UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - Unicid
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<strong>UNIVERSIDA<strong>DE</strong></strong> <strong>CIDA<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>SÃO</strong> <strong>PAULO</strong><br />
CURSO <strong>DE</strong> MESTRADO EM ORTODONTIA<br />
ESTUDO DA ESPESSURA DO ESMALTE PROXIMAL EM<br />
PRIMEIROS PRÉ-MOLARES SUPERIORES HUMANOS<br />
LENI OKAMOTO MUNHOZ<br />
Dissertação apresentada à Universidade<br />
Cidade de São Paulo, como parte dos<br />
requisitos para a obtenção do título de<br />
Mestre em Ortodontia.<br />
São Paulo<br />
2008
<strong>UNIVERSIDA<strong>DE</strong></strong> <strong>CIDA<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>SÃO</strong> <strong>PAULO</strong><br />
CURSO <strong>DE</strong> MESTRADO EM ORTODONTIA<br />
ESTUDO DA ESPESSURA DO ESMALTE PROXIMAL EM<br />
PRIMEIROS PRÉ-MOLARES SUPERIORES HUMANOS<br />
LENI OKAMOTO MUNHOZ<br />
Dissertação apresentada à Universidade<br />
Cidade de São Paulo, como parte dos<br />
requisitos para a obtenção do título de<br />
Mestre em Ortodontia.<br />
Orientador: Prof. Dr. Flávio Vellini Ferreira<br />
São Paulo<br />
2008
Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza . UNICID<br />
M966a<br />
Munhoz, Leni Okamoto.<br />
Avaliação da espessura do esmalte proximal em<br />
primeiros pré-molares superiores humanos. / Leni<br />
Okamoto Munhoz. São Paulo, 2008.<br />
101p.; apêndices.<br />
Bibliografia<br />
Dissertação (Mestrado) – Universidade Cidade de<br />
São Paulo - Orientadora: Prof. Dr. Flávio Vellini Ferreira<br />
1. Esmalte dentário. 2. Ortodontia. I. Ferreira, Flávio<br />
Vellini.<br />
BLACK. D121<br />
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL <strong>DE</strong>STE TRABALHO, POR<br />
QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS <strong>DE</strong> ESTUDO E PESQUISA,<br />
<strong>DE</strong>S<strong>DE</strong> QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO.<br />
São Paulo, ____ / ____/ _____<br />
Assinatura: _____________________________<br />
e-mail:
FOLHA <strong>DE</strong> APROVAÇÃO<br />
Munhoz, L. O. Estudo da espessura do esmalte proximal em primeiros pré-molares<br />
superiores humanos [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de<br />
São Paulo; 2008.<br />
São Paulo, ____/____/_______<br />
Banca Examinadora<br />
1) ...........................................................................<br />
Julgamento: ......................................... Assinatura: .......................................<br />
2) .........................................................<br />
Julgamento:.......................................... Assinatura: .......................................<br />
3) ..............................................................................<br />
Julgamento:........................................... Assinatura: .......................................<br />
Resultado: .............................................................................................................
Dedicatória<br />
Dedico esta conquista a meu pai Natalino,<br />
por me mostrar a necessidade de uma constante<br />
atualização e aprimoramento de nosso trabalho e<br />
por ter sido meu maior incentivador e modelo de<br />
dedicação e honestidade.<br />
A minha mãe Helena que sempre me deu<br />
suporte, pelo seu trabalho em meu consultório e<br />
por tornar possível todos os estudos de minha<br />
vida.
Agradecimentos<br />
Ao Washington Steagall Junior que<br />
elaborou a estatística da pesquisa e que facilitou<br />
todo o resultado e discussão do trabalho.<br />
Ao Fábio e aos meus irmãos que ajudaram<br />
diversas vezes e que tenho eterna gratidão.
Munhoz, L. O. Estudo da espessura do esmalte proximal em primeiros pré-molares<br />
superiores humanos [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de<br />
São Paulo; 2008.<br />
RESUMO<br />
Esta pesquisa tem como objetivo determinar a espessura de esmalte proximal à<br />
altura do ponto de contato nos dentes primeiros pré-molares superiores humanos e<br />
analisar as possíveis correlações entre as dimensões coronárias destes dentes. O<br />
desgaste desta região dental é freqüentemente utilizado na prótese, na dentístida e<br />
na ortodontia, com a finalidade de corrigir as discrepâncias dentais e aumentar a<br />
estabilidade do tratamento. Foram avaliados, neste estudo, 40 dentes primeiros pré-<br />
molares superiores humanos. Foram mensurados os diâmetros mésio-distais,<br />
cervico-incisal e vestíbulo-lingual da coroa, com auxílio de um paquímetro digital; em<br />
seguida incluiu-se em resina e seccionou-se todos os dentes, obtendo-se uma<br />
lâmina central de 1 mm de espessura, possibilitando a medição da espessura do<br />
esmalte em um perfilômetro de precisão milesimal, à altura do ponto de contato. Os<br />
dados obtidos foram submetidos à análise estatística, encontrando-se algumas<br />
correlações entre medidas da coroa e espessura do esmalte proximal, o qual<br />
sempre foi mais espesso na face distal que mesial.<br />
Palavras-chaves: esmalte dentário; diâmetro dental; pré-molar; ortodontia; desgaste<br />
interproximal.
Munhoz, L. O. Study of enamel width in the proximal sides of human maxillary first<br />
premolars. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de São<br />
Paulo; 2008.<br />
ABSTRACT<br />
This study has the goal of determining the enamel width in the proximal sides at the<br />
level of proximal contacts of human maxillary first premolars as well as analyzing<br />
possible correlations with the crown dimension of these teeth. The stripping of these<br />
regions is frequently used not only in the orthodontic clinic with the objective of<br />
correcting tooth-arch size discrepancies and increasing the stability of treatment as<br />
well in prosthodontics and operative dentistry. In this study, forty human maxillary<br />
first premolars were analyzed. Measurements of mesiodistal, faciolingual and<br />
cervicocclusal dimensions were taken with a digital caliper; further the teeth were<br />
included in composites and sectioned, to obtain a 1mm-thick central section, which<br />
permitted the measurement of enamel width in a perfilometer with millesimal<br />
precision, at the level of proximal contact points. The data were submitted to<br />
statistical analysis, and it was found some correlations between crown dimension<br />
and proximal enamel width which was always thicker in the distal surface than in the<br />
mesial surface.<br />
Key-words: tooth enamel; tooth size; premolar; orthodontics, stripping.
LISTA <strong>DE</strong> TABELAS<br />
Tabela 5.1 - Estatística Descritiva....................................................................... 37<br />
Tabela 5.2 - Parâmetros estatísticos e testes “t” independentes ........................ 38<br />
Tabela 5.3 - Estatística descritiva do sistema de regressão 1 ............................ 41<br />
Tabela 5.4 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis. .................... 41<br />
Tabela 5.5 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável<br />
dependente..................................................................................... 42<br />
Tabela 5.6 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo<br />
utilizado para a variável dependente .............................................. 42<br />
Tabela 5.7 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados<br />
para a variável dependente............................................................. 42<br />
Tabela 5.8 - Estatística descritiva do sistema de regressão 2 ............................ 45<br />
Tabela 5.9 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis ..................... 45<br />
Tabela 5.10 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável<br />
dependente..................................................................................... 46<br />
Tabela 5.11 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo<br />
utilizado para a variável dependente .............................................. 46<br />
Tabela 5.12 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados<br />
para a variável dependente............................................................. 46<br />
Tabela 5.13 - Estatística descritiva do sistema de regressão 3 ............................ 49<br />
Tabela 5.14 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis ..................... 49<br />
Tabela 5.15 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável<br />
dependente..................................................................................... 50<br />
Tabela 5.16 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo<br />
utilizado para a variável dependente .............................................. 50<br />
Tabela 5.17 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados<br />
para a variável dependente............................................................. 50<br />
Tabela 5.18 - Estatística descritiva do sistema de regressão 4 ............................ 53<br />
Tabela 5.19 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis ..................... 53<br />
p.
Tabela 5.20 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável<br />
dependente..................................................................................... 54<br />
Tabela 5.21 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo<br />
utilizado para a variável dependente .............................................. 54<br />
Tabela 5.22 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados<br />
para a variável dependente............................................................. 54
LISTA <strong>DE</strong> GRÁFICOS<br />
Gráfico 5.1 - Gráfico da probabilidade da distribuição normal da variável<br />
espessura de esmalte mesial direito............................................... 39<br />
Gráfico 5.2 - Gráfico de dispersão do resíduo..................................................... 39<br />
Gráfico 5.3 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial direito e diâmetro cérvico oclusal direito.............................. 40<br />
Gráfico 5.4 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial direito e diâmetro mésio distal direito .................................. 40<br />
Gráfico 5.5 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial direito e diâmetro vestíbulo lingual direito............................ 41<br />
Gráfico 5.6 - Gráfico da probabilidade da distribuição normal da variável<br />
espessura de esmalte mesial direito............................................... 43<br />
Gráfico 5.7 - Gráfico de dispersão do resíduo..................................................... 43<br />
Gráfico 5.8 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal direito e diâmetro cérvico-oclusal direito................................ 44<br />
Gráfico 5.9 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal direito e diâmetro mésio-distal direito .................................... 44<br />
Gráfico 5.10 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal direito e diâmetro vestíbulo-lingual direito........................... 45<br />
Gráfico 5.11 - Gráfico da probabilidade da distribuição normal da variável<br />
espessura de esmalte mesial esquerdo. ...................................... 47<br />
Gráfico 5.12 - Gráfico de dispersão do resíduo .................................................. 47<br />
Gráfico 5.13 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial esquerdo e diâmetro cérvico-oclusal esquerdo................. 48<br />
Gráfico 5.14 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial esquerdo e diâmetro mésio-distal esquerdo. .................... 48<br />
Gráfico 5.15 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
mesial esquerdo e diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo. ............. 49<br />
Gráfico 5.16 - Gráfico da probabilidade da distribuição normal da variável<br />
espessura de esmalte distal esquerdo. ........................................ 51<br />
Gráfico 5.17 - Gráfico de dispersão do resíduo .................................................. 51<br />
p.
Gráfico 5.18 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal esquerdo e diâmetro cérvico-oclusal esquerdo................... 52<br />
Gráfico 5.19 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal esquerdo e diâmetro mésio-distal esquerdo. ...................... 52<br />
Gráfico 5.20 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de esmalte<br />
distal esquerdo e diâmetro vestíbulo-lingual Esquerdo. ............... 53
LISTA <strong>DE</strong> FIGURAS<br />
Figura 4.1 - 20 primeiros pré-molares direitos e 20 primeiros pré-molares<br />
esquerdos.......................................................................................... 29<br />
Figura 4.2 - Demarcação dos dentes.................................................................... 29<br />
Figura 4.3 - Paquímetro digital Mitutoyo ............................................................... 29<br />
Figura 4.4 - Medida mésio-distal........................................................................... 30<br />
Figura 4.5 - Medida cérvico-oclusal ...................................................................... 30<br />
Figura 4.6 - Medida vestíbulo-lingual .................................................................... 30<br />
Figura 4.7 - Dentes posicionados; resina e catalizador utilizados......................... 31<br />
Figura 4.8 - Lab Cut 1010, posicionamento do dente e cortes efetuados............. 32<br />
Figura 4.9 - Perfilômetro Mitutoyo......................................................................... 33<br />
Figura 4.10 - Imagem ampliada da lâmina no Perfilômetro.................................. 33<br />
p.
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 1<br />
2 REVI<strong>SÃO</strong> <strong>DE</strong> LITERATURA .......................................................................... 5<br />
3 PROPOSIÇÃO................................................................................................ 25<br />
4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 27<br />
4.1 Material .................................................................................................. 28<br />
4.2 Métodos ................................................................................................. 28<br />
5 RESULTADOS ............................................................................................... 36<br />
6 DISCUS<strong>SÃO</strong>................................................................................................... 56<br />
7 CONCLUSÕES............................................................................................... 74<br />
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 77<br />
APÊNDICES ........................................................................................................ 83<br />
p.
1<br />
INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO<br />
A busca da estética e da perfeita funcionabilidade da mastigação, tem sido<br />
uma constante na Odontologia nos últimos tempos. A evolução de materiais e<br />
métodos de correção ortodôntica contribuem sobremaneira para esta preocupação.<br />
Tratamentos com extrações de dentes e aparatologias que causam desconforto e<br />
constrangimento na vida social são evitados e contornados com muita frequência e<br />
eficiência. Uma opção válida e muitas vezes utilizada, após cuidadoso diagnóstico e<br />
planejamento do caso clínico, é a indicação dos desgastes interproximais dos<br />
dentes; porém, estes têm sido executados frequentemente sem o devido<br />
embasamento científico no tocante à quantidade de esmalte a ser desgastada. Deve<br />
ser lembrado também, que desgastes dentais são executados em outras<br />
especialidades, tais como prótese e dentística.<br />
Em estudo publicado em 2004, Zachrisson sugere desgaste à altura do ponto<br />
de contato, afim de situá-lo mais apicalmente, eliminando, desta maneira, os<br />
chamados “triângulos negros”, os quais surgem, por razões várias, próximo à região<br />
cervical dos dentes.<br />
Em busca de uma referência para correta oclusão, foi realizado por Begg um<br />
estudo em crânios de aborígenes australianos, em 1954. Verificou, este autor, que o<br />
“homem da idade da pedra” possuia um extenso atrito não apenas na face oclusal<br />
como nas faces proximais, o que prevenia rotações dentais individuais e<br />
biprotrusões. O perímetro do arco em crânios jovens, antes da erupção dos terceiros<br />
molares, era 10,5mm maior que em adultos.<br />
Peck e Peck em 1972, desenvolveram um índice para detectar e avaliar<br />
desvios morfológicos dos dentes, no intuito de eliminar apinhamentos dos incisivos<br />
2
Introdução 3<br />
inferiores. Estudaram dois grupos de mulheres adultas-jovens leucodermas, um com<br />
alinhamento perfeito e contato interproximal, outro com um certo grau de<br />
apinhamento dos incisivos inferiores. Ambos os grupos não foram tratados<br />
ortodonticamente antes do estudo. As medições foram realizadas com um<br />
paquímetro diretamente na boca dos pacientes. O índice foi obtido pela divisão do<br />
maior diâmetro mésio-distal do incisivo pela maior dimensão vestíbulo-lingual do<br />
mesmo e multiplicado por cem. Seguindo essa metodologia, os resultados obtidos<br />
os fizeram concluir que dentes bem alinhados revelaram menor diâmetro mésio-<br />
distal e maior diâmetro vestíbulo-lingual e que não havia significância clínica entre<br />
tamanho dental levando em consideração o dimorfismo sexual.<br />
Zachrisson e Mjör em 1975, enumeraram as indicações para desgastes de<br />
esmalte dentário, tais como discrepância de tamanho dental e pequenas lesões de<br />
cárie que possam ser eliminadas somente por meio da remoção do esmalte<br />
danificado, excluindo a necessidade de preparos para restauração e ajustes oclusais<br />
com a finalidade de obtermos o equilíbrio dental. Neste estudo foram extraídos pré-<br />
molares por motivos ortodônticos, e que sofreram desgastes interproximais prévios.<br />
Os autores chegaram à conclusão que a remoção do esmalte de pré-molares,<br />
utilizando instrumentos rotatórios, não traz danos à polpa dental na maioria dos<br />
casos, desde que seja feita de forma apropriada, ainda que a dentina tenha sido<br />
levemente exposta e polida. O uso de flúor após a remoção do esmalte foi indicado<br />
e houve ausência de sintomatologia por parte dos pacientes.<br />
Tormin Junior (2000), Iwasa (2001), Souza (2003), Kato (2004) e Fisher<br />
(2005), todos usando a mesma metodologia de pesquisa, verificaram<br />
respectivamente a espessura do esmalte nas faces proximais em incisivos inferiores,<br />
incisivos superiores, caninos superiores e inferiores, primeiros pré-molares inferiores
Introdução 4<br />
e segundos pré-molares superiores, respectivamente, com a finalidade de fornecer<br />
valores numéricos precisos, que auxiliem os profissionais na área odontológica a<br />
delimitarem a quantidade de desgaste do esmalte interproximal, em seus<br />
procedimentos de trabalho. Nessa linha de pesquisa, utilizamos em nosso trabalho<br />
os primeiros pré-molares superiores, para avaliar a espessura de esmalte<br />
interproximal na altura do ponto de contato, bem como as suas possíveis<br />
correlações com algumas medidas lineares das coroas destes dentes.
2<br />
REVI<strong>SÃO</strong> <strong>DE</strong> LITERATURA
2 REVI<strong>SÃO</strong> <strong>DE</strong> LITERATURA<br />
Em 1902 Black estudou os valores dos diâmetros mésio-distais máximos das<br />
coroas dos primeiros pré-molares superiores, encontrando o valor de 8,00 mm.<br />
Visando a eliminação de discrepâncias dentais mediante desgastes das faces<br />
proximais , Ballard em 1944, mediu 500 conjuntos de modelos de gesso e comparou<br />
o diâmetro mesio-distal de cada dente com seu homólogo do lado oposto, iniciando<br />
de incisivos centrais seguindo em direção aos primeiros molares. Concluiu que em<br />
90% da amostra, houve uma discrepância entre o lado direito e o lado esquerdo, da<br />
ordem de 0,50 mm ou mais, enquanto que para 10% remanescentes, a discrepância<br />
se apresentou entre 0,25mm e 0,50mm.<br />
Neff, em 1949, realizou um estudo relacionando as proporções entre os<br />
dentes anteriores superiores e inferiores. Desenvolveu um coeficiente dividindo a<br />
soma do diâmetro mésio-distal dos 6 dentes ântero-superiores, pela soma dos<br />
dentes ântero-inferiores correspondentes, no qual obteve valores médios entre 1,17<br />
e 1,41 mm. O coeficiente ideal para uma oclusão balanceada foi estabelecido entre<br />
1,20 e 1,22; com uma sobremordida de até 20%. Ressaltou que se tal coeficiente for<br />
aumentado por desgastes das faces proximais no arco inferior, a sobremordida<br />
poderá ser afetada.<br />
Hudson, em 1956, asseverou que não poderia ser removido mais que um<br />
terço da espessura do esmalte sem o risco de aumentar a desmineralização nos<br />
tratamentos ortodônticos que exigiam desgastes proximais nas faces de contato.<br />
Seccionou, no sentido mésio-distal, 30 incisivos centrais inferiores, 30 incisivos<br />
laterais inferiores e 30 caninos inferiores. Com o auxílio de um micrômetro, a<br />
espessura do esmalte à altura do ponto de contato e o diâmetro mésio-distal máximo<br />
6
Revisão de literatura 7<br />
da coroa, foram medidos. Concluiu que a espessura média do esmalte à altura do<br />
ponto de contato, para incisivo central, lateral e canino inferiores foi 0,590 mm, 0,660<br />
mm, 0,820 mmm respectivamente. Esta medida correlacionou-se fracamente com o<br />
diâmetro mésio-distal máximo do dente.<br />
Em um estudo longitudinal, Moorrees et al., em 1957, mediram o diâmetro<br />
mésio-distal em modelos de gesso de dentes decíduos e permanentes de 184<br />
crianças norte-americanas descendentes de europeus. A análise estatística dos<br />
dados, para dentes isolados e em grupos, foi apresentada em uma tabela que<br />
demonstrou que as coroas dos dentes provenientes de crianças do sexo masculino<br />
são invariavelmente maiores que das crianças do sexo feminino. Deste modo,<br />
provaram que o dimorfismo sexual é maior entre os dentes permanentes do que<br />
entre os dentes decíduos, sendo mais pronunciado para os caninos do que para<br />
qualquer outro dente em ambas as dentições. A média dos diâmetros encontrados<br />
para os primeiros pré-molares superiores foi de 7,01 mm para indivíduos do sexo<br />
masculino e de 6,85 mm para indivíduos do sexo feminino.<br />
Gillings e Buonocore, em 1961, realizaram um estudo com o objetivo de medir<br />
a espessura do esmalte nas quatro faces dos dentes de uma amostra de vinte e sete<br />
incisivos centrais e laterais inferiores. Por meio de secções seriadas e uma técnica<br />
de reconstrução gráfica, mediram a menor distância entre a superfície do esmalte e<br />
da junção amelo-dentinária, sendo esta uma medida da espessura radial do esmalte<br />
neste ponto. Esta medida variou de acordo com o plano adotado para a secção.<br />
Para a obtenção de uma medida verdadeira da espessura radial do esmalte,<br />
medidas de uma dada secção deveriam considerar a curvatura da superfície em<br />
ambos sentidos cérvico-incisal e mésio-distal. Concluíram que há um padrão<br />
definido do esmalte nas diferentes faces dos dentes: o esmalte da face vestibular é o
Revisão de literatura 8<br />
mais espesso de todas as faces, seguindo pelo esmalte da face distal, mesial e<br />
lingual. Os autores não encontraram correlação entre a espessura do esmalte e o<br />
diâmetro cérvico-incisal da coroa.<br />
Em 1965, Garn et al. realizaram um estudo longitudinal em pessoas<br />
pertencentes a uma mesma família, para verificar a influência genética e nutricional<br />
no tamanho do dente, cronologia de erupção e maturação geral do dente.<br />
Concluíram que fatores genéticos exerciam muita influência, mas fatores nutricionais<br />
só exerciam influência em casos de carências extremas.<br />
Huszar, em 1971, selecionou uma amostra de 197 dentes permanentes sem<br />
atrito, seccionou-os no sentido vestíbulo-lingual e com o auxílio de um micrômetro<br />
de precisão fez a medição. Chegou à conclusão que para todos dentes a espessura<br />
de esmalte diminui de incisal para cervical, e que a face vestibular tem uma<br />
espessura do esmalte maior que a face lingual.<br />
O estudo de Peck e Peck, em 1972, foi contestado e reavaliado por Smith et<br />
al., em 1982, quanto à importância da largura vestíbulo-lingual dos incisivos<br />
inferiores. Os estudos de 1982 indicam que não há nenhuma relação entre a largura<br />
vestíbulo-lingual e o apinhamento dos incisivos. As proporções dos formatos dentais<br />
estão relacionadas ao apinhamento apenas porque incluem a medida da dimensão<br />
mésio-distais.<br />
Shillingburg e Grace, em 1973, para determinar a espessura do esmalte e da<br />
dentina de dentes permanentes humanos, realizaram um estudo com 132 dentes<br />
superiores e 127 dentes inferiores, todos íntegros, sem cáries ou fraturas e com<br />
formação radicular completa, porém, não separados por lado, sexo ou grupo étnico.<br />
Os dentes foram incluídos em resinas e divididos ao meio no sentido longitudinal; a
Revisão de literatura 9<br />
seguir, foram realizados cortes perpendiculares ao longo eixo do dente, tendo como<br />
ponto de partida a junção amelocementária, e a partir dela se obteve 4 medidas com<br />
intervalos de 3 mm para a parte radicular e 9 medidas com intervalos de 1 mm para<br />
a parte coronária do dente. As medições foram realizadas em todas as faces dos<br />
dentes, com auxílio de um microscópio com aumento de 480 vezes. Os valores<br />
médios encontrados à altura do ponto de contato foram de 1,01 mm para a face<br />
mesial e de 1,04 mm para a face distal.<br />
Um estudo utilizando primeiros e segundos pré-molares superiores e<br />
inferiores foi realizado por El-Hadary et al., em 1975. Foram avaliados dentes de<br />
pacientes entre 25 e 50 anos de idade por meio de desgastes feitos no sentido<br />
mésio-distal e vestíbulo-lingual com discos de carburundum e medidos com uma<br />
escala, em forma de roda, regulada para medir décimos de milímetros e ajustada por<br />
um parafuso separador. Os resultados mostram que o esmalte dos pré-molares<br />
superiores é mais espesso do que os inferiores, para todas as regiões analizadas.<br />
Richardson e Malhotra em 1975, fizeram um estudo com 162 Afro-<br />
americanos, o qual, indicou que os diâmetros dos primeiros pré-molares superiores<br />
de indivíduos do gênero masculino são invariavelmente maiores do que os primeiros<br />
pré-molares superiores de indivíduos do gênero feminino. Em seu trabalho<br />
obtiveram os valores médios de 7,66 mm e 7,37 mm de diâmetro para cada<br />
indivíduo respectivamente. Também concluiram que a variância entre as medidas<br />
são mais frequentes no arco inferior do que no superior, o que indica resultados<br />
mais precisos para dentes superiores. Quando comparado os primeiros pré-molares<br />
com os segundos pre-molares, observaram que os primeiros possuem um diâmetro<br />
mesio-distal maior que os segudos independentemente do gênero do indivíduo.
Revisão de literatura 10<br />
Em 1977, Molnar e Gantt buscaram relacionar a espessura do esmalte à<br />
forma, função, dieta e biomecânica da mastigação. Fizeram um estudo que prevê<br />
dados tirados de comparações das dentições de nove espécies de primatas. Foram<br />
feitas secções histológicas de dentes e 21 medidas da espessura do esmalte oclusal<br />
foram comparadas entre si. Todas documentam que o esmalte oclusal no “Homo<br />
Sapiens” é mais espesso que nos “Pongids”, enquanto o macaco tem o esmalte<br />
mais delgado. Estes resultados preliminares tendem a suportar teorias que mostram<br />
cúspides de esmalte mais grossas e baixas para humanos, o que refleteria numa<br />
vantagem adaptativa que prolonga a vida funcional do molar, permitindo um certo<br />
grau de abrasão decorrente do uso, antes que a camada de esmalte seja perfurada.<br />
As pesquisas de Ghose e Baghdady, em 1979, indicaram que a média do<br />
diâmetro mesio-distal dos primeiros pré-molares superiores é maior do que a média<br />
dos segundos pré-molares superiores e que no arco inferior isso não se repete. Eles<br />
estudaram 161 modelos de indivíduos Iraquianos de ambos os gêneros e verificaram<br />
que não houve diferença significativa entre dentes do lado esquerdo e direito. A<br />
média do diâmetro mésio-distal, no gênero masculino para primeiros pré-molares<br />
superiores do lado direito foi de 7,17 mm e de 7,19 mm para o lado esquerdo, sendo<br />
a média entre os dois lados foi de 7,18 mm para o lado direito e de 7,78 mm para o<br />
lado esquerdo, sendo a média dos dois lados para o gênero feminino de 7,81 mm. A<br />
população alvo deste estudo, foi ainda subdividida entre Iraquianos, Beduínos e<br />
Yemenitos. Esta subdivisão demonstrou que a procedência geográfica também<br />
influencia na obtenção dos resultados porque houveram diferenças significantes<br />
quando os dentes foram analizados isoladamente e em grupos para cada etnia em<br />
ambos os gêneros.
Revisão de literatura 11<br />
Macko, Ferguson e Sonnenberg, em 1979, aferiram modelos de gesso<br />
obtidos de 113 Afro-Americanos utilizando um paquímetro digital e chegaram a<br />
conclusão de que para ambos, primeiros pré-molares superiores e inferiores não há<br />
correlação entre o gênero dos indivíduos e o tamanho do diâmetro dental. A média<br />
do diâmetro dos primeiros pré-molares superiores foi de 7,5 mm para ambos os<br />
gêneros.<br />
Tuverson, em 1980, em seu artigo sobre relação interoclusal de dentes<br />
anteriores, mostrou que para se alcançar os objetivos gnatológicos, muitas vezes há<br />
a necessidade da redução do comprimento do arco por meio de desgastes. Afirmou<br />
que somente a metade da espessura do esmalte deve ser removida, sem, contudo,<br />
relacionar dados referentes à espessura do mesmo.<br />
Em 1981, Della-Serra e Vellini Ferreira, afirmaram que a espessura do<br />
esmalte varia de acordo com a porção do dente considerada, sendo que a máxima<br />
atingida é de 2 a 3 mm ao nível da borda incisal dos dentes incisivos e no ápice das<br />
cúspides dos caninos, pré-molares e molares. A partir deste ponto a camada de<br />
esmalte se adelgaça á medida que se aproxima da linha cervical. Segundo estes<br />
autores a espessura final do esmalte está concluída antes da erupção dos mesmos.<br />
Graziano, Cumbo e Messina, em 1984, obtiveram resultados não significantes<br />
para o dimorfismo sexual de todos os dentes, exceto os caninos, não notando<br />
diferenças relevantes na espessura do esmalte.<br />
Artum, em 1987, em um estudo retrospectivo, com pacientes adultos 16 anos<br />
após a conclusão do tratamento ortodôntico, mostraram que não há diferença nas<br />
condições periodontais entre dentes com normal espaço entre as raízes e dentes<br />
que tiveram suas raízes aproximadas e o septo ósseo adelgaçado. Cita que
Revisão de literatura 12<br />
aparentemente a quantidade de osso entre as raízes é de secundária importância na<br />
progressão da doença periodontal.<br />
Buschang, Demirjian e Cadotte, em 1988, analisaram os diâmetros mésio-<br />
distal dos dentes permanentes de homens e mulheres canadenses, de origem<br />
francesa e compararam com norte-americanos. As diferenças de tamanho, dentro da<br />
amostra seguiram os padrões esperados. Em comparação às referências<br />
comumente usadas para norte-americanos, as amostras de incisivos, primeiros pré-<br />
molares e primeiros molares de canadenses, de origem francesa, eram<br />
freqüentemente maiores. Os achados implicaram que padrões separados de<br />
tamanho de dentes eram exigidos para canadenses de origem francesa. A aplicação<br />
rotineira usada para avaliar o tamanho relativo dos dentes e predizer o tamanho do<br />
mesmo deveria ser reavaliada.<br />
Boese, em 1988, relatou em seu trabalho, que o desgaste das faces<br />
proximais dos dentes podem garantir a estabilidade do tratamento. Afirmou que<br />
metade da superfície de esmalte pode ser removida, mas não relacionou dados<br />
referentes á espessura desses dentes.<br />
Em 1989, Bishara et al. propuseram em seu estudo examinar os diâmetros<br />
mésio-distal e vestíbulo-lingual da coroa em 3 populações. Sua amostra era<br />
constituída de adultos jovens, homens e mulheres, americanos, egípcios e<br />
mexicanos. Todos portadores de Classe I com oclusão normal sem tratamento<br />
ortodôntico. Os dentes foram avaliados individualmente e a soma de cada grupo<br />
entre as 3 populações. Concluíram que:<br />
1- Discrepância entre dentes homólogos de lado opostos são de pequena<br />
significância.
Revisão de literatura 13<br />
2- Todas as populações apresentam diferença significativa nos diâmetros dentais<br />
entre os sexos, com garotos tendo caninos e primeiros molares maiores que as<br />
garotas.<br />
3- Há uma maior variação entre o diâmetro vestíbulo-lingual do que mésio-distal<br />
entre as 3 populações.<br />
4- Há maior similaridade entre os diâmetros dos dentes entre garotos das 3<br />
populações do que entre as garotas, embora seja de pequena significância.<br />
5- Padrões para diâmetro mésio-distal e vestíbulo-lingual foram desenvolvidos para<br />
as 3 populações. As equações de previsão usadas para análise de espaço em<br />
dentição mista para determinar tamanho de dente e discrepância de<br />
comprimento de arcada pode ser usada para os egípcios e os mexicanos, após<br />
algumas modificações.<br />
Figún e Garino, em 1989, afirmaram que a espessura do esmalte é máxima<br />
nas margens oclusais e cúspides, sendo 2,000 mm nos incisivos, 2,400 mm nos<br />
caninos, 3,000 mm nos pré-molares e molares; é intermediária nos terços centrais<br />
das faces de contato e nos sulcos oclusais onde às vezes pode não existir dando<br />
origem a fissuras; é mínima ao nível do colo. Portanto, a espessura do esmalte tem<br />
relação direta com o trabalho mastigatório a ser desempenhado em cada região do<br />
dente, quanto maior o trabalho mastigatório a ser efetuado, maior a espessura do<br />
esmalte.<br />
As investigações de Boderau, 1990, preocuparam-se com a reconstrução de<br />
facetas de cerâmica em dentes anteriores; o autor mediu a espessura de esmalte<br />
vestibular de caninos, incisivos laterais e centrais superiores. Afirmou que os dentes<br />
com formato triangular geralmente mostram um grande estreitamento mésio-distal
Revisão de literatura 14<br />
na porção gengival, apresentado uma carência de esmalte nessa região. Foram<br />
utilizados 45 dentes (caninos, centrais e laterais), extraídos por razões periodontais,<br />
de pacientes com aproximadamente 40 anos de idade, os dentes selecionados logo<br />
após a exodontia foram conservados em formol. Os cortes foram realizados com<br />
discos diamantados em alta velocidade e boa refrigeração no sentido longitudinal<br />
(longo eixo do dente), e no sentido transversal ao nível cervical, médio e incisal.<br />
Logo após as amostras foram armazenadas em água a 37ºC até a fase de<br />
mensuração. As medições foram realizadas por meio de um microscópio eletrônico<br />
de varredura (Philips 503-B). As amostras sofreram previamente, uma metalização<br />
com ouro por um metalizador JEOL JFC 1100 F.C. Foram obtidas micrografias com<br />
películas Polaroid 667 e as espessuras determinadas por micromarcas superpostas<br />
sobre a superfície a medir. A profundidade dos preparos foi medida nos terços<br />
gengivais, médios e incisais dos caninos e incisivos centrais, onde observou-se que<br />
dificilmente ultrapassava 0,50 mm, o que para esses dentes assegurava uma<br />
espessura de esmalte suficiente, para não acarretar comprometimento da dentina ou<br />
da adesão da peça protética.<br />
Para avaliar o aumento da susceptibilidade às cáries e doenças periodontais<br />
após ter sido aplicada a técnica de desgastes de 0,5 mm do esmalte das faces<br />
proximais, com uso do alta rotação, Crain e Sheridan, em 1990, desgastaram 151<br />
faces proximais de molares e pré-molares, e após 5 anos, compararam as<br />
radiografias “bitewing” pré e pós tratamento e observaram que não houve diferença<br />
estatisticamente quanto à susceptibilidade à cáries ou altura da crista óssea.<br />
Em 1991, Thordarson et al. estudaram os efeitos da remodelação, na polpa e<br />
na dentina provocados por desgastes e demonstraram que é possível fazer extensos<br />
desgastes nas várias regiões dentais sem desconforto para o paciente, com ou sem
Revisão de literatura 15<br />
alteração clínica ou radiográfica. Exames clínicos e histológicos a curto prazo não<br />
indicaram complicações patológicas na remodelação dos dentes.<br />
Comparando o diâmetro mésio-distal das coroas dos dentes mandibulares<br />
entre brancos e negros, Merz et. al., em 1991, com uma amostra de 51 pacientes<br />
negros (16 homens e 35 mulheres), e outra com 50 pacientes brancos (16 homens e<br />
34 mulheres), chegaram à conclusão que os incisivos centrais e laterais não<br />
apresentam diferenças significantes entre as raças, contudo os demais dentes<br />
apresentam-se maiores na raça negra, tanto para os homens quanto para as<br />
mulheres. Para os caninos a média foi de 7 mm para negros e 6,67 mm para os<br />
brancos, com um desvio padrão de 0,52 mm e 0,51 mm respectivamente.<br />
Scotti, Villa e Carossa em 1989, desenvolveram um método radiográfico a fim<br />
de determinar a espessura dos tecidos mineralizados da coroa dental onde pudesse<br />
promover desgastes sem provocar alterações pulpares. No estudo foram<br />
selecionados dentes de dez pacientes, com indicação de exodontias de incisivos ou<br />
pré-molares, por motivos ortodônticos ou periodontais. Antes das extrações, foram<br />
tomadas radiografias periapicais usando a técnica do paralelismo. Logo após as<br />
extrações, os dentes foram incluídos em resina e submetidos ao seccionamento em<br />
intervalos de 0,50 mm e das medidas encontradas comparadas com as medidas<br />
radiográficas. Para se calcular o erro residual, subtraiu-se o valor anatômico do<br />
radiográfico, e para obter-se o erro médio relativo, dividiu-se o erro residual pela<br />
medida anatômica.<br />
Erro residual = medida anatômica – medida radiográfica<br />
Erro médio relativo =<br />
Erro residual<br />
Medida anatômica
Revisão de literatura 16<br />
A análise dos dados mostrou um erro relativo médio de 4,4% que equivale, a<br />
termos métricos a 1,20 mm, ficou demonstrado que as radiografias, com a ajuda<br />
deste coeficiente, podem ser um elemento de grande valia na avaliação das<br />
medidas dos tecidos mineralizados dos dentes.<br />
A pesquisa de Jordan e Abrans, em 1992, relata que a espessura final do<br />
esmalte é concluída antes da erupção do dente e que ela varia em diferentes<br />
regiões do mesmo. Sobre as cúspides dos molares atinge uma média de 2,600 mm,<br />
sobre as cúspides dos pré-molares 2,300 mm e sobre a borda incisal dos incisivos<br />
em torno de 2,000 mm. Concluíram também, que a espessura do esmalte torna-se<br />
mais fina progressivamente em direção à cervical.<br />
Ferrari et. al., em 1992, consideraram importante para o êxito dos laminados<br />
de porcelana, o conhecimento da espessura do esmalte, o qual varia de acordo com<br />
o dente e em suas várias faces. O preparo no esmalte acima de 0,500 mm é contra<br />
indicado, devido aos materiais de cimentação e a possível exposição de dentina.<br />
Foram examinados 114 dentes extraídos, seccionados nos terços gengival, médio e<br />
incisal. Com o auxílio de compasso, capaz de avaliar décimos de milímetros, foram<br />
tomadas medidas por diferentes operadores. Os resultados mostraram que a<br />
espessura do esmalte vestibular dos dentes anteriores oferece melhores condições<br />
para os laminados de coroas tipo veneers.<br />
Vieira e Lima em 1992, em seu trabalho sobre a espessura de esmalte no<br />
preparo de facetas estéticas, preocuparam-se em saber qual o mínimo de desgaste<br />
para o referido preparo. Foram executados cortes seqüenciais dos dentes obtendo-<br />
se fatias perpendiculares ao longo eixo dos mesmo em 3 regiões distintas: metade<br />
do terço cervical, metade da coroa clínica e metade do terço incisal. As medidas<br />
foram obtidas por meio de um microscópio comparador (marca Zeiss) e, em cada
Revisão de literatura 17<br />
fatia, foi relatada a face mesial, os ângulos mésio-vestibular e disto-vestibular, a<br />
linha média vestibular e a face distal. Os autores concluíram que os preparos para<br />
esse tipo de restauração na maioria das vezes atingem a dentina, sendo necessário<br />
cuidados especiais para a obtenção de uma retenção eficaz.<br />
Em 1993, Spoor et al avaliaram a precisão da espessura do esmalte<br />
utilizando tomografia computadorizada compara às secções físicas. A alta resolução<br />
e potencial não destrutivo deste método difundiram seu uso na morfometria e<br />
paleoantropologia. A melhor precisão possível e alcançada em uma espessura<br />
mínima observada no estudo é de 1,10 mm com um erro de aproximadamente 0,10<br />
mm.<br />
Em 1993, Macho e Berner seccionaram 44 molares superiores entre as<br />
cúspides mesiais, num plano perpendicular à margem cervical da coroa, verificaram<br />
que os primeiros molares superiores têm esmalte mais delgado que os segundos e<br />
terceiros molares do mesmo arco, especialmente com relação à base oclusal.<br />
Afirmaram que parecia haver uma relação entre a força mastigatória e a espessura<br />
do esmalte, tanto que em molares onde a força mastigatória é mais forte, há esmalte<br />
mais espesso do que em dentes anteriores.<br />
Em sua tese de mestrado, Ueti, 1996, estudou a espessura do esmalte e da<br />
dentina considerando a idade, o grupo de dentes e a distância com a porção externa<br />
da coroa clínica. Sessenta e quatro dentes foram avaliados e divididos em quatro<br />
grupos compostos por 4 incisivos centrais superiores, 4 caninos superiores, 4 pré-<br />
molares superiores e 4 molares superiores. Com incidência de Raios-X aplicadas em<br />
uma posição padrão no centro da coroa clínica de cada dente, foram tomadas as<br />
imagens radiográficas periapicais. As películas foram projetadas num papel fixado a<br />
uma parede a uma distância de 1,25m, do projetor de imagens, obtendo-se assim,
Revisão de literatura 18<br />
um aumento de 10 vezes. As imagens obtidas no papel foram medidas com um<br />
paquímetro micrométrico e os valores encontrados foram revertidos para o tamanho<br />
natural do dente. Após a análise dos dados verificou que:<br />
1. Com a idade, a espessura da dentina aumenta gradativamente. Esse aumento é<br />
mais intenso na faixa etária de 16 a 25 anos. Na faixa situada entre 26 e 56 anos<br />
esse aumento diminui em intensidade, apresentando uma tendência à<br />
estabilização.<br />
2. A maior espessura do esmalte e da dentina foi encontrada nos incisivos centrais<br />
e a menor nos caninos, os pré-molares e molares apresentaram valores<br />
intermediários, porém, praticamente com mesma quantidade de esmalte e<br />
dentina entre si.<br />
3. A menor espessura do esmalte e dentina foi encontrada na distância mésio-<br />
cervical em contraste com a distância disto-cervical.<br />
4. Estatisticamente as médias demonstraram que houve significância em 0,1%<br />
entre os fatores principais: idade (A), grupo de dentes (B) e distâncias estudadas<br />
em 5 níveis (C) e entre as interações BxC e AxBxC. A interação AxB mostrou-se<br />
significante em 5% e na interação AxC não houve significância.<br />
Mengar em 1996, pesquisando a espessura do esmalte remanescente após a<br />
preparação de descansos em cíngulos, realizados em caninos superiores, em 25<br />
dentes, observou que nesta região anatômica, antes do preparo, a espessura do<br />
esmalte variou de 1,400 mm a 1,120 mm com média de 1,142 mm. Em seu trabalho,<br />
o autor verificou que 15% dos preparos realizados para apoio de prótese mostram<br />
um desgaste além do necessário.
Revisão de literatura 19<br />
As relações entre a densidade óptica da imagem radiográfica e a espessura<br />
do esmalte, em faces proximais de primeiros pré-molares superiores e inferiores,<br />
utilizando radiografias de 15 indivíduos brancos do gênero masculino na faixa etária<br />
entre 18 e 25 anos foram avaliadas por Spohr e Costa em 1997. Essas radiografias<br />
foram submetidas a um escaneamento por computador e transferidas para um<br />
programa de análise “Dentscan-Dentview”. Examinaram-se 25 faces mesiais e 25<br />
faces distais perfazendo um total de 100 faces proximais. Chegaram a resultados<br />
que indicaram a existência de uma correlação entre a espessura e a densidade<br />
óptica do esmalte a um nível de significância de 1%. Concluíram também que nos<br />
pré-molares superiores, o lado mesial possui uma espessura e densidade óptica<br />
superior em relação à face distal, e não havendo diferença significativa entre as<br />
espessuras de esmalte dos lados mesiais e distais dos primeiros pré-molares<br />
inferiores, apesar da densidade óptica ter demonstrado um maior valor na distal dos<br />
mesmos. Observaram que houveram diferenças estatisticamente significantes, de<br />
1% entre a espessura e a densidade óptica, com valores mais elevados nos pré-<br />
molares superiores.<br />
Por meio de radiografias periapicais de 115 adolescentes americanos<br />
brancos, Haris e Hicks, em 1998, realizaram medições que permitiram o estudo do<br />
padrão de variação da espessura do esmalte nas faces proximais dos 4 incisivos<br />
superiores. Concluíram que a espessura do esmalte foi levemente maior na face<br />
distal em relação à mesial, em ambos os incisivos, com diferença muito pequena<br />
(0,100 mm). Não encontraram dimorfismo sexual entre as espessuras do esmalte<br />
mesial e distal. A espessura de dentina foi maior nos homens. Portanto, segundo os<br />
autores o dimorfismo sexual no diâmetro mésio-distal máximo é devido à espessura<br />
da dentina.
Revisão de literatura 20<br />
A espessura de esmalte na altura do ponto de contato em incisivos inferiores,<br />
quando observada por radiografias, mesmo com o aumento de 10 vezes, é difícil de<br />
ser avaliada, segundo Araujo, em 2000.Esse autor concluiu que as espessuras das<br />
faces distais são maiores que das superfícies mesiais.<br />
Zhong, em 2000, descreveu uma nova técnica para redução interproximal do<br />
esmalte com auxilio de disco diamantado com granulação menor que 30 microns e<br />
posterior polimento com discos Sof-Lex XT fino e ultratino. Seus resultados<br />
mostraram que em mais de 90% das superfícies desgastadas com um polimento,<br />
foram consideradas muito boas, quando analisados em um microscópio eletrônico<br />
de varredura. A amostra apresentava 32 pacientes com idade média de 15,5 anos<br />
com indicação ortodôntica de redução dos dentes. Foram desgastadas 296 faces de<br />
esmalte (150 interproximais de incisivos e caninos e 36 dentes posteriores). Antes<br />
do desgaste a quantidade de espaço necessária foi calculada ou determinada por<br />
meio de um set-up ideal. O autor demonstrou que depois de avaliada a quantidade<br />
de esmalte que pode ser removida sem efeitos deletérios, o desgaste pode<br />
promover um espaço extra mantendo todos os dentes no arco para a conclusão do<br />
tratamento.<br />
Grine, Stevens e Jungers, em 2001, disseram que as mensurações avaliadas<br />
por meio de radiografias possuíam uma margem de erro muito grande, e que em<br />
certos casos poderiam tanto subestimar ou superestimar o valor real da espessura<br />
do esmalte, não se tornando portanto um método confiável para a avaliação destas<br />
medidas.<br />
Tormin Junior,em 2001, realizou estudo para obter a espessura média de<br />
esmalte nas faces proximais dos incisivos inferiores e os diâmetros máximos das<br />
coroas dos dentes, à altura do ponto de contato. Por meio de um paquímetro digital
Revisão de literatura 21<br />
(Mytutoio) com precisão de 0,01mm foram executadas as medições dos diâmetros<br />
máximos das coroas dos dentes. Os dentes selecionados foram incluídos em resina<br />
e seccionadas em um recortador; após a obtenção das laminas centrais mediu-se a<br />
espessura do esmalte nas faces proximais por meio de um perfilômetro de precisão<br />
centesimal, que permitia uma padronização da medidas através do alinhamento do<br />
eixos cartesianos ( X e Y) do perfilômetro com o longo eixo do dente. Foi constado<br />
que em todos os dentes, a face distal apresentava-se mais espessa que a mesial.<br />
Concluiu que a espessura do esmalte independente do lado (direito ou esquerdo) ou<br />
do dente (central ou lateral) é em média 0,705 +/- 0,018mm para face mesial e 0,875<br />
+/- 0,029mm para face distal.<br />
Machado et al., em 2002, publicaram um estudo, para avaliar o diâmetro<br />
mésio-distal e cérvico-incisal de uma amostra de 50 dentes decíduos superiores<br />
hígidos, divididos em 18 incisivos centrais (IC), 11 incisivos laterais (IL) e 21 caninos<br />
(C), previamente limpos, esterilizados em autoclave (127º durante 15 minutos) e<br />
estocados em solução de água destilada, sob refrigeração. As medidas foram<br />
realizadas por um único examinador, previamente calibrado, e aferidas em três<br />
ocasiões diferentes, com a seguinte metodologia:<br />
Tomada do diâmetro cérvico-incisal (CI): medida efetuada à partir do ponto<br />
médio da cervical (por vestibular) até a borda incisal, utilizando-se do paquímetro<br />
digital (Mytutoio®) com precisão de 0,01mm.<br />
Tomada do diâmetro mésio-distal (MD): medida efetuada a partir do ponto médio<br />
(por vestibular) até o ponto médio da face distal.<br />
Os dados foram anotados e o valor utilizado para a análise estatística foi a<br />
média aritmética das três tomadas efetuadas, os resultados médios obtidos foram
Revisão de literatura 22<br />
tabulados, e calculada a média aritmética dos diâmetros mésio-distal e cérvico-<br />
incisal. O quadro a seguir ilustra estes valores (quadro 2.6).<br />
Quadro 2.1 –Diâmetros cérvico-incisal e mésio-distal de incisivos centrais,<br />
laterais e caninos superiores decíduos.<br />
Elemento dentário Diâmetro M-D Diâmetro C-I<br />
Incisivo central superior decíduo 6,66 mm 6,07 mm<br />
Incisivo lateral superior decíduo 5,09 mm 5,85 mm<br />
Canino superior decíduo 6,93 mm 6,51 mm<br />
M-D = mésio distal<br />
C-I = cérvico incisal<br />
O dimorfismo sexual para o tamanho de dentes posteriores foi constatado por<br />
Paixão, Cordeiro e Gandini Júnior, em 2002, onde verificaram que pacientes do<br />
gênero masculino apresentaram a soma dos diâmetro mésio-distais de incisivos,<br />
caninos e pré-molares estatisticamente maiores que dos pacientes do gênero<br />
feminino. Nesta mesma pesquisa, concluíram que tais valores foram<br />
estatisticamente maiores que o da população Americana proveniente da tabela de<br />
Moyers, em 1988.<br />
Adotando o mesmo método que Tormin Jr., em 2001, Iwasa, em 2002,<br />
analisou o incisivos centrais e laterais superiores, concluindo que a espessura do<br />
esmalte na face distal mostrou-se mais espessa do que na face mesial,<br />
independente do dente ou do lado (esquerdo ou direito) da arcada. Para espessura<br />
do esmalte os valores médios obtidos foram 0,794 +/- 0,146mm para face mesial e<br />
0,983 +/- 0,167mm para a distal do incisivo central direito. 0,914 +/- 0,185mm na<br />
face mesial 1,046 +/- 0,182 mm na distal do incisivo central esquerdo. Nos incisivos<br />
laterais a média encontrada para a face mesial do lado direito foi de 0,864 +/-<br />
0,117mm e 0,947 +/- 0,119mm na distal. Para o lado esquerdo foi de 0,857 +/-<br />
0,147mm na mesial e 1,057 +/- 0,212 mm na distal.
Revisão de literatura 23<br />
Souza, em 2003, dando continuidade à mesma linha de pesquisa anterior,<br />
avaliou as medidas da coroa e espessura do esmalte nas faces proximais de<br />
caninos permanentes superiores e inferiores e suas possíveis correlações. Concluiu<br />
que a espessura media do esmalte na face distal é maior que na face mesial. O<br />
valor médio da espessura do esmalte na face mesial foi de 1,042 +/- 0,102 mm para<br />
superiores direito; 1,008 +/- 0,150mm nos superiores esquerdos; 0,771 +/- 0,077 nos<br />
inferiores direitos e 0,792 +/- 0,132 para os inferiores esquerdos. Para a espessura<br />
distal os valores médios encontrados foram de 1,213 +/- 0,093 mm para superiores<br />
direito; 1,226 +/- 0,188mm nos superiores esquerdos; 0,986 +/- 0,122mm nos<br />
inferiores direitos e 1,042 +/- 0,113 mm nos inferiores esquerdos.<br />
Em seu estudo sobre espessura do esmalte em 40 primeiros pré-molares<br />
superiores Macha, em 2004, usando um método diferente da linha de pesquisa<br />
proposta no presente estudo, seccionou o dente em seu longo eixo obtendo uma<br />
lâmina central de 0,6mm de espessura, à altura do ponto de contato. As lâminas de<br />
cada dente foram coladas com resina ortoftálmica em uma lâmina de vidro e<br />
diafanizadas para sua maior translucidez. As lâminas foram observadas com uma<br />
lupa estereoscópica e as imagens capturadas com uma câmera fotográfica digital<br />
acoplada à lupa, a imagem foi transerida para o computador e executou-se as<br />
medições. Para a espessura de esmalte do lado direito na face mesial os valores<br />
médios encontrados foram de 1,082+/- 0,145mm, na face distal foi de 1,292 +/-<br />
0,120mm. A espessura do lado esquerdo na face mesial foi de 1,192 +/- 0,256mm,<br />
na face distal foi de 1,296 +/- 0,187mm. O autor concluiu que as espessuras de<br />
esmalte mesial e os diâmetros mésio-distal do lado esquerdo, se apresentaram<br />
correlacionadas de maneira estatísticamente significante e a espessura do esmalte<br />
mesial foi sempre menor que a espessura do esmalte na face distal em sua média.
Revisão de literatura 24<br />
Zachrisson, em 2004, avaliou 59 pacientes, sendo 24 do gênero masculino e<br />
35 do gênero feminino, com mais de 10 anos de conclusão do tratamento. Todos<br />
foram tratados com desgaste interproximal e ortodontia fixa. Os resultados<br />
encontrados mostraram que, nesta amostra de pacientes não houve aumento de<br />
risco à cárie, problemas periodontais e sensibilidade à temperatura.<br />
Kato, em 2005, em seu estudo da espessura do esmalte proximal em<br />
primeiros pré-molares inferiores, concluiu que o valor médio na face mesial do lado<br />
direito foi de 1,025 +/- 0,172mm. O valor médio na face distal do lado direito foi de<br />
1,229 +/- 0,173mm. No lado esquerdo o valor médio encontrado na mesial foi de<br />
1,063 +/- 0,166mm e na distal 1,293 +/- 0,206mm. Independente do lado, a<br />
espessura do esmalte na face distal foi sempre maior que na face mesial.<br />
Fisher, em 2006, com o mesmo método relatado anteriormente por Kato, em<br />
2005, mediu a espessura do esmalte proximal em segundos pré-molares superiores<br />
e teve como resultado um valor médio da face mesial do lado direito de 1,069 +/-<br />
0,159. O valor médio da distal do lado direito foi de 1,138 +/- 0,146. No lado<br />
esquerdo o valor médio da face mesial foi de 1,136 +/- 0,191 e na distal de 1,178 +/-<br />
0,156. Em ambos os lados houve correlações estatisticamente significantes entre a<br />
espessura do esmalte mesial e a espessura do esmalte distal. Independente do<br />
lado, a espessura média do esmalte é maior na face distal que na mesial.<br />
Em 2006, Jarjoura et al, fizeram um estudo comparativo em dentes com e<br />
sem desgastes interproximais feitos com instrumentos de rotação, para avaliar a<br />
susceptibilidade à cárie. Foi observado clínica e radiograficamente dentes de 1 a 6<br />
anos pós-tratamento e o número de lesões interproximais não foi estatísticamente<br />
significante, comparado com o grupo sem desgastes interproximais.
3<br />
PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO<br />
Este estudo se propõe a:<br />
1. Determinar os valores máximo, médio e mínimo dos diâmetros mésio-distal,<br />
cérvico-incisal e vestíbulo-lingual das coroas de primeiros pré-molares superiores<br />
humanos.<br />
2. Aferir os valores máximo, médio e mínimo da espessura do esmalte destes<br />
dentes nas suas faces proximais à altura do ponto de contato.<br />
3. Analisar as possíveis correlações entre a espessura do esmalte nas faces<br />
proximais e os diâmetros mésio-distal, cérvico-incisal e vestíbulo-lingual, para os<br />
dentes avaliados.<br />
26
4<br />
MATERIAL E MÉTODOS
4 MATERIAL E MÉTODOS<br />
4.1 Material<br />
Foram avaliados o diâmetro mésio-distal, cérvico-incisal e vestíbulo-lingual e<br />
a espessura do esmalte nas faces proximais de 40 dentes primeiros pré-molares<br />
superiores permanentes humanos íntegros, sendo 20 direitos e 20 esquerdos<br />
(aprovação da Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São<br />
Paulo, Apêndice A) . A amostra foi constituída por dentes cedidos pelo Banco de<br />
Dentes do Departamento de Anatomia da Universidade da Região de Joinville e pelo<br />
Banco de Dentes do Departamento de Anatomia da Universidade Cidade de São<br />
Paulo.<br />
Foram utilizados também:<br />
Paquímetro digital Mitutoyo.<br />
Resina Ara, marca Redelease.<br />
Formas plásticas de gelo.<br />
Cera utilidade.<br />
Recortador Lab-Cut 1010.<br />
Perfilômetro Mitutoyo Profile Projector PJ 300 ( Equipamento gentilmente cedido<br />
pela Universidade de São Paulo).<br />
4.2 Métodos<br />
Para obter as medidas máximas dos diâmetros mésio-distal, vestíbulo-lingual<br />
e cervico-incisal, os dentes pré-selecionados em cada um dos dois grupos<br />
28
Material e métodos 29<br />
especificados no item Material, foram numerados (figura 4.1 e 4.2) e medidos com<br />
um paquímetro digital Mitutoyo de precisão centesimal (figura 4.3).<br />
Figura 4.1 - 20 primeiros pré-molares direitos e 20 primeiros pré-molares esquerdos<br />
Figura 4.2 - Demarcação dos<br />
dentes<br />
Figura 4.3 - Paquímetro digital<br />
Mitutoyo<br />
Foi medida a distância entre o ponto mais extremo da face distal até o ponto<br />
mais extremo da face mesial á altura do ponto de contato, mediu-se o diâmetro<br />
mésio-distal máximo dos dentes (figura 4.4). A distância da borda oclusal na face<br />
vestibular até a junção amelocementária da região cervical do dente mediu-se o<br />
diâmetro cérvico- oclusal máximo das coroas dentais (figura 4.5). Os valores obtidos<br />
entre o ponto médio da face vestibular, e o ponto médio da face lingual das coroas<br />
dos dentes evidenciam o diâmetro vestíbulo-lingual máximo das coroas (figura 4.6).<br />
Todos os valores obtidos foram anotados em uma planilha.
Figura 4.4 - Medida mésio-distal Figura 4.5 - Medida cérvico-oclusal<br />
Figura 4.6 - Medida vestíbulo-lingual<br />
Material e métodos 30<br />
Em seqüência, os dentes foram posicionados, com auxilio de cera utilidade,<br />
em formas plásticas de gelo e incluídos em resina Ara, observando-se sempre que a<br />
face vestibular de cada dente estivesse sempre voltada para o fundo da forma. Após<br />
a inclusão da resina e aguardado o tempo de secagem, foram retirados da forma<br />
(figura 4.7).
Figura 4.7 - Dentes posicionados; resina e catalizador utilizados<br />
Material e métodos 31<br />
Os dentes foram posicionados no recortador Lab Cut 1010, de modo que o<br />
longo eixo dental e os pontos de contato coincidissem com o plano de corte da<br />
lâmina. O disco foi deslocado, com auxilio do micrômetro do recortador, 0,6 mm para<br />
a vestibular em relação ao longo eixo do dente, onde foi realizado o primeiro corte,<br />
com uma velocidade média de 350 rpm. Um segundo corte foi feito com um<br />
afastamento de 1,2mm para lingual em relação ao primeiro corte, obtendo-se uma<br />
lâmina central de 1,00mm de espessura. Levou-se em conta que a lâmina sofre um<br />
desgaste de 0,2mm devido à espessura do disco (figura 4.8).
Figura 4.8 - Lab Cut 1010, posicionamento do dente e cortes efetuados.<br />
Material e métodos 32<br />
Com as lâminas prontas, as espessuras do esmalte nas faces proximais<br />
foram medidas por meio de um Perfilômetro Mitutoyo de precisão milesimal (figura<br />
4.9).
Figura 4.9 - Perfilômetro Mitutoyo<br />
Material e métodos 33<br />
As lâminas foram colocadas no perfilômetro, de maneira que o longo eixo do<br />
dente coincidisse com o eixo cartesiano do perfilômetro, que deslocou-se<br />
respectivamente no sentido horizontal e vertical. Através do descolamento do eixo<br />
cartesiano do perfilômetro, para mesial e para distal do dente, foram obtidos os<br />
valores correspondentes à espessura do esmalte dental (figura 4.10).<br />
Figura 4.10 - Imagem ampliada da lâmina no Perfilômetro.<br />
Todas as medidas efetuadas foram repetidas diversas vezes até que<br />
tivéssemos certeza do valor medido.
Material e métodos 34<br />
Com base nestas medidas, aplicamos análises estatísticas para avaliar as<br />
possíveis correlações entre as dimensões dentais e a espessura do esmalte<br />
proximal, nos dois grupos de dentes. A análise estatística escolhida para este<br />
trabalho foi o teste “t” de Student. Um conceito muito útil, que será utilizado neste<br />
trabalho é o nível de significância, que é a probabilidade máxima de um dado evento<br />
ocorrer. Também estudou-se o nível de correlação entre as diversas grandezas<br />
medidas (diâmetros mésio-distal, cérvico-incisal e vestíbulo-lingual, e as espessuras<br />
mesial e distal do esmalte) por meio do uso do coeficiente de correlação dos testes<br />
de Pearson e Spearman.<br />
As comparações entre as dimensões de variáveis de mesmo nome<br />
(comparações entre os lados direito e esquerdo) foram feitas por meio dos testes “t”<br />
independentes.<br />
A fim de responder a pergunta sobre a predição que os diâmetros cérvico-<br />
oclusal, vestíbulo–lingual e mésio- distal exerceram sobre as espessuras de esmalte<br />
das faces proximais, sistemas estatísticos de Regressão Linear Múltipla foram<br />
construídos.<br />
Os sistemas de regressão foram construídos no sentido de elucidar o<br />
relacionamento que melhor explicou, ou melhor, predisse o comportamento da<br />
variável dependente (espessura de esmalte). Partiu-se sempre de um modelo<br />
simultâneo, onde todas as variáveis independentes (diâmetros) foram<br />
acrescentadas. A partir daí as variáveis independentes, que por ventura não<br />
acrescentaram nenhuma predição ou explicação da variável dependente, de<br />
maneira significante, foram retiradas até que um modelo final fosse obtido, sendo<br />
que, ele pode ser composto por todas as variáveis inseridas, qualquer combinação<br />
delas, por uma só ou até por nenhuma delas; sendo, este último o caso onde
Material e métodos 35<br />
nenhuma das variáveis independentes apresentou qualquer relação com a variável<br />
dependente em questão.<br />
Os resultados dos testes foram expressos em tabelas de parâmetros<br />
estatísticos e, nos casos onde foi constatado relação significante entre a variável<br />
dependente com qualquer combinação de variáveis independentes, foram também<br />
expressos em equações de reta lineares do tipo: Y = ax + a x ... + b , sendo Y o valor<br />
da variável dependente, x o valor da variável independente, b a estimativa do valor<br />
de Y, quando a reta cruza o eixo Y (quando x é zero) e a a estimativa do coeficiente<br />
angular da variável x.<br />
Como os testes de regressão lineares requerem como condição a distribuição<br />
normal e a linearidade da relação entre as variáveis, gráficos demonstrativos destas<br />
condições precederam todos os testes.<br />
1<br />
1
5<br />
RESULTADOS
5 RESULTADOS<br />
Os valores máximos, médios e mínimos referentes aos diâmetros M-D, V-L e<br />
C-O e a espessura do esmalte mesial e distal dos primeiros pré-molares superiores<br />
à altura do ponto de contato estão expressos na tabela 5.1.<br />
Tabela 5.1 - Estatística Descritiva<br />
Nome N Amplitude<br />
Mín Máx Soma Média<br />
Erro<br />
Padrão<br />
Desvio<br />
Padrão<br />
Variância<br />
Coef.<br />
Var<br />
DMDD 20 1.66 6.19 7.85 140.69 7.03 0.1 0.43 0.18 6.12<br />
DVLD 20 2.1 8.7 10.8 191.72 9.59 0.11 0.48 0.23 5.01<br />
DCOD 20 2.45 7.37 9.82 173.07 8.65 0.15 0.66 0.44 7.63<br />
EEMD 20 0.62 0.86 1.48 24.44 1.22 0.04 0.17 0.03 13.93<br />
EEDD 20 0.89 0.73 1.62 25.57 1.28 0.04 0.19 0.03 14.84<br />
DM<strong>DE</strong> 20 1.74 6.02 7.76 141.32 7.07 0.11 0.48 0.23 6.79<br />
DVLE 20 2.1 8.74 10.84 192.92 9.65 0.13 0.58 0.34 6.01<br />
DCOE 20 2.5 7.34 9.84 177.04 8.85 0.14 0.65 0.42 7.34<br />
EEME 20 0.77 0.87 1.64 24.35 1.22 0.04 0.18 0.03 14.75<br />
EE<strong>DE</strong> 20 0.58 1.02 1.6 27.81 1.39 0.04 0.17 0.03 12.23<br />
N Válido 20<br />
Legenda das variáveis<br />
DMDD Diâmetro Mésio-Distal Direito DM<strong>DE</strong> Diâmetro Mésio-Distal Esquerdo<br />
DVLD Diâmetro Vestíbulo-Lingual Direito DVLE Diâmetro Vestíbulo-Lingual Esquerdo<br />
DCOD Diâmetro Cérvico-Oclusal Direito DCOE Diâmetro Cérvico-Oclusal Esquerdo<br />
EEMD Espessura de Esmalte Mesial Direito EEME Espessura de Esmalte Mesial Esquerdo<br />
EEDD Espessura de Esmalte Distal Direito EE<strong>DE</strong> Espessura de Esmalte Distal Esquerdo<br />
M-D Mésio-Distal V-L Vestíbulo-Lingual<br />
C-O Cérvico-Oclusal<br />
A seguir, aplicamos testes “t” independentes para se estudar a influência do<br />
lado do Arco para as variáveis de mesmo nome. O resultado está disposto na tabela<br />
5.2.<br />
37
Tabela 5.2 - Parâmetros estatísticos e testes “t” independentes<br />
Resultados 38<br />
N Média Variância valor - t valor - p sig.<br />
Diâmetro M-D Direito 20 7.03 0.18 -0.22003 0.827 ns<br />
Diâmetro M-D Esquerdo 20 7.07 0.23<br />
Diâmetro V-L Direito 20 9.59 0.23 -0.3568 0.723 ns<br />
Diâmetro V-L Esquerdo 20 9.65 0.34<br />
Diâmetro C-O Direito 20 8.65 0.44 -0.95753 0.344 ns<br />
Diâmetro C-O Esquerdo 20 8.85 0.42<br />
Esp de Esmalte Mesial Direito 20 1.22 0.03 0.081367 0.936 ns<br />
Esp de Esmalte Mesial Esquerdo 20 1.22 0.03<br />
Esp de Esmalte Distal Direito 20 1.28 0.03 -1.99448 0.053 ns<br />
Esp de Esmalte Distal Esquerdo 20 1.39 0.03<br />
Valor do “t”crítico bicudal (38 graus de liberdade) , tcrit(0,05;38) = 2,024394<br />
P
Gráfico 5.1 - Gráfico da probabilidade da<br />
distribuição normal da variável espessura de<br />
esmalte mesial direito.<br />
Gráfico 5.2 - Gráfico de dispersão do resíduo<br />
Resultados 39<br />
Os pontos do gráfico 5.2 estão distribuídos de maneira aleatória, sem<br />
apresentar uma tendência, o que significa que as variâncias do resíduo são<br />
constantes e estão normalmente distribuídas.
Resultados 40<br />
Os gráficos 5.3, 5.4 e 5.5 demonstram a linearidade da relação entre as<br />
variáveis independentes com a variável dependente.<br />
Gráfico 5.3 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte mesial direito e diâmetro cérvico oclusal direito<br />
Gráfico 5.4 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte mesial direito e diâmetro mésio distal direito
Gráfico 5.5 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte mesial direito e diâmetro vestíbulo lingual direito<br />
Resultados 41<br />
Os gráficos de 5.1 a 5.5 apontam que todas as condições para a realização<br />
do teste de regressão múltipla foram alcançadas.<br />
A tabela 5.3 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 1.<br />
Tabela 5.3 - Estatística descritiva do sistema de regressão 1<br />
Média<br />
Desvio-<br />
Padrão<br />
N<br />
Espessura de esmalte mesial direito 1.2220 .16564 20<br />
Diâmetro mésio-distal direito 7.0345 .42783 20<br />
Diâmetro vestíbulo-lingual direito 9.5860 .47999 20<br />
Diâmetro cérvico-oclusal direito 8.6535 .66388 20<br />
Tabela 5.4 Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis.<br />
EEMD DMDD DVLD DCOD<br />
Correlação de Pearson EEMD 1 -0.12 0.12 0.45<br />
Sig. (unicudal) 0.30 0.31 0.02<br />
N 20 20 20 20<br />
As tabelas 5.5, 5.6 e 5.7 abaixo ilustram os modelos de regressão aplicados.
Tabela 5.5 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável dependente.<br />
Modelos R<br />
R<br />
Quadrado<br />
R<br />
Quadrado<br />
Ajustado<br />
Errro<br />
padrão da<br />
Estimativa<br />
Mudança do<br />
R Quadrado<br />
Mudança<br />
do Valor<br />
F<br />
Resultados 42<br />
gl 1 gl 2<br />
1 0.538 a 0.289 0.156 0.152 0.289 2.170 3 16<br />
2 0.525 b 0.275 0.190 0.149 -0.014 0.311 1 16<br />
3 0.451 c 0.204 0.160 0.152 -0.071 1.676 1 17<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro vestíbulo lingual-direito,<br />
diâmetro mésio-distal direito<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro mésio-distal direito.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal Ddreito.<br />
Tabela 5.6 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo utilizado para a variável<br />
dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Soma dos<br />
Quadrados<br />
gl<br />
Quadrado<br />
Médio<br />
F Sig.<br />
Regressão .151 3 .050 2.170 .131(a)<br />
Residuo .371 16 .023<br />
Total .521 19<br />
Regressão .144 2 .072 3.230 .065(b)<br />
Residuo .378 17 .022<br />
Total .521 19<br />
Regressão .106 1 .106 4.610 .046(c)<br />
Residuo .415 18 .023<br />
Total .521 19<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro vestíbulo-lingual direito,<br />
diâmetro mésio-distal direito<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro mésio-distal direito<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito<br />
Tabela 5.7 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados para a variável dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Coef. não<br />
Padronizados<br />
B<br />
Erro<br />
Padrão<br />
Coef.<br />
Padronizados<br />
Beta<br />
t Sig.<br />
Intervalo de<br />
Confiança para B<br />
Limite<br />
Inferior<br />
Limite<br />
Superior<br />
(Constant) 0.583 0.787 0.741 0.470 -1.086 2.252<br />
DMDD -0.130 0.094 -0.335 -1.386 0.185 -0.328 0.069<br />
DVLD 0.046 0.083 0.134 0.558 0.584 -0.129 0.222<br />
DCOD 0.128 0.056 0.513 2.297 0.035 0.010 0.246<br />
(Constant) 0.832 0.636 1.309 0.208 -0.509 2.173<br />
DMDD -0.108 0.084 -0.279 -1.295 0.213 -0.285 0.068<br />
DCOD 0.133 0.054 0.533 2.470 0.024 0.019 0.247<br />
(Constant) 0.247 0.455 0.543 0.594 -0.710 1.204<br />
DCOD 0.113 0.052 0.452 2.147 0.046 0.002 0.223
Resultados 43<br />
O segundo sistema estuda a relação entre a variável dependente espessura<br />
de esmalte distal direito (EEDD) e as variáveis independentes diâmetro mésio-distal<br />
direito (DMDD), diâmetro vestíbulo-lingual direito (DVLD) e diâmetro cérvico-oclusal<br />
Direito (DCOD).<br />
O gráfico 5.6 apresenta a distribuição da variável dependente. Pode-se<br />
observar que os valores apresentam-se próximos a um alinhamento com a reta do<br />
gráfico, o que significa que a variável apresenta distribuição normal.<br />
Gráfico 5.6 - Gráfico da probabilidade da distribuição<br />
normal da variável espessura de esmalte mesial direito.<br />
Gráfico 5.7 - Gráfico de dispersão do resíduo
Os pontos do gráfico 5.7 estão distribuídos de maneira aleatória, sem<br />
apresentar uma tendência, o que significa que as variâncias do resíduo são<br />
constantes e estão normalmente distribuídas.<br />
Resultados 44<br />
Os gráficos 5.8, 5.9 e 5.10 demonstram a linearidade da relação entre as<br />
variáveis independentes com a variável dependente.<br />
Gráfico 5.8 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte distal direito e diâmetro cérvico-oclusal direito<br />
Gráfico 5.9 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte distal direito e diâmetro mésio-distal direito
Gráfico 5.10 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte distal direito e diâmetro vestíbulo-lingual direito<br />
Resultados 45<br />
A tabela 5.8 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 2.<br />
Tabela 5.8 - Estatística descritiva do sistema de regressão 2<br />
Média<br />
Desvio-<br />
Padrão<br />
N<br />
Espessura de esmalte distal direito 1.2785 .18667 20<br />
Diâmetro mésio-distal direito 7.0345 .42783 20<br />
Diâmetro vestíbulo-lingual direito 9.5860 .47999 20<br />
Diâmetro cérvico-oclusal direito 8.6535 .66388 20<br />
Tabela 5.9 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis<br />
EEDD DMDD DVLD DCOD<br />
Correlação de Pearson EEDD 1 0.273 0.246 0.609<br />
Sig. (unicudal) 0.12 0.14 0.02<br />
N 20 20 20 20<br />
As tabelas 5.10, 5.11 e 5.12 ilustram os modelos de regressão aplicados.
Tabela 5.10 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável dependente<br />
Modelos R<br />
R<br />
Quadrado<br />
R<br />
Quadrado<br />
Ajustado<br />
Errro<br />
padrão da<br />
Estimativa<br />
Mudança do<br />
R Quadrado<br />
Mudança<br />
do Valor<br />
F<br />
Resultados 46<br />
gl 1 gl 2<br />
1 0.619 a 0.383 0.267 0.160 0.383 3.311 3 16<br />
2 0.617 b 0.381 0.308 0.155 -0.002 0.057 1 16<br />
3 0.609 c 0.371 0.336 0.152 -0.010 0.273 1 17<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direita, diâmetro vestíbulo -lingual direito,<br />
diâmetro mésio-distal direito<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro mésio-distal direito.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito.<br />
Tabela 5.11 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo utilizado para a<br />
variável dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Soma dos<br />
Quadrados<br />
gl<br />
Quadrado<br />
Médio<br />
F Sig.<br />
Regressão .254 3 .085 3.311 .047(a)<br />
Residuo .408 16 .026<br />
Total .662 19<br />
Regressão .252 2 .126 5.228 .017(b)<br />
Residuo .410 17 .024<br />
Total .662 19<br />
Regressão .246 1 .246 10.611 .004(c)<br />
Residuo .417 18 .023<br />
Total .662 19<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro vestíbulo -lingual direito,<br />
diâmetro mésio-distal direito<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito, diâmetro mésio-distal direito.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal direito.<br />
Tabela 5.12- Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados para a variável dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Coef. não<br />
Padronizados<br />
B<br />
Erro<br />
Padrão<br />
Coef.<br />
Padronizados<br />
Beta<br />
t Sig.<br />
Intervalo de<br />
Confiança para B<br />
Limite<br />
Inferior<br />
Limite<br />
Superior<br />
(Constant) -0.56 0.83 -0.68 0.51 -2.31 1.19<br />
DMDD 0.04 0.10 0.08 0.37 0.72 -0.17 0.24<br />
DVLD 0.02 0.09 0.05 0.24 0.82 -0.16 0.21<br />
DCOD 0.16 0.06 0.57 2.74 0.01 0.04 0.28<br />
(Constant) -0.45 0.66 -0.68 0.51 -1.85 0.95<br />
DMDD 0.05 0.09 0.10 0.52 0.61 -0.14 0.23<br />
DCOD 0.16 0.06 0.58 2.90 0.01 0.04 0.28<br />
(Constant) -0.20 0.46 -0.45 0.66 -1.16 0.76<br />
DCOD 0.17 0.05 0.61 3.26 0.00 0.06 0.28
Resultados 47<br />
O terceiro sistema estuda a relação entre a variável dependente espessura de<br />
esmalte mesial esquerdo (EEME) e as variáveis independentes diâmetro mésio-<br />
distal esquerdo (DM<strong>DE</strong>), diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo (DVLE) e diâmetro<br />
cérvico-oclusal esquerdo (DCOE).<br />
O gráfico 5.11 apresenta a distribuição da variável dependente. Pode-se<br />
observar que os valores apresentam-se próximos a um alinhamento com a reta do<br />
gráfico, o que significa que a variável apresenta distribuição normal.<br />
Gráfico 5.11 - Gráfico da probabilidade da<br />
distribuição normal da variável espessura de<br />
esmalte mesial esquerdo.<br />
Gráfico 5.12 - Gráfico de dispersão do resíduo
Resultados 48<br />
Os pontos do gráfico 5.12 estão distribuídos de maneira aleatória, sem<br />
apresentar uma tendência, o que significa que as variâncias do resíduo são<br />
constantes e estão normalmente distribuídas.<br />
Os gráficos 5.13, 5.14 e 5.15 demonstram a linearidade da relação entre as<br />
variáveis independentes com a variável dependente.<br />
Gráfico 5.13 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura de<br />
esmalte mesial esquerdo e diâmetro cérvico-oclusal esquerdo.<br />
Gráfico 5.14 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte mesial esquerdo e diâmetro mésio-distal esquerdo.
Gráfico 5.15 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte mesial esquerdo e diâmetro vestíbulo-lingual<br />
esquerdo.<br />
Resultados 49<br />
A tabela 5.13 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 3.<br />
Tabela 5.13 - Estatística descritiva do sistema de regressão 3<br />
Média<br />
Desvio-<br />
Padrão<br />
N<br />
Espessura de Esmalte Mesial Esquerdo 1.2175 .18367 20<br />
Diâmetro Mésio Distal Esquerdo 7.0660 .47631 20<br />
Diâmetro Vestíbulo Lingual Esquerdo 9.6460 .57893 20<br />
Diâmetro Cérvico Oclusal Esquerdo 8.8520 .64712 20<br />
Tabela 5.14 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis<br />
EEME DM<strong>DE</strong> DVLE DCOE<br />
Correlação de Pearson EEME 1 0.434 0.327 0.294<br />
Sig. (unicudal) 0.028 0.80 0.104<br />
N 20 20 20 20<br />
As tabelas 5.15, 5.16 e 5.17 ilustram os modelos de regressão aplicados.
Tabela 5.15 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável dependente<br />
Modelos R<br />
R<br />
Quadrado<br />
R<br />
Quadrado<br />
Ajustado<br />
Errro<br />
padrão da<br />
Estimativa<br />
Mudança do<br />
R Quadrado<br />
Mudança<br />
do Valor<br />
F<br />
Resultados 50<br />
gl 1 gl 2<br />
1 0.450 a 0.203 0.053 0.179 0.203 1.355 3 16<br />
2 0.450 b 0.202 0.109 0.173 0.000 0.006 1 16<br />
3 0.434 c 0.188 0.143 0.170 -0.014 0.297 1 17<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro vestíbulo-lingual<br />
esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
Tabela 5.16 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo utilizado para a<br />
variável dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Soma dos<br />
Quadrados<br />
gl<br />
Quadrado<br />
Médio<br />
F Sig.<br />
Regressão .130 3 .043 1.355 .292(a)<br />
Residuo .511 16 .032<br />
Total .641 19<br />
Regressão .130 2 .065 2.156 .146(b)<br />
Residuo .511 17 .030<br />
Total .641 19<br />
Regressão .121 1 .121 4.179 .056(c)<br />
Residuo .520 18 .029<br />
Total .641 19<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro vestíbulo-lingual<br />
esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
Tabela 5.17- Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados para a variável dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Coef. não<br />
Padronizados<br />
B<br />
Erro<br />
Padrão<br />
Coef.<br />
Padronizados<br />
Beta<br />
t Sig.<br />
Intervalo de<br />
Confiança para B<br />
Limite<br />
Inferior<br />
Limite<br />
Superior<br />
(Constant) -0.163 0.757 -0.216 0.832 -1.769 1.442<br />
DM<strong>DE</strong> 0.140 0.121 0.363 1.158 0.264 -0.116 0.396<br />
DVLE 0.008 0.099 0.024 0.076 0.940 -0.203 0.218<br />
DCOE 0.036 0.072 0.127 0.502 0.622 -0.116 0.188<br />
(Constant) -0.140 0.673 -0.208 0.837 -1.560 1.279<br />
DM<strong>DE</strong> 0.146 0.093 0.377 1.572 0.134 -0.050 0.341<br />
DCOE 0.037 0.068 0.131 0.545 0.593 -0.107 0.181<br />
(Constant) 0.035 0.580 0.060 0.953 -1.183 1.253<br />
DM<strong>DE</strong> 0.167 0.082 0.434 2.044 0.056 -0.005 0.339
Resultados 51<br />
O quarto sistema estuda a relação entre a variável dependente espessura de<br />
esmalte distal esquerdo (EE<strong>DE</strong>) e as variáveis independentes diâmetro mésio-distal<br />
esquerdo (DM<strong>DE</strong>), diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo (DVLE) e diâmetro cérvico-<br />
oclusal esquerdo (DCOE).<br />
O gráfico 5.16 apresenta a distribuição da variável dependente. Pode-se<br />
observar que os valores apresentam-se próximos a um alinhamento com a reta do<br />
gráfico, o que significa que a variável apresenta distribuição normal.<br />
Gráfico 5.16 - Gráfico da probabilidade da<br />
distribuição normal da variável espessura de<br />
esmalte distal esquerdo.<br />
Gráfico 5.17 - Gráfico de dispersão do resíduo
Resultados 52<br />
Os pontos do gráfico 5.17 estão distribuídos de maneira aleatória, sem<br />
apresentar uma tendência, o que significa que as variâncias do resíduo são<br />
constantes e estão normalmente distribuídas.<br />
Os gráficos 5.18, 5.19 e 5.20 demonstram a linearidade da relação entre as<br />
variáveis independentes com a variável dependente.<br />
Gráfico 5.18 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte distal esquerdo e diâmetro cérvico-oclusal esquerdo.<br />
Gráfico 5.19 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte distal esquerdo e diâmetro mésio-distal esquerdo.
Gráfico 5.20 - Gráfico de dispersão entre as variáveis espessura<br />
de esmalte distal esquerdo e diâmetro vestíbulo-lingual Esquerdo.<br />
Resultados 53<br />
A tabela 5.18 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 4<br />
Tabela 5.18 - Estatística descritiva do sistema de regressão 4<br />
Média<br />
Desvio-<br />
Padrão<br />
N<br />
Espessura de Esmalte Distal Esquerdo 1.3905 .16732 20<br />
Diâmetro Mésio Distal Esquerdo 7.0660 .47631 20<br />
Diâmetro Vestíbulo Lingual Esquerdo 9.6460 .57893 20<br />
Diâmetro Cérvico Oclusal Esquerdo 8.8520 .64712 20<br />
Tabela 5.19 - Matriz de correlações de Pearson entre as variáveis<br />
EE<strong>DE</strong> DM<strong>DE</strong> DVLE DCOE<br />
Correlação de Pearson EE<strong>DE</strong> 1 0.458 0.153 0.351<br />
Sig. (unicudal) 0.021 0.259 0.064<br />
N 20 20 20 20<br />
As tabelas 5.20, 5.21 e 5.22 ilustram os modelos de regressão aplicados.
Tabela 5.20 - Sumário dos modelos estatísticos utilizados para a variável dependente<br />
Modelos R<br />
R<br />
Quadrado<br />
R<br />
Quadrado<br />
Ajustado<br />
Errro<br />
padrão da<br />
Estimativa<br />
Mudança do<br />
R Quadrado<br />
Mudança<br />
do Valor<br />
F<br />
Resultados 54<br />
gl 1 gl 2<br />
1 0.554 a 0.307 0.177 0.152 0.307 2.365 3 16<br />
2 0.509 b 0.259 0.172 0.152 -0.048 1.115 1 16<br />
3 0.458 c 0.210 0.166 0.153 -0.049 1.121 1 17<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo,<br />
diâmetro mésio-distal esquerdo<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
Tabela 5.21 - Sumário dos modelos de ANOVAS aplicados a cada modelo utilizado para a variável<br />
dependente<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Soma dos<br />
Quadrados<br />
gl<br />
Quadrado<br />
Médio<br />
F Sig.<br />
Regressão .163 3 .054 2.365 .109(a)<br />
Residuo .369 16 .023<br />
Total .532 19<br />
Regressão .138 2 .069 2.969 .078(b)<br />
Residuo .394 17 .023<br />
Total .532 19<br />
Regressão .112 1 .112 4.786 .042(c)<br />
Residuo .420 18 .023<br />
Total .532 19<br />
a Explicativas: (Constant), diâmetro cérvico-oclusal esquerdo, diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo,<br />
diâmetro mésio-distal esquerdo<br />
b Explicativas: (Constant), diâmetro vestíbulo-lingual esquerdo, diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
c Explicativas: (Constant), diâmetro mésio-distal esquerdo.<br />
Tabela 5.22 - Tabela dos coeficientes dos modelos de regressão aplicados para a variável<br />
dependente.<br />
Modelos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Coef. não<br />
Padronizados<br />
B<br />
Erro<br />
Padrão<br />
Coef.<br />
Padronizados<br />
Beta<br />
t Sig.<br />
Intervalo de<br />
Confiança para B<br />
Limite<br />
Inferior<br />
Limite<br />
Superior<br />
(Constant) 0.348 0.643 0.542 0.595 -1.015 1.712<br />
DM<strong>DE</strong> 0.212 0.103 0.602 2.060 0.056 -0.006 0.429<br />
DVLE -0.106 0.084 -0.367 -1.256 0.227 -0.285 0.073<br />
DCOE 0.064 0.061 0.249 1.056 0.307 -0.065 0.194<br />
(Constant) 0.583 0.606 0.962 0.349 -0.695 1.860<br />
DM<strong>DE</strong> 0.234 0.101 0.666 2.324 0.033 0.022 0.447<br />
DVLE -0.088 0.083 -0.304 -1.059 0.305 -0.263 0.087<br />
(Constant) 0.253 0.521 0.485 0.633 -0.842 1.348<br />
DM<strong>DE</strong> 0.161 0.074 0.458 2.188 0.042 0.006 0.316
Resultados 55<br />
Foram comparadas as faces mesiais e distais para ambos os lados, tendo<br />
como resultado:<br />
Lado esquerdo - Distal (1.39±0.16) é maior que Mesial (1.21±0.16), tcalculado = 3.11<br />
> tbi-crítico = 2.02; p=0.035<br />
Lado direito - Distal (1.27±0.18) é semelhante à Mesial (1.22±0.16), tcalculado =<br />
1.01 < tbi-crítico = 2.02; p=0.31
6<br />
DISCUS<strong>SÃO</strong>
6 DISCUS<strong>SÃO</strong><br />
O conhecimento da anatomia dentária, principalmente no que diz respeito à<br />
espessura de esmalte, passou a ser uma necessidade para que os profissionais<br />
possam estabelecer a quantidade de esmalte a ser desgastada durante o tratamento<br />
ortodôntico, assim como outros procedimentos. A dificuldade de obtenção de<br />
medidas padronizadas do esmalte dentário em suas faces proximais, com vistas ao<br />
desgaste interproximal, levou-nos a dar continuidade na linha de pesquisa iniciada<br />
por Tormin Junior (2000), seguida por Iwasa (2001), Souza (2003), Kato (2004) e<br />
Fisher (2005).<br />
Todos os autores acima mencionados, como também Araújo, em 2000,<br />
encontraram como um dos resultados de suas pesquisas que a espessura do<br />
esmalte distal é levemente maior que a mesial, assim como, Harris e Hickis, em<br />
1998 e Paixão, Cordeiro e Gandini Júnior, em 2002, que acrescentaram, ainda, o<br />
fato que a espessura do esmalte não tem diferença entre homens e mulheres e<br />
concluiram que a diferença está na espessura da dentina.<br />
A amostra utilizada em nossa pesquisa foi aleatória (radomizada) seguindo os<br />
preceitos ditados por Cox (1958) para que houvesse uma homogenização maior dos<br />
dados.<br />
Os autores Black (1902), Ballard (1944), Moorrees et al.(1957), Bolton (1958),<br />
Doris et al. (1981), Buschang, Demirjian, Cadotte (1988), realizaram trabalhos<br />
similares, porém as medidas para diâmetro mésio-distal foram obtidas em modelos<br />
de gesso com compasso de ponta seca. Nesse contexto o método adotado em<br />
nosso trabalho possibilita uma maior confiança, pois ao realizar as medições com<br />
57
Discussão 58<br />
paquímetro diretamente nos elementos dentais evita alterações dimencionais<br />
inerentes ao gesso ou material de moldagem.<br />
Nossa metodologia assemelha-se da pesquisa de Machado et al. (2002) e<br />
difere também da adotada por Nef (1949), Peck e Peck (1972) e Smith, Davidson,<br />
Gripe (1982) que relizaram as medições com compassos diretamente na boca. Por<br />
ser utilizados dentes de um banco, a metodologia adotada em nosso trabalho<br />
tornou-se mais prática e versátil do que a dos autores supracitados.<br />
Já para a espessura de esmalte interproximal, nossa metodologia aproxima-<br />
se da adotada por Hudson (1956), Huszar (1971), Shillinburg e Grace (1973),<br />
Bordereau (1990), Vieira e Lima (1992), que serviam-se do seccionamento dental<br />
para obtenção de lâminas, diferindo apenas na leitura dos dados, pois a pesquisa<br />
desses autores, foram obtidas por meio de micrômetros de precisão à luz de<br />
microscópios, sendo dessa forma, o método utilizado em nosso trabalho, mais<br />
prático, pois foi viabilizado com uso do perfilômetro.<br />
Gillings e Buonocore (1961) valeram-se de secções seriadas aplicadas à<br />
técnica de reconstrução gráfica determinando com precisão, a espessura radias do<br />
esmalte em toda extensão da coroa.<br />
Macha (2004), realizou seu trabalho com o mesmo grupo de dentes da<br />
presente pesquisa, mas com metodologia diferente. Este autor utilizou a serra<br />
Isomet 1000, observou as lâminas em uma lupa estereoscópica e captou as<br />
imagens através de uma câmera digital e na presente pesquisa utilizamos a<br />
recortadora Lab Cut 1010 e observamos o dente diretamente no perfilômetro<br />
Mitutoyo, o que nos traz maior precisão na coleta dos dados, pois ao capturar a<br />
imagem através de uma máquina fotográfica existem muitos detalhes que podem
Discussão 59<br />
alterar as medidas, como distância, angulação e luminosidade, entre outros, além<br />
dos cuidados ao transportar esta imagem para um software que deve ser calibrado.<br />
A respeito disso, os resultados que chegamos se aproximam dos encontrados por<br />
Macha.<br />
Shillinburg e Grace (1973), por sua vez valeram-se de uma amostra de 132<br />
dentes mandibulares, incluídos em resina. Os blocos foram orientados numa<br />
máquina de secção de modo que os dentes foram cortados no seu plano sagital.<br />
Após a realização dos cortes as lâminas foram medidas num microscópio de<br />
precisão de 0,01 mm, usando magnificação 480 vezes, a espessura do esmalte foi<br />
medida na face mesial, distal, vestibular e lingual dos incisivos, caninos, pré-molares<br />
e molares. Um total de 6290 cortes foram realizados, e 15.160 medidas foram<br />
tomadas. Essas medidas foram tabuladas em 13 grupos e submetidas a análises<br />
estatísticas. Três tipos de informações sobre cada grupo de dentes foram<br />
analisados: a espessura incisal ou oclusal do esmalte e dentina, a espessura mesial,<br />
distal vestibular e lingual do esmalte e dentina em intervalos de 1 mm na coroa; e a<br />
espessura da dentina e cemento a 3 mm de intervalos de cada raiz. A diferença em<br />
nossa metodologia se faz pelo sentido dos cortes das lâminas, que em nossa<br />
pesquisa acontece ao longo do eixo do dente, porém, no sentido longitudinal,<br />
enquanto para esses autores foi escolhido o sentido sagital. Apesar dessa diferença,<br />
os valores encontrados para as espessura nas faces proximais e no sentido mésio-<br />
distal da coroa são compatíveis.<br />
A variância entre os diâmetros mésio-distal encontrados para primeiros pré-<br />
molares superiores e inferiores foi observada por Richardson e Malhotra (1975)e<br />
Doris, Bernard e Kuftinec (1981) . Concluíram que os diâmetros dos dentes<br />
inferiores variam mais do que no arco superior e que haveria uma menor
Discussão 60<br />
possibilidade de haver uma grande margem de erro nos resultados para estes<br />
dentes (superiores) independentemente do gênero do indivíduo.<br />
Ghose e Baghdady (1979) verificaram que a média da distância mésio-distal<br />
para primeiros pré-molares superiores é maior do que a de todos os outros pré-<br />
molares exceto os segundos pré-molares inferiores.<br />
Segundo Doris, Bernard e Kuftinec (1981) e Macko, Fergunsen e Sonnenberg<br />
(1970), os primeiros pré-molares superiores estão entre os dentes que sofreram<br />
menor variação de diâmetro Mésio-distal contrariando o afirmado por Buschang e<br />
Demirjian (1988).<br />
Métodos radiográficos foram realizados por Graziano, Cumbo, Messina (1984)<br />
e Scotti, Villa, Carossa (1991), mostrando-se úteis na clínica diária, para as<br />
discussões acerca das medidas dos tecidos mineralizados dos dentes.<br />
Nessa linha de raciocínio, não só as radiografias periapicais, interproximais e<br />
telerradiografias servem como auxiliares na avaliação da espessura do esmalte nas<br />
faces proximais dos dentes, mas também a tomografia computadorizada descrita no<br />
trabalho de Spoor, Zonneveld, Macho (1993), onde os autores concluem que apesar<br />
de possuir uma alta resolução e um potencial não lesivo, essa técnica ainda possui<br />
pontos obscuros a serem esclarecidos, como os limites borrados para espessuras<br />
menores que 1,100mm, o que dificulta a determinação do ponto a partir do qual se<br />
inicia a medição.<br />
Em um estudo específico dos dentes pré-molares, El-Hadary et al. (1975),<br />
concluíram que o esmalte de pré-molares superiores é mais espesso do que<br />
inferiores.
Discussão 61<br />
A respeito das variações topográficas do esmalte nas diferentes faces dos<br />
dentes, os relatos apontam um esmalte mais delgado à medida que segue em<br />
direção apical, tornando-se mais espesso nas regiões incisais e oclusais, como<br />
asseguram autores como Gillings e Buonocore (1961), Huszar (1971), Figun e<br />
Garino (1989), Ferrari, Patroni, Balleri (1992), Vieira e Lima (1992), Spoor,<br />
Zonneveld, Macho (1993).<br />
Della-Serra e Vellini-Ferreira, em 1981 e Jordan e Abrans em 1992,<br />
concordam também com os autores acima citados, e ainda afirmam que a espessura<br />
do esmalte é constituída antes mesmo da erupção dos dentes.<br />
Para Alvesalo, Tammisalo (1981) Stroud, Buschang, Goaz (1994), Ueti<br />
(1996), a espessura do esmalte não difere significantemente entre homens e<br />
mulheres, embora os dentes dos homens apresetam-se maiores, devido ao<br />
acrécimo de dentina e não de esmalte. Bishara et.al., (1989), conclui que para os<br />
diâmetros mésio-distal e vestíbulo-lingual, existe a presença do dimorfismo sexual,<br />
sendo essas medidas maiores para os homens. Em nossa amostra não houve<br />
preocupação quanto ao gênero em sua procedência.<br />
Bodereau (1990), Vieira e Lima (1992), Ueti (1996), Mengar (1996),<br />
promoveram cortes seriados de dentes em diferentes níveis e em vários sentidos,<br />
para medir a espessura do esmalte com vistas à reconstrução protética dos dentes.<br />
Em um ponto todos esses autores concordam, que o conhecimento da<br />
espessura do esmalte é de suma importância clínica, porém, divergem na<br />
porcentagem de desgastes que é permitida para não causar lesões ao paciente.<br />
Além deles Turverson (1980), Boese (1980), Demange e François (1990), julgam
Discussão 62<br />
que os desgastes do esmalte, não devam ultrapassar 50% do volume do esmalte<br />
dentário.<br />
Ferrari, Patroni, Balleri (1992) consideram que, não mais do que 0,50 mm de<br />
esmalte nos preparos para laminados de porcelana possa ser retirado, quantia essa<br />
preconizada também por Peck e Peck (1972), o que vem a comprovar a ratificar<br />
nossa pesquisa, visto que, para os primeiros pré-molares superiores a média de<br />
espessura de esmalte mesial é de 1,22 mm para o direito e 1,22 mm para o<br />
esquerdo e na face distal é de 1,28 mm para o direito e 1,39 mm para o esquerdo. O<br />
que justifica que não se deve ultrapassar um desgaste de 50% do esmalte dental.<br />
Já para Bodereau (1990), a quantidade de esmalte a ser removida, está na<br />
dependência do formato da coroa do dente, ou seja, para uma coroa de formato<br />
triangular o desgaste poderá ser maior do que os realizados em coroas com formas<br />
mais paralelas.<br />
Molnar e Ganti (1977) relacionaram a espessura do esmalte quanto à forma,<br />
função, dieta e biomecânica da mastigação e Garn et al. (1965) concluiu que fatores<br />
nutricionais alteram o tamanho, cronologia de erupção e maturação geral do dente<br />
somente em casos de carência extremas.<br />
Essa pesquisa nos permitiu comparar com os estudos realizados por<br />
Demange e Francois (1990) que demontraram que os caninos inferiores podem<br />
sofrer desgaste que variam de 0,20 mm a 0,35 mm por elemento e também com o<br />
estudo de Souza (2003) que sugeriu um desgaste de 0,44 no desgaste de caninos<br />
inferiores. Esses autores respeitam os valores preconizados por Peck e Peck (1972),<br />
Turverson (1980), Boese (1988) e Ferrari, Patroni Balleri (1992) entre outros, que<br />
sustentam a afirmativa que não mais do que 50% da espessura do esmalte deva ser
Discussão 63<br />
removida. Com os valores encontrados em nossa pesquisa, que foram em média<br />
para espessura do esmalte mesial de 1,22 mm e 1,33 mm para distal de primeiros<br />
pré-molares superiores, podemos então promover desgastes de até 0,61 mm e 0,66<br />
mm, dando uma margem maior de desgaste recomentada para pré-molares do que<br />
para caninos.<br />
Artum, em 1987, afirma que os desgastes proximais nos dentes não<br />
prejudicam as condições periodontais, Crain e Sheridan, em 1990, confirmaram e<br />
acrescentam que também não há aumento quanto à susceptibilidade de cárie.<br />
Quanto à polpa e a dentina Thordarson, em 1991, Zachrisson, em 2004 e Jarjoura et<br />
al. em 2006, garantem que não há complicações patológicas nas remodelações dos<br />
dentes a curto prazo.<br />
No presente trabalho encontramos as seguintes correlações: O diâmetro<br />
cérvico-oclusal direito correlacionou-se estatísticamente com a espessura de<br />
esmalte distal direito, o diâmetro cérvico-oclusal direito correlacionou-se<br />
estatísticamente com a espessura de esmalte mesial direito e o diâmetro mésio-<br />
distal esquerdo correlacionou-se estatísticamente com a espessura de esmalte distal<br />
esquerdo. Comparando nossas correlações com as correspondentes dos autores<br />
Tormin Jr (2001), Iwasa (2002), Souza (2003), Kato (2005), Fisher (2006) e Macha<br />
(2004), encontramos somente o diâmetro mésio-distal esquerdo correlacionando<br />
com a espessura de esmalte direito em comum com os autores Tormin Jr. (2001) e<br />
Fisher (2006). O que não se pode tomar como regra para determinar as medidas<br />
exatas das espessuras dos esmaltes.<br />
Os resultados de nossa pesquisa apresentam-se sob a forma de tabelas e<br />
gráficos no capítulo Resultados. Na Tabela 5.1 estão os dados estatísticos das<br />
variáveis envolvidas, diâmetros e espessuras. A Tabela 5.2 analisa a influência do
Discussão 64<br />
lado do arco para as variáveis do mesmo nome., mostrando que o valor crítico<br />
bicaudal foi de 2,024394/-2,024394., portanto, estão dentro da faixa do “t” crítico ,<br />
por isso não significantes, resultando em valores “p” maiores que 5%.<br />
A fim de responder a pergunta sobre a predição que os diâmetros cérvico-<br />
oclusal, vestíbulo–lingual e mésio-distal exercem sobre as espessuras de esmalte<br />
das proximais, modelos estatísticos de regressão linear múltipla foram construídos.<br />
Os sistemas de regressão são construídos no sentido de esclarecer se a<br />
variável dependente (espessura de esmalte) possui alguma correlação com a<br />
variável independente (diâmetros). Parte-se sempre de um modelo simultâneo, onde<br />
todas as variáveis independentes (diâmetros) são acrescentadas. A partir daí as<br />
variáveis independentes que, por ventura não acrescentem nenhuma predição ou<br />
explicação da variável dependente de maneira significante, são retiradas até que um<br />
modelo final seja conseguido, sendo que, ele pode ser composto por todas as<br />
variáveis inseridas, qualquer combinação delas, por uma só ou até por nenhuma.<br />
Para a execução do teste, é necessário que as variáveis tenham distribuição<br />
normal, que seus resíduos sejam distribuídos aleatoriamente e que o relacionamento<br />
das variáveis independentes com a variável dependente seja linear.<br />
O Gráfico 5.1 estuda a variável dependente espessura de esmalte mesial<br />
direito (EEMD) e as variáveis independentes diâmetro mésio-distal direito (DMDD),<br />
diâmetro vestíbulo-lingual direito (DVLD) e diâmetro cérvico-oclusal direito (DCOD) e<br />
ele apresentam valores próximos a um alinhamento com reta do gráfico, o que<br />
significa que a variável apresenta distribuição normal.<br />
A tabela 5.3 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 1 e a Tabela 5.4 mostra os coeficientes de correlação de Pearson
Discussão 65<br />
entre a variável dependente e as variáveis independentes. Das combinações<br />
possíveis apenas a associação entre espessura de esmalte mesial direito e diâmetro<br />
cérvico-oclusal direito é significante, r = 0.45, p = 0.02. Observar que o valor “p”<br />
utilizado é uni caudal (“one tailed”), pois o teste de correlação é feito no sentido da<br />
comparação entre as variáveis independentes e a variável dependente.<br />
Na tabela 5.5, os parâmetros apresentados são o “R”, o parâmetro de<br />
correlação múltipla, o “R quadrado”, que é o parâmetro de regressão múltipla<br />
calculado, o “R Quadrado ajustado”, que é o parâmetro de regressão múltipla<br />
ajustado ao número de variáveis e as suas características e o parâmetro “mudança<br />
do R quadrado”, que compara a influência que cada modelo tem no valor de R<br />
quadrado.<br />
Os parâmetros mais importantes a serem observados nesta tabela são os<br />
relacionados ao “R quadrado”. Observar que existe uma distância entre o “R<br />
quadrado calculado” e o “R quadrado ajustado”. Em síntese o R quadrado é a<br />
quantidade de variabilidade da variável dependente, explicada pelo modelo se<br />
regressão. A diferença entre o valor calculado e o ajustado é causada pelo número<br />
de variáveis independentes no sistema de regressão e a capacidade que elas têm<br />
de explicar de maneira efetiva a variabilidade da variável dependente. Quanto<br />
melhor o modelo maior o valor de R quadrado ajustado e principalmente menor a<br />
diferença entre “’R calculado” e “R ajustado”.<br />
Observando-se a tabela 5.5 o modelo 3 ó o que melhor se ajusta, onde<br />
apenas a variável DCOD está inclusa. O valor de R quadrado calculado é 0.204<br />
(20,4%) e o valor do R quadrado ajustado é 0.16 (16%).
Discussão 66<br />
O modelo 1 é o modelo onde as 3 variáveis independentes estão inseridas no<br />
sistema e é o modelo da maior distância entre valor de R quadrado calculado e<br />
ajustado.<br />
As tabelas 5.6 e 5.7 justificam este comportamento.<br />
Na tabela 5.6 pode-se observar que o modelo 1, onde todas as variáveis<br />
estão incluídas a ANOVA é não significante, sendo F(3,19)=2.17, p=0.131. O modelo<br />
2, onde as variáveis DCOD e DMDD estão incluídas a ANOVA é não significante,<br />
sendo F(2,19)=3.23, p= 0.065. Por fim o modelo 3, onde apenas a variável DCOD<br />
está inclusa a ANOVA é significante, sendo F(1,19)=4.61, p=0.046.<br />
A tabela 5.7 apresenta os valores dos coeficientes dos modelos de regressão.<br />
Existem 2 tipos de coeficientes, os não padronizados, que são os coeficientes<br />
angulares das retas de regressão e os padronizados, que dão informações a<br />
respeito de como é a relação entre as variáveis independentes e a variável<br />
dependente, muito similar aos coeficientes de Pearson.<br />
Pode-se observar que no modelo 1 as variáveis DMDD (“t”= -1.386, p= 0.185)<br />
e DVLD (“t”=0.558, p=0.584) são não significantes sendo que a variável<br />
DCOD(“t”=2.29, p= 0.035) é significante. No modelo 2 a variável DMDD (“t”= -1.295,<br />
p=0.213) é não significante ao passo que a variável DCOD (“t”=2.47, p=0.02) é<br />
significante. No modelo 3 a variável restante DCOD (“t”=2.14, p=0.046) é<br />
significante.<br />
A variável DCOD é a única que apresenta valores significantes em todos os<br />
modelos e por isso é a única variável restante no sistema. O fato de termos variáveis<br />
que não contribuíram de maneira significante nos modelos 1 e 2, explica a falta de
Discussão 67<br />
significância das ANOVAS dos modelos 1 e 2 (Tabela 5.6) e as distâncias<br />
encontradas entre R quadrado calculado e ajustado dos modelos 1 e 2 (Tabela 5.5).<br />
Logo apenas a variável diâmetro cérvico-oclusal direito prediz de maneira<br />
significante a variabilidade da variável dependente espessura de esmalte mesial<br />
direito, no sentido que quanto maior a o diâmetro cérvico-oclusal, maior a espessura<br />
de esmalte mesial.<br />
A equação que representa esta relação é EEMD = 0,11*DCOD + 0,25, com R<br />
quadrado ajustado de 0.16. Isto significa que cerca de 16% da variabilidade na<br />
espessura de esmalte encontrada na face mesial dos primeiros pré-molares<br />
superiores direitos é explicada por este modelo. O gráfico 5.3 ilustra este<br />
comportamento.<br />
A tabela 5.9 mostra os coeficientes de correlação de Pearson entre a variável<br />
dependente e as variáveis independentes. Das combinações possíveis apenas a<br />
associação entre espessura de esmalte mesial direito e diâmetro cérvico-oclusal<br />
direito é significante, r = 0.609, p = 0.02.<br />
A tabela 5.10 apresenta o sumário dos modelos estatísticos de regressão<br />
múltipla utilizados. Existem 3 modelos apresentados, sendo que o modelo 1 inclui as<br />
3 variáveis (DMDD, DVLD e DCOD), R quadrado ajustado igual a 0.267 (26,7%) o<br />
modelo 2, as variáveis DMDD e DCOD, com R quadrado ajustado igual a 0.308<br />
(30,8%) e o modelo 3 a variável DCOD, com R quadrado ajustado igual a 0.336<br />
(33,6%).<br />
Observando-se a tabela 5.10 o modelo de regressão que melhor se ajusta é o<br />
modelo 3, onde apenas a variável DCOD está inclusa. O valor de R quadrado<br />
calculado é 0.371 (37,1%) e o valor do R quadrado ajustado é 0.336 (33,6%).
Discussão 68<br />
O modelo 1 é o modelo onde as 3 variáveis independentes estão inseridas no<br />
sistema e é o modelo da maior distância entre valor de R quadrado calculado e<br />
ajustado.<br />
As tabelas 5.11 e 5.12 justificam este comportamento.<br />
Na tabela 5.11 pode-se ver que todos os modelos apresentam significância<br />
estatística nas ANOVAS de regressão. O modelo 1 com todas as variáveis inclusas<br />
é significante sendo F(3,19)=3,31, p=0.047, o modelo 2 com as variáveis DCOD e<br />
DMDD inclusas é significante, sendo F(2,19)=5.22, p=0.017 e finalmente o modelo 3<br />
apenas com a variável DCOD inclusa é significante, sendo F(1,19)=10.61, p=0.004.<br />
Apesar de os 3 modelos serem significantes, percebe-se que o valor “p” do<br />
teste “F” das ANOVAS vai ficando menor, à medida que as variáveis vão sendo<br />
retiradas.<br />
A explicação deste fenômeno está na tabela 5.12, que apresenta os valores<br />
dos coeficientes dos modelos de regressão.<br />
Pode-se observar que a única variável que apresenta valores significantes em<br />
todos os modelos é a variável diâmetro cérvico-oclusal, por isso é a única variável<br />
restante no sistema.<br />
No modelo 1 as variáveis DMDD (“t”=0.37, p=0.72) e DVLD (“t”= 0.24, p=0.82)<br />
são não significantes , ao passo que a variável DCOD é significante (“t”=2.74,<br />
p=0.01).<br />
No modelo 2, a variável a variável DMDD (“t”=0.52, p=0.61) é não significante,<br />
ao passo que a variável DCOD é significante (“t”=2.90, p=0.01).<br />
No modelo 3 a variável restante DCOD é significante (“t”=3.26, p=0.00).
Discussão 69<br />
Observando-se os valores do coeficiente padronizado Beta da variável DCOD<br />
nos modelos 1 e 2 percebe-se que este valor é sempre bem maior em relação aos<br />
mesmos coeficientes das outras variáveis. Este comportamento influenciou o<br />
aparecimento de valores “p” significantes nas ANOVAS dos modelos 1 e 2, mesmo<br />
com apenas uma variável significante.<br />
Logo apenas a variável diâmetro cérvico-oclusal direito prediz de maneira<br />
significante a variabilidade da variável dependente espessura de esmalte distal<br />
direito, no sentido que quanto maior a o diâmetro cérvico-oclusal, maior a espessura<br />
de esmalte distal.<br />
A equação que representa esta relação é EEDD = 0,17*DCOD - 0,20, com R<br />
quadrado ajustado de 0.336. Isto significa que cerca de 36.6% da variabilidade na<br />
espessura de esmalte encontrada na face distal dos primeiros pré-molares<br />
superiores direitos é explicada por este modelo. O gráfico 5.8 ilustra este<br />
comportamento.<br />
A tabela 5.14 mostra os coeficientes de correlação de Pearson entre a<br />
variável dependente e as variáveis independentes. Das combinações possíveis<br />
apenas a associação entre espessura de esmalte mesial esquerdo e diâmetro<br />
mésio-distal esquerdo é significante, r = 0.434, p = 0.028.<br />
A tabela 5.15 apresenta o sumário dos modelos estatísticos de regressão<br />
múltipla utilizados. Existem 3 modelos apresentados, sendo que o modelo 1 inclui as<br />
3 variáveis (DM<strong>DE</strong>, DVLE e DCOE), R quadrado ajustado igual a 0.053 (5,3%) o<br />
modelo 2, as variáveis DCOE e DM<strong>DE</strong>, com R quadrado ajustado igual a 0.109<br />
(10,9%) e o modelo 3, a variável DM<strong>DE</strong>, com R quadrado ajustado igual a 0.143<br />
(14,3%).
Discussão 70<br />
Observando-se a tabela 5.15 o modelo de regressão que sugere um melhor<br />
ajustamento é o modelo 3, onde apenas a variável DM<strong>DE</strong> está inclusa. O valor de R<br />
quadrado calculado é 0.188 (18,8%) e o valor do R quadrado ajustado é 0.143<br />
(14,3%).<br />
Entretanto para afirmar que o modelo é significante é necessário as análises<br />
das tabelas 5.16 e 5.17.<br />
Na tabela 5.16 pode-se ver que todos os modelos não apresentam<br />
significância estatística nas ANOVAS de regressão. O modelo 1 com todas as<br />
variáveis inclusas é não significante sendo F(3,19)=1,35, p=0.292, o modelo 2 com<br />
as variáveis DCOE e DM<strong>DE</strong> inclusas é não significante, sendo F(2,19)=2.15,<br />
p=0.146 e finalmente o modelo 3 apenas com a variável DM<strong>DE</strong> inclusa é, também<br />
não significante, sendo F(1,19)=4.17, p=0.056.<br />
A tabela 5.17, confirma o resultado das ANOVAS.<br />
No modelo 1 as variáveis DM<strong>DE</strong> (“t”=1.158 p=0.264) , DVLE (“t”= 0.76,<br />
p=0.940) e DCOE (“t”=0.502, p=0.622) são não significantes.<br />
No modelo 2, as variáveis DM<strong>DE</strong> (“t”=1.572, p=0.134) e DCOE (“t”=0.545,<br />
p=0.593) são não significante.<br />
No modelo 3 a variável restante DM<strong>DE</strong> (“t”=2.04, p=0.056) é não significante.<br />
Observando-se então que em nenhum dos modelos propostos, obteve-se<br />
resultados significantes.<br />
Logo, nenhuma das variáveis independentes ou qualquer combinação delas<br />
prediz de maneira significante a variável dependente espessura de esmalte mesial<br />
esquerdo. Isto significa que a variabilidade da espessura de esmalte mesial
Discussão 71<br />
esquerda dos primeiros pré-molares superiores não pode ser predita pelos<br />
diâmetros mésio-distal, vestíbulo-lingual e cérvico-oclusal esquerdos.<br />
A tabela 5.18 traz a estatística descritiva das variáveis envolvidas no sistema<br />
de regressão 4<br />
A tabela 5.19 mostra os coeficientes de correlação de Pearson entre a<br />
variável dependente e as variáveis independentes. Das combinações possíveis<br />
apenas a associação entre espessura de esmalte distal esquerdo e diâmetro mésio-<br />
distal esquerdo é significante, r = 0.458, p = 0.021.<br />
A tabela 5.20 apresenta o sumário dos modelos estatísticos de regressão<br />
múltipla utilizados. Existem 3 modelos apresentados, sendo que o modelo 1 inclui as<br />
3 variáveis (DM<strong>DE</strong>, DVLE e DCOE), o modelo 2, as variáveis DVLE e DM<strong>DE</strong> e o<br />
modelo 1 a variável DM<strong>DE</strong>.<br />
Observando-se a tabela 5.20 o modelo de regressão que melhor se ajusta é o<br />
modelo 3, onde apenas a variável DM<strong>DE</strong> está inclusa. O valor de R quadrado<br />
calculado é 0.210 (21,0%) e o valor do R quadrado ajustado é 0.166 (16,6%).<br />
O modelo 1 é o modelo onde as 3 variáveis independentes estão inseridas no<br />
sistema e é o modelo da maior distância entre valor de R quadrado calculado e<br />
ajustado.<br />
As tabelas 5.21 e 5.22 justificam este comportamento.<br />
Na tabela 5.21 pode-se ver que o modelo 1, onde todas as variáveis estão<br />
incluídas a ANOVA é não significante, sendo F(3,19)=2.36, p=0.109. O modelo 2,<br />
onde as variáveis DVLE e DM<strong>DE</strong> estão incluídas a ANOVA é não significante, sendo<br />
F(2,19)=2.96, p=0.078. Por fim o modelo 3 onde apenas a variável DM<strong>DE</strong> está<br />
inclusa a ANOVA é significante, sendo F(1,19)=4.78, p=0.042.
A tabela 5.22 confirma o resultado das ANOVAS.<br />
Discussão 72<br />
No modelo 1 as variáveis DM<strong>DE</strong> (“t”=2.06, p=0.056), DVLE (“t”= -1.25,<br />
p=0.227) e DCOE (“t”=1.056, p=0.307) são não significantes.<br />
No modelo 2 a variável DM<strong>DE</strong> (“t”=2.32, p=0.033) é significante, ao passo que<br />
a variável DVLE (“t”= -1.05, p=0.305) é não significante.<br />
No modelo 3 a variável restante DM<strong>DE</strong> (“t”=2.18, p=0.042) é significante<br />
Logo apenas a variável diâmetro mésio-distal esquerdo prediz de maneira<br />
significante a variabilidade da variável dependente espessura de esmalte distal<br />
esquerdo, no sentido que quanto maior a o diâmetro mésio-distal, maior a espessura<br />
de esmalte distal.<br />
A equação que representa esta relação é EE<strong>DE</strong> = 0,16*DM<strong>DE</strong> + 0,25, com R<br />
quadrado ajustado de 0.166. Isto significa que cerca de 16,6% da variabilidade na<br />
espessura de esmalte encontrada na face distal dos primeiros pré-molares<br />
superiores esquerdos é explicada por este modelo. O gráfico 5.19 ilustra este<br />
comportamento.<br />
Conhecendo os diâmetros mésio-distal, vestíbulo-lingual e cérvico-oclusal,<br />
bem como a espessura do esmalte nas faces proximais dos dentes, é de<br />
fundamental importância para profissionais que fazem o uso do desgaste dental,<br />
procedimento corriqueiro em seu dia a dia de trabalho. Nosso estudo traz<br />
informações importantes para um melhor conhecimentodo diâmetro dental, que<br />
poderão auxiliar profissionais nos casos de reconstrução protética de elementos<br />
dentais perdidos, através do conhecimento das coroas dos dentes com suas<br />
respectivas proporcionalidades e com seus homólogos, sejam eles superiores ou<br />
inferiores, e também na Ortodontia, auxiliando nos casos onde faz-se necessário o
Discussão 73<br />
cálculo da quantidade de espaços para possíveis correlações, onde através do<br />
conhecimento da espessura do esmalte interproximal de cada dente, podemos de<br />
uma forma segura, promover desgastes para o alinhamento e nivelamento dental,<br />
sem que haja a necessidade de extrações.
7<br />
CONCLUSÕES
7 CONCLUSÕES<br />
Face aos resultados expostos parece-nos lícito poder concluir que:<br />
1. Os valores máximo, médio e mínimo dos diâmetros mésio-distal (a), cérvico-<br />
oclusal (b) e vestíbulo-lingual (c) das coroas dos primeiros pré-molares<br />
superiores humanos são respectivamente:<br />
Máximo Médio Mínimo<br />
a) Direito 7,85 7,03 6,19<br />
Esquerdo 7,76 7,07 6,02<br />
b) Direito 9,82 8,65 7,37<br />
Esquerdo 9,84 8,85 7,34<br />
c) Direito 10,80 9,59 8,70<br />
Esquerdo 10,84 9,65 8,74<br />
2. A espessura do esmalte dos primeiros pré-molares superiores humanos à altura<br />
do ponto de contato apresentam os seguintes valores máximo (a), médio (b),<br />
mínimo (c) na face mesial:<br />
Na face mesial: Na face distal:<br />
a) Direito 1,48 a) Direito 1,62<br />
Esquerdo 1,64 Esquerdo 1,60<br />
b) Direito 1,22 b) Direito 1,28<br />
Esquerdo 1,22 Esquerdo 1,39<br />
c) Direito 0,86 c) Direito 0,73<br />
Esquerdo 0,87 Esquerdo 1,02<br />
A média dos valores encontrados para a espessura do esmalte na face distal dos<br />
dentes analizados foi invariávelmente maior que na face mesial.<br />
75
Conclusões 76<br />
3. Os seguintes diâmetros dentais apresentaram-se correlacionados e de maneira<br />
estatísticamente significantes, com a espessura do esmalte dos primeiros pré-<br />
molares superiores humanos à altura do ponto de contato:<br />
a) O diâmetro cérvico-oclusal do primeiro pré-molar superior do lado direito<br />
correlacionou com a espessura de esmalte distal do lado direito<br />
b) O diâmetro cérvico-oclusal do primeiro pré-molar superior do lado direito<br />
correlacionou com espessura de esmalte mesial do lado direito<br />
c) O diâmetro mésio-distal do primeiro pré-molar superior do lado esquerdo<br />
correlacionou com espessura de esmalte distal do lado esquerdo
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APÊNDICES
Apêndice A – Aprovação da Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade de São Paulo<br />
Apêndices 84
Apêndice B – Diâmetros e espessuras dos 40 dentes colhidos na pesquisa.<br />
Diâmetro Espessura Diâmetro Espessura<br />
Dente M-D V-L C-O Mesial Distal Dente M-D V-L C-O Mesial Distal<br />
1D 6,61 8,70 9,21 1,360 1,363 1E 6,87 8,74 8,89 1,293 1,596<br />
2D 7,12 10,80 9,11 1,428 1,375 2E 7,36 10,02 8,98 1,286 1,502<br />
3D 7,02 9,70 9,27 1,413 1,272 3E 7,23 9,62 9,64 1,446 1,553<br />
4D 6,55 9,18 7,37 1,153 0,734 4E 7,43 9,38 8,91 1,189 1,495<br />
5D 6,91 9,50 9,35 1,475 1,617 5E 6,90 9,61 8,97 1,270 1,497<br />
6D 6,19 9,27 8,63 1,361 1,347 6E 6,02 8,97 8,02 1,164 1,332<br />
7D 6,93 9,70 8,23 1,200 1,255 7E 6,98 9,55 8,85 1,260 1,180<br />
8D 7,14 9,73 7,78 1,041 1,050 8E 7,68 10,16 8,43 1,304 1,506<br />
9D 7,14 9,96 8,88 1,419 1,389 9E 6,62 8,82 7,34 1,149 1,238<br />
10D 7,68 10,06 9,82 1,188 1,200 10E 7,39 10,77 9,27 1,394 1,376<br />
11D 7,21 9,86 7,63 1,174 1,182 11E 6,75 9,86 8,56 1,009 1,578<br />
12D 7,85 9,20 8,77 1,099 1,342 12E 7,44 9,69 8,09 1,411 1,400<br />
13D 7,45 9,99 8,91 1,109 1,413 13E 7,57 10,34 9,66 1,643 1,557<br />
14D 6,47 8,76 8,24 1,305 1,109 14E 6,68 9,69 7,96 1,032 1,041<br />
15D 7,40 9,24 8,10 1,272 1,303 15E 7,31 9,48 8,88 1,158 1,490<br />
16D 6,46 9,35 8,77 0,988 1,096 16E 6,41 9,32 8,72 1,027 1,019<br />
17D 7,32 9,66 8,98 1,153 1,275 17E 6,56 9,42 9,43 0,954 1,349<br />
18D 7,38 9,89 9,59 1,342 1,468 18E 6,78 8,93 9,55 1,248 1,341<br />
19D 6,97 9,37 8,25 0,855 1,402 19E 7,76 10,84 9,84 1,245 1,340<br />
20D 6,89 9,80 8,18 1,095 1,372 20E 7,58 9,71 9,05 0,868 0,912<br />
Apêndices 85
Apêndice C – Tabela comparativa dos diâmetros e espessuras dos dentes da atual pesquisa e dos demais autores<br />
Apêndices 86<br />
Autor/Dente<br />
Tormin Jr. (2001)<br />
Lad<br />
o Máx.<br />
M-D<br />
Med Min Max<br />
V-L<br />
Med Min Max<br />
C-O<br />
Med Min Max<br />
EEM<br />
Med Min Max<br />
EED<br />
Med Min<br />
Incisivo Central<br />
Inferior<br />
D<br />
E<br />
6,474<br />
5,963<br />
5,512<br />
5,285<br />
4,774<br />
4,677<br />
-- -- -- -- -- --<br />
0,938<br />
0,932<br />
0,694<br />
0,655<br />
0,481<br />
0,474<br />
0,835<br />
1,488<br />
0,903<br />
0,840<br />
0,481<br />
0,566<br />
Incisivo Lateral Inferior D<br />
E<br />
Iwasa (2002)<br />
Incisivo Cent. Sup.<br />
Incisivo Lat. Sup.<br />
Souza (2003)<br />
6,681<br />
6,590<br />
6,063<br />
5,946<br />
5,187<br />
5,526<br />
-- -- -- -- -- --<br />
0,864<br />
1,191<br />
0,725<br />
0,744<br />
0,145<br />
0,574<br />
1,073<br />
1,351<br />
0,840<br />
0,918<br />
0,668<br />
0,674<br />
Canino Superior D 8,505 7,884 7,426 9,32 8,34 7,56 11,80 10,59 9,69 1,190 1,045 0,861 1,312 1,213 1,068<br />
E 8,430 7,576 6,807 8,72 8,12 7,05 12,24 10,50 8,66 1,271 1,008 0,763 1,560 1,226 0,954<br />
Canino Inferior D 7,584 6,755 6,084 8,17 7,65 7,16 12,46 11,10 10,18 0,891 0,771 0,688 1,177 0,986 0,796<br />
Kato (2005)<br />
E 7,661 6,896 6,065 8,86 8,03 7,25 13,81 11,10 9,42 1,042 0,792 0,556 1,265 1,042 0,910<br />
1° Pré-molar Inf. D<br />
E<br />
7,74<br />
7,97<br />
9,07<br />
1,025<br />
1,229<br />
7,57<br />
8,09<br />
8,99<br />
1,063<br />
1,293<br />
Fisher (2006)<br />
2° Pré-molar Sup.<br />
Macha (2004) D 9,3028 7,5115 6,5362 -- -- -- -- -- -- 1,3501 1,0820 0,8075 1,5016 1,2927 0,9842<br />
1° Pré-molar Sup. E 8,4416 7,5337 6,8896 -- -- -- -- -- -- 1,6151 1,1927 0,7571 1,7035 1,2965 0,9338<br />
Black (1902) -- -- -- -- -- --<br />
1° Pré-molar Sup. 8,0 7,2 7,0 10,0 9,1 8,0 9,0 8,2 7,0 -- -- -- -- -- --<br />
Fisher<br />
(Della-Serra-1981)<br />
1° Pré-molar Sup. 8,2 6,2 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --<br />
Schwartz<br />
(Della-Serra-1981)<br />
1° Pré-molar Sup. 8,5 6,5 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --<br />
Munhoz<br />
1° Pré-molar Sup. D<br />
E<br />
7,85<br />
7,76<br />
7,03<br />
7,07<br />
6,19<br />
6,02<br />
10,80<br />
10,84<br />
9,59<br />
9,65<br />
8,70<br />
8,74<br />
9,82<br />
9,84<br />
8,65<br />
8,85<br />
7,37<br />
7,34<br />
1,48<br />
1,64<br />
1,22<br />
1,22<br />
0,86<br />
0,87<br />
1,62<br />
1,60<br />
1,28<br />
1,39<br />
0,73<br />
1,02
Apêndice D – Tabela comparativa das correlações encontradas na atual pesquisa e dos demais autores<br />
Autor/Dente Correlações<br />
Tormin Junior (2001)/<br />
Incisivo Central Inferior<br />
eIncisivo Lateral Inferior<br />
Iwasa (2002)<br />
Incisivo Central Superior e<br />
Incisivo Lateral Superior<br />
Souza (2003)<br />
Canino Superior e Canino<br />
Inferior<br />
Kato (2005)<br />
1º Pré-Molar Inferior<br />
Fischer (2006)<br />
2ºPré-Molar Inferior<br />
Macha (2004)<br />
1º Pré-Molar Superior<br />
Munhoz<br />
1° Pré-Molar Superior<br />
Diâmetro do incisivo lateral inf. Esquerdo teve correlação com a espessura de esmalte mesial e distal.<br />
O Incisivo lateral superior esquerdo teve correlação com o diâmetro V-L.<br />
O incisivo central superior esquerdo teve correlação com o diâmetro M-D.<br />
O diâmetro M-D do canino inferior direito e esquerdo correlacionou com a espessura de esmalte mesial.<br />
No canino superior esquerdo a espessura de esmalte distal correlacionou com caninos inferiores esquerdos.<br />
O diâmetro C-I correlacionou com a espessura de esmalte distal dos caninos inferiores esquerdos.<br />
O diâmetro M-D correlacionou com o diâmetro C-I dos superiores direitos e esquerdos e inferiores esquerdos.<br />
O diâmetro M-D correlacionou com diâmetro V-L dos caninos superiores esquerdos.<br />
O diâmetro C-I correlacionou com o diâmetro V-L nos caninos superiores e inferiores esquerdos e nos inferiores direitos.<br />
A espessura de esmalte mesial e distal 1º pré-molar inferior direito e esquerdo apresentaram correlação significante.<br />
O diâmetro M-D e V-L direito e esquerdo também tiveram correlação.<br />
O diâmetro V-L apresentou correlação com a espessura de esmalte mesial dos 1º pré-molares inferiores esquerdos.<br />
O diâmetro C-O correlacionou com o diâmetro V-L dos 1º pré-molares inferiores esquerdos<br />
O diâmetro M-D correlacionou com a espessura de esmalte mesial dos 1º pré-molares inferiores esquerdos.<br />
O diâmetro M-D correlacionou com o diâmetro C-O dos 1º pré-molares inferiores esquerdo.<br />
Apêndices 87<br />
A espessura de esmalte mesial direito correlacionou com o diâmetro M-D.<br />
A espessura do esmalte distal correlacionou com o diâmetro M-D.<br />
Houve correlação entre as espessuras de esmalte mesial e distal do lado direito.<br />
A espessura de emalte distal e o diâmetro M-D correlacionou com a espessura de esmalte mesial e a espessura do esmalte distal.<br />
A espessura do esmalte mesial e os diâmetros M-D esquerdo tiveram correlação.<br />
O diâmetro C-O direito prediz com a espessura de esmalte distal direito.<br />
O diâmetro C-O direito prediz com a espessura de esmalte mesial direito.<br />
O diâmetro M-D esquerdo prediz com a espessura de esmalte distal esquerdo.