UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - Unicid

Revisão de literatura 14
na porção gengival, apresentado uma carência de esmalte nessa região. Foram
utilizados 45 dentes (caninos, centrais e laterais), extraídos por razões periodontais,
de pacientes com aproximadamente 40 anos de idade, os dentes selecionados logo
após a exodontia foram conservados em formol. Os cortes foram realizados com
discos diamantados em alta velocidade e boa refrigeração no sentido longitudinal
(longo eixo do dente), e no sentido transversal ao nível cervical, médio e incisal.
Logo após as amostras foram armazenadas em água a 37ºC até a fase de
mensuração. As medições foram realizadas por meio de um microscópio eletrônico
de varredura (Philips 503-B). As amostras sofreram previamente, uma metalização
com ouro por um metalizador JEOL JFC 1100 F.C. Foram obtidas micrografias com
películas Polaroid 667 e as espessuras determinadas por micromarcas superpostas
sobre a superfície a medir. A profundidade dos preparos foi medida nos terços
gengivais, médios e incisais dos caninos e incisivos centrais, onde observou-se que
dificilmente ultrapassava 0,50 mm, o que para esses dentes assegurava uma
espessura de esmalte suficiente, para não acarretar comprometimento da dentina ou
da adesão da peça protética.
Para avaliar o aumento da susceptibilidade às cáries e doenças periodontais
após ter sido aplicada a técnica de desgastes de 0,5 mm do esmalte das faces
proximais, com uso do alta rotação, Crain e Sheridan, em 1990, desgastaram 151
faces proximais de molares e pré-molares, e após 5 anos, compararam as
radiografias “bitewing” pré e pós tratamento e observaram que não houve diferença
estatisticamente quanto à susceptibilidade à cáries ou altura da crista óssea.
Em 1991, Thordarson et al. estudaram os efeitos da remodelação, na polpa e
na dentina provocados por desgastes e demonstraram que é possível fazer extensos
desgastes nas várias regiões dentais sem desconforto para o paciente, com ou sem