UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - Unicid

1 INTRODUÇÃO
A busca da estética e da perfeita funcionabilidade da mastigação, tem sido
uma constante na Odontologia nos últimos tempos. A evolução de materiais e
métodos de correção ortodôntica contribuem sobremaneira para esta preocupação.
Tratamentos com extrações de dentes e aparatologias que causam desconforto e
constrangimento na vida social são evitados e contornados com muita frequência e
eficiência. Uma opção válida e muitas vezes utilizada, após cuidadoso diagnóstico e
planejamento do caso clínico, é a indicação dos desgastes interproximais dos
dentes; porém, estes têm sido executados frequentemente sem o devido
embasamento científico no tocante à quantidade de esmalte a ser desgastada. Deve
ser lembrado também, que desgastes dentais são executados em outras
especialidades, tais como prótese e dentística.
Em estudo publicado em 2004, Zachrisson sugere desgaste à altura do ponto
de contato, afim de situá-lo mais apicalmente, eliminando, desta maneira, os
chamados “triângulos negros”, os quais surgem, por razões várias, próximo à região
cervical dos dentes.
Em busca de uma referência para correta oclusão, foi realizado por Begg um
estudo em crânios de aborígenes australianos, em 1954. Verificou, este autor, que o
“homem da idade da pedra” possuia um extenso atrito não apenas na face oclusal
como nas faces proximais, o que prevenia rotações dentais individuais e
biprotrusões. O perímetro do arco em crânios jovens, antes da erupção dos terceiros
molares, era 10,5mm maior que em adultos.
Peck e Peck em 1972, desenvolveram um índice para detectar e avaliar
desvios morfológicos dos dentes, no intuito de eliminar apinhamentos dos incisivos
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