Avaliação da prevalência do bruxismo infantil e sua relação ... - Unicid

Revisão da literatura 31
diagnosticar as alterações comportamentais dos pacientes da amostra. Os autores
verificaram que apenas dois pacientes apresentaram Doença do Refluxo Gastro-
esofágico (GERD) e neles os episódios de ranger os dentes não coincidiam com
episódios da GERD. Os demais participantes não apresentaram o hábito
parafuncional do bruxismo. Foi observado que os pacientes afetados apresentavam
de 5 a 6 episódios de bruxismo por hora e cada episódio durava em torno de 4
segundos, ocorrendo mais na fase do sono REM. O estudo revelou uma moderada
correlação entre o bruxismo e os problemas somáticos e de comportamento infantil e
nenhuma correlação entre episódios de bruxismo e GERD. Adicionalmente, não foi
verificada nenhuma diferença do sono nas crianças com o bruxismo, comparado
com as crianças sem bruxismo.
Em 2006, Serra Negra et al. estudaram o relacionamento entre os hábitos
bucais das mães e os hábitos bucais dos filhos, observando adicionalmente as
atitudes das famílias perante os hábitos viciosos dos filhos. A amostra foi composta
por 208 mães de pacientes tratados na clínica de Odontopediatria e Ortodontia da
FOUFMG, cujas idades variaram entre 24 e 55 anos de idade. A faixa etária das
crianças variou de 2 a 12 anos de idade. Coletaram-se os dados por meio de
questionários entregues às mães. No entanto, não houve boa compreensão por
parte das mesmas, optando-se por entrevistá-las pessoalmente, não havendo
nenhum tipo de pressão e interferência por parte das pesquisadoras. O teste
estatístico utilizado foi o do qui-quadrado. Observou-se que a chupeta foi o hábito
mais prevalente na infância, tanto das mães como das crianças, e a onicofagia o
hábito atual mais prevalente, nos dois grupos. Os hábitos deletérios de morder
objetos, ranger de dentes e dormir com a mão sob o rosto, aparecem na vida atual
da maioria das mães e das crianças. Verificou-se que os filhos de mães, que