças que roncam alto e com freqüência podem ser beneficiadas com
avaliação e intervenção precoces.
Ângeles et al. (2000) estudaram a prevalência do bruxismo em pacientes
que passaram em consulta pela primeira vez no Instituto Nacional de Pediatria, na
cidade do México. Foram examinadas 710 crianças com o intuito de observar:
desgastes oclusais dos dentes anteriores e posteriores, linha média facial e dentária,
e problemas da Articulação Temporomandibular (ATM). Para coletar os dados, as
crianças foram divididas em três grupos: GI – com problemas neurológicos; GII –