UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - Unicid

Revisão de literatura 10
Em 1977, Molnar e Gantt buscaram relacionar a espessura do esmalte à
forma, função, dieta e biomecânica da mastigação. Fizeram um estudo que prevê
dados tirados de comparações das dentições de nove espécies de primatas. Foram
feitas secções histológicas de dentes e 21 medidas da espessura do esmalte oclusal
foram comparadas entre si. Todas documentam que o esmalte oclusal no “Homo
Sapiens” é mais espesso que nos “Pongids”, enquanto o macaco tem o esmalte
mais delgado. Estes resultados preliminares tendem a suportar teorias que mostram
cúspides de esmalte mais grossas e baixas para humanos, o que refleteria numa
vantagem adaptativa que prolonga a vida funcional do molar, permitindo um certo
grau de abrasão decorrente do uso, antes que a camada de esmalte seja perfurada.
As pesquisas de Ghose e Baghdady, em 1979, indicaram que a média do
diâmetro mesio-distal dos primeiros pré-molares superiores é maior do que a média
dos segundos pré-molares superiores e que no arco inferior isso não se repete. Eles
estudaram 161 modelos de indivíduos Iraquianos de ambos os gêneros e verificaram
que não houve diferença significativa entre dentes do lado esquerdo e direito. A
média do diâmetro mésio-distal, no gênero masculino para primeiros pré-molares
superiores do lado direito foi de 7,17 mm e de 7,19 mm para o lado esquerdo, sendo
a média entre os dois lados foi de 7,18 mm para o lado direito e de 7,78 mm para o
lado esquerdo, sendo a média dos dois lados para o gênero feminino de 7,81 mm. A
população alvo deste estudo, foi ainda subdividida entre Iraquianos, Beduínos e
Yemenitos. Esta subdivisão demonstrou que a procedência geográfica também
influencia na obtenção dos resultados porque houveram diferenças significantes
quando os dentes foram analizados isoladamente e em grupos para cada etnia em
ambos os gêneros.